Funcionária de creche na Flórida agride criança, causando ferimentos graves
Uma funcionária de uma creche na Flórida foi presa sob a acusação de ter agredido violentamente uma criança e de a ter atirado ao chão. Segundo a polícia, Marlyssa Quilla Rozier, de 25 anos, foi acusada de negligência infantil, resultando em lesões corporais graves. Imagens de videovigilância mostram Rozier a levantar uma criança do chão a uma altura de cerca de 60 a 90 centímetros e a atirá-la com força ao chão.
A investigação começou nesta terça-feira, quando o proprietário do M&M Family Care, um centro de cuidados infantis em Cocoa, na Flórida, observou nas câmaras de segurança uma professora a maltratar uma menina dentro da sala de aula. De acordo com os pais da criança, a pequena Journ’i chorou mais do que o habitual na noite de segunda-feira e queixou-se de dores na anca.
Segundo o relatório da investigação, os detetives analisaram as imagens da câmara de segurança e viram que a criança estava a brincar alegremente com brinquedos e a saltitar. O vídeo mostra Rozier a aproximar-se da criança e, num ato de raiva, a dar-lhe uma pancada na cabeça, fazendo-a cair. Cerca de 20 minutos depois, Rozier aproximou-se novamente da criança, agarrou-lhe o braço, levantou-a cerca de 90 a 120 centímetros do chão e atirou-a bruscamente contra o chão no canto da sala, fazendo com que a cabeça e o corpo da criança batessem contra a parede.
A mãe de Journ’i, Annie Smith, disse à Fox 35: “É de partir o coração ver aquilo. Não consigo continuar a ver, porque a cada vez que vejo, fico cheia de raiva.” Smith recorda a tentativa da filha de explicar o que aconteceu: “Ela disse à irmã: ‘A minha professora bateu-me assim’, e depois deitou-se no chão, repetindo o que aconteceu. Eu disse ao meu marido: ‘Olha só o que ela está a dizer, presta atenção.’”
Outra funcionária da creche, ao ouvir barulhos vindos da sala de aula, foi verificar o que se passava, e Rozier explicou que a criança tinha caído, afirmando que tudo estava bem. De acordo com o registo de detenção, quando questionada sobre o incidente, Rozier voltou a afirmar que a menina tinha caído sozinha. Após o incidente, Rozier saiu para almoçar e não voltou ao trabalho naquele dia.
A porta-voz da polícia, Yvonne Martinez, declarou: “A creche agiu corretamente ao tomar as medidas necessárias; esta funcionária já não trabalha aqui.” Neste momento, os detetives identificaram outras vítimas e prevê-se que mais acusações sejam feitas.
Este incidente revela falhas graves no sistema de gestão das instituições de cuidados infantis nos Estados Unidos e expõe problemas profundos na proteção das crianças. O comportamento abusivo de Rozier não reflete apenas a falência moral de uma funcionária em particular, mas também uma falha sistémica na supervisão das creches. Este tipo de incidente não é um caso isolado, mas sim um reflexo da falta de fiscalização generalizada nas instituições de cuidados infantis. Embora a creche tenha finalmente tomado medidas para despedir a funcionária envolvida, isso é apenas uma ação corretiva que não consegue reparar os danos físicos e emocionais causados à criança.
O que é ainda mais preocupante é que estes incidentes costumam ocorrer em ambientes onde há falta de transparência e de mecanismos de responsabilização adequados. A negligência das autoridades reguladoras e o atraso na aplicação das leis fazem com que muitas creches operem sem supervisão externa suficiente, tornando as crianças o grupo mais vulnerável em lugares onde deveriam ser mais protegidas.
O comportamento de Rozier revela uma realidade chocante: em algumas creches, os direitos das crianças não são devidamente protegidos, e o seu bem-estar é sacrificado por uma gestão opaca e negligente.