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A entrevista de Haddad ao DN

No DN Fernando Haddad, ex-candidato do Partido dos Trabalhadores à presidência brasileira, faz um balanço negativo das primeiras semanas do governo de Jair Bolsonaro, fala dos escândalos que envolvem ministros e um dos filhos do atual residente do Palácio da Alvorada, mas também do futuro do PT e do seu regresso ao trabalho na universidade. […]

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No DN

Fernando Haddad, ex-candidato do Partido dos Trabalhadores à presidência brasileira, faz um balanço negativo das primeiras semanas do governo de Jair Bolsonaro, fala dos escândalos que envolvem ministros e um dos filhos do atual residente do Palácio da Alvorada, mas também do futuro do PT e do seu regresso ao trabalho na universidade.

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Numa entrevista ao DN, refere ainda os desafios da esquerda face ao crescimento da extrema-direita e comenta a polémica com a presença da líder do PT, Gleisi Hoffman, na tomada de posse de Nicolás Maduro na Venezuela, quando vários países não reconhecem o seu mandato.

Que balanço faz destas primeiras semanas de governo de Jair Bolsonaro?

Na verdade, os democratas brasileiros estão apreensivos. Porque, numa visão mais formal de democracia, que é aquela do senso comum, elege-se um presidente, ele toma posse, começa a implementar o seu plano de governo… Mas nós sabemos que democracia não é isso. Democracia é um ambiente político em que cada cidadão, independentemente da sua religião, da sua ideologia, da sua orientação sexual, da sua cor de pele, se sinta seguro. E gozando plenamente dos seus direitos. Nesse particular, penso que o governo de Bolsonaro representa uma ameaça imediata a determinados grupos sociais.

Penso que a liberalização da posse de armas, por exemplo, coloca as mulheres em risco. Um país que tem muita violência doméstica agora vai contar com uma arma dentro de casa. A questão indígena, LGBT, os cientistas brasileiros que não se sentem mais tão à vontade, porque têm as suas teses contestadas por um fundamentalismo de tipo religioso. Mesmo os professores nas salas de aulas estão a ser provocados, os estudantes estão sendo incitados a filmar os seus professores e denunciá-los, caso haja uma suspeita, que ninguém entende muito bem qual, de doutrinação. Os líderes de movimentos sociais estão sendo ameaçados de serem confundidos com terroristas, por exemplo. Então, há uma série de iniciativas muito intimidatórias.

Mas, em termos de medidas concretas, já houve alguma coisa que tenha chamado a atenção?

A liberalização de armas…

Foi o mais forte…

Não foi o mais forte. Houve uma desestruturação de órgãos de Estado que zelavam por determinados princípios. As pessoas nomeadas não são as mais indicadas para as determinadas tarefas. O nosso chanceler [chefe da diplomacia], por exemplo, tem uma visão de mundo completamente desatualizada, parece que saiu da Idade Média. O nosso ministro da Educação coloca em risco a escola laica. São uma série de procedimentos que já foram adotados e que colocam a nação mais ilustrada em estado de atenção.

A nível internacional também se ouve falar de uma série de escândalos ou de frases como a da ministra que disse que “menino veste azul, menina veste rosa”. Como é que analisa este discurso da parte do governo de Bolsonaro?

O governo Bolsonaro divide-se em três núcleos. Um de natureza religiosa, fundamentalista, do qual a Damares Alves faz parte, mas eu considero que o chanceler, o ministro da Educação e também o ministro do Ambiente compõem um quarteto anticientífico, fundamentalista, quase pré-moderno, antiglobalista, terraplanista, enfim, tudo o que se teme contra a ciência, contra a modernidade. Há um núcleo neoliberal, que pretende vender as empresas estatais e desregulamentar os mercados em desfavor dos trabalhadores e há um núcleo que eu diria que é dos militares e do ministro da Justiça que faz o papel de poder de tutela para dentro do governo e de intimidação para fora. Os direitos civis, políticos, sociais e também ambientais estão nesse contexto de alguma maneira em atenção.

Outra polémica de que se tem falado é do dinheiro que entrou nas contas do filho do presidente. O que é que isto lhe revela?

O maior jornal do país, a Folha de S. Paulo, fez uma matéria muito criteriosa no ano passado, ainda antes da eleição, mostrando uma evolução patrimonial da família incompatível com os rendimentos de um deputado. Imaginem vocês uma família de estrato simples, um capitão da reserva, filhos com uma formação ainda precária, amealhar um património apenas imobiliário da ordem de 15 milhões de reais. Estamos falando de mais de quatro milhões de dólares. É muito difícil, a não ser por herança, é muito difícil. E aí foram buscar explicação para isso. De certa maneira, esse escândalo tem que ver com os relatório de investigação das próprias autoridades governamentais em torno das transações financeiras da família e da suspeita de que a evolução patrimonial não pode ser explicada. Aí, uma série de personagens que cercam a família que teriam servido de prepostos para um esquema de enriquecimento.

