O Datafolha divulgado ontem nos ajuda a projetar alguns cenários, mas permanecem ainda muitas zonas de sombra.
A primeira vítima dessa pesquisa, aliás, é a certeza profética de alguns analistas, de que o segundo turno seria disputado entre PT e PSDB. Pode até ser que isso aconteça, mas agora ficou positivamente ridículo apostar todas as fichas nessa possibilidade.
Aparentemente, Alckmin não vai decolar, não a tempo de chegar o segundo turno, embora seja temerário tratá-lo, como precipitadamente fizeram alguns com Ciro, como “carta fora do baralho”. O tucano tem 44% do tempo de TV, uma quantidade monstruosa de recursos partidários e continua sendo o candidato preferido do grande capital. Alckmin é um adversário que precisa ser respeitado.
Depois do “atentado”, contudo, o mais provável, diante dos novos números, é que Bolsonaro passe para o segundo turno e dispute com Ciro ou Haddad.
Uma outra teoria sai bastante abalada dessa pesquisa: a de que o PT teria, com certeza inabalável, um lugar no segundo turno e que se poderia descartar Ciro Gomes.
Isolado pelos grandes partidos, com pouco tempo de TV, sem recursos financeiros, contando apenas com suas próprias cordas vocais e a disposição de não perder uma oportunidade de se dar a conhecer ao público, através de entrevistas, sabatinas e debates, Ciro Gomes chegou ao segundo lugar nas pesquisas, com 13%.
O cearense já tem 20% no Nordeste, segundo o Datafolha divulgado ontem.
Haddad, todavia, ainda tem grandes chances de ser o escolhido, pelo eleitor, para enfrentar Bolsonaro no segundo turno. Ele cresceu de maneira vigorosa, de 4% para 9%, e o processo de migração de votos do lulismo ainda está no início. No Nordeste, segundo o Datafolha, Haddad avançou de 5% para 13%.
Segundo o noticiário, o petista será consagrado candidato oficial hoje, em Curitiba, e aí será preciso esperar uma ou duas semanas para que a transferência de votos se complete.
Ciro Gomes avançou fortemente no segundo turno, onde abriu vantagem de 10 pontos sobre Bolsonaro (45% X 35%) e de 4 pontos sobre Alckmin (39% X 35%).
Fernando Haddad ainda perde de Alckmin no segundo turno (43% a 29%) e mantém um perigoso empate com Bolsonaro (39% a 38%). Mas tudo indica que também melhorará esse desempenho nas próximas pesquisas.
Tanto Haddad como Ciro tem trunfos e problemas.
A vantagem de Haddad pode ser resumida a uma só palavra: Lula. O ex-presidente é o maior fenômeno eleitoral e político da história recente do país. Preso em Curitiba, massacrado dia e noite pela grande mídia, ele permanece sendo uma figura central no debate político nacional. Mas ao mesmo tempo que Lula é seu principal trunfo, é também seu principal problema, por causa da alta rejeição a Lula no Sudeste, na classe média e, sobretudo, junto a influentes setores dos estamentos jurídicos. Haddad vai receber, no peito, toda a carga de rejeição ao PT e a Lula.
Ciro apresenta trunfos difíceis de ver na pesquisa, mas evidentes para qualquer analista: ele penetra em setores do centro político que ainda parecem bloqueados ao PT; e tem um eleitorado próprio, não necessariamente lulista, o que lhe confere uma importante vantagem no segundo turno. Ciro tem votos do eleitor hostil ao PT (infelizmente uma parcela importante e influente do eleitorado), e ao mesmo tempo, como se vê nas pesquisas, recebe no segundo turno quase todos os votos do lulismo.
O principal problema de Ciro, por sua vez, é a ausência de uma estrutura partidária para lhe dar guarida nas batalhas políticas e eleitorais.
Chegamos a um momento da campanha em que precisamos analisar com muito cuidado não apenas qual candidato tem melhores condições de vencer Bolsonaro, mas qual oferece melhores condições para superar a polarização paralisante que vem asfixiando e matando o país, e que nos levou ao golpe. E não adianta aqui convencer a “esquerda”. É preciso convencer a grande maioria, o eleitor comum, que não tem partido.
Alguns números regionais mostram que o eleitor brasileiro, mesmo aqueles que declaram preferência em algum partido, tem baixo índice de organicidade partidária. No Rio de Janeiro, por exemplo, onde Lula tinha até pouco tempo 26% das intenções de voto, e o PT tem 18% de preferência partidária, a sua candidata, Marcia Tiburi, exibe agora apenas 1% das intenções de voto, segundo Ibope divulgado ontem. Em São Paulo, a situação é parecida: Luiz Marinho, apesar de ex-presidente da CUT, ex-prefeito de cidade importante, tem 5%.
Isso significa que o eleitor não tem dono. O eleitor lulista respeita profundamente a opinião do líder, mas a maioria não vota em quem “Lula mandar’, e sim em quem considerar, em seu livre arbítrio, que é a melhor opção para o futuro do país. A migração dos votos de Lula para Haddad precisará ser construída, portanto, com muita humildade pelos estrategistas do partido.
Tanto Haddad como Ciro tem chances razoáveis de ir ao segundo turno e ganhar as eleições, mas ambos tem de calçar as sandálias da humildade e investir numa relação de mútuo respeito, porque precisarão desesperadamente um do outro, tanto no segundo turno quanto (e sobretudo!) no governo, que promete batalhas ainda mais duras que a disputa eleitoral.
A essa altura do drama brasileiro, a esquerda estará cometendo um crime imperdoável se se deixar engolfar por picuinhas partidárias e sectárias, ao invés de olhar o grande cenário que se desdobra à sua frente, com seus imensos perigos, de um lado, e suas infinitas esperanças, de outro.
Para isso, todavia, precisaremos revisar algumas posturas adotadas até aqui. A conjuntura já deixou claro que a estratégia de xingar o juiz, o procurador, a imprensa, o general, clamar por uma invasão da ONU, não dá certo.
A única maneira de vencermos é conquistando corações e mentes, inclusive de juízes, procuradores, jornalistas e militares.
