21/03/2019 – 14h54
Oposição cria frente contrária à reforma da Previdência
Seis partidos integram a frente, juntos têm 132 votos na Câmara, o que não é suficiente para barrar a reforma no Plenário. São necessários 308 votos para aprovar a proposta
Seis partidos de oposição ao governo decidiram nesta quinta-feira (21) lançar uma frente parlamentar contrária à reforma da Previdência (PEC 6/19) na próxima terça-feira (26). São eles: PDT, PT, PSOL, PSB e PCdoB.
Para o líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), a decisão marca uma reunificação dessas legendas que formaram blocos separados logo no início da legislatura, sendo que o PCB não tem representação na Câmara.
Juntos, eles têm 132 votos na Câmara e são necessários 308 para aprovar a reforma em Plenário.
Entenda como será a tramitação da proposta de reforma da Previdência
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirma que os votos necessários para barrar a reforma virão de outros partidos. “Buscando outros parlamentares, independentemente de suas legendas, além de uma grande articulação com a sociedade brasileira para construção de um grande movimento cívico nacional.”
Para André Figueiredo, o saldo da reforma é bastante negativo para os trabalhadores em geral. “Da maneira como foi proposta, a reforma vai causar um grande malefício à base da pirâmide, às pessoas que não têm mais o que perder porque já perderam tudo. Então temos que fazer essa grande articulação e esses partidos estão extremamente unificados nessa ação.”
Conheça os principais pontos da proposta de reforma da Previdência
Deficit público
Mas o governo tem afirmado que a reforma previdenciária não seria uma opção. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem destacado a situação das contas públicas e alertado para necessidade da reforma. “Para retomar o crescimento econômico, recuperar a estabilidade fiscal e, principalmente, evitar o colapso do regime previdenciário brasileiro”.
Guedes ressaltou ainda que todas as aposentadorias e até mesmo os salários dos servidores públicos estariam em risco. “Porque o Estado está em ritmo acelerado rumo à insolvência.” A reforma da Previdência pretende economizar R$ 1 trilhão nos próximos dez anos.
Íntegra da proposta:
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes
Publicado na Agência Câmara Notícias
Na manhã de hoje, fizemos uma articulação com as lideranças do PSOL, PCdoB, PT e PSB para alinhar a unificação de ação contra a Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro.@lidicedamata @pauloteixeira13 @Glauber_Braga @julianopsol50 @jandira_feghali @wsorrentino @fernandapsol pic.twitter.com/GC0omoUuPS
— André Figueiredo🌹🇧🇷 (@andrepdt12) March 21, 2019
Hoje promovemos uma reunião das direções partidárias do PSOL, PT, PDT, PSB e PCdoB para discutir as estratégias para enfrentar a reforma da previdência de Bolsonaro. É mais um esforço pela unidade da esquerda e centro-esquerda em defesa dos direitos do povo brasileiro.
— Juliano Medeiros (@julianopsol) March 21, 2019
PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede lançarão na próxima terça-feira a frente de esquerda para defender o Brasil, a Constituição e a previdência pública contra os ataques do governo Bolsonaro. pic.twitter.com/vD16EVRM3X
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) March 21, 2019
Paulo
21/03/2019 - 18h49
Uma coisa é certa: se aprovarem essa Reforma, na forma do projeto, os frutos serão amargos para toda a sociedade, e, possivelmente, irreversíveis, no futuro. Talvez implique, até, no fim da Previdência Pública, e, com ela, o fim das esperanças de uma vida segura e saudável na velhice…
Carlos Eduardo
21/03/2019 - 16h19
Esta coalizão precisa conquistar 74 deputados de outros partidos, não vai ser fácil.