Acha que isso pode virar-se mais tarde contra Bolsonaro?

Já há um desgaste nas redes sociais. Acho que ainda não atingiu o grande público, mas as pessoas que têm mais tempo durante o dia para se informar, têm mais acesso à informação, frequentam as redes sociais, começam a ficar incomodadas com esse tipo de notícias.

Falou nas redes sociais, na campanha pareceu um pouco mais respeitoso para com o presidente. Agora, no Twitter, chamou-o até de Bozo [um palhaço dos EUA que fez sucesso no Brasil]. Porquê esta mudança de tom?

Na verdade, eu só respondi a um tweet muito mal-educado dele. Eu retweetei uma matéria da Deutsche Welle, uma matéria muito séria de um jornalista alemão que estava muito preocupado com o Brasil e em que dizia que o obscurantismo estava tomando conta do país, que as pessoas estavam ouvindo mais um pastor conhecido lá dos brasileiros chamado Silas Malafaia do que o Kant. Brincando com essa situação, mas demonstrando uma grande preocupação com isso. Eu retweetei a matéria e o próprio presidente, já empossado, tomado de fúria, me destratou num tweet que considerei completamente inadequado para um chefe de Estado e, aí sim, eu tomei a liberdade de chamá-lo como as pessoas o chamam nas redes sociais. Uma brincadeira com o seu nome. Ainda assim, na minha opinião, fui bastante respeitoso, comparado com os termos que ele utilizou para se referir à minha pessoa.

Falando do Partido dos Trabalhadores, que nos últimos anos saiu abalado de toda a situação… Que futuro é que tem o PT?

Eu diria que o sistema político saiu abalado, porque o que se revelou ao país é que o sistema empresarial de financiamento eleitoral não funciona. Coisa que o PT sempre disse, mas fez muito pouco para mudar, essa é que é a verdade. Sempre denunciámos como um equívoco o financiamento empresarial, sempre defendemos, inclusive estatutariamente, o financiamento público de campanha, que é o atual sistema de financiamento, graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou inconstitucional o financiamento empresarial. Mas essa estrutura de financiamento empresarial é muito cinzenta, porque a distância entre o lícito e o ilícito é muito pequena, fica tudo muito pouco claro, pouco transparente. Acho que até gente muito correta acabou sendo alvo de especulação. O que é ruim para todo o mundo. Porque o ideal é que a justiça separe o joio do trigo, mas preserve o trigo, mas no Brasil o trigo não foi preservado. E o Bolsonaro é uma manifestação dessa dinâmica de falta de discernimento, que tem como causa um sistema muito pouco transparente e que dá margem a muitas interpretações.

Mas qual será o futuro do PT?

O PT ganhou quatro eleições consecutivas, o que não é simples, e quase ganhou uma quinta, essa de 2018. Em alguns momentos do período eleitoral nós imaginávamos que podíamos ganhar a eleição. E não fosse a última semana do primeiro turno, onde uma avalanche de fake news tomou conta do país, a meu respeito e a respeito da minha vice, a minha candidata a vice, acho que entraríamos no segundo turno com muita condição de ganhar. E, mesmo com isso, nós entrámos no segundo turno com muita condição de ganhar. E mesmo com isso, na última semana, nós diminuímos a metade da diferença que nos separava do Bolsonaro. E tem gente que disse que com um bocadinho mais de tempo nós conseguiríamos até reverter a situação. Mas enfim. Eu acho que o PT vai voltar para a oposição numa condição, num certo sentido privilegiada, porque já foi governo e está um partido mais amadurecido, nós já fomos oposição no passado sem termos passado pelo governo, e temos quadros de excelente nível para oferecer ao país alternativas a Bolsonaro.

Nesse cenário, qual é o papel de Lula. Estando detido, é uma mais-valia ou uma menos-valia para o PT?

O Lula é um ativo extraordinário. Com todos os ataques que sofre, há anos, estando preso há quase um ano, Lula em abril completa um ano preso, portanto daqui a pouco mais de dois meses, o Lula mantém um prestígio extraordinário em relação à população, que considera o seu legado um dos mais importantes da história do país. Nós vamos manter a nossa defesa do presidente até que apareça uma prova, o que não acreditamos que vai ocorrer. Mas uma prova como essas que estão aparecendo contra os adversários, uma prova que efetivamente diga porque é que ele está cumprindo uma pena. Não há um convencimento por parte do seu eleitorado de que ele está preso por razões muito justas. Apresentem uma prova, e o assunto está encerrado, mas uma prova convincente. Então, nós vamos manter evidentemente a campanha, inclusive junto à ONU, que pediu que ele fosse candidato, que o seu direito a concorrer à presidência fosse garantido pelas autoridades brasileiras. Isso não ocorreu. Agora haverá um julgamento na ONU, definitivo sobre o tema, mas manteremos essa campanha. Mas o PT tem de olhar ao futuro e posicionar-se em relação ao governo Bolsonaro. Mas o Lula, como você disse, é um ativo do PT.