A esquerda só tem uma arma, mas que é a mais poderosa de todas: a palavra. Usemo-la com sabedoria, força e compostura!
CezarR
12/09/2018 - 11h44
Mais uma brilhante análise de Ciro:
“O Lula a gente tem que relativizar, porque ele está isolado. E, agora, o Lula está com um problema, porque morreram o Márcio Thomaz Bastos, o Luiz Gushiken, está sem José Dirceu, perdeu dona Marisa. Hoje o Lula está cercado de puxa-saco e perdeu um pouco da visão genial que ele tem da realidade. Se ele tivesse solto, não teria permitido uma série de desatinos que estão sendo promovidos.”
NeoTupi
12/09/2018 - 12h37
Sectarismo “brilhante” o de Ciro: atacar Lula em vez de atacar a direita. Atacar o PT para atrapalhar a eleger bancadas de esquerda maiores no Congresso, favorecendo o centrão. Discutir questões pessoais na campanha em vez de politizar o debate com os grandes problemas nacionais.
Três grandes sectarismos.
josa
12/09/2018 - 11h14
Fernando Brito é Brizola mais não é Cyro,Cyro é Tarso
CezarR
12/09/2018 - 10h28
Até quando São Paulo vai impor sua vontade ao país? E olha que sou paulista!
CezarR
12/09/2018 - 10h26
https://www.youtube.com/watch?v=f28vdAn5TBU
Tiago Tavares e Silva
12/09/2018 - 09h35
Não vou comparar os dois quadros, mas Ciro é foda! O cara chegou em segundo com a estrutura pequena e pouco orgânica do PDT, sem sindicatos ou grandes canais como o 247 apoiando. Alckmin com a simpatia da grande mídia e metade dos partidos ficou pra trás. E ele tem mais chance contra bolso no segundo turno… Não faz sentido deixar de votar CIRO 12!
Alan Cepile
12/09/2018 - 09h56
Gostei do seu comentário.
Há uma questão aí, o 247 é o puxadinho do PT e joga abertamente de forma desonesta com o campo progressista, plantando mentiras exatamente como a Globo faz a décadas, porém, o Duplo Expresso tem muitos seguidores, e ele é Lula até a morte (expressão que cai como uma luva para o blog de esquerda mais xiita de todos) mas é contra Haddad, e isso tem atrapalhado bem os planos petistas.
Ciro tá sendo um guerreiro mesmo, e só está se sustentando pela sua capacidade, notoriamente muito superior aos demais.
CezarR
12/09/2018 - 10h26
A sua maior virtude é também sua maior desgraça. Sua forma de independência, de colocar o dedo na ferida não o permitiria jamais, ter uma ligação partidária tão orgânica como a do Lula com o PT. Mas sim, ele é foda e é o voto útil contra o Bolsonaro. Saiu a pesquisa da Empiricus hoje, Hadadd atrás de Ciro, Marina e Alckimin.
Serg1o Se7e
12/09/2018 - 08h38
Miguel, não tem a ver com a postagem, mas usarei o espaço.
Sempre reclamam (a esquerda) que a esquerda é perseguida pelo judiciário, pelo Moro, pela Globo, pelo Trump, pelo Príncipe George e pelo escambau.
Ontem foram presos o ex-governador do Paraná, tucano, a esposa (sub-tucana), o irmão dele e mais gente ligada a ele.
Mais um bandido na cadeia.
Não vi uma linha sequer sobre isso, nem em comemoração.
Depois reclamam.
Alan Cepile
12/09/2018 - 09h59
Miguel falou na live que a prisão do Richa é injusta, dá uma olhada lá.
Essa é uma das grande virtudes da esquerda, preza pelo que é correto, independente se o erro pega o lado de lá.
E nem pegou, pra mim isso é mais uma ceninha, daqui a pouco estão soltos, ele e a mulher dele e daí voltarão a se concentrar na esquerda.
vicente
12/09/2018 - 08h14
“investir numa relação de mútuo respeito, porque precisarão desesperadamente um do outro”
É isso aí, Miguel!
União.
Ciro e Haddad unidos nos debates podem facilmente desmascarar os fascistas direitistas. Se começarem a se atacar, correm risco de nenhum ir ao segundo turno.
edu
12/09/2018 - 08h13
No twiter de Danilo Gentile que tem 16 milhoes de seguidores ele fez uma pesquisa com os candidatos e deu Bolsonaro com 68% e ciro com 13%. No cantor tico santa cruz a mesma coisa e deu bolsonaro com 74% de votos. Os dois foram itimados pelo TSE a retirar suas pesquisas dos perfis sociais. A quem interessa essa ocultação de informação? se o perfil e particular o TSE pode pedir para retirar? 16 milhoes de entrevistados nao e uma pesquisa mais confiavel do que 2000 e poucas pessoas?
Serg1o Se7e
12/09/2018 - 08h35
Um outro usuário do Twitter fez também e ficou muito semelhante o resultado, com em torno de 70% para o candidato esfaqueado. Para a eleição não vale nada, chega a ser contra a lei, mas três sondagens informais de três pessoas bem diferentes (um comediante raivoso, uma sub-celebridade de esquerda e uma usuária desconhecida) que dão o mesmo resultado (cerca de 70%) é muito curioso.
Claro que usuários de internet não são representativos no universo de eleitores, mas não deixa de ser um dado curioso.
Tiago Tavares e Silva
12/09/2018 - 09h38
Cara, se a pesquisa é feita em um canal de direita seu público tende a ser de direita… Se Daciolo fizer uma pesuisa na página dele é capaz de sair em primeiro rs
Leo Oliveira
12/09/2018 - 06h31
Haddad e Ciro podem fazer uma disputa civilizada e construtiva, debatendo quem tem as melhores propostas e projetos para o país, sem transformar a busca pelo poder numa rinha de galo, ou competição de quem é mais corajoso e mais boquirroto, ou de quem apela mais para fatores emocionais.
