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Um estudo detalhado sobre os novos números do Datafolha

Saiu a nova pesquisa Datafolha, com dados colhidos ainda hoje, dia 14. A migração do voto de Lula para Fernando Haddad, em especial no Nordeste, ganhou força e puxou o percentual do candidato para 13%, fazendo-o encostar em Ciro Gomes, que resistiu à primeira grande tsunami lulista e permaneceu com os mesmos 13%. Lembre-se que […]

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A anunciação. Simone Martini (1284-1344)

Saiu a nova pesquisa Datafolha, com dados colhidos ainda hoje, dia 14. A migração do voto de Lula para Fernando Haddad, em especial no Nordeste, ganhou força e puxou o percentual do candidato para 13%, fazendo-o encostar em Ciro Gomes, que resistiu à primeira grande tsunami lulista e permaneceu com os mesmos 13%.

Lembre-se que a última pesquisa foi realizada há apenas 4 dias, no dia 10.

Bolsonaro oscilou dois pontos para cima e agora tem 16% das intenções de voto. Marina, com 8%, foi para trás de Alckmin, com 9%.

Entretanto, para entender as tendências eleitorais, precisamos olhar para os dados estratificados do Datafolha, que foram disponibilizados numa página de gráficos dinâmicos da própria Folha.  Eu printei alguns para a gente comentar.

Haddad disparou entre os mais pobres, que ganham até 2 salários de renda familiar: saiu de 10% no dia 10 para 16%. Ciro resistiu nesse segmento, com 13%, mas Marina continuou caindo e agora está atrás de Alckmin.

 

Haddad avançou, com muita força, no Nordeste, onde passou de 11% para 20%, assumindo a liderança na região e empatando tecnicamente com Ciro, que oscilou 2 pontos para baixo e agora tem 18%. Bolsonaro, portanto, agora está em terceiro lugar no Nordeste, embora tenha tenha avançado 3 pontos na região, de 14% para 17%.  O voto nordestino em Marina está se pulverizando, e Alckmin não decola.

 

No Sudeste, Ciro oscilou dois pontos para cima e ultrapassou Geraldo Alckmin, o qual, por sua vez, perdeu dois.

Ciro, portanto, agora está em segundo lugar no Sudeste, com 12%. Haddad também avançou 2 pontos no Sudeste e foi para 9%.  Bolsonaro oscilou 1 ponto para cima e agora tem 28% no Sudeste.

 

No recorte por escolaridade, Haddad avançou fortemente entre os eleitores que tem apenas até o ensino fundamental, de 8% para 14%, mas Bolsonaro também cresceu 3 pontos neste segmento, e mantém a liderança, com 18%. Também aí Ciro resistiu à tsunami lulista e manteve seus 12%. Já Geraldo e Marina não resistiram e despencaram.

 

Entre eleitores com educação até o ensino médio, Bolsonaro mantém liderança isolada, com 29%. Haddad avançou 3 pontos e empatou com Ciro, em 12%.

 

Entre eleitores com ensino superior, Jair Bolsonaro ganhou 2 pontos, e foi a 32%. Ciro também avançou 2 pontos neste segmento, e agora tem 16%. Haddad tem 13% entre os mais instruídos.

 

Entre o eleitorado mais jovem, até 24 anos, Ciro obteve sua melhor performance, crescendo 3 pontos, para 18%, assumindo um segundo lugar isolado, depois de Bolsonaro, com 27%, que ficou parado. Haddad cresceu também, mas ainda está longe, em 10%. Marina e Alckmin perderam votos da juventude.

 

Agora vamos aos cenários de segundo turno. Ciro Gomes ampliou sua vantagem sobre Alckmin, que era de 4 pontos no dia 10, para 6 pontos agora: 40% X 34%.

 

No embate com Bolsonaro, o capitão avançou 3 pontos, mas ainda perde para Ciro por 7 pontos de diferença: 45% X 38%.

Ciro é o candidato que tem o melhor desempenho contra Bolsonaro. Geraldo Alckmin, por exemplo, pontua 41% a 37% contra o capitão, uma diferença de 4 pontos. Haddad fica 1 ponto atrás de Bolsonaro no segundo turno: 41% a 40%.