E no seu caso, não tem neste momento um cargo político. Vai voltar a dar aulas. E na política? É o fim ou está a planear algo a longo prazo?

Eu optei por não viver da política, desde sempre, e fiz política a vida toda. Eu fui do movimento estudantil, fui para a universidade, entrei nos governos como técnico, fui ascendendo, me tornei ministro, prefeito, candidato a residente, de maneira que voltar para salas de aulas não é abandonar a política, é fazer a política de outra maneira. Eu estou acompanhado aqui do ex-ministro, ex-governador do estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que também não tem cargo e me acompanha nessa viagem em que estamos a conversar com a esquerda ilustrada da Europa, estivemos com Felipe González, com José Luis Zapatero, viemos visitar as autoridades portuguesas, temos três dias de trabalho pela frente, fazendo um apanhado do que é possível para enfrentar essa onda obscurantista que está tomando conta. Tem o Vox na Espanha, que está deixando o país preocupado com essa onda, temos na Itália problemas com o [Matteo] Salvini, enfim. Em todo o canto do mundo há uma preocupação muito grande com essa escalada da intolerância, da xenofobia, da misoginia, enfim, tudo o que não se deseja numa democracia. Queremos instituições estáveis que combatam a desigualdade, que combatam a intolerância, sempre na direção de uma sociedade emancipada, em que os indivíduos se sintam plenos, seguros, mais iguais, com oportunidade de trabalho e de educação. Essa é a luta da esquerda mundial.

Acha que é importante uma união da esquerda para combater a extrema-direita?

Acho que estamos num momento em que precisamos de conversar mais. Precisamos organizar uma rede de troca de experiências, de troca de informações, nós precisamos nos prevenir sobre o mau uso que está sendo feito pelas redes sociais, do dinheiro nem sempre lícito que é usado para a promoção de fake news. Temos de preservar a democracia, porque a democracia não convive com esse tipo de prática. Nós temos de nos prevenir e sempre valorizar os princípios da tolerância e, no campo da economia, a luta contra a desigualdade não pode arrefecer. O mundo está correndo o risco de se tornar mais desigual e isso é fonte de instabilidade, de guerras, de privação, tudo o que nós não desejamos para nenhum ser humano.

Falou dos valores democráticos, mas um dos temas polémicos a envolver o próprio PT foi a presença da líder do PT na tomada de posse do presidente Nicolás Maduro, na Venezuela, cujo mandato não é reconhecido por muitos países, incluindo na Europa. Como é que você vê a presença do PT nessa tomada de posse?

Eu até dei recentemente uma entrevista para o El País, em Espanha, sobre o assunto, tentando esclarecer a posição do PT, o que é que é senso comum do PT. Nós não podemos permitir a ingerência externa na vida da Venezuela, muito menos militar. O Lula foi um presidente que evitou o conflito militar durante todo o período do [Hugo] Chávez e conseguiu excelentes resultados, mediando um grupo de amigos da Venezuela, uma série de providências para mediar as tensões e manter um ambiente o mais saudável possível. Temos uma crise económica que é, em parte, devido ao governo mas não só, teve uma queda do preço do petróleo que trouxe enormes privações para o povo venezuelano. Temos de acompanhar e ajudar a Venezuela a encontrar uma solução. Penso que um grande exemplo que foi dado recentemente foi o posicionamento do México. O López Obrador, assim que tomou posse, colocou-se à disposição da Venezuela para mediar os conflitos. Eu acho que ele tem estatura e confiabilidade suficiente para servir de mediação. Se eu tivesse sido eleito presidente me somaria aos esforços do López Obrador nessa mesma direção. Nós não queremos conflito no nosso continente, muito menos militar, queremos resgatar um ambiente democrático na Venezuela, e os países tem de ajudar nessa direção mediando.

Mas não acha que estar presente naquela tomada de posse é legitimar o presidente Maduro a nível internacional?

Havia 96 delegações presentes. Eram mais na posse do Maduro do que na de Bolsonaro. Acho que se exagera um pouco. O posicionamento foi muito mais no sentido de dizer que não é correto o que se está engendrando, falar em base militar americana no Brasil… Esse tipo de assunto não interessa a um país que deu tantas demonstrações de apreço à paz, como o Brasil deu, essas ameaças veladas, acho que o povo brasileiro não concordaria com a instalação de uma base militar em solo brasileiro, por exemplo.

