Comissão de Relações Exteriores aprova acordo de Alcântara
21/08/2019 – 14:46 • Atualizado em 21/08/2019 – 15:52
Agência Câmara — A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou acordo assinado entre o Brasil e os Estados Unidos sobre Salvaguardas Tecnológicas relativas ao uso do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão (MSC 208/2019).
O acordo estabelece regras para o uso do centro de Alcântara por países que utilizam tecnologia americana – presente em 80% dos componentes de foguetes e lançadores.
O acordo, assinado em 18 de março em Washington pelos presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, Donald Trump e Jair Bolsonaro, foi aprovado por 21 votos favoráveis contra seis contrários.
O acordo contém cláusulas que protegem a tecnologia americana de lançamento de foguetes e estabelece normas de uso e circulação da base por técnicos brasileiros. De acordo com o relator, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), o acordo beneficia o Brasil e o Maranhão.
“Este acordo vai permitir que a base se viabilize e não fere a soberania nacional. Pelo contrário: permite soberania na área de tecnologia espacial”, disse.
O texto contou com votos favoráveis de deputados de partidos da oposição como PSB, PDT e PCdoB – ao qual pertence o governador do Maranhão (MA), Flávio Dino. Os deputados do PT, porém, votaram contra. Para o líder do partido na comissão, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o acordo fere a soberania nacional e restringe o uso de Alcântara por países que não fazem parte do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis, como a China.
“Não podemos concordar ainda com outros dispositivos, como a proibição de o Brasil poder usar o dinheiro arrecadado com os lançamentos para desenvolver um veículo lançador”, disse.
O presidente da comissão, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), comemorou a aprovação e destacou os votos favoráveis de deputados da oposição. “Isso prova que o projeto é bom. É bom para o Maranhão, para o desenvolvimento da região, é bom para os cofres públicos, é bom para a tecnologia nacional e é bom para os quilombolas que habitam a região. Ninguém quer privilegiar os Estados Unidos. Eles querem apenas resguardar seus segredos tecnológicos e não existe qualquer risco para a soberania nacional. A soberania nacional corre risco se nós continuarmos na dependência de outros países para lançarmos nossos satélites”, disse.
O acordo precisa ser aprovado ainda pelos Plenários da Câmara e do Senado.
Indicação
Depois da aprovação do acordo na comissão, Eduardo Bolsonaro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro vai manter a indicação do nome dele para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, medida que precisa ser aprovada pelo Senado depois de oficializada – o que ainda não ocorreu.
Ele negou recuo da parte de Bolsonaro. “Nunca existiu qualquer possibilidade de recuo da minha indicação. Está mantida e cabe aos senadores aprovarem ou rejeitá-la”, disse.
Ele rebateu ainda a interpretação de que sua indicação, pelo fato de ser filho do presidente da República, se enquadrada como nepotismo. “A súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal (STF) é clara e rejeita a possibilidade de nepotismo. A sabatina no Senado será um bom momento para mostrar que estou preparado para o cargo”, disse.
Reportagem – Lincon Macário
Edição – Antônio Vital
Alan C
22/08/2019 - 13h03
Algum pobre de direita imprestável pode explicar o que o BraZil ganha com isso pra eu poder rir um pouco? rs
NeoTupi
22/08/2019 - 12h10
O governo da Dinamarca recusou investida de Trump para comprar a Groenlândia. De repente o Bozo aproveita e vende a Ilha do Marajó aos Eua em troca da Victoria Secret instalar uma fábrica de calcinhas.
Pensando bem, Melhor não brincar com esse tipo de piada. Esse governo Bozo pode gostar da ideia.