 

 

Haddad melhorou sua performance no segundo turno com Geraldo Alckmin, mas ainda perde por 8 pontos: 40% a 32%.

 

Ciro ampliou sua vantagem sobre Marina no segundo turno e hoje fica 12 pontos à frente da candidata da Rede: 44% X 32%.

 

No embate entre Marina e Fernando Haddad, a candidata da Rede reduziu sua vantagem, mas ainda ganha: 39% X 34%.

 

O Datafolha fez um cenário entre Ciro Gomes e Haddad. O candidato do PDT ganharia com uma grande diferença, de 18 pontos: 45% X 27%. O número de brancos e indecisos seria de 25%.

 

 

Agora passemos à última parte desta análise: a de rejeição. Como era esperado, Haddad está herdando a rejeição da classe média ao PT. Entre eleitores que ganham entre 5 e 10 salários, a rejeição a Haddad disparou para 45%, a maior de todos os candidatos; Bolsonaro, por exemplo, tem rejeição de 37% neste segmento. O candidato menos rejeitado na classe média é Ciro Gomes, com 28%.

 

A rejeição a Haddad disparou também entre eleitores com ensino superior, indo de 33% para 40%, aproximando-se da de Bolsonaro, que caiu de 48% para 45% neste segmento.

Bolsonaro tem um grave problema de rejeição entre os mais pobres, e que inclusive continua crescendo: oscilou 1 ponto para cima desde o dia 10 e hoje está em 47%.

 

 

 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Rodrigo

16/09/2018 - 10h17

Infelizmente o PT baseia-se no voto daqueles que acham que o São Lula os salvará , a classe mais pobre.
Embora o PT realmente tenha dado melhores condições aos mais pobre nos governos Lula, isto foi feito sem enfrentar qualquer privilégio da elite, baseando-se em uma epoca de bonança em termos dos valores das comodities e em um crescimento não sustentavel do mercado interno. Onde nesses treze anos de partido dos trabalhadores estavam as verdadeiras politicas de repartição de renda (imposto sobre lucro e dividendos, imposto sobre herança e grandes fortunas, criação de faixas maiores para o imposto de renda sobre altos salarios, reformulação da previdencia social). Paralelamente, deu uma mina de dinheiro do povo ao grande capital (desonerações e BNDS a empresas campeas…como Odebretch).
Hoje, devido a realidade economica do mundo, este mar de dinheiro não está mais disponivel ao pais, que é a condição sob a qual. o partido dos trabalhadores sabe trabalhar.
Mas os menos escolarizados não tem acesso a essas informações, assim como os de mais baixa renda, sendo estes a base do Haddad….opa do São Lula…pois que pode vir a ser eleito presidente é o São Lula, o que pode vir a promover um dos presidentes mais fraco da história.
Realmente torço para que a classe média, e parte significativa dos mais pobres e de menor escolaridade tenham uma consciencia parcial destes fatores, e escolham alguem com propostas e planos corajosos e reais ao pais, o Ciro gomes para o segundo turno.

João Ferreira Bastos

15/09/2018 - 13h13

sempre disse que o boçal era cavalo paraguaio e não chegaria no 2º turno

Haddad leva no primeiro, pois muitos ciristas nos proximos dias vão votar no haddad para terminar logo

Luis Castro

15/09/2018 - 12h23

A coisa está correndo mais rápido do que eu pensava. O Datafolha golpista caminha para os resultados da Vox Populi. Aguardem.

