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Hoje tem atos contra o genocídio indígena por todo o Brasil

Um dos grupos mais escancarada e pesadamente prejudicados pela ascensão de Bolsonaro e sua ideologia macabra ao poder são os povos indígenas. Os índios são historicamente acossados pelos detentores do poder econômico e sua insaciável sede por dinheiro. As terras que os povos originários do nosso país usam para plantar, colher, criar seus filhos e […]

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Um dos grupos mais escancarada e pesadamente prejudicados pela ascensão de Bolsonaro e sua ideologia macabra ao poder são os povos indígenas.

Os índios são historicamente acossados pelos detentores do poder econômico e sua insaciável sede por dinheiro. As terras que os povos originários do nosso país usam para plantar, colher, criar seus filhos e realizar suas cerimônias religiosas – viver, afinal – são vistas apenas como grandes cifrões pelos olhos submersos na ilusão capitalista.

O discurso abertamente preconceituoso de Bolsonaro é combustível para que as violências contra os povos indígenas intensifiquem-se no próximo período. A primeira ação prática do governo quanto ao tema não é combustível, mas o fogo em si: a transferência da competência de demarcar terras da Funai para o Ministério da Agricultura é uma afronta à existência dos povos nativos do Brasil.

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB, somente no mês de janeiro pelo menos seis invasões foram confirmadas em territórios dos povos tradicionais, em diferentes regiões do país.

No Pará, a Terra Indígena Arara foi invadida por madeireiros.

Em Porto Alegre (RS), a disputa dos índios Guarani-Mbya se dá com uma imobiliária. Foram registrados tiros para o alto em mais de uma ocasião, seguidos de ameaças de morte caso as famílias indígenas não se retirem do local.

Diante deste quadro sinistro, a resistência se intensifica.

A APIB lançou a campanha “Sangue Indígena, Nenhuma Gota a Mais!”. Leia aqui a nota da Articulação, chamando para os atos contra o genocídio indígena que acontecem hoje, por todo o Brasil e também no exterior.

Confira os locais e horários (em Porto Alegre o ato será às 17h, no Largo da Epatur – Largo Zumbi dos Palmares):

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Pedro Breier

Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.

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Comentários

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Paulo

31/01/2019 - 18h50

Eu acho que, até que sejam assimilados pela população brasileira, os indígenas devem merecer todo o nosso respeito e reconhecimento do direito às reservas e ao seu usufruto (permanecendo estas, porém, como terras da União). Uma vez assimilados (infelizmente, será impossível manterem-se incólumes à ação da civilização), eles próprios devem ter o direito à repartição das terras e aos títulos de propriedade respectivos, sendo tratados como qualquer cidadão brasileiro…


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