Expansão e desafios do mercado de apostas esportivas no Brasil
Conheça detalhes de como está a expansão, o processo de regulamentação e os desafios do mercado de iGaming no Brasil!
O Brasil é um dos países mais promissores para a indústria de iGaming, que engloba os jogos de azar e todo tipo de casa de apostas no formato online.
Com uma população de mais de 200 milhões de pessoas, uma alta penetração de smartphones e uma paixão por esportes e entretenimento, o país tem um enorme potencial para se tornar um dos maiores mercados do mundo nessa categoria.
O crescimento da indústria de iGaming no Brasil
Foto: iStock (cyano66).
Segundo estimativas, a indústria global de iGaming deve alcançar uma receita de cerca de 94 bilhões de dólares até o ano de 2024. O Brasil, que atualmente representa cerca de 2,1 bilhões de dólares desse valor, tem um espaço para crescer ainda mais, especialmente com a previsão da regularização de cassinos online e apostas esportivas no país.
A legalização das apostas online no Brasil foi iniciada em 2018, quando o então presidente Michel Temer sancionou a Lei 13.756, que criou a modalidade de apostas de quota fixa. Essa modalidade permite que os apostadores façam palpites sobre o resultado de eventos reais, como partidas de futebol, corridas de cavalo etc.
No entanto, a lei ainda depende de uma regulamentação específica, que deve definir as regras, os requisitos e as taxas para os operadores de iGaming que quiserem atuar no Brasil.
O andamento da regulamentação
O governo federal anunciou em julho de 2023 a regulamentação do mercado de apostas esportivas por meio de uma medida provisória (MP) e um projeto de lei (PL), que definem as regras, os requisitos e as taxas para os operadores de iGaming que quiserem atuar no Brasil.
A MP prevê um imposto de 15% sobre a receita líquida das casas de apostas e o pagamento de uma outorga de R$ 30 milhões por cinco anos. O PL trata da estrutura e dos processos administrativos para fiscalização desse mercado.
Ambos os textos foram elaborados em conjunto pelos ministérios da Economia e do Esporte, que têm buscado os sistemas mais eficientes e modernos para a regulação e fiscalização do setor, em linha com as melhores práticas internacionais. A expectativa é que essa regulamentação seja concluída até o final de 2023, após a análise e a aprovação do Congresso Nacional.
Enquanto isso, os jogadores brasileiros podem acessar sites de iGaming estrangeiros, que operam com licenças de outros países, como Malta, Curaçao, Gibraltar, etc. Esses sites oferecem uma ampla gama de opções de jogos e apostas, incluindo cassinos online, jogos de esportes, pôquer, bingo, loterias, entre outros.
Os desafios da indústria de iGaming no Brasil
A indústria de iGaming no Brasil tem enfrentado alguns desafios (no bom sentido da palavra), que devem ser considerados e superados para o seu desenvolvimento sustentável. Entre eles, estão:
- A concorrência com os sites de iGaming estrangeiros, que já têm uma base de clientes fiéis e uma oferta diversificada de jogos e apostas.
- A adaptação às preferências e às demandas dos jogadores brasileiros, que têm um perfil cultural, social e econômico diferente dos jogadores de outros países.
- A adequação às normas e aos padrões técnicos, jurídicos e éticos do mercado brasileiro, que exigem transparência, qualidade e segurança para os operadores de iGaming.
- A conscientização e a educação dos consumidores, que devem ser informados sobre os riscos e as oportunidades dos jogos de azar e apostas online, bem como sobre as medidas de prevenção e tratamento do jogo problemático.
Perspectiva para o futuro
O futuro da indústria de iGaming no Brasil é promissor, mas depende de alguns fatores, como a conclusão da regulamentação, a entrada de novos operadores, a inovação tecnológica, a fidelização dos clientes, a responsabilidade social, etc.
É crucial pontuar que o país tem a oportunidade de se tornar um dos líderes mundiais do iGaming, aproveitando o seu potencial de mercado, a sua diversidade cultural e a sua paixão pelo jogo. Para isso, é preciso que haja uma visão estratégica, uma parceria entre o setor público e o privado, além de um compromisso real com a ética, a qualidade e a sustentabilidade.
Em suma, essa é de fato uma indústria em ampla expansão no território brasileiro, que pode trazer muitos benefícios para o país. Todavia, tal setor não deixa de ser um desafio que requer planejamento, preparação e profissionalismo.