A favor do Ciro, a maior experiência, a memória afetiva do eleitor por conta de outras eleições presidenciais, que conta bastante pois ser um fator do inconsciente, o fato de não ser visto simplesmente como um esquerdista clássico, ou um “guru de costumes” como ele próprio diz, e por não ter contra si denúncias de corrupção, o que lhe permite também debater nessa área, de grande importância para setores da classe média.
Haddad tem Lula, o que não é tudo, mas é muito, e o cacifa automaticamente a abocanhar no mínimo 20% dos votos, não o suficiente para chegar ao segundo turno, mas torna a sua missão menos impossível; é jovial na imagem, mas não inexperiente, passa tranquilidade e verdade no que diz. Tem um partido organizado e movimentos sociais, que podem ser de fundamental importância numa disputa apertada. Embora parta dum piso invejável, para chegar a disputa final terá que conquistar apoio pelas próprias qualidades.
Além de enfrentar a máquina petista, movimentos sociais, sindicatos, etc, contra Ciro será sempre possível explorar sua fama de pavio curto, as declarações pouco ortodoxas, o excesso de voluntarismo, visto por muitos como um certo pedantismo, pois, embora o eleitor queira alguém na presidência mais preparado ou muito mais preparado que a média, um candidato que aparente jactar-se dos seus dotes a todo momento, passa antipatia, é como se estivesse dizendo que é melhor que todos, e a única ostentação aceita numa disputa eleitoral é a modéstia.
Contra Haddad tem a outra face da mesma moeda (Lula), que não impossibilita, mas dificulta muito se o candidato petista não souber explicar como vai ser tão bom quanto o ex-presidente e ao mesmo tempo justificar a sua condenação e prisão, justificar a Dilma, justificar que tem competência e brilho próprios, justificar que agora o seu padrinho acertou na escolha do candidato, justificar Palocci, mensalão, casos de corrupção na Petrobras, justificar que não será golpeado, justificar a sua vice, pois o brasileiro não quer na presidência alguém tão jovem e sem experiência no caso de faltar o titular – o que vai ser explorado depois do impeachment da ex-presidente, etc. Se em meios a tantas justificativas, conseguir mostrar carisma e sinceridade, tocar as pessoas, terá grandes chances, mas desde já a sua missão é inglória.
Na direita o quadro parece cristalizado, mas só parece, pois parte do eleitorado conservador ainda tem bastante dificuldades em aceitar alguém despreparado, sem experiência e que se comporta na maioria das vezes como um quadrúpede. Mesmo o candidato extremista estando na frente, pode ser apenas uma onda, na hora do “vamos ver” pode ocorrer uma migração para uma candidatura mais sensata, como a do PSDB, junto com os indecisos seria suficiente para dar sobrevida ao Alckmin, que obviamente perderia no segundo turno.
A maior dúvida, entre tantas, com certeza é a Marina, não porque possa ou não chegar ao segundo turno – está claro que tem poucas chances -, mas em relação aos seus passos faltando alguns dias para o pleito. Se optar, muito mais por vingança contra o PT, em abrir mão da candidatura e apoiar Ciro, sairá dum papel irrelevante para ter um peso decisivo.
Ruy Acquaviva
12/09/2018 - 02h05
Miguel, no título você chama a análise de “antisectária”.
Depois coloca uma provocação tão gratuíta quanto sectária:
“Para isso, todavia, precisaremos revisar algumas posturas adotadas até aqui. A conjuntura já deixou claro que a estratégia de xingar o juiz, o procurador, a imprensa, o general, clamar por uma invasão da ONU, não dá certo.”
Xingar o juiz???!!! Então Lula se defender de acusações absurdas, arbitrárias e uma perseguição descarada é “xingar o juiz”???!!! Ainda bem que você não é sectário né???!!! Afinal de contas colocar-se ao lado de tiranos que usam os cargos públicos para perseguir os opositores com arbitrariedades antidemocráticas não é sectarismo… Sinceramente Miguel, criticar a vítima da perseguição por se defender e denunciar a perseguição só para atacar o outro candidato é sectarismo na sua forma mais aguda e atroz. Quero ver quando você for o perseguido e ao se defender dizerem que você está “xingando o juiz” se você vai achar certo. Mas no dos outros é refresco né?
E reclamar da imprensa não pode não né??? Eu nunca ví você reclamar da imprensa… Peraí, só vejo você reclamar da imprensa há 12 anos, desde a época do blog Óleo do Diabo, mas como é o PT, aí reclamar da imprensa vira XINGAR a imprensa. Tá bom… Vai lá agradar a Rede Globo então.
E a questão da ONU então… Dizer que chamar a atenção para uma decisão da ONU que simplesmente denuncia o golpe no plano internacional é “clamar por uma invasão da ONU”???!!! Que linguajar de bolsominion hein… Parece o mais renhido dos golpistas. Mais sectário do isso IMPOSSÍVEL.
Sem falar na lamentável frase dizendo que precisa “conquistar os corações e mentes” dos golpistas… Depois de tudo que eles fizeram a questão não é combater o golpe e denunciar o arbítrio… a sua receita é agradar as corporações, a mídia golpista e a linha dura militar para que eles fiquem com “peninha” do povo que eles estão oprimindo cada vez mais dia a dia e sejam bonzinhos de deixar a democracia voltar.
Rapaz… simplesmente não esperaria NUNCA essa postura de você. Estou pasmo!!!
Virgilio
12/09/2018 - 06h39
Ruy… você escreveu com enorme propriedade tudo, e muito mais, do que pensei em comentar do post do Miguel. Embora pisando um pouco em ovos, Miguel se transformou num antipetista. Incrível! Impressionante! Lamentável! Ele, espero, irá se surpreender com a transferência de votos. Sua análise é mais uma confissão do desejo de que tal transferência não ocorra, beneficiando o seu candidato, Ciro. Em nenhum momento o vi falando de Hadadd e de suas qualidades como político.
Miguel do Rosário
12/09/2018 - 07h07
Prezado Virgílio, menos né. O fato de externar críticas ao PT é muuuuito diferente de se tornar “antipetista”. Que isso, cara!
Dulce
12/09/2018 - 07h26
Ué, miguel, mas não ser antisectário não é justamente evitar críticas? Não é levantar bandeira branca?
