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Wanderley Guilherme: a insuperável leveza do governo Bolsonaro

Coluna Segunda Opinião A INSUPERÁVEL LEVEZA DO GOVERNO BOLSONARO Por Wanderley Guilherme dos Santos Estava certo o que se pensava antes da vitória de Jair Bolsonaro: ele não tem ideia do que seja governar um país. Igualmente apropriada era a tese de tratar-se de político periférico, com discurso rotineiro para dois nichos de eleitores: os […]

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Coluna Segunda Opinião

A INSUPERÁVEL LEVEZA DO GOVERNO BOLSONARO

Por Wanderley Guilherme dos Santos

Estava certo o que se pensava antes da vitória de Jair Bolsonaro: ele não tem ideia do que seja governar um país. Igualmente apropriada era a tese de tratar-se de político periférico, com discurso rotineiro para dois nichos de eleitores: os conservadores brutamontes e os fardados – do Exército, bombeiros, policiais militares – além da polícia civil, delegados e demais autoridades coatoras. Ou seja: franca expressão do aparelho repressivo em suas nuances bélicas. Reacionário em costumes, Bolsonaro ganhou palco adicional com a restrição legal às decisões e liberdades privadas da população sobre o próprio corpo: direitos reprodutivos, orientação sexual, vestuário, hábitos de consumo (álcool e maconha, principalmente), bem como a abordagem médica aos vícios pesados.

A redução do tratamento discriminatório da mulher no mercado de trabalho, algo mal desembarcado no litoral, revelou ao combativo então parlamentar novo contingente de entidades malignas: mulheres ativistas, índios, quilombolas, religiões afroassimiladas. Em sua longa carreira parlamentar não há registro de projetos promovendo algum valor ou ideal. Sempre foi do contra, à exceção do apoio ao impedimento de Dilma Rousseff, ocasião em que homenageou o oficial que a torturara durante a ditadura. Uma atitude que, longe de qualificar a altivez do parlamentar, desqualifica o indivíduo. E não seria o poder obtido na mais estranha das eleições presidenciais brasileiras que o tornaria uma pessoa humanamente mais respeitável.

Percebe-se a inexistência de projeto de governo representado pelo candidato Jair Bolsonaro. Ele não conhecia nada nem círculos de profissionais, afora a família e dois ou três marginais à vida acadêmica e política que a ele se juntaram por falta de opção. Ninguém estava interessado em Paulo Guedes ou Onyx Lorenzoni e o candidato a candidato só obteve legenda à última hora. À medida que o processo eleitoral se mostrava estranho, teve a candidatura transformada em saco de gatos e ratos. A vitória não recompensou senão aos eventos bizarros da história humana a que se procura ficcionalmente creditar estratégias ocultas e movimentos tectônicos da sociedade brasileira.

Por isso o presidente eleito terceiriza o governo e se cerca de militares. Só se pronuncia para desmentir ministros não empossados ou vetar algo. Nada produtivo ou animador. Espera-se que Paulo Guedes, Sergio Moro e os militares saibam o que fazer com o governo terceirizado. E se eles não estiverem de acordo entre sí? Já imaginaram o ex-capitão Jair Bolsonaro arbitrar uma disputa entre o general Humberto Mourão e Paulo Guedes? Ou entre Sergio Moro e o general Augusto Heleno? Pois, é.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Álvaro

27/11/2018 - 02h35

Muito fácil decifrar o Belsonazi. Só tem três missões: entregar nossas riquezas, privatizar tudo a preço de banana e dar mais lucros aos bancos e cartéis. São as missões ultraliberais no mundo todo. Para isso submeterá nosso povo à penúria. O resto é teatro para enganar trouxa

Brasileiro da Silva

27/11/2018 - 00h09

Mas se o juiz errou por que a 2ª aumentou a pena?

Brasileiro da Silva

26/11/2018 - 22h19

O Wanderley então acha que o presidente deve ser centralizador? Não pode terceirizar funções? Tipo a Venezuela e suas grandes conquistas sociais?

    Benoit

    26/11/2018 - 22h38

    Voce e’ que deve ter terceirizado o seu cerebro, senao voce teria entendido o que o texto quer dizer.

      Brasileiro da Silva

      27/11/2018 - 00h00

      Mas eu tenho vc, que pode me esclarecer…

    O Pai

    26/11/2018 - 22h45

    É q na cabeça dessa gente democracia é somente ter um rei para trocar a cada 4 anos. E o parlamento de que exploda.

      O Pai

      26/11/2018 - 22h47

      *E o parlamento QUE SE exploda.

Paulo

26/11/2018 - 22h03

Bolsonaro apresenta características de líder messiânico. Os líderes messiânicos, até onde sei, não necessitam apresentar resultados, pois sua mensagem costuma se encerrar na profecia…

    Brasileiro da Silva

    26/11/2018 - 22h21

    Tipo o que esta preso em Curitiba?

      Benoit

      26/11/2018 - 22h35

      Nao, tipo o juiz responsavel pela prisao do ex -presidente.

      Paulo

      26/11/2018 - 23h32

      Brasileiro, o Lula, queiramos ou não, tinha uma estrutura partidária por trás dele, com alguma experiência de gestão, em estados e municípios importantes…

        Brasileiro da Silva

        27/11/2018 - 00h01

        Mas infelizmente se corrompeu.

          Nostradamus ( banquinho & bacia )

          27/11/2018 - 09h35

          Você é muito fariseu e vai morrer com essa língua comida pelas formigas seu fdp! Não tem educação nem o mínimo de sociabilidade para discutir nada, gosta de aparecer, é muito ignorante e repetitivo, um chato de galocha, tem uma necessidade mórbida de comentar tudo o que de ruim sobre o Lula sem desconfiar de seu problema psíquico, sua fixação da qual não pode se desprender. Impotente perante sua doença segue assim enchendo o saco dos outros através do teclado porque se fosse ao vivo as bofetadas na cara já o teriam trazido para a realidade do mundo da civilização onde adversários políticos não são inimigos e apenados continuam sendo cidadãos!

          Eu Mesmo

          27/11/2018 - 16h05

          Depois a direita é que é violenta……….

          mensageiro

          27/11/2018 - 21h20

          Tapa na cara

          https://www.youtube.com/watch?v=0BrKPra0-HU

Ioiô de Iaiá

26/11/2018 - 20h26

Votou no Bozo? Agora aguente os resultados da sua própria idiotice e da dele.


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