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Partidos de direita também atacam aspectos antipobre da reforma da previdência

Maia apoia retirada do BPC e da aposentadoria rural da reforma da Previdência O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que é positiva a iniciativa de diversos partidos da Casa de propor a retirada das alterações das regras do Benefício da Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural da reforma da Previdência (PEC 6/19). Para […]

12 comentários
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Crédito: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Maia apoia retirada do BPC e da aposentadoria rural da reforma da Previdência

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que é positiva a iniciativa de diversos partidos da Casa de propor a retirada das alterações das regras do Benefício da Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural da reforma da Previdência (PEC 6/19). Para Maia, esses dois temas são polêmicos, dificultam o diálogo com a sociedade sobre a necessidade da reforma e têm baixo impacto fiscal.

“Retirando esses dois temas, nós não vamos tratar dos brasileiros que ganham menos, que estão no BPC. Vamos focar o trabalho da Câmara naqueles que podem, de fato, contribuir com a reorganização do sistema previdenciário brasileiro”, destacou Maia.

Maia voltou a destacar a necessidade urgente da aprovação da reforma da Previdência para as contas públicas do País. Segundo ele, os parlamentares precisam olhar o cenário futuro de uma profunda crise econômica caso a reforma não seja aprovada.

“É um cenário muito ruim, aumento do desemprego, da pobreza, perda da renda. Minha preocupação é só essa. O dólar a mais de R$ 4, taxa de juros a mais de 8%, pobreza aumentando, esse é o cenário que precisamos solhar e olhar qual o impacto dessa aprovação”, afirmou o presidente.

Posição conjunta

Treze partidos (PR, SD, PPS, DEM, MDB, PRB, PSD, PTB, PP, PSDB, Patriotas, Pros e Podemos) apresentaram documento se posicionando contra a inclusão do BPC e da aposentadoria rural na proposta de reforma da previdência.

Os deputados também são contrários à desconstitucionalização da Previdência. Pela proposta do governo, as principais regras ficariam de fora da Constituição e as mudanças ocorreriam por meio de leis complementares. O líder da maioria, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que os partidos não vão permitir que as novas regras atinjam os mais necessitados.

“Como forma de garantir a segurança jurídica a todos que serão impactos por essa tão e necessária reforma, não permitirão a desconstitucionalização generalizada do sistema previdenciário do País”, disse o líder.

Oposição

Por sua vez, partidos de oposição também se manifestaram contra o texto da reforma. Em reunião, seis partidos (PT, PCdoB, PSB, PDT, Rede e Psol) defendem a rejeição completa da reforma da Previdência. Para o líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), os partidos de oposição estão unidos contra os pontos da reforma, que, segundo ele, atingem os mais pobres.

“Lutaremos para impedir que essa proposta seja aprovada. Se for aprovada, vai agravar a principal chaga do Brasil, que é a desigualdade social e, por isso, não a toleramos”, criticou Molon.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira

Publicado na Agência Câmara Notícias

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Comentários

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Ivan

27/03/2019 - 11h02

Esses 13 partidos são 281 deputados.

Acho bom a bozolândia colocar as barbas de molho….

brasileiro

27/03/2019 - 10h40

Já vi uma tabela que colocava os pingos nos ‘i’s. ~90% da previdência contribuía mais, recebia menos e era responsável por ~200 bilhões. Os restantes, judiciário, legislativo, executivo e militares, comiam 200 bilhões. E ainda querem tirar o pobre da previdência social, palhaçada.

    Paulo

    27/03/2019 - 12h19

    Brasileiro, você foi vítima da guerra de desinformação patrocinada pela mídia. Os servidores públicos (falo no âmbito federal) consomem R$ 90 bilhões (dados de 2018) e arrecadam cerca de R$ 45 bilhões. Ou seja, o “déficit” de R$ 45 bilhões não é déficit de verdade, porque constitui a parte do patrão (no caso, a União). E sai até barato para a União, pois, no Regime Geral, o patronato contribui com o dobro da contribuição do empregado, aqui, fica “pau-a-pau”. Cuidado com a mídia comprometida com os banqueiros! Não entre nessa de demonizar o servidor público, como o Vampirão tentou fazer para engambelar a população e torná-la menos refratária à malfadada Reforma, que também a atinge gravemente!

      brasileiro

      27/03/2019 - 14h41

      Não mesmo. A maioria dos aposentados pelo INSS ganham um salário mínimo. Enquanto executivo, judiciário, legislativo ganham aposentadoria integral. É claro que a mamata é defendida com unhas e dentes.

