A íntegra do discurso de Nicolás Maduro pode ser assistida no vídeo abaixo (começando no minuto 1:26:26).
Maduro mencionou Bolsonaro em seu discurso, chamando-o de fascista. A notícia está viralizando muito rápido nas redes bolsonaristas.
Maduro ataca Bolsonaro em discurso de posse: "fascista" pic.twitter.com/heKCOoqprg
— DW Brasil (@dw_brasil) January 11, 2019
Opinião do blog: embora o presidente Bolsonaro seja mesmo um fascista, não me parece muito inteligente, do ponto-de-vista diplomático, provocá-lo diretamente desta maneira num discurso de posse, ainda mais neste momento, em que Bolsonaro acaba de ser eleito.
Como Maduro se tornou inimigo da imprensa brasileira (e mundial), o ataque de Maduro ajuda Bolsonaro, ou seja, se o objetivo de Maduro era prejudicar o presidente, o resultado é o oposto. A guerra híbrida tem de ser combatida com inteligência e comunicação.
É, de fato, um presentão para Bolsonaro que o Brasil tenha uma “inimigo externo” neste momento…
Por razões parecidas, é um erro tolo que setores da esquerda pretendam lutar a guerra híbrida ressuscitando maniqueísmos ideológicos, do tipo “Maduro ou nada”, que é uma versão esquerdista do “meninos vestem azul, meninas vestem rosa”. Tem muita gente progressista que não apoia Maduro porque tem informações negativas vindas do país.
A melhor maneira de ajudar a Venezuela, portanto, não é atacar quem critica o regime Maduro, mas procurar fontes independentes e confiáveis e compartilhar essas informações.
Zeff
14/01/2019 - 14h29
Errou feio o jornalista. Essa forma simplista de abordar temas complexos só nos trás mais insegurança. A esquerda está corretíssima de manter pressão, ou o jornalista v\\~e outra saída? Na conversa não teremos resultado algum com uma ju$tiça podre que aí está…nunca terá. Agora é luta, revolução.
Paulo
11/01/2019 - 12h10
A melhor maneira de ajudar a Venezuela é apertar o cerco à proto-ditadura, a fim de evitar a cubanização completa do país (um caminho de volta difícil e longa, muito longa). Vê-se que Maduro é um fanfarrão (característica herdada de Chaves, que, por sua vez, a herdou de Fidel) quando ele chama um presidente legitimamente eleito de fascista, enquanto ele próprio, supomos, se considera o legitimado pelo povo, o arauto da verdade e o paradigma da democracia…