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A oposição a Temer (e ao golpe) vai ganhar as eleições

O campo progressista não pode se deixar cegar pelas tensões eleitorais a ponto de esquecer que, a partir de novembro de 2018, ou seja, daqui a poucas semanas, seja qual for o resultado, seguiremos juntos. As divergências são passageiras, ao passo que as alianças precisam ser construídas e consolidadas para uma luta de muitos anos. […]

41 comentários
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O campo progressista não pode se deixar cegar pelas tensões eleitorais a ponto de esquecer que, a partir de novembro de 2018, ou seja, daqui a poucas semanas, seja qual for o resultado, seguiremos juntos. As divergências são passageiras, ao passo que as alianças precisam ser construídas e consolidadas para uma luta de muitos anos.

Preso em Curitiba, com sua agenda controlada pela burocracia do PT, não sei se Lula está em posição de tomar as decisões mais equilibradas, a saber, aquelas destinadas a fortalecer a resistência para além de nossas contradições temporárias. Não podemos esquecer que foi Lula quem, em pleno gozo de sua liberdade, escolheu Dilma como sua sucessora, uma mulher de impressionante solidez ética e integridade pessoal, mas cuja avassaladora inexperiência política contribuiu sobejamente para a crise que descambou no golpe e em todas as suas trágicas consequências. Lula é o maior líder popular do país, mas não está isento de erros de avaliação.

Além disso, o hábito dos grupos políticos de viverem isolados em suas redes sociais, confortavelmente protegidos dentro de suas bolhas, cria algumas armadilhas perigosas, de confundir a bolha com a realidade.

A informação divulgada há pouco pelo JB, de que Lula considera “inviabilizada” uma aliança do PT com Ciro Gomes, não surpreende ninguém. Nem muda muita coisa no cenário, visto que o eleitor de Lula segue querendo votar em Lula e o eleitor de Ciro Gomes segue querendo votar em Ciro Gomes, independente de acordo ou não com o PT.

Desde que a hipótese de aliança começou a ser ventilada na imprensa, através do posicionamento de alguns governadores, a recepção, tanto embaixo, na militância petista, quanto em cima, na cúpula da burocracia, foi bastante hostil a essa possibilidade.

Daí em diante, PT e Ciro começaram a trilhar caminhos separados. E aí já ninguém mais acreditava em aliança no primeiro turno, apesar de alguns caciques petistas continuarem a declarar que o partido poderia sim considerar apoio a um candidato de outro partido, incluindo aí o PDT.

Hoje mesmo, Rui Costa, que tenta reeleição para o governo da Bahia, em entrevista ao Valor, menciona a possibilidade do PT apoiar o candidato de outro partido, alertando, porém, que uma eventual aproximação entre DEM e Ciro pode excluir o pedetista desse cálculo.

Mas a observação de Rui parece diversionismo, ou cortina de fumaça, assim como tem sido os boatos de que o nome do PT seria Celso Amorim, ao invés de Haddad.

A estratégia do PT é evitar o máximo possível qualquer dispersão que afaste as atenções de Lula. Nesse sentido, o crescimento de Ciro poderia atrapalhar.

O plano de Ciro era reunir o apoio do PSB e do PCdoB num primeiro momento, consolidando o que ele chamou de “núcleo moral e ideológico” de sua campanha, para só então se aproximar do centro, com quem pretendia estabelecer alguns acordos programáticos que já antecipariam os debates parlamentares de 2019.

O PT se adiantou e conseguiu apoio do PSB pernambucano, o que travou as negociações nacionais entre a legenda e Ciro. A aliança do PSB com Ciro, tida como certa há pouco tempo, ficou em suspenso. O PSB adiou sua decisão para a última hora, para a data limite das convenções partidárias, em 5 de agosto. Tudo pode acontecer, mas é certo que as chances de Ciro diminuíram. Sem certeza do apoio do PSB, e surpreendido pelos sinais do DEM em sua direção, Ciro antecipou conversações com o chamado “centrão”.