Wellington Mendes

15/09/2018 - 09h14

Sobre a entrevista do HADDAD ao JN

Ciro e Haddad tem que lembrar os jornalistas que o judiciário sempre foi seletivo e nunca investigou os tucanos, Richa está preso, mas só depois de 4 anos e assim mesmo só foi para o xilindro para calar a boca dos críticos, e nem e uma prisão definitiva. É temporária e se não me engano o Gilmar já deu um habeas corpus para ele. Vê se o Moro impede o Richa de deixar a cadeia. Aí não, né ! Tudo combinado entre eles.
É preciso sempre dizer as jornalistas do pig que os processos contra tucanos como Serra por exemplo sempre são arquivados. Arquivam-Se processos contra tucanos ao arrepio da lei.
NENHUM TUCANO foi julgado e condenado pela lava jato. Nenhum tucano puxou cadeia em função da lava jato e nem vai puxar. O Moro não tem peito para dar 10 anos de cadeia para o Richa. Só faz jogo de cena.
Aecio está solto tendo praticado crimes graves, tem até vídeos, gravações dos crimes do Aecio, isso tb é culpa dos ministros do supremo indicados pelo PT. CARA de pau esse Bonner.

Alex

15/09/2018 - 07h10

Datafolha. 32% dos eleitores, dizem que vão votar com certeza no candidato do Lula. 32% do eleitorado todo. Não é 32% dos eleitores do Lula.

    Francisco

    15/09/2018 - 09h59

    E mais 16% podem votar.

    Joel do Nascimento Côrtes

    16/09/2018 - 08h13

    Haddad presidente…
    Eu voto!

Alex

15/09/2018 - 03h37

Tudo que está acontecendo, já era anunciado na pesquisa XP. Desde o mês passado se sabia, que apenas ao associar o nome do Haddad ao Lula, ele ia saltar para o segundo lugar. Depois de assegurar o segundo lugar, o PT vai trabalhar para ampliar o eleitorado. Por enquanto, é só Lula é Haddad, porque assim busca todos os lulistas. Depois vai vir as propostas para puxar mais eleitorado. A pesquisa da Vox, tão atacada, por todos talvez tenha feito um retrato de como está o cenário eleitoral no final do mês.

    Francisco

    15/09/2018 - 10h00

    No final da próxima semana.

André Romero

15/09/2018 - 01h49

Exponho abaixo minha opinião sobre o que seria um futuro governo Ciro ou de Haddad. Aceite quem quiser.
Para mim, um novo governo do PT seria um desastre. Não pela figura do Haddad, mas pelo que pode ser explorado pelas forças do atraso contra o PT.
Para começar, se o PT se eleger, dada a sua rejeição ser tão grande quanto a de Bolsonaro, o fará por uma estreita margem de votos, exatamente como Dilma no 2º mandato, com pouca força política. Ciro, por agregar mais votos de centro, num 2º turno seria eleito contra Bolsonaro com uma margem (e força política) maior.
Como primeiro ato de governo, os petistas vão querer soltar o Lula na marra por indulto e sofrerão um desgaste catastrófico desde o início do mandato. E não se iludam: essa Justiça que está aí, além de não permitir (o que seria um golpe fatal na autoridade de um governo que mal começou), fatalmente usará isso como pretexto para gestar um novo impeachment. Nesse provável cenário, podem até mesmo pedir a anulação total da chapa, pois a Vice Manuela não teria força nem estatura política para ter seu nome aceito como Presidente, como Jango não teve em 1961.
Antes depropor qualquer medida de governo, o partido já entrará sendo questionado em sua autoridade e combatido desde o 1º dia pelas mesmas forças – e pelos mesmos tribunais – que o derrubaram não tem muito tempo. E quem tem um mínimo de senso crítico (e juízo) sabe que o PT, ainda que se eleja pelo voto como fez Dilma, não poderá contar com a Justiça para ajuda-lo a legitimar seu governo e dotá-lo de mínima funcionalidade. Não se iludam quanto a isso. O próprio Lula está pagando o preço amargo por acreditar no sistema legal e tentar jogar com as regras desses caras.
E ainda que queira governar diferente agora, qualquer medida de impacto que Haddad ou o PT proponha será atacada, bloqueada e tachada de ‘revanchismo’, rótulo esse que obviamente não poderiam de forma alguma colar em Ciro.
Quanto a Ciro, caso se eleja – sem um passado que o condene e possa ser explorado, sem estar na mira da Justiça e sem a enorme rejeição que o PT possui – seu governo também será combatido duramente, mas o embate seria mais restrito às ideias, onde o paulista-cearense já mostrou preparo, energia e autoridade para rebater e – mais importante – condições de colocar a opinião pública ao seu lado, mesmo contra o Congresso e os jornais.
Ciro, com inegável maior trânsito político e sem a marca do PT colado na testa, terá ao meu ver muito mais independência e moral política para aprovar, de forma pactuada, uma nova reforma previdenciária, tributária e trabalhista decentes – as mesmas que o PT em 13 anos e 4 mandatos não foi sequer capaz de botar em discussão. A aprovação negociada dessas reformas é um grande fator de estabilização, pacificação e arrefecimento da temperatura política.
Se o PT voltar à presidência, por mais simpático que fosse Haddad e seu discurso (em tempo: não será) não haverá a menor chance de pacificação. Nem a de pôr um fim a essa judicialização que tomou conta e está matando o país. Para mim, corremos um enorme risco do governo Haddad repetir o mesmo ambiente político tóxico do 2º mandato de Dilma, provavelmente muito mais exacerbado, com as ações do Executivo bloqueadas e um Congresso e Judiciário extremamente hostis – os mesmos de 2016. É ilusão pensar que será diferente.
Qualquer pacto, negociata, concessão ou mesmo fisiologismo, como no governo anterior de Dilma, não aplacará a sanha dos poderes ocultos, que desde o primeiro dia trabalharão para derrubar o partido novamente. Isso sem falar de uma extrema-direita cada vez mais ousada.
As propostas são parecidas, muitas o PT já as copiou do programa do Ciro. Só nos resta refletir quem tem reais condições de entregá-las.