Mas já foi negado…

Já foi negado e desnegado. Uma coisa estranha. Se for levar em conta as idas e vindas, não se acredita em nada mais no Brasil, porque já são muitos recuos.

Acha que será só esta situação inicial de ajuste ou vai continuar ao longo do tempo?

Acho que o despreparado do presidente é admitido por ele próprio. Em recente entrevista, ele falou: “Eu assumo o meu despreparo como prova de humildade.” Então foi um gesto de autorreconhecimento. Tudo o que o país quer é que a sua equipa dê uma sustentação para aquilo que, no nosso entendimento, são os valores da democracia brasileira. Recentemente, um instituto de pesquisa que é o mais reconhecido no país, que é o Datafolha, fez uma série de perguntas sobre questões importantes para o governo, como, por exemplo, a questão das armas, a questão do alinhamento com os EUA, vários temas. Em todos, a posição do governo era minoritária. De maneira que penso que ouvir a sociedade é uma coisa bastante importante neste momento.

E acha que não se deve dar o benefício da dúvida a Bolsonaro?

Não há nenhuma animosidade, pelo contrário. Acho que, numa democracia, a oposição cumpre um papel muito importante, de alerta, de crítica. Nós tivemos uma oposição durante os nossos anos de governo muito acirrada, inclusive, num determinado momento, uma oposição golpista, depois da reeleição da presidente Dilma [Rousseff]. A oposição jogou o país numa situação de desestabilidade institucional. O PT nunca fez isso. Nunca colocou em risco as instituições porque não teve o resultado pretendido nas urnas. Mas nós sofremos inclusive esse tipo de oposição. Não é a que nós fazemos, mas a democracia faz-se com vozes dissonantes. O governo governa e a imprensa, o Ministério Público, a oposição, cumpre um papel importante. Há ameaças por parte do governo de calar essas vozes, inclusive ameaças de dar mais dinheiro para meios de comunicação mais favoráveis, uma coisa que até ao outro dia não se podia falar no Brasil. Isso é dito sem nenhuma cerimónia, que o governo vai favorecer os meios de comunicação que são mais amigos e menos críticos. Essa conduta não é boa. A oposição tem de ser bem-vinda. A imprensa livre tem de ser compreendida, por mais desagradável que seja muitas vezes, mas é parte da democracia e as instituições não podem ser coibidas de fazer o seu trabalho. Por exemplo, o Coaf, que é a autoridade financeira que vem desvendando essas transações da família Bolsonaro, não pode, em função disso, ser ameaçada ou tutelada, tem de deixar o seu trabalho acontecer. Da mesma maneira, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Rio de Janeiro, não se podem sentir ameaçados por estarem a fazer o seu trabalho. Os nossos governos sempre promoveram as instituições para cumprirem o seu papel.

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Comentários

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otavio de oliveira rodrigues

23/01/2019 - 10h49

Balanço negativo?????
No ultimo mes de governo da Dilma estocadora de vento a bolsa de valores estava em 40.000 pontos
Na ultima sexta feira fechou em 95.000 pontos. Somente nas 3 primeiras semanas de janeiro foram aportados pelo estrangeiro incriveis 12 bilhoes de reais. O exterior passou a confiar mais no Brasil pois ve quem ta no comando nao e quadrilheiro,corrupto,saqueador da petrobras,presidiario e semi analfabeta

    Alan Cepile

    23/01/2019 - 11h15

    Importante dizer que a bolsa de valores segue os interesses exclusivos do mercado financeiro/mega investidores, que muitas vezes não coincidem com os interesses do estado e muito menos da população.
    A bolsa sobre ou desce apenas com especulações, boatos, notinhas de jornal ou alguma declaração desastrada de algum chefe de estado ou ministro dita fora de contexto.

    Importante dizer tb que o comentário “o exterior passou a confiar mais no Brasil” não coincide com os comentários da imprensa internacional, de economistas e representantes de outros países em Davos e muito menos com, por exemplo, a perda de contratos de 5 frigoríficos brasileiros que exportavam frango à Arábia Saudita, que alegou questões técnicas.

Justiceiro

22/01/2019 - 19h11

O ex-ministro da educação, que queria implantar o kit gay nas escolas, falando do atual ministro da educação?

Doda

22/01/2019 - 17h13

Vá chorar na cama abraçado ao pixuleco HADDAD!!!!!

Wilton Santos

22/01/2019 - 16h38

O Haddad é infinitamente melhor que o Ciro Gomes!

    Renato

    22/01/2019 - 18h25

    Em quê? Em fazer mimimi ? Aí pode ser . São duas bostas : um mimimizeiro o outro um grosseirão !


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