Recentemente, a imprensa noticiou que alguns caciques do PT se reuniram com representantes do centrão, com objetivo de afastá-lo também de qualquer acordo com o PDT. Não se sabe se a estratégia teria dado certo. O posicionamento do centrão ainda é um mistério. Ciro ou Alckmin? Segundo a Globo, obviamente interessada num alinhamento do centro com o PSDB, a tendência, que vinha inclinando para Ciro, virou nos últimos dias para Alckmin, o que faria mais sentido do ponto-de-vista ideológico. Entretanto, a aliança do “centrão” com Ciro Gomes não seria novidade na política brasileira, visto que os mesmos partidos (com exceção do DEM) foram aliados do PT nas últimas eleições presidenciais.

Com a declaração de Lula divulgada hoje, agora está claro que todos esses movimentos do PT eram coordenados pelo ex-presidente. Isso explicaria ainda a reação algo nervosa de Paulo Câmara, governador de Pernambuco. Gleisi provavelmente repassou a Câmara um recado direto (e duro) de Lula. As últimas pesquisas mostram que Lula tornou-se um verdadeiro monstro (na acepção positiva do termo) em Pernambuco, com 65% das intenções de voto, abafando qualquer outro concorrente. Daí se vê que o nervosismo de Câmara tem razão de ser.

Encerrada a reunião com Gleisi, e logo após a coletiva da imprensa em que Câmara disse que encaminhará, na convenção do PSB, um voto pela união de seu partido com o PT, os marketeiros do governador começaram a divulgar um card dizendo que “Câmara é Lula e Lula e Câmara”, enfurecendo, naturalmente, os apoiadores de Marília Arraes, pré-candidata ao governo de PE pelo partido.

Como a condição exigida pelo PT para retirar a candidatura de Arraes seria apenas se o PSB formalizasse apoio ao PT, e isso não vai acontecer, então o posicionamento de Câmara visa ganhar tempo. Como tem a máquina estadual nas mãos, ao passo que Marília ainda tem mobilidade reduzida antes do início da campanha oficial, Câmara tenta fixar na cabeça do eleitor lulista de Pernambuco a ideia de que ele é o candidato de Lula, e não Marília. É uma jogada que parece inteligente, mas talvez seja apenas uma solução desesperada.

A estratégia nacional de Lula, por sua vez, tem uma lógica muito pragmática.

Tanto Lula quanto o PT farejaram ameaças à hegemonia petista dentro do campo da esquerda. Ciro conquistou a simpatia da maioria do PSB e de boa parte do PCdoB. Se conquistasse o apoio desses partidos, mais as legendas do centro, Ciro ficaria com o maior tempo de TV de todos os candidatos, levando o “plano B” do PT a correr o risco de não chegar ao segundo turno.

Com Ciro isolado, as chances do candidato petista apoiado por Lula chegar ao segundo turno são bem maiores. Em entrevista ao Valor publicada ontem, o estatístico Paulo Guimarães estimou que Lula tem potencial para elevar o percentual de votos de seu candidato para algo em torno de 20% a 22%, e levá-lo ao segundo turno.

A situação de Ciro, sem um amplo leque de apoio partidário, fica naturalmente mais difícil, ainda mais porque, explica Guimarães, ele é o candidato que tem o eleitorado mais próximo de Lula e, portanto, o que mais tenderia a perder votos quando o petista começar a se movimentar mais intensamente para transferir seus eleitores para um outro candidato.

Na mesma entrevista, Guimarães faz um prognóstico pessimista para Jair Bolsonaro, que estaria perdendo 20% dos votos a cada mês, segundo uma pesquisa que ele teria feito para os partidos do “centrão”. A queda ainda não aparece nas pesquisas porque o candidato também tem ganhado novos eleitores, mas são eleitores sem fidelidade, e a tendência é cair.

O estatístico afirma que o candidato que captar os votos de oposição vai ganhar as eleições. Mas ainda não está claro se o vencedor será um petista apoiado por Lula, Bolsonaro ou um terceiro candidato, ambos fazendo parte (ou se vendendo como tal, no caso de Bolsonaro) da “oposição”.

Outro comentário interessante de Guimarães é que há um eleitorado “virgem”, de quase 40% do total, que ainda não foi conquistado por ninguém, e que é quase todo composto por eleitores anti-Temer. “Ninguém precisa roubar voto de ninguém. Basta fazer o trabalho direitinho, que é contra o Temer”, brinca o pesquisador.

Lula continua preso, e as decisões da justiça são invariavelmente contra sua candidatura, até mesmo contra seu direito de expressão.