    Benoit

    15/09/2018 - 08h09

    Excelente, é também o que eu já disse antes sem me referir a tantos promenores. O Lula ou o Haddad não teriam boas condições para governar o Brasil. No caso do Lula havia um abismo imenso entre as expectativas populares relativas a ele manifestadas no papel sebastianista que ele assumiu e o espaço apertado de manobra que ele teria para governar. Ele seria um presidente de quem se esperaria tudo e que não poderia fazer quase nada por causa da oposição que ele provoca – uma receita para dar tudo errado. Haveria pelo lado da direita uma campanha implacável contra o Lula e o PT e haveria pelo lado da esquerda e pelo lado popular uma decepção grande por causa das dificuldades, dos impasses. Entretanto o Lula foi posto fora de jogo e ao mesmo tempo que transfere votos para o Haddad transfere também toda a rejeição que o PT acumulou que é feroz.

    Também já falei antes acerca da situação paradoxal de que um dos candidatos de esquerda (o Haddad) poderia com uma certa facilidade passar do primeiro turno para o segundo turno e depois perder claramente o segundo turno para o Bolsonaro. O outro candidato de esquerda (o Ciro) teria boas chances de ganhar facilmente o segundo turno se passasse ao segundo turno e de fazer um bom governo, mas talvez perda o primeiro turno.

    neusa caldas

    15/09/2018 - 09h14

    desculpe, mas não concordo com vc, não se esqueça que no momento o maior partido representado na Câmara é o PT, porisso não só ganhar a eleição para presidente é importante, é mais que importante tem mais petistas na Câmara e Senado, para que as propostas do governo, não sejam “boicotadas” como bem disse Jereissatti ontem, com o apoio do PSDB, Cunha e todo o centrão. Agora o PT vai tentar fortalecer a Câmara e Senado, essa é a estratégia certa. Outra, Lula não é aquele que quer o poder para ele, pois senão não indicava Dilma, para substituí-lo como o fez. Ele pensa num país melhor para os mais desfavorecidos. Os 13 anos do PT foram os melhores anos da República, e queiram ou não o melhor presidente que esse país já teve, foi mesmo o operário Lula. Ele sem canudo, proporcionou canudo para muita gente!!! aliás, vide quem o visita na carceragem. Não são poucas pessoas importantes!!! será que todas esses pessoas querem seus nomes veiculados a um presidente usurpador? não acredito. Aqui na Europa a visão é diferente!!!

