Menu

Exportações brasileiras de petróleo batem recorde histórico

Segundo dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior, órgão vinculado ao Ministério da Economia, e divulgados mensalmente pelo sistema Comestat, o Brasil exportou um total de 61 milhões de toneladas de petróleo em estado bruto, faturando US$ 26 bilhões, no acumulado dos últimos 12 meses terminado em abril. É um recorde histórico absoluto, em volume […]

5 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Segundo dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior, órgão vinculado ao Ministério da Economia, e divulgados mensalmente pelo sistema Comestat, o Brasil exportou um total de 61 milhões de toneladas de petróleo em estado bruto, faturando US$ 26 bilhões, no acumulado dos últimos 12 meses terminado em abril.

É um recorde histórico absoluto, em volume e em valor.

Em valor, o Brasil chegou perto do patamar atual em 2011/12, quando as cotações estavam altíssimas, e o petróleo era exportado a 727 dólares a tonelada; e mesmo assim, a receita auferida foi de US$ 23 bilhões, menor que a de agora.

O preço médio de exportação do petróleo brasileiro, nos últimos 12 meses, ficou em 424 dólares por tonelada.

Segundo análise do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o aumento da cotação do petróleo, somado ao crescimento das exportações pela Petrobras, salvaram as contas públicas nacionais em abril, em função dos royalties e participações especiais pagos pela estatal aos cofres da União.

O aumento da oferta brasileira de petróleo explica o aumento do interesse geopolítico pelo Brasil.

Sem contar que ainda abrigamos um dos maiores mercados de derivados de petróleo no mundo. Com um transporte de mercadorias e passageiros extremamente concentrado em rodovias, com nossas cidades quase sem metrôs, VLTs ou transporte fluvial, o consumo de diesel e gasolina no país é imenso.

Outro fator a destacar é o baixíssimo percentual de petróleo já refinado, transformado, industrializado, exportado pelo país.

Os “óleos brutos de petróleo” corresponderam a 84% do total de volume de petróleo exportado nos últimos 4 meses; em valor, representaram 81%, conforme se pode verificar na tabela abaixo.

A participação de derivados de petróleo em nossas exportações ainda é pouco expressiva, apesar de ter crescido bastante este ano. O item “fuel oil”, ou “óleo combustível”, por exemplo, que é um tipo porém com baixo valor agregado, experimentou forte alta nos quatro primeiros meses deste ano.

A gasolina representou apenas 3,6% do valor total de petróleo exportado e o óleo diesel, que é um dos derivados mais nobres, somente 0,1%.

 

É interessante comparar com os EUA. Segundo a Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA), os Estados Unidos vem aumentando de maneira dramática suas exportações de petróleo, reconquistando o primeiro lugar no mundo, posição que ocuparam durante muitas décadas até a II Guerra.

Entretanto, ao contrário do Brasil, os Estados Unidos exportam a maior parte de seu petróleo já industrializado. Até 2017, mais de 80% do petróleo americano era exportado já refinado ou industrializado.

A partir de meados de 2018, com o crescimento impressionante da produção americana de petróleo, a participação do óleo cru na exportação total do fóssil aproximou-se de 30%, e em fevereiro de 2019 já representava 35% das exportações totais de petróleo.

Observe que estamos falando de percentuais sobre quantidade exportada. Ainda não conseguimos os dados atualizados com os valores exportados. Como o produto industrializado é vendido por um preço maior, se olhássemos a participação deles no total da receita obtida, o percentual seria muito superior.

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

LUPE

20/05/2019 - 23h02

Caros leitores

É o pré sal Doadado pelo eleito direita
a até US$ 0,34 o barril ,
idiotas.
Quem não quer comprar?

Petróleo do présal baratinho
que vai pros States,
idiotas,
e é refinado e volta
a preço de banana ,

sob a forma de gasolina e diesel, idiotas.

E você, eu , enchemos os tanques de nossos carros a R$ 5,00 ,
quando a Petrobrás

(que tá nas mãos de inimigos)
diz que podia ser R$ 2,40 , e com bom lucro.

Cada litro de gasolina , com isto,
dá um lucro boçal
à Petrobrás
(que tá nas mãos de inimigos)

Mesmo raciocínio para você, caminhoneiro.

Com isso
o lucro da Petrobrás
(que tá nas mãos de inimigos)
dá aos acionistas

(principalmente os acionistas americanos ) um ótimo lucro.

Às nossas custas,
idiotas.

Principalmente vocês bossalnaristas. bossalmínions……………………

Que merda ter que seguir a manada de idiotas. Bossalnaristastas, na atualidade.

Nós proprietários de carros , e vocês caminhoneiros

Giovani Mota Moreira

20/05/2019 - 14h39

Pois então, exportações de petróleo bruto aumentam quase 14% e a produção diminui em torno de 1% no mesmo período o que significa dizer que o GOLPE/2016 está cumprindo suas funções vez que exportamos mais matéria-prima deixando de processá-la na indústria nacional. Outras commodities também terão este tratamento até terminarem com a indústria nacional e os empregos e com isso voltarmos a ser meros exportadores de matérias-primas.

    Gilmar Tranquilão

    20/05/2019 - 14h50

    Mas não foi golpe não! kkkkkkkkkkkkkk

    Alan C

    20/05/2019 - 15h25

    É mais do que óbvio que foi golpe, construído aos poucos por think tanks americanos junto à direita e ao judiciário brasileiro, não há argumento que negue isso, aliás, eu queria muito saber a justificativa dos editoriais de blogs tipo Anta-Agonista sobre o golpe que eles diziam (mentindo, lógico) que tudo iria melhorar e tudo piorou.

    Vejam os quadros de exportações de óleo refinado (Miguel, sugiro um quadro 2015-2019), de produção de petróleo brasileiro, da abertura feita pelo bandido Pedro Parente à centenas de empresas americanas de derivados para ganharem dinheiro por aqui, o programa de “desinvestimento” para uma empresa que tem um dos maiores potenciais do mundo e tem (ou tinha) a jazida de óleo e gás mais promissora do planeta. O indício de crime contra a pátria é simplesmente gigantesco, imensurável.

    Aí bolsominion imbecilizado pelo Jornal Nacional vai falar que a Dilma pedalou rs…………

      Miguel do Rosário

      20/05/2019 - 15h43

      Amanhã darei sequência, falando da importação de derivados. Estamos exportando cru e importando derivados, como se tivéssemos voltado ao século XVII.


Leia mais

Recentes

Recentes