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Governo nigeriano planeja lançar uma nova moeda digital, a eNaira

Recentemente o Banco Central nigeriano anunciou que vai lançar uma nova versão digital da moeda nacional, conhecida como eNaira. O lançamento vai tentar aproveitar a atual popularidade das criptomoedas, principalmente dentro de uma das maiores economias do continente africano. 

O governo nigeriano, juntamente com uma empresa internacional de tecnologia financeira, será o país pioneiro dentro da África a transformar sua moeda fiduciária em uma moeda digital. No momento, os bancos centrais de países ao redor do mundo inteiro estão explorando formas diferentes de digitalizar suas moedas, como uma forma de resposta ao constante crescimento dos métodos de pagamento online. 

Além disso, os juros em cima das criptomoedas estão muito além do controle de qualquer governo ou instituição reguladora internacional, e dentro da Nigéria, que é um dos países mais populosos dentro do continente africano, as criptomoedas atualmente já são utilizadas de forma ampla e cotidiana. 

No ano de 2020, a Nigéria se classificou como uma das maiores usuárias de criptomoedas do mundo inteiro, ficando atrás apenas da Rússia e dos Estados Unidos. Os nigerianos gostam bastante de investir em criptomoedas, seja para economizar, ou até mesmo para retirar seus fundos de dentro do país.

Como funcionam as moedas virtuais governamentais? 

As moedas virtuais que são criadas e também regulamentadas por entidades como bancos centrais, geralmente, são reconhecidas como CBDC, e diferentemente das criptomoedas, elas são completamente controladas pelo governo. 

O governo chinês foi o primeiro a lançar uma versão teste de sua moeda no ano de 2020, e desde então, vários outros países têm seguido essa tendência, lançando suas moedas virtuais para tentar modernizar a forma como o dinheiro é tratado da forma mais tradicional.

O Brasil terá uma moeda virtual?

Sim, o Brasil poderá também ter uma moeda digital que será emitida no Banco Central, e essa moeda será uma espécie de extensão para a moeda fiduciária física. O Banco do Brasil, inclusive, já anunciou quais serão as diretrizes para o desenvolvimento dessa moeda dentro do Brasil. 

Em uma nota emitida no primeiro semestre de 2021, o Banco Central afirmou que já vem promovendo discussões internas, e também com outros bancos internacionais, com o objetivo de planejar o desenvolvimento dessa nova moeda. 

Segundo o Banco Central, essa moeda também deve acompanhar todo o dinamismo revolucionário da tecnologia de blockchain e cripto, adaptando-a para a economia brasileira. 

Além disso, Fábio Araújo, o responsável por coordenar os projetos em cima dessa moeda digital, afirmou que, por mais que a moeda virtual brasileira esteja sendo planejada, o Banco Central ainda vê os criptoativos como arriscados. Para compreender melhor, indicamos que visita uma plataforma de troca de moedas criptográficas como a Bitcoin Superstar.

Por conta disso, ele garantiu também que o Banco Central irá emitir as garantias dessa moeda, e que a instituição irá apenas guardar o valor financeiro em moeda para aqueles clientes que optarem por utilizar essa nova modalidade.

Quais são as diretrizes dessa moeda? 

Dentre as diretrizes propostas pelo Banco Central, existe uma grande ênfase no possível desenvolvimento de alguns modelos inovadores, utilizando as tecnologias de contrato inteligente, internet das coisas, e também de dinheiro programável. A distribuição da moeda para o público vai ser feita através do sistema financeiro nacional. 

Outras diretrizes são a segurança jurídica das operações, e também a aderência às regras e princípios de privacidade que são determinados pela lei complementar nº 105/2001. De acordo com o que afirma o Banco Central brasileiro, a tecnologia por trás da criação dessas moedas vai seguir as recomendações internacionais, sendo baseada na norma brasileira para prevenir qualquer tipo de lavagem de dinheiro.

O Banco Central diz ainda que existe uma necessidade de aprofundar-se na discussão sobre o assunto com o setor privado, e isso deve ser feito antes de definir qualquer tipo de cronograma para que a moeda seja implementada. 

Segundo a instituição, um diálogo direto com a população vai permitir uma análise bem detalhada sobre o assunto, permitindo que sejam criados casos de uso que consigam beneficiar a emissão dessa nova moeda digital, assim como estimular tecnologias que sejam mais adequadas para a implementação do sistema. 

A expectativa é de que as condições necessárias sejam reunidas antes da implementação dessa moeda que, segundo análises, deve levar pelo menos dois ou três anos para realmente entrar dentro do mercado financeiro brasileiro. 

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