      André Romero

      15/09/2018 - 11h50

      Neusa, a previsão é que ninguém se elegerá com mais do que 50, 60 deputados Restarão cerca de 450 do outro lado. Podemos ter sim uma repetição do que ocorreu com Dilma.
      Todo esse movimento que você falou, todos os feitos de Lula para os pobres não impediu que o PT fosse retirado do poder e Lula fosse preso, com o grosso da população ainda batendo palmas.
      Não falei de boas intenções, falei de condições políticas para realizar o governo, abraço.

    Napoleão Teixeira

    15/09/2018 - 09h37

    Então, vota no Alckimin é se aposenta após 49 anos de trabalho ininterrupto sem ter trabalho para todos os brasileiros.
    Se com o pt é ruim, com os tucanos é bem pior.
    Há 5 anos atrás todo mundo estava trabalhando e podia trocar de emprego tranquilamente, tinha caminhão de deposito de material de construção andando para cima e para baixo, todo mundo construía, hj está tudo parado.
    Foi no governo do pt que a maioria comprou seu carro.
    O judiciário não condena ninguém do psdb na lava jato. É uma ação entre amigos.
    E o Aécio e Cunha sabotaram o governo Dilma. Essa sabotagem fudeu a economia, por causa da economia ir mal que a Dilma ficou impopular. Cunha e Aécio tem uma grande porcentagem de culpa nisso, não é só a Dilma que fez merda não. Os grandes tombos do PIB já foram no governo do Ali Babá e os 45 ladrões que tem seus processos arquivados no supremo.

      André Romero

      15/09/2018 - 11h57

      Napoleão, falei banana e você retrucou com abacaxi. Não julguei o governo PT (embora tenha severas críticas em vários pontos): falei do ambiente e das condições políticas prováveis que o PT enfrentará se voltar. Não falei de vontade, falei de força e condições para fazer.
      E discordo em parte dessa sua análise: a crise econômica começou no governo Dilma ainda em 2013. Temer apenas ampliou o que já ocorria. Tivesse o Lula usado seu enorme capital político e feito as reformas necessárias, teríamos aí uns 15 a 20 anos de paz e é bem provável que nada daquilo teria ocorrido, abraço.

    degas

    15/09/2018 - 09h51

    Se o PT se eleger será majoritariamente com o voto dos pobres, semianalfabetos, etc. Esse pessoal vota e vai para a casa, não se manifesta, não discute nem na Internet (muitos nem a têm), não exerce influência na sociedade. Entre quem exerce alguma, dos segmentos médios para a cima, o antipetismo é imenso e é INTENSO, cevado por anos de ataques desferidos pelo criador do “nós contra eles”. Nesse grupo, ver o PT de novo no governo é como ver seu país tomado por um arrogante invasor estrangeiro. Ainda mais um PT mais bolivariano, disposto a censurar até novela de TV e a indultar o líder criminoso que se considera acima das leis.

    Por mais que parar o país nessa crise seja prejudicial, o pessoal prefere isso a suportar outro governo petista. E esse “pessoal” inclui os milhões que já saíram às ruas e conhecem o roteiro, a maioria dos membros do Judiciário, a grande maioria dos militares, etc. A Dilma resistiu um ano e meio. Não creio que o Adad resistisse tanto.

      Carlos

      15/09/2018 - 12h52

      E o voto masculino, como ficou?

      MARCIO MARCONATO DE CARVALHO

      16/09/2018 - 09h51

      Acho que o mais importante nessa discussão toda sobre governabilidade é pensarmos nossas bases democráticas. Se não posso eleger o governo que eu quero porque sei que “eles” não vão deixar governar, então, pra que eleição? Que democracia é essa? Se o funcionamento é esse mesmo, pra que votar? Deixe que “eles” coloquem quem “eles” quiserem! Vamos todos às urnas somente como um “pro forma” pra apresentarmos ao mundo que no Brasil temos uma democracia representativa? Desculpe, não vou comungar com esse sistema hipócrita! Se o funcionamento é esse: só governa quem “eles” quiserem, então, que assumam logo a rédea do processo sem participação popular e majoritária. Assim, é mais honesto com todos.