Pq criticar o pt num post q pede q não se critique ninguém?
Dulce
12/09/2018 - 07h28
*não ser sectário
Alan Cepile
12/09/2018 - 10h02
Curioso isso, nego cobrando aqui o que o 247 faz no fórum de lá…
Tiago Tavares e Silva
12/09/2018 - 09h39
No começo o pessoal falava que eleitor de Bolso e Lula eram a mesma coisa. Como progressista e de esquerda, eu contestava, claro. Mas tá complicado….
Baruch
12/09/2018 - 01h07
Os petistas vivem realmente em mundo próprio. No mundo petista só terá associação ao governo Lula para o Haddad. Os adversários não estavam atacando ninguém até agora, um dos principais motivos era a indefinição do candidato petista. Haddad tem muito o que ser atacado: PPPs, atuação nas “Jornadas de Junho”, 14% de aprovação na prefeitura de São Paulo e, o pior de tudo, os 69% de rejeição do governo Dilma (com certeza os adversários vão colar o Haddad com a Dilma).
Creio que no mundo paralelo dos petistas, no futuro governo Haddad, os commoddits voltarão para o preços dos primeiros 10 anos de governo do PT, só com esse milagre para o projeto petista funcionar. Sem mexer no esquema da dívida na dívida o país nunca será “feliz de novo”, e o PT já provou várias vezes que não quer auditoria.
Ruy Acquaviva
12/09/2018 - 14h01
Caro, você diz que os petistas vivem em um mundo próprio e em seguida desenvolve um festival de “wishful tinking” viajante… Parabéns pelos dons de vidência futurológica, mas a menos que tenha realmente capacidades mediúnicas incontestáveis é impossível não associar suas previsões a um singelo e delirante “mundinho de ilusões”.
Pessoalmente não tenho dúvidas que Haddad será muito atacado e nem de longe considero uma vitória certa. Na verdade é muito incerta e mesmo ocorrendo nem de longe representará o fim do golpe.
Só quero dar uma resposta digna aos golpistas que tiraram meu candidato da disputa de forma arbitrária, ilegítima e ilegal. Ao fazerem isso eles me atingiram e a única forma que eu vejo para dar o troco é votar em quem o Lula indicou, seja quem for. Por isso mesmo não vou nem defender o Haddad, já que a questão não é ele. Lula ofereceu o posto de vice para Ciro que não aceitou porque achou que é grandioso demais para uma posição de vice. Se tivesse aceito ele seria o candidato de Lula e eu votaria nele.
Isso não é um “mundinho próprio”, é a realidade.
gusfoca
11/09/2018 - 23h55
Sua análise não me parece antissectária. Onde estão os outros candidatos? Só vim a saber um pouco melhor do João Goulart Filho pelo Brasil 247… ela é tão sectária quanto a da mídia tradicional, pois só põe em evidência os candidatos mais cotados, ou seja, os que possuem maior poder material e, portanto, fazem o gosto do grande empresariado, das grandes corporações, etc. São aqueles de posição mais moderada, como todos os que, afinal, nos trouxeram até aqui e que devemos avalizar pelo voto.
Se o momento de discutir outras possibilidades não for esse, não sei quando será. Ou, talvez, eu esteja no lugar errado?!?
Aliás, como é esse troço de “conquistar corações e mentes”? Você está fundando uma nova religião?
Paulo Freira falava de “sectarismos” mas…
“As afirmações que fazemos neste ensaio não são (…) fruto de devaneios intelectuais nem (…) resultam apenas de leituras (…) Ensaio que, provavelmente, irá provocar, em alguns de seus possíveis leitores, reações sectárias.
Daí que seja este, com todas as deficiências de um ensaio puramente aproximativo, um trabalho para homens radicais. Cristãos ou marxistas, ainda que discordando de nossas posições (…) poderão chegar ao fim do texto.
Na medida, porém, em que, sectariamente, assumam posições fechadas, “irracionais”, rechaçarão o diálogo que pretendemos estabelecer através deste livro. (…) Parta de quem parta, a sectarização é um obstáculo à emancipação dos homens. Daí que seja doloroso observar que nem sempre o sectarismo de direita provoque o seu contrário, isto é, a radicalização do revolucionário.”
(Trechos da “Pedagogia do Oprimido”, leitura obrigatória para brasileiros libertários)
Veja que, para o autor, esquerda nem é o contrário de direita! E isso foi dito há décadas!!!
Mas sectarismo combina com “conquistar corações e mentes” (só uma provocação)…
Além de tudo, o texto nos presenteia com palavras proscritas do vocabulário de esquerda, como “radical/radicalismo” e “revolucionário”!
Domingos Sávio Melo
11/09/2018 - 23h29
Miguel, peço sua atenção para este trecho do artigo de Fernando Brito:
“Vivemos um momento de drama nacional. Que exige que cada um de nós esteja à altura da hora decisiva que vivemos.
…
Se o povo brasileiro vencer, nada será como antes.
Se não estivermos, por medo ou vacilação, à altura de nosso papel, como Lula está sendo, tudo será, por muito tempo, como sempre foi.”
A vitória da esquerda será contra a casta de juízes, policiais, procuradores, militares…Não há outro caminho.
Raul
11/09/2018 - 23h24
Fantástica participação do Pepe Escobar no Brasil 247 falando sobre 11 de setembro, PNAC e a doutrina Full Spectrum Dominance.
Ciro, Arenista nojento
11/09/2018 - 23h00
o ¨¨coitado¨¨ do pobre Ciro ou a pouca vergonha que faz um família supermfiosa para ser de esquerda.
https://www.facebook.com/spotniks/videos/673171483063974/UzpfSTI3NzkyMDA2MjIyNjc0MToyMTE3NTY0NzQxNTk1NTg4/?q=eu%20apoio%20a%20greve%20dos%20educadores(as)%20paraenses
Baruch
11/09/2018 - 20h50
Os petistas vivem realmente em mundo próprio. No mundo petista só terá associação ao governo Lula para o Haddad. Os adversários não estavam atacando ninguém até agora, um dos principais motivos era a indefinição do candidato petista. Haddad tem muito o que ser atacado: PPPs, atuação nas “Jornadas de Junho”, 14% de aprovação na prefeitura de São Paulo e, o pior de tudo, os 69% de rejeição do governo Dilma (com certeza os adversários vão colar o Haddad com a Dilma).
