Segundo matérias publicadas na imprensa hoje, o PSL, partido de Bolsonaro, deve ganhar mais três deputados, ampliando sua bancada na Câmara Federal para 55 parlamentares.
O PT, por sua vez, perdeu 1 parlamentar, condenado por improbidade administrativa, e agora tem igualmente 55 deputados federais.
O novo infográfico, com as novas bancadas, pode ser visto na imagem acima.
Eu preparei ainda uma tabelinha, com dados da própria Câmara, com a quantidade de votos dos partidos de esquerda, e alguns outros, em 2014 e 2018.
O PT perdeu 25% em quantidade de votos, em 2018, mas ainda é a legenda com mais votos no campo da esquerda, recebendo 10,12 milhões de votos em 2018, ou 42% do total dos votos dados às legendas do campo progressista.
A legenda que mais sofreu foi o PCdoB, que perdeu 30,5% de seus votos para a Câmara Federal. A ausência de Manuela D’Ávila, importante puxadora de votos (ainda mais após uma participação bastante positiva, durante alguns meses, como candidata a presidente) na eleição para deputado federal pelo Rio Grande do Sul, prejudicou a legenda, cuja participação no conjunto total de votos populares dados a deputados do campo progressista, caiu de 7% para 5,5%.
PSB experimentou uma queda de 14% na quantidade de votos obtidos por seus candidatos a deputado federal, o que fez sua participação no total das legendas progressistas oscilar para baixo 1 ponto percentual, para 22%.
A votação dos deputados trabalhistas, por sua vez, experimentou um crescimento expressivo de 32% em 2018, fazendo a participação do PDT no conjunto das forças de esquerda saltar de 13% para 19%.
O PSOL foi a legenda que mais ganhou votos: seus candidatos a deputado obtiveram um total de 1,7 milhões de votos em 2018, quase 60% a mais que na eleição anterior. Com isso, sua participação relativa no grupo dos partidos de esquerda cresceu de 6,5% para 11,5%.
Wilton Santos
30/01/2019 - 21h13
Impressionante como apesar dos ataques sistemáticos da mídia e do judiciário o PT conseguiu eleger uma bancada significativa. No Amapá todos os candidatos do PT foram impugnados. No Rio de Janeiro o candidato mais votado do partido também teve a sua candidatura impugnada.
Isso sem contar a manobra suja do recadastramento biométrico que impediu mais 3 milhões de eleitores de eleitores, a maioria do nordeste, votassem. Também teve a manobra suja do Dias Toffoli de bloquear 400 milhões do orçamento do Estado de Minas Gerais na véspera das eleições para prejudicar a candidatura do PT em um dos principais redutos do partido.
Foram tantas as manobras para destruir o PT que chama a atenção o partido chegar no 1º turno com cerca de 30% dos votos com um candidato fraco como o Haddad e eleger a maior bancada na Câmara.
Outro fator determinante foi a boca de urna feita pela direita, com mais de 10 milhões de disparos no whatsapp caluniando o partido e influenciando decisivamente no resultado das eleições.
Não foi uma eleição normal. Muito pelo contrário, foi uma verdadeira fraude em grande escala. A maneira como táticas sujas subverteram o resultado é que deve ser analisado com muita atenção.
Nessas eleições, resultado em si não importa tanto, o que realmente importa é saber exatamente como as táticas de steve Bannon influenciou no resultado eleitoral.
JC
31/01/2019 - 18h20
Grandes coisas. Tem um eleitorado cativo e estático. Partido é tóxico pra qualquer aliado que se grude a ele porque extermina o crescimento desses aliados. Tá na hora de aceitar ser coadjuvante quando assim o momento pedir.
Exige submissão à quem se alia quando está na condição de mais forte, mas vende a alma quando sabe que depende de algum grandão.
Tem blogue agora atacando Renan Calheiros. Votou contra Dilma, como prêmio ganhou um abraço do Lula e agora se alia ao bolsonarismo.
A oposição está fugindo de depender do PT porque é simplesmente impossível o PT dividir protagonismo.
Não dá pra falar que é gigante quando tem 11…12% da Câmara mas quando somados com os aliados que ele não deixa crescer não chegam a mais de 25…30%. Por isso daqui até o final do governo, qualquer bloco de oposição encabeçado pelo PT vai tomar surra em votação.
Marco Mendonça
30/01/2019 - 13h48
Essa fonte de dados é mais confiável que a wikipedia:
http://cepesp.io/
Miguel do Rosário
30/01/2019 - 16h55
Sim, eu estava usando o Cepesp, mas não estavam batendo com a matéria da Folha usa os dados da Câmara, que são a base para o Wikipédia. Mas vou fazer agora com o Cepesp, para ver como fica.
Marco Mendonça
30/01/2019 - 21h25
O que eu fiz ficou assim:
https://drive.google.com/open?id=1fdCQI6DaM4cURtGwfF94V1auBxQtjjf0