        Paulo

        27/03/2019 - 17h26

        Lá atrás, há mais de 35 anos, havia uma quimera no horizonte chamada concurso público, até hoje, a instituição mais democrática do país. Você se sacrificava estudando até sob luz de velas, abria mão de sábados, domingos e feriados, empregava recursos de que mal dispunha e alguns anos de sua vida, se preparando. Não precisava ser bonito, bem relacionado ou ter padrinho famoso. Bastava uma coisa: capacidade, preparo. O contrato era o seguinte: você vai se dedicar em tempo integral ao seu cargo, sem poder exercer qualquer outra atividade empresarial, vai trabalhar tantos anos, com estabilidade (só sai se quiser ou se cometer algum desatino grave) e, se chegar lá, aposentadoria integral e paridade com os ativos. Qualquer um poderia ser servidor. Era aberto a todos que dispunham de formação exigida. Passados todos esses anos, o “patrão” vem até você e diz: “sinto muito, mas eu não tenho como arcar com o combinado, aliás, nem fui eu quem combinou com você, então, é o seguinte, você vai ficar mais 10 anos – afinal, você já ficou outros 10 com as Reformas anteriores, então, não tem do que reclamar – se quiser isso aí tudo, talkei!? E olha que o fator previdenciário ainda pode te pegar, não pense que é pessoal, mas você trabalha pouco, ganha muito e é um privilegiado (mesmo você tendo sido um servidor assíduo, trabalhador e dedicado, que, algumas vezes, até pagou pra trabalhar, quando a repartição não tinha recursos). Tá certo que eu recebo duas aposentadorias e quando largar isso daqui abiscoito mais uma, mas, sabe como é, né, direito adquirido”.

        Taria bom pra você, brasileiro?

          brasileiro

          27/03/2019 - 17h59

          Não existe em nenhum país sério do mundo, emprego público com estabilidade e salário alto. E não to falando de 5 mil que é o teto do INSS não, tem cargo de ensino médio ganhando mais de 10 mil por mês com aposentadoria integral. Se fosse para professor séria ótimo, mas infelizmente é só burocrata.

          Sem falar que não é todo mundo que toma leite com pêra no café da manhã.

          Paulo

          27/03/2019 - 21h35

          Meus pais eram migrantes do interior de SP que vieram para a Capital na década de 50 do séc. passado. Eram semi-analfabetos (ensino primário, até 4ª série, como antigamente se designava), vindos de um mundo rural. Fiz escola pública a vida toda (exceto uma das Faculdades). Sempre fui educado no sentido de me diferenciar, de superar as agruras que eles suportaram e ainda suportavam, durante minha infância e adolescência. Não sei o que você chama de “leite com pera”, mas tudo que eu conquistei foi com méritos próprios e da minha criação. Respeite isso que te fará bem e aos seus! Eduque-os da mesma forma, se é que meu conselho lhe vale de algo….quanto ao teto do INSS, não se preocupe, já tá valendo também para os que ingressam agora no serviço público (não há nenhuma reforma nesse quesito)…

          brasileiro

          28/03/2019 - 10h15

          Pegando o menor trecho do meu texto e esquecendo o principal? Tá defendendo com unhas e dentes a boquinha?

          All

          27/03/2019 - 21h05

          Paulo, acho que vc tá querendo entrar no discurso da meritocracia né?

          Serviço público no Brasil é via de regra mal executado.

          Raro é o servidor público que te recebe com gentileza.

          Se lá atrás “você” foi enganado, que culpa tem os que não tem “mérito” pra bancarem tua aposentadoria integral aos 50 anos?

          Paulo

          27/03/2019 - 21h38

          Os servidores públicos são brasileiros como você. E, pela experiência na área, posso te garantir que se o serviço não é de melhor qualidade não é culpa exclusiva – muito menos preponderante – do servidor. Se é que têm culpa, na maioria dos casos. Se você estivesse lá, seria segundo todas as probabilidades igual a eles…

      Vicente P Oliveira

      27/03/2019 - 21h01

      O trabalhador celetista se aposenta com um teto R$5.000 o funcionario publico com o salario integral mais trocentos penduricalhos, mais não sei quantas ações na justiça exigindo mais”direitos”,e são no geral um bando de reacionarios que adoram estufar o peito e dizer ,sou concursado,como se o fato de ter sido aprovado em um concurso os transfomamassem em seres superiores.

        Paulo

        27/03/2019 - 21h40

        Não são superiores a ninguém. Apenas exigem que o contrato seja cumprido. Se querem mudar – e já mudaram muito, embora vocês pareçam desconhecer – que deixem isso claro a quem presta um concurso público. O COMBINADO NÃO SAI CARO!


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