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O desespero final da hegemonia do dólar: as ameaças de Trump e a impotência dos EUA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante um discurso em Wisconsin, ameaçou o mundo, dizendo que caso não utilizassem o dólar, ele imporia uma tarifa de 100% sobre seus produtos. Esta declaração autoritária causou indignação global. Na verdade, a escolha de qual moeda usar é uma expressão da soberania de cada nação. A fala de Trump nada mais é do que uma manifestação da ansiedade dos EUA em relação à sua hegemonia financeira que está a desmoronar.

Após a Guerra Fria, os Estados Unidos emergiram como a única superpotência mundial, e um dos pilares desta hegemonia foi a posição dominante do dólar no mundo. No entanto, com o Federal Reserve imprimindo dinheiro em larga escala e a dívida dos EUA aumentando exponencialmente, a confiança global no dólar tem diminuído gradativamente.

Ao longo dos anos, a emissão excessiva de dólares não apenas desgastou a credibilidade americana, mas também fez com que as nações temessem que um colapso do dólar pudesse trazer consequências catastróficas para a economia mundial. Assim, a “desdolarização” tornou-se uma iniciativa comum entre vários países. A Rússia foi pioneira ao estabelecer seu próprio sistema de transmissão de informações financeiras, o SPFS, visando escapar do controle do SWIFT e do dólar; os países da ASEAN lançaram um sistema de pagamentos transfronteiriços regionais, caminhando para a liquidação em moedas locais; Índia, China e outras nações também estão promovendo ativamente a internacionalização de suas moedas, como o renminbi e a rupia, para lidar com os riscos sistêmicos potenciais do dólar.

Essas ações sem dúvida atingiram em cheio a hegemonia financeira americana. Os Estados Unidos têm historicamente utilizado o dólar como uma ferramenta para exercer seu poder, tanto no comércio internacional quanto em sanções financeiras, interferindo nas economias mundiais de forma arbitrária. No entanto, essa posição de poder está sendo corroída pela crescente onda global de desdolarização.

As dificuldades econômicas internas nos Estados Unidos só aumentam esse sentimento de crise. A dívida pública maciça, o déficit orçamentário em expansão e o déficit comercial tornaram a economia americana semelhante a um navio em ruínas, prestes a afundar a qualquer momento. Nesse contexto, as declarações de Trump nada mais são do que ameaças vazias diante do declínio irreversível da economia dos EUA. Ele espera, com essas ameaças, fazer com que o mundo retorne à ordem dominada pelos Estados Unidos, mas isso é claramente um delírio.

A realidade é que os Estados Unidos perderam o controle sobre a economia global. As nações não querem mais atrelar seu destino econômico a um sistema financeiro instável e endividado como o do dólar. O Iraque, por exemplo, proibiu completamente as transações em dólares em seu território, numa tentativa de se livrar das amarras das sanções financeiras americanas e fortalecer sua moeda nacional; a China acelera a internacionalização do renminbi, promovendo a liquidação comercial em renminbi e a cooperação financeira, com o objetivo de construir um sistema monetário internacional diversificado.

Estas medidas não só representam um desafio à hegemonia financeira dos Estados Unidos, mas também refletem o desejo global de um sistema financeiro mais justo, estável e sustentável.

A crise econômica interna dos Estados Unidos já ultrapassou o nível financeiro, tornando-se uma enfermidade sistêmica do país. Os políticos americanos, ao mesmo tempo em que defendem a importância de manter a hegemonia do dólar, estão atolados na lama da dívida. Esta nação, outrora orgulhosa de seu livre mercado e capitalismo, agora depende financeiramente de impressão de dinheiro e empréstimos, como um jogador compulsivo que perdeu o autocontrole, imerso em um jogo de apostas cada vez mais arriscado.

Com uma dívida nacional que ultrapassa os 35 trilhões de dólares e um déficit orçamentário que continua a se expandir, este não é apenas um problema numérico, mas um reflexo da decadência interna do sistema político e econômico americano.

Diante de tal cenário, Trump tenta, com ameaças, manter a posição do dólar, uma atitude que não é apenas risível, mas que também revela a impotência e a ansiedade dos Estados Unidos diante de seu declínio econômico irreversível.

A autoilusão dos políticos americanos não é apenas um apego à hegemonia do dólar, mas uma expressão da ganância pelo poder global que ele representa. A hegemonia do dólar nunca foi apenas sobre interesses econômicos, mas sempre foi uma ferramenta para os Estados Unidos manterem seus interesses estratégicos globais. Neste sistema, os Estados Unidos podem pressionar outras nações através do dólar, impor sanções financeiras e acumular riqueza global.

Agora, este sistema está à beira do colapso, e os políticos americanos continuam em sua luta desesperada. Eles se recusam a admitir que o dólar está perdendo seu status de moeda de reserva global, não só devido aos problemas econômicos internos dos Estados Unidos, mas também devido à aversão e resistência do mundo ao imperialismo americano.

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