Francisco

15/09/2018 - 01h33

A estatística vale pela série e intervalos a evidenciar tendências.

O crescimento apresentado por Haddad, candidato desde 11/09, indica que a aguardada ‘transferência’ está a acontecer em velocidade maior que a esperada e mantida a tendência, na próxima sexta Haddad estará na faixa dos 20%, conforme antecipado pelo Vox.

Isso ocorrendo, as duas últimas semanas da campanha serão para valer apenas para dois candidatos, tornando a eleição de turno único e consequentemente de voto útil.

NeoTupi

15/09/2018 - 01h30

A derrocada dos candidatos lavajateiros:
Marina Silva, a candidata que viveu os últimos tempos defendendo a lavajato, despencou.
Alvaro Dias, que usou Sérgio Moro como cabo eleitoral, caiu de 4 para 3% e empacou.
O golpe judicial já não engana tanta gente como antigamente.

NeoTupi

15/09/2018 - 00h24

Haddad cresceu 1 ponto por dia no datafolha. E ele ainda tem muita margem para crescer, pois entre quem ganha até 2 SM ele não irá ficar estacionado em 16%, nem no Nordeste parará nos 20%. Na verdade em todas as regiões ainda tem espaço para crescer fácil, praticamente no piloto automático, só no boca a boca de ser o candidato do Lula.
Haddad pode até tirar alguns pontos de Bolsonaro nestes dois segmentos que citei, o que seria bom para Ciro tentar ir ao segundo turno contra Haddad (é difícil, mas se conseguir chegar a uns 20% entra na disputa com Bolsonaro que pode cair para esse patamar).

Alexandre Neres

15/09/2018 - 00h21

Começou o tsunami, a transferência cavalar de votos de Lula para Haddad, conforme anunciaram antes vários analistas de pesquisas tarimbados, como Alberto Carlos Almeida ou José Roberto de Toledo, enquanto os jênios dos comentários do Cafezinho achavam que o eleitor dos rincões do país já sabia que Haddad é Lula e Lula é Haddad. Em uma semana Haddad saltou de 4 para 13 pontos, em dois dias depois de ter substituído Lula, segundo Bonner, Haddad oscilou na pesquisa divulgada hoje. Prestem atenção como os vocábulos empregados e os títulos das matérias são utilizados o tempo inteiro para escamotear as notícias.

Imaginem que luxo não seria um segundo turno com Haddad versus Ciro, uma disputa elegante, isto é, se não houver destempero. Dois grandes candidatos escolhidos pelo povo, para desespero dos golpistas, como o Sr. pato amarelo da silva que continua a mandar suas piadinhas sem graça abaixo, quiçá por desespero de causa.

Jandui Tupinambás

15/09/2018 - 00h09

Existe uma relação na matemática que se chama derivada.

Esta relação fornece o ângulo de uma curva em um determinado ponto.

Para quem sabe derivar uma função, já sabe o que eu também já sei:

Haddad vence no primeiro turno.

Acho que não tem matemático aqui no blog que me desminta esta afirmação.

    Gabriel

    15/09/2018 - 02h52

    Sendo chato como matemático, é verdade que a derivada (velocidade) é a maior para o Haddad. Mas isso não quer dizer que podemos fazer uma extrapolação dessas. A derivada também é uma leitura momentânea: indica que há um crescimento nesses dias, mas o crescimento pode cessar. Agora, a opinião pública tem sua dinâmica, o que se manifesta com essas ondas de crescimento e ondas de queda. Provavelmente o Haddad ainda vai subir mais, mas me parece que a melhor estimativa é que ele vai atingir algum valor entre o atual e o que a pesquisa da Vox Populi indicou, que seria o ideal (como se 100% da população tivesse certeza que Haddad é o representante de Lula). Ou seja, o cenário mais provável é que Haddad alcance o segundo lugar, mas não dá para acreditar que vá ganhar no primeiro turno.

    Isso sem mencionar que muitas coisas podem acontecer, mudando as tendências atuais. Eu temo que a direita vá convergir mais para o Boçal na medida que percebam o crescimento do Haddad, talvez buscando uma vitória no primeiro turno.

