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Bolsonaro está fora da campanha

O candidato terá de usar “bolsa coletora de fezes” por dois a três meses. Médicos começam a admitir que Bolsonaro não poderá se recuperar antes da campanha no 1º turno, e que continuará ainda extremamente fragilizado até a data de posse do próximo presidente da república. O candidato passou, há dois dois, por outra cirurgia […]

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O candidato terá de usar “bolsa coletora de fezes” por dois a três meses.

Médicos começam a admitir que Bolsonaro não poderá se recuperar antes da campanha no 1º turno, e que continuará ainda extremamente fragilizado até a data de posse do próximo presidente da república. O candidato passou, há dois dois, por outra cirurgia de emergência, e ainda passará por outra de “grande porte”, para reconstruir o seu intestino.

A foto divulgada por Magno Malta, antes da segundo cirurgia de Bolsonaro, é verdadeira, conforme apurou o site Poder 360.

***

No Estadão

Internação de Bolsonaro fragiliza sua campanha

Segunda cirurgia tornou a recuperação do candidato do PSL mais demorada; receio é de que longa permanência no hospital consolide imagem de debilidade

Constança Rezende, Fabiana Cambricoli, Renata Cafardo, Tânia Monteiro e Leonencio Nossa, O Estado de S.Paulo

14 Setembro 2018 | 05h00

Uma segunda cirurgia no intestino tornou a recuperação de Jair Bolsonaro mais demorada e deixou em suspense a campanha do candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018. A cúpula da campanha bolsonarista está virtualmente paralisada e às cegas, sem a orientação do presidenciável, que lidera as pesquisas de intenção de voto. O maior receio é de que uma internação mais longa consolide uma imagem de fragilidade do deputado.

A operação de emergência, realizada na noite de quarta-feira, 12, pode impor limitações que se estenderão até mesmo ao período pós-eleitoral. Segundo médicos especialistas ouvidos pelo Estado, se não houver complicações, ele só estaria plenamente recuperado em um prazo de 4 a 6 meses. Isso porque Bolsonaro terá de passar por uma terceira cirurgia.

Aliados próximos do candidato admitem que as decisões finais na campanha quase sempre cabiam ao candidato. Sua internação no Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, contudo, deverá se estender por no mínimo dez dias. Bolsonaro foi esfaqueado no abdome há oito dias durante uma agenda em Juiz de Fora (MG).

Após duas cirurgias, o candidato precisou voltar para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mal consegue falar. Praticamente só os parentes têm acesso ao presidenciável.

Ao Estado, Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, cirurgião-chefe da equipe médica de Bolsonaro, afirmou que o presidenciável ficará internado por um período de 10 a 15 dias, caso não ocorra nenhuma outra complicação. A estimativa, portanto, foi ampliada em relação à previsão inicial dos especialistas, que, na data do atentado, afirmaram que o tempo médio de internação em casos do tipo é de uma semana a dez dias.

Uma das dificuldades enfrentadas pela campanha é a falta de dinheiro. Ela impossibilita a contratação de pesquisas de opinião pública. Assim, a cúpula da candidatura não sabe qual será o efeito no eleitorado do ataque – e não tem segurança para agir.

Um dos pontos em discussão é a imagem de um Bolsonaro frágil, por causa da internação. Geralmente, o deputado é associado a posições de força e à defesa de bandeiras polêmicas, como a liberação do porte de armas para todos os cidadãos.

Filhos de Bolsonaro dividem agenda

A campanha se ressente da falta de Bolsonaro nas ruas. Ele tinha para estes dias vasta agenda no Nordeste, cancelada. Os filhos do presidenciável dividiram tarefas. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e seu irmão, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), foram para Brasília no início da semana.

Reuniram-se com policiais federais para saber das investigações do ataque. Depois, voltaram para seus Estados – Eduardo faz campanha por São Paulo e Flávio tenta o Senado pelo Rio. Vereador na capital fluminense, o outro filho do presidenciável, Carlos Bolsonaro, ficou com o pai, no hospital.

O acesso ao deputado no hospital foi restringido. O candidato a vice na chapa de Bolsonaro, Hamilton Mourão, já tinha se posicionado contra a entrada de aliados no quarto do candidato para fazer vídeos. O general da reserva passou a semana pedindo “cautela”.

Mourão também deixou claro que a campanha de “vitimização” tinha saturado e era preciso focar no debate de propostas. Com presença nas entrevistas e sabatinas bem avaliada por aliados, Mourão é a aposta do grupo de generais da reserva do Exército para minimizar a ausência do candidato ao Planalto no período de internação.

Médicos especialistas apontam restrições

As lesões causadas pela facada e a necessidade de duas operações fazem com que haja riscos de novas obstruções intestinais e infecções. O quadro delicado indica que, mesmo após as eleições, Bolsonaro ainda poderá ter restrições alimentares, dificuldades para andar, náuseas e outros desconfortos digestivos. Isso deve atrapalhar agendas públicas, viagens e corpo a corpo com simpatizantes.

A cicatrização interna (das lesões do intestino) dura, em média, 10 dias, mas a externa (da pele) só é considerada completa depois de três meses. “Pode haver rigidez na região da cicatrização. Mesmo que esteja andando, será mais devagar”, disse o professor de cirurgia da Faculdade de Medicina da USP Sergio Mies.

