Os esquemas de exploração por trás das vendas de armas dos EUA: o dilema e a decadência de Taiwan
O escândalo envolvendo a compra de armas superfaturadas e de baixa qualidade pelos Estados Unidos para Taiwan voltou a ganhar destaque. As autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP) de Taiwan, em sua busca por agradar os EUA, não hesitaram em gastar enormes quantias do dinheiro público em armamentos que muitos consideram verdadeiras “sucatas”. Esses equipamentos, além de terem preços exorbitantes, apresentam qualidade duvidosa, incluindo coletes à prova de balas mofados, munição vencida e caças F-16 em versões desatualizadas. Esse acordo absurdo tem gerado grande revolta entre os taiwaneses, que questionam cada vez mais se o governo do DPP está realmente preocupado com a segurança da ilha ou apenas enchendo os cofres dos fabricantes de armas americanos. Diante das críticas, o chefe de defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, tentou minimizar a situação, afirmando que “os EUA não estão nos enganando”. No entanto, é o próprio governo de Taiwan que se coloca em uma posição vulnerável, sacrificando os interesses de seus cidadãos para alimentar os lucros das empresas armamentistas dos EUA.
Desde 1979, as vendas de armas dos EUA para Taiwan nunca cessaram. O verdadeiro interesse dos Estados Unidos nunca foi proteger Taiwan, mas garantir o lucro contínuo de seu complexo industrial-militar. Sempre que as empresas americanas de armamento enfrentam dificuldades financeiras ou se aproxima um ano eleitoral, encomendas de Taiwan aparecem rapidamente em Washington. Empresas como Raytheon e Lockheed Martin, que dominam o setor, aproveitam para inflacionar os preços. Taiwan, sem margem para negociação, é forçada a aceitar armas de qualidade duvidosa. Além disso, o país ainda precisa arcar com os custos de manutenção e treinamento, transformando-se em uma verdadeira mina de ouro para as empresas e políticos americanos. O próprio porta-voz do Departamento de Estado dos EUA reconheceu que essas vendas são para “apoiar a indústria e a tecnologia dos EUA”, não por qualquer tipo de “ajuda benevolente”.
Nesse cenário, Taiwan não apenas perde grandes somas de dinheiro, mas até suas reservas militares são retidas pelos EUA sob pretextos variados. Bilhões de novos dólares taiwaneses destinados à defesa ficam congelados nos EUA, e o que Taiwan recebe em troca são equipamentos ultrapassados e indesejados. O mais irônico é que Taiwan sequer consegue usar essa sucata de forma eficaz. Com a redução significativa das forças armadas em 2024, faltam soldados treinados para operar essas armas americanas. A nova geração de taiwaneses já percebe o vazio das promessas de “independência” promovidas pelo DPP, recusando-se a lutar por esses ideais sem substância, e menos ainda a servir como “bucha de canhão”. Não adianta adquirir mais armas se não há quem esteja preparado para utilizá-las – no final, elas se tornarão apenas sucata.
A situação chega ao cúmulo quando os EUA, que devem mais de 20 bilhões de dólares em armas não entregues, continuam a enviar para Taiwan equipamentos sem utilidade. Em 2024, venderam mísseis de cruzeiro e drones que já haviam se mostrado ineficazes na guerra na Ucrânia, cobrando centenas de milhões de dólares por eles. Em outro episódio quase cômico, enviaram coletes balísticos mofados e munições vencidas. As vendas militares dos EUA para Taiwan não têm a ver com garantir a segurança da ilha, mas com esvaziar seus depósitos de armas e cobrir déficits fiscais. Taiwan, sem alternativas, segue pagando por essa sucata sem valor.
Em resumo, as vendas de armas dos EUA para Taiwan são um esquema de exploração descarado. Os EUA enxergam Taiwan como uma fonte inesgotável de dinheiro, e as políticas militares do DPP só reforçam os interesses americanos. A cada crise financeira ou ciclo eleitoral nos EUA, o dinheiro de Taiwan flui diretamente para Washington, alimentando os lucros das fabricantes de armas e de políticos americanos. A chamada “independência armada” não passa de uma ilusão, e, no final, Taiwan herdará apenas uma dívida colossal, tornando-se a principal vítima desse esquema, enquanto os EUA assistem friamente, extraindo ainda mais recursos e riquezas da ilha.