Ocorre, no entanto, um efeito curioso, resultado de uma relevante mudança na opinião pública: as decisões desfavoráveis a Lula repercutem como grandes injustiças, violações de seus direitos, eclodem manifestos de juristas e de personalidades internacionais; as decisões favoráveis, por outro lado, por mínimas ou provisórias que sejam, são vistas como vitórias espetaculares.

Cada pesquisa de opinião que lhe posiciona na liderança absoluta das pesquisas, tanto no primeiro como no segundo turno, constituem, além disso, vitórias políticas para Lula – embora isso seja uma tremenda armadilha para o campo progressista, que fica “satisfeito” com pesquisas sem se aperceber que a substância verdadeira, a candidatura Lula, se torna a cada dia um sonho mais distante.

O PT permanece fechado em copas sobre um possível plano B, de vez em quando jogando um nome aqui outro ali, visivelmente para disfarçar. Falou-se até mesmo em chamar o PR para cabeça de chapa, com Josué de Alencar (filho de José de Alencar), o que me parece tão inverossímil que só se explicaria pela tentativa de confundir a imprensa. Ao cabo, o plano B petista deve ser mesmo Fernando Haddad, que mantém uma postura discreta, quase misteriosa, não dando entrevistas, quase não se posicionando nas redes sociais.

Quanto a Ciro, apesar dos avanços nas alianças, tem cometidos erros importantes. Xingar um promotor de justiça, por exemplo, não foi obviamente uma boa ideia, por mais que Ciro tivesse razão, e ainda mais às vésperas das convenções partidárias, quando o seu destino depende das alianças que conseguirá firmar.

Da mesma forma, foi um erro chamar o garoto do DEM de “capitãozinho do mato”, embora seja isso mesmo que ele seja. Essas confusões afastam de Ciro justamente o eleitorado que vinha conquistando, de setores progressistas mais moderados, anti-Temer, mas não alinhados ao petismo.

Tirando as vanguardas políticas, à esquerda e à direita, que andam nervosas há meses, acotovelando-se, brigando, conspirando, fechando e rompendo alianças a cada semana, reina um aparente desinteresse na sociedade em relação às eleições. A Copa do Mundo só fez agravar esse quadro.

É claro que essa “calma”, num cenário de terrível insegurança econômica, esconde uma enorme tensão política, que deve explodir nas eleições, e o pior é que, diante de um cenário tão instável, com tantas variáveis ainda incógnitas, ninguém pode fazer qualquer previsão sobre o que irá acontecer.

Do lado do campo democrático, no entanto, há uma vantagem, segundo o analista mencionado acima: a oposição tem mais chances de ganhar. Se conseguirmos mostrar que Jair Bolsonaro não é oposição, que ele é cria do golpe e suas ideias estão alinhadas às práticas do governo Temer, então as chances de vitória de uma candidatura progressista aumentarão muito. Esse é o lado mais fácil da atual conjuntura.

O lado mais difícil é que, vencida as eleições presidenciais, uma outra guerra, muito mais complicada, para reverter os estragos de Temer e governar com estabilidade, terá início.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Reginaldo Gomes

23/07/2018 - 11h59

LEVANTE POPULAR
Neste ano de 2018 o mundo está perplexo com o maior e mais longo levante popular pacífico da história; que ocorre no Brasil!!!!!!!!!!!!!
A maioria do povo brasileiro está mostrando com veemência e consciência o seu repúdio a prisão sem provas do Lula; as maluquices da lava jato e a hipocrisia e soberba do judiciário; em todas as pesquisas de opinião!!!!!!!!!!!!!!!!!! ; e a mais de um ano!!!!!!!!!!
Só no estado natural de paz que se pode corrigir qualquer coisa.
Que o mundo preste atenção e vê se aprende a lição!

Jair de Souza

20/07/2018 - 14h04

Bem, é mesmo hora da busca da unidade pelas forças progressistas. Houve uma intensa disputa para ver quem prevaleceria como o representante destas forças. Ciro (e seus apoiadores, incluindo Miguel do Rosário, PHA) acharam que seria ele o grande nome. Outros (eu incluído) achavam que partir para o abandono da candidatura Lula seria um grande golpe contra o povo, uma vez que o único nome que teria condições de manter acessa a chama da participação popular no processo eleitoral seria Lula. E para quem acredita que a participação efetiva do povo no processo é condição sine