“Com um mês, o paciente já é liberado para as atividades corriqueiras, mas existem restrições da convalescença. Não dá para ser carregado, subir em carro de som”, afirmou o professor de gastroenterologia cirúrgica Alberto Goldenberg, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Bolsonaro ainda terá de se acostumar a conviver com a bolsa coletora de fezes, colocada após a realização da colostomia. “É preciso esvaziá-la várias vezes ao dia. Muitos evitam viagem de avião, por exemplo”, disse Mies. Mas, segundo os especialistas, há produtos mais modernos que facilitam a vida do paciente na troca da bolsa. “A presença da bolsa em si não impede o paciente de fazer atividade física, trabalhar, namorar”, afirmou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atuí.

De acordo com os médicos, a retirada da bolsa, em média, ocorre de dois a três meses após a primeira cirurgia, o que seria próximo de uma eventual posse como presidente. Quando há infecções na recuperação, esse prazo é ampliado.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Paulo

15/09/2018 - 11h31

Isso tá me lembrando do Tancredo. Que Deus olhe pelo Bolsonaro e por todos nós!

Jair

14/09/2018 - 19h07

A cicatriz é imensa.

Sinceramente cá tenho eu minhas dúvidas se era necessário tamanho corte.

Paulo Roberto

14/09/2018 - 15h59

Vocês que estão torcendo pela porte do Capitão, vão ter que aceitar a vitória dele e do povo de bem do Brasil!!

Eduardo

14/09/2018 - 15h24

Eu acho que poderia abreviar todo o processo para não ficar disperdiçando nosso tempo: eutanásia no bolsonaro, declara o haddad presidente e solta o lula. O brasil volta a crescer, o povo fica feliz e tá tudo certo.

    Eduardo

    14/09/2018 - 15h26

    Pensando melhor… começa soltando o lula e o resto acontece tudo naturalmente…

    Paulo Roberto

    14/09/2018 - 15h56

    Eduardo, É MELHOR JÁ IR SE ACOSTUMENDO KKKKKK

    Paulo

    15/09/2018 - 11h26

    Deprimente!

Nostradamus ( banquinho & bacia )

14/09/2018 - 14h15

Preparem-se para novas intervenções cirúrgicas no nazista. Esse quadro apresentado é gravíssimo. O risco de infecção é grande. Risco de novas aderências. Quando tocar alimento solido novamente será outro drama. Será difícil ele sair desta. Sejamos realistas… por muito menos Tancredo não voltou mais para casa apesar de colocarem ele sentado para fotografias. Quem viu o tamanho do corte para exploração e que tenha feito uma cirurgia de hérnia ou tirado uma vesícula por vídeo pode muito bem comparar quantas dez vezes mais complexa e essa situação. Não adianta ser forte como um cavalo, na maca com anemia somos todos iguais, quilombolas, nordestinos, ciganos, venezuelanos etc. E ainda mais para quem usa tanto o Santo nome de Deus em vão pode ser que Ele esteja Se questionando: ” O que ele quer falar Comigo ? ” Logo, quando menos ocupado… – ” Manda entrar! “

sempre Voltaço

14/09/2018 - 11h00

Olhando a foto vi o nome de Lauriete. Putz, cantora evangélica que separou do pastor Reginaldo Almeida, começou a namorar Magno Malta e já separou. E são esses evangélicos que apoiam o capitão. Ainda bem que já sai desse meio religioso que há muito tempo deixou de anunciar as boas novas.
Encerrando: 3 meses fora da campanha? Se ganhar, é tempo suficiente para uma infecção GENERALizada.. entendeu?

Elena

14/09/2018 - 10h39

Senador Magno Malta foi quem divulgou a foto, é? Ele também divulgou uma foto colocando a cara do tal Adelio Bispo, o esfaqueador do Bostonauro, no meio dos simpatizantes de Lula quando este esteve em um dos depoimentos a “Sejumoro” em Curitiba. Como dar credibilidade a este pastor que divulga fotos falsas?

      Jurandir Paulo

      14/09/2018 - 21h12

      Miguel, achei precipitado o site Comprova garantir a autenticidade da foto com tanta convicção e isto servir a toda uma narrativa sobre os fatos. Como tenho bons conhecimentos de Photoshop, digo que pode ter havido falsificação. Não tenho dúvida que ali está Bolsonaro (vi a versão completa) na cama do hospital, mas a extensão da gravidade que é o tamanho da sutura feita pode ser facilmente falsificado. Poderia ter havido clonagem de imagem de outra cirurgia ou o aumento de uma sutura menor ali existente, o que seria bem fácil de se fazer. Digo apenas por cautela nas conclusões.

João Ferreira Bastos

14/09/2018 - 10h34

Forte como um cavalo… paraguaio

João Carlos

14/09/2018 - 10h22

Os traíras da campanha: CIRO e MOURÃO.

Ciro que sempre torceu pela prisão do Lula e pela perseguição ao PT – acreditava que seria o beneficiado. Ciro mostra um desvio de caráter grave.

Mourão e os generais deveriam serem investigados pela facada em Bolsonaro. São os principais beneficiarios do suposto atentado. Bolsonaro no leito do hospital é presa fácil para uma “infecção general”. Uma infecção fardada.

Os dois são tolos e arrogantes.

    sempre Voltaço

    14/09/2018 - 10h50

    Falei isso com meu irmão semana passada…o capitão vai morrer por infecção…mas não generalizada…risos…essa sua observação foi boa.

    Miguel do Rosário

    14/09/2018 - 10h50

    João, o que o Ciro tem a ver com prisão de Lula? Acho que você é que tem um desvio de caráter grave.

marola

14/09/2018 - 09h48

tá ferrado.


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