    Resumindo: não dá para usar a matemática de maneira rasteira para fenômenos sociais. E a luta continua!

      Julio

      15/09/2018 - 05h52

      Como demografo amador acho muito improvavel o cenario sugerido em que haddad ficaria em 2 lugar no primeiro turno, vai ter mais de 30 % provavelmente, e com certeza primeiro colocado no primeiro turno, mas concordo plenamente que ele vencer no primeiro turno seria muito dificil.

      Jandui Tupinambás

      15/09/2018 - 18h28

      A derivada foi só uma brincadeira. Mas, acredito que no alvorecer do dia 7 será impossível calcular a derivada pois teremos uma tendência à tangente de 90 graus!!!

      É isso que o povo reserva para o golpe no dia 7 de outubro: divisão por zero.

      Golpe / 0 = Haddad no primeiro turno!!

Pablo Herrera

14/09/2018 - 23h53

Não tem pesquisa espontânea? Na da Vox Populi, apenas 1/4 dos eleitores tem candidato. E na do Datafolha?
Se se pergunta a alguém em quem vai votar e a resposta é “não sei” ou “branco ou nulo”, por que dar crédito a sua escolha estimulada por uma lista? Não é uma escolha frívola, apenas para dar satisfação ao entrevistador?
Se 3/4 do eleitorado ainda não escolheram um candidato, ainda estamos nos prolegômenos. Tem muito chão pela frente nas próximas três semanas…

    Francisco

    15/09/2018 - 01h47

    Óbvio que tem espontânea, Haddad foi de 4% para 8% e Ciro de 5% para 7%, mas ‘não vem ao caso’.

Alex

14/09/2018 - 23h27

Ainda acho que o Bolsonaro vai cair. Quando chegar debate de SBT, Record sem ele, alguns eleitores dele vão para o Alckmin. A dúvida é se a possível ausência no debate da Globo, será suficiente para Alckmin passar o Bolsonaro. Se Bolsonaro for ao debate da Globo, mesmo que fique só sentado fale pouco, ele vai segurar o suficiente para ficar na frente do Alckmin. Ciro chegou a seu teto. Ciro cresceu no Nordeste pela falta do candidato do PT e no Sudeste por eleitores de centro esquerda, cansados do PT ou cansados de esperar pelo candidato do PT. Ciro para crescer, precisaria agora ir para o centro, para ver se convence eleitor do Alckmin e Meirelles a votar nele. Uma missão difícil. Se a Marina continuar perdendo voto, esses vão se dividir entre Ciro e Haddad. Já Haddad, se Ciro não conseguir reagir rápido, Haddad vai chegar logo a 15 a 16%, que segundo muitos analistas, é o piso do PT, não teria menos que isso. Como Haddad se mostrou viável, os candidatos do PT nos estados, vão começar a fazer campanha para ele, principalmente no Nordeste. Com isso Haddad pode começar a subir mais nas pesquisas, chegando perto de 20%. Posso errar na minha avaliação, mas daqui 2 semanas, Haddad estará empatado tecnicamente com o Bolsonaro na margem de erro. Talvez 22 a 20.

Virgilio

14/09/2018 - 23h07

Deixa o povo ir sabendo que Hadadd é Lula… Lula é Hadadd! lógico que a Data Folha, que fará tudo o que puder para impedir a vitória do PT (como a globo) não informa que Hadadd é o candidato apoiado por Lula. Você tem dúvidas que vai crescer muito o número dos que ficarão sabendo disto? Vamos aguardar as pesquisas mais adiante. Seu viés cirista é fortíssimo… nem acredito que vc ache que Ciro irá para o segundo turno contra o inominável…

    jose carlos

    14/09/2018 - 23h20

    Ricardo Kotscho já assumiu: ” Lula e o PT estavam certos ao insistir até o fim na candidatura do ex-presidente, e eu estava errado, assim como a maioria dos analistas políticos. “

Paulo

14/09/2018 - 22h20

Ou seja, é Bolsonaro contra Ciro ou Haddad, no 2º turno. Não há mais espaço para dúvida…

    Marcelo

    14/09/2018 - 23h13

    Vai ser Haddad se continuar nesse ritmo…

Arthur Vasconcelos

14/09/2018 - 21h21

Eleições de 1989 Collor 30% Lula 17% Brizola 16%.
Segundo turno Collor 53% Lula 46%.
A História está aí quem não a conhece tende a repeti-la. Ou se preferir: a história acontece como tragédia e se repete como farsa.

    Gabriel

    15/09/2018 - 02h56

    Perfeito! Me assusta o Brito no Tijolaço não pensar nisso e pular de corpo inteiro na piscina do PT

    Julio

    15/09/2018 - 06h05

    Uma diferenca tao pequena o Lula de Barba Negra do demonio perdeu pro bonito cacador de corruptos marajas da globo, a mesma diferenca que a Dilma ganhou do Aecio…Isso foi antes do Lula de barbinha branca pai dos pobres…e nao contra um Bolsolouco lunatico, por favor.

      Julio

      15/09/2018 - 06h11

      Desculpem, acho que confundi a diferenca Dilma x Aecio no comentario acima. 53 x 46 Lula x Collor esta faltando 1% nos validos nesse dado. Ainda assim, acho que haddad tem plenas chances de derrotar Bolsonaro ou Alckmin…se fosse outro ai poderia perder

Nilson Messias

14/09/2018 - 20h53

No dia 26 ou antes, o candidato do gênio da raça, o cara que sabe dançar e bailar na beira do precipício ultrapassará o filhote da ditadura. Tô com ele, tô com ela, sou Lula, Haddad e Manuela.

    Brasileiro da Silva

    14/09/2018 - 20h58

    Sim, e o paulista e a gaucha, filhinhos de papai, ricos, vão defender os pobres… SQN

      Zé dos Bagos

      15/09/2018 - 08h51

      Olha o patinho paneleiro aqui de novo ! Ah camassada…

Stalingrado Lula da Silva

14/09/2018 - 20h46

O sapo barbudo deu um baile. A aula de política que ele deu não tem preço.
#HaddadNoGovernoLulaNoPoder

    Brasileiro da Silva

    14/09/2018 - 20h55

    Realente. Colocar o paulista filhinho de papai, que estudou em escola particular e a gaúcha filha de desembargadora em crescimento no NE,….

      Zé dos Bagos

      15/09/2018 - 08h53

      Não vem caminhão na pista patinho paneleiro… agora vai, rápido!… plufgusmf…

    Oblivion

    14/09/2018 - 21h37

    Tens certeza disso cara? Ou repetisse tanto isso para acreditar na marra que é verdade?
    Qualquer observação fria dos números (considerando eles verdadeiros) veria que, no segundo turno, o Haddad está empatado com o Bolsonaro, enquanto o Ciro está bem a frente.
    Talvez, toda essa sua forção na interpretação seja para tentar esquecer que esse país, já tão sofrido, esteja a beira de um governo neoliberal e totalmente submisso aos EUA e ao mercado internacional, por conta da falta de compromisso com a nação por parte da cúpula do pt. No final das contas, não sei o que é pior, a arrogância misturada com fanatismo e analfabetismo político por parte de alguns ptistas, ou o analfabetismo político total dos eleitores do imbecil e do jumento de carga (será que eles acham mesmo que se trata de uma candidatura nacionalista? Não pode ser verdade….).
    Quanto ao pt, por mais que eu considere vários integrantes muito bons (Suplicy, Celso Almorim, o próprio Haddad, etc) essa eleição me fez pegar um nojo dos burocratas que nos botaram nessa “sinuca de bico” que estou fortemente inclinado em evitar a sigla nas votações de governador/deputado e senador. Na verdade, a mensagem da cupula do partido dada para nós, povão, é que: o povo é que se exploda…

      JOÃO BATISTA

      15/09/2018 - 00h44

      Oblivion,
      os candidatos da ditadura formam uma parelha: um cavalo, segundo o próprio filho, e um jumento de carga, segundo o Ciro.


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