Creio que no mundo paralelo dos petistas, no futuro governo Haddad, os commoddits voltarão para o preços dos primeiros 10 anos de governo do PT, só com esse milagre para o projeto petista funcionar. Sem mexer no esquema da dívida na dívida o país nunca será “feliz de novo”, e o PT já provou várias vezes que não quer auditoria.
Jandui Tupinambás
11/09/2018 - 20h18
“A única maneira de vencermos é conquistando corações e mentes, inclusive de juízes, procuradores, jornalistas e militares.”
Miguel, escreveu isto em sã consciência? Foi uma metáfora???
Que loucura é essa??
Ruy Acquaviva
11/09/2018 - 21h05
Estou pasmo… Essa de conquistar “corações e mentes” de “juízes, procuradores, jornalistas e militares” é a fantasia mais desconectada da realidade que eu ví nesta eleição. Um delírio ultra lisérgico.
Espero que tenha sido feito sob efeito de substâncias estupefacientes muito fortes porque se foi a seco significa um estado mental altamente preocupante.
CezarR
12/09/2018 - 09h30
Bom, eu fiz estágio no Judiciário paulista no final da década de 90 e início dos 2000. Havia um contingente enorme de eleitores do PT lá, inclusive dentro da própria magistratura, hoje estão absolutamente contrários ao PT. Nas estatais acontece o mesmo, eram todos petistas, hoje há um número cada vez maior de anti-petistas. Logo, a esquerda já os conquistou antes, poderá fazê-lo novamente.
hocuspocus
11/09/2018 - 18h21
A VERDADEIRA ELEIÇÃO COMEÇA HOJE ,É A DO HADDAD.
QUALQUER ESPECULAÇÃO QUE SE FAÇA SEM LEVAR EM CONTA ISTO É VAZIA.
O CIRO NÃO CRESCERÁ MAIS,JÁ ERA! AGORA COMEÇA OUTRA ELEIÇÃO
Tiago Tavares e Silva
12/09/2018 - 09h40
Amém, irmão! Contra os infiéis!
hocuspocus
11/09/2018 - 18h15
—-A única maneira de vencermos é conquistando corações e mentes, inclusive de juízes, procuradores, jornalistas e militares.—– COMO ASSIM??
Chegamos até aqui sem eles,contra eles e estamos ganhando e ganharemos ,por que mudar a postura?mais uma vez a “conciliação”” até quando??? sempre o medo .
Independente da nossa postura o golpe será testado com a sua DERROTA NAS URNAS ,porque ela acontecerá.
Respeitarão o resultado ??,deixarão governar? E ISSO DE QUEM DEPENDE ??? DE NÓS !!!! LEVANTAR A BUNDA DA CADEIRA E SAIR AS RUAS !!!!!!!!!
Nino
11/09/2018 - 17h05
Lula fora da corrida…
Haddad em São Paulo perdeu para Dória e Brancos e Nulos…
Se Haddad ganhasse, não governaria…(vide,PIG, Jud Morow…)
A esquerda se esfacelando, por motivos egoísticos do PT….
Inúmeros petistas caindo na real que essa polarização vai dar ……
Outros mais sensatos entenderam a atual conjuntura, e mudaram de candidato(Tico Santa Cruz,Gabriel Pensador..entre outros)
Ainda há tempo de pensarem que o país não se resume em apenas um partido e uma só pessoa…é muito mais que isso,são 208 milhões de pessoas….que como eu escolheram em ter um futuro melhor.
hocuspocus
11/09/2018 - 18h08
“Se Haddad ganhasse, não governaria…(vide,PIG, Jud Morow…”)–E SE FOSSE O CIRO? ,POR QUE GOVERNARIA COM MAIS FACILIDADE?por acaso ele não é mais “radical” que os pts
“A esquerda se esfacelando, por motivos egoísticos do PT…”.—-não crie fantasmas onde não existem ,é simples lógica.Pode não ser o que se gosta ,mas…
“Inúmeros petistas caindo na real que essa polarização vai dar” a polarização sempre existiu ,não é invento dos pts,aliás não conheço petista que tenha desistido.
Tico e o Gabriel ,não me inluenciam ,o poderão fazer com vc,esse um problema SEU.
Gabriel Barbosa
11/09/2018 - 14h58
Concordo com as ponderações, me parece que a guerra egóica da esquerda “instruída” ainda nos coloca em risco como povo, como sempre.
Parabéns pelo texto, Miguel.
hocuspocus
11/09/2018 - 18h19
DEIXE DE SER MEDROSO E RESPEITE A DECISÃO DA MAIORIA GAROTO.
O CENTRO GANHARÁ ,E SERÁ COM OS PTS ,É O QUE A MAIORIA QUER E É O QUE ACONTECERÁ
Alexandre Neres
11/09/2018 - 14h22
Creio que já passou da hora de um armistício entre as duas candidaturas do espectro progressista, juntos formariam o dream team, se bem que tem a Manu. É difícil pensar em um dream team sem a Manu. Voltando ao tema, foi muito feliz o texto, precisamos todos da esquerda sermos antissectários. O único ponto que divirjo é com relação a conquistar corações e mentes de procuradores, policiais e juízes. Ora, quem desconhece o passado condena-se a repeti-lo, vide bandido que defende torturador ao vivo e em cores. Enquanto varrermos para baixo do tapete a sujeira, jamais chegaremos a lugar algum. Não estamos em tempos de normalidade democrática, não há como compactuarmos com tamanho erro judiciário, nessa guerra assimétrica não há como simplesmente ganhar uma eleição no voto. Para quê? Se eles se unirem na liga da justiça e não acatarem o voto sufragado nas urnas, afastam a soberania popular e passam a querer tutelar o povo com seu ativismo judicial farisaico e salvacionista. Precisamos dar um basta definitivo nas urnas mais uma vez e um não rotundo a este estamento que convalidou todos os golpes e ditaduras que ocorreram no país desde o século passado!
NeoTupi
11/09/2018 - 13h23
Miguel acho um grande erro a blogosfera insistir demasiadamente nesse “espelho, espelho meu, meu candidato é melhor do que o seu”, quando o cenário já está muito favorável para Haddad e para Ciro. Um dos dois irá ao segundo turno e não devem se atacar. Deixe a direita se degladiar.
O que eu acho que tem sido negligenciado pelos ciristas e pela blogosfera são as eleições parlamentares para eleger bancadas progressistas. Apostar tudo só na campanha presidencial sem esforço para eleger bancadas progressistas deixará o presidente eleito de mãos atadas. O programa de governo será mutilado no Congresso. Todo mundo precisa ser honesto de dizer isso, de admitir que candidato nenhum impõe seu programa de governo se não tiver correlação de forças favoráveis. O melhor jeito de conseguir é elegendo bancadas
O presidente não tem poderes imperiais no primeiro ano como diz Ciro para fazer coisas contra o mercado e para colocar o golpe de volta à caixinha.
Ele pode ter “poderes imperiais” apenas para impor pacotes econômicos impopulares, como reforma da previdência, que é a agenda dos bancos tratada na mídia corporativa como se fosse “consenso”. Então não haverá reformas progressistas sem eleger bancadas maiores. Até para propor plebiscito precisa de 171 votos na Câmara e 27 no Senado. Isso para propor, para o plebiscito ocorrer precisa da metade dos votos do parlamento. Mas se tiver pelo menor o terço necessário para propor já dá para conseguir aprovação por pressão popular.
Meu voto é Haddad e acho que vai ganhar porque é ele quem veste a camisa do lulismo (é o que a maioria do eleitorado procura para votar). É o cara no lugar certo na hora certa como foi Brizola no Rio em 1982, como foi Lula em 2002. Mas se o gênio da lâmpada me oferecesse só duas opções: 1) Ciro presidente e PT e PCdoB e Psol com 51% da Câmara e do Senado, ou 2) Haddad presidente com os partidos citados tendo menos 20% de bancada progressista como é atualmente, preferiria a opção 1. Mesmo pessoalmente preferindo muito mais Haddad na presidência.
Acho que os ciristas também deveriam racionar da forma inversa: votem em Ciro, mas se preocupem em eleger bancadas efetivamente progressistas. E não adianta só escolher candidato progressista se a lista de candidatos do partido é reacionária ou fisiológica, porque senão o candidato progressista estára puxando voto para carregar outros que votarão contra o programa de governo de Ciro.
Se os ciristas estão com raiva de petistas (o que eu acho infantilidade, pois se Ciro for para o segundo turno precisará dos votos petistas), pelo menos votem em deputados do PCdoB ou do Psol. Vejam a conjuntura em cada estado, a coligação proporcional e o perfil do partido no estado, para não jogarem o voto fora ao parlamento, ajudando indiretamente a reeleger o centrão.
Foo
12/09/2018 - 03h01
“O que eu acho que tem sido negligenciado pelos ciristas e pela blogosfera são as eleições parlamentares para eleger bancadas progressistas. Apostar tudo só na campanha presidencial sem esforço para eleger bancadas progressistas deixará o presidente eleito de mãos atadas.”
Perfeita observação.
É preciso dar tanta ou mais atenção à disputa pela maioria na Câmara.
Sem isso, teremos um golpe depois do outro.
Foo
11/09/2018 - 13h17
“Fernando Haddad… mantém um perigoso empate com Bolsonaro (39% a 38%).”
Ou seja: um quase desconhecido empata com Bolsonaro no segundo turno.
Essa é a base de apoio de “qualquer um” contra Bolsonaro.
Foo
11/09/2018 - 13h12
“Segundo o noticiário, o petista será consagrado candidato oficial hoje, em Curitiba, e aí será preciso esperar uma ou duas semanas para que a transferência de votos se complete.”
Duas semanas é um prazo intermediário.
Acho que em uma semana ele assume o segundo lugar, e em duas semanas estará disputando o primeiro.
A transferência só se completa no dia da eleição, quando ele estará em primeiro lugar isolado.
hocuspocus
11/09/2018 - 18h29
CONCORDO
Nilson Messias
11/09/2018 - 12h38
Em 1989, se não estou enganado, Collor, hoje Bolsonaro, estava, segundo as pesquisas garantindo no segundo turno. Lula e Brizola, este maior que Lula, na época disputavam o segundo tuno. Lula, classificou-se 5% a mais. Hoje, Haddad/Manu/Lula, maior que Ciro, certamente, teremos o PT classificado outra vez para o segundo. Ciro/PDT serão bem vindos. As intrigas veem da direita e esquerda. Como uma análise de um segundo sem passar pelo primeiro turno.
JESSE OLIVEIRA GUIMARAES
11/09/2018 - 17h51
A sua análise é interessante. O único reparo que faço foi a diferença entre os dois. Não foram 5%.Em números foi o seguinte: Brizola 11.168 e Lula 11.622. Parei nos milhares.
Arthur Vasconcelos
11/09/2018 - 12h05
Eu respeito a análise antissecretária do Miguel, mas não consigo fazer o mesmo. O motivo da felicidade do bolsobosta é o crescimento do Haddad, o antipetismo é a essência da direita e é a única coisa que pode fazer o fascismo subir a rampa.
hocuspocus
11/09/2018 - 18h32
O CIRO TAMBÉM NÃO É BEM VISTO PELA DIREITA.
PESE A TODO SEU ESFORÇO NÃO CONSEGIU ATRAIR VOTOS DELES.
Tiago Tavares e Silva
12/09/2018 - 09h43
Claro que Ciro não é bem visto pela direita, se fosse não teria nem discussão. Mas o antipetismo não pega tanto em Ciro, esse é o ponto!
Wilton Cardoso
11/09/2018 - 12h03
Bolsonaro pode não ir para o 2o turno. Quando seus apoiadores perceberem que ele não tem chance contra Ciro ou Haddad por conta da rejeição de mulheres negros e pobres, os bolsonaristas mais pragmáticos podem migrar para Alckmin, se este ainda se mantiver na casa do 10% até a última semana antes do 1o turno.
Bastam 6 pontos tirados de Bolsonaro e mais 2 pontos de Almoedo e Dias migrarem para o tucano e este fica competitivo para o 2o turno. Se virar onda, os indecisos antipestistas aderem também. E na reta final os marqueteiros do PSDB vão explorar explicitamente a falta de competitividade de Bolsonaro e tentar puxar voto útil. O que pode atrapalhar este plano é a posição centrista de Ciro. Se ele estiver competitivo na última semana pode abocanhar algum voto útil de Bolsonaro e do próprio Alckmin.
O ideal é a esquerda (principalmente o PT) desconstruir Alkcmin agora, forçando-o a cair e dispersando o voto da direita ainda mais entre ele, Alvaro Dias e Almoedo (a força relativa destes 2 são ótimas notícias para a esquerda).
degas
11/09/2018 - 12h35
Dificilmente Bolsonaro deixará de estar no segundo turno, até porque uma boa parte do seu eleitorado é tão mentalmente primitiva como o lulista típico, aquele que vota em quem o faz chorar e vai se dividir entre quem-o-Lula-mandou, a Marina-ex-pobrezinha e o Ciro-nordestino.
O voto útil existe onde há raciocínio e ponderação. E quem têm o eleitor mais racional são o Álvaro, o Amoedo e o Meirelles, principalmente os dois últimos. Ninguém vota nesses caras porque se emocionou com a sua história de vida ou bobagens do tipo. E, na última hora, vendo que eles não chegarão lá, boa parte de seus eleitores vai mudar para o candidato com chances mais próximo deles, que é o Alckmin.
Wilton Cardoso
11/09/2018 - 13h23
tomara que vc esteja certo
bolsonaro no 2o turno é o candidato perfeito para se bater (mto rejeitado entre mulheres, pobres e negros)
JESSE OLIVEIRA GUIMARAES
11/09/2018 - 18h05
Comentário perfeito . Confere com o meu pensamento.
Tamosai
11/09/2018 - 12h02
Conquistar corações e mentes de juízes, procuradores, jornalistas e militares, pelo menos esses que estão aí, é missão impossível. Eles já demonstraram inúmeras vezes o seu partidarismo. Acho que além dos corações e mentes do povo, vai ser preciso corrigir distorções na mídia, judiciário, e também nas escolas militares. Militares, juízes e procuradores não podem dar palpites em política. A democracia precisa de reparos urgentes. A mídia precisa de pluralismo. O novo governo precisa estimular a criação de novas mídias e apoiar as mídias alternativas. Essas que monopolizam o público atualmente já mostraram que não respeitam a democracia. Precisam de concorrência.
veio zuza
11/09/2018 - 11h47
E a matéria da Folha dizendo que “Ciro vai começar a desconstruir Hadad”?! É a busca de alianças (com o Centrão…) para o segundo turno?
Miguel do Rosário
11/09/2018 - 12h29
Isso é, evidentemente, intriga da Folha. Me admira muito que petistas agora acreditem no PIG.
ari
11/09/2018 - 17h03
Intriga? Até duas semanas atrás, seu esporte favorito, dia sim e no outro dia também, era bater no PT
ari
11/09/2018 - 18h31
Quando postei a resposta acima, o homem já tinha começado a dar razão à Folha: “O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou na manhã desta terça-feira, 11, o desempenho eleitoral de Fernando Haddad”
Intrigas?????????
Luis Campinas
12/09/2018 - 09h16
Já tá fasendo Miguel.
Jandui Tupinambás
11/09/2018 - 11h40
“Chegamos a um momento da campanha em que precisamos analisar com muito cuidado não apenas qual candidato tem melhores condições de vencer Bolsonaro,”…
A meu ver aí está o erro de suas considerações:
o PT ainda não tem um candidato oficial. Qualquer análise antes de perceber a reação do eleitorado nos primeiros 7 dias após a definição da cabeça de chapa é pueril. Será a transferência de votos tão poderosa quanto foi de Brizola em 1989 ou de Getúlio com Dutra? A ver…No meu ponto de vista, Lula já é historica e politicamente mais contundente que ambos.
Acredito que você poderá fazer uma análise bem mais real e, portanto, mais antissectária, lá pelo dia 23, 24 de Setembro.
Enquanto isso, qualquer análise não passará de um tiro no escuro ou de um tiro disparado pelo nossos teimosos neurônios movidos pelo wishful thinking.
JESSE OLIVEIRA GUIMARAES
11/09/2018 - 18h10
Como em 1989 caminhamos para colocar o neoliberalismo fascista no poder. Todo poder vai emanar do Paulo Gudes !!!
Luis Campinas
11/09/2018 - 11h35
Algumas diferenças Miguel: Haddad será o candidato pq Lula o apoiará e com ele o partido disparado de preferência nacional. Quanto a saída ser ganhar juízes, acho isso mais uma das ingenuidades que o PT tem ou tinha e que vc embarca. O que veremos a frente será entre progressistas x neo liberais que controlam o MP+Judiciario+PF e isso só se resolve se democratizar mídia e para tanto as energias agora devem voltar se menos para quem vai passar do nosso campo que no PDT poucos servem para isso, mas sim no parlamento. Que uns tenham escolhido Ciro outros tantos Lula/Haddad pra mim tá claro quem vai. Agora é garantir parlamento e claro eleições sem fraude. Coisa que pra um país onde a embaixada dos EUA manda, Tem que se acompanhar!
JESSE OLIVEIRA GUIMARAES
11/09/2018 - 11h31
Pela primeira vez eu votarei em Ciro Gomes. Sempre votei,Brizola, Lula e Dilma. Acompanho processos eleitorais desde 1960. Estou acostumado a perder. Perdi com Lot, perdi com Brizola e também Lula.Creio que os ruídos das casernas estão presentes e não devem ser ignorados. Quando do julgamento do HC do Lula ele esteve presente e creio, influenciou.Será que vale a pena? O Lula sempre foi contemporizador, mas eles cismaram com ele e por extensão com quem ele indicar. A entrevista na Globonews foi uma demonstração disto. Eles não o deixavam falar.Enfim, seja o que Deus quiser !!!
Justiceiro
11/09/2018 - 11h29
Muito boa análise, Miguel . Você é um petista diferente (acho até que é um ex-tucano).
Pois bem, sua análise está boa mas veja: Ciro e Addad estão emparelhados, com Bolsonaro bem à frente. Só tem uma vaga e nem addad e muito menos Ciro vão prometer juras de amor um ao outro. Ciro já prometeu (Folha) atacar Addad.
Tem mais. Os dois brigando, dividem os votos da esquerda e podem dar sobrevida a Alckimin.
.
Miguel do Rosário
11/09/2018 - 12h20
Não sou petista. Sou uma pessoa de esquerda. Essa notícia da Folha de que Ciro prometeu atacar Haddad é intriga. Ciro não vai atacar Haddad.
Erismar
11/09/2018 - 11h10
E se tivermos 2 progressistas no segundo turno?
JC
11/09/2018 - 10h54
Miguel, não sei se quando você escreveu esse artigo (muito bem escrito, por sinal) a notícia da prisão de Beto Richa já tinha vindo à tona.
A questão é que desenha-se um cenário de tormenta para a campanha do Haddad, se considerarmos o modelo um-no-cravo-um-na-ferradura da Lava-Jato. A mesma PF que prendeu o Richa é a que tem a tal da delação do Palocci nas mãos.
Pelo JN de ontem, após as pesquisas do DATAFOLHA e IBOPE, que a direita e o lavajatismo só tem a boia do Bolsonaro pra se agarrar.
Lucas Correa de Almeida
11/09/2018 - 12h07
Perfeito. Palocci tá engatilhado pra destruir o pt no segundo turno. Nisso o Ciro escapa de braçada.
Alexandre Neres
11/09/2018 - 14h08
Caro JC, concordo em tese com o raciocínio, o Haddad tem de colocar as barbas de molho. Porém, Beto Richa não foi preso pelo justiceiro parcial de Curitiba, que mantém sua invencibilidade com relação ao PSDB. O espancador de professora foi preso por operação da Gaeco, não pela farsa a jato e seu juizeco.
Caro Lucas, é lamentável que uma pessoa do campo progressista se delicie com as denúncias abjetas vindas de um pulha.
Francisco
11/09/2018 - 14h21
Não tem preço apreciar n’o Cafezinho ciristas apostando no pulhocci para derrotar Haddad (ao menos admitem que sem jogo sujo não vai dar), desconhecendo que até os procuradores lavajateiros descartaram as delações de Pulhocci contra o PT e Lula, pois sem base probatórias eram inúteis e demonstravam ser reles tentativa em obter a qualquer preço uma delação que o premiasse com a liberdade e usufruto de parte dos recursos ilegalmente amealhados, confessos. O descartaram por inútil, mas a PF deu-lhe guarida, pensando em alguma utilidade eleitoral.
Pela mostra, ontem exibida na Globo e pela ‘repercussão’ desse menos do mais, dá para cravar que dessa vez os procuradores lavajateiros estão cobertos de razão: Pulhocci é inútil e pior, letal para ‘Osmarinho’ e ‘Osbanqueiros’.
Cara é bom você descolar outra razão para continuar a acreditar em Ciro no baralho melado.
JC
11/09/2018 - 14h55
Meu caro, eu não sou como você. Eu tô pensando no melhor pro país. Larga a mão de ser torcedor de clube. Só estou alertando para o potencial de estrago midiatico canalha da Lava Jato. A Dilma quase perdeu pra uma capa da Veja com o yousssef. Imagina um JN de meia hora com alguma canalhice do Palocci. Só há uma coisa que faz um eleitor da Marina votar a favor do Bolsonaro: o ódio ao PT.
Mais humildade, por favor.
Tomas
12/09/2018 - 00h59
Espantoso como, depois de tudo que aconteceu, haja gente acreditando que a midia não tenha cartas na manga prontas pra desmoronar o castelo de cartas petista 3 dias antes das eleições. Acorda!
CezarR
11/09/2018 - 10h29
Em suma, se Lula tivesse apoiado Ciro, dava a coligação PDT/PT/PCdoB e possivelmente o PSB no primeiro turno. Se Lula não tivesse apoiado, mas deixado de sabotar as alianças do Ciro, este já estaria no segundo turno, com um prognóstico de vitória tranquila sobre o Bolsonaro.
JESSE OLIVEIRA GUIMARAES
11/09/2018 - 11h33
Fiz uma postagem maior, mas ela não foi publicada ainda, Concordo inteiramente com seu comentário.
saul braga
11/09/2018 - 13h45
concordo plenamente.
Ruy Acquaviva
11/09/2018 - 21h15
E se Ciro tivesse apoiado o Lula seria ele o candidato no lugar do Haddad, mas só o Ciro pode ser sectário.
O PT ofereceu a posição de vice para Ciro, mas este não quis em prol de um projeto próprio de poder.
O Brasil não se resume ao PT mas não se resume ao Ciro.
Eu quero votar no Lula e não desisto dele. Defendo o Haddad e o PT porque eles foram com Lula até o último momento.
Ciro não é alternativa para mim.
CezarR
12/09/2018 - 09h20
Ciro não serve para poste. Eu achava que Hadadd também não servia, mas vestiu a carapuça, infelizmente.
NeoTupi
12/09/2018 - 12h47
Vocês não desistem de serem sectários, hein. Não gosto de responder provocações, mas tem hora que a gente não aguenta.
Ciro realmente não serve para poste. Tchau Ciro.
Postes são fixos, não mudam de lugar, nem de lado por oportunismo. Cavalos de Tróia é que tem rodinhas para se deslocarem de um lado para outro.
Haddad vai ser poste de Lula como JK foi poste do Getúlio Vargas. E olha que Lula está bem vivo, enquanto Getúlio mesmo morto elegeu seu sucessor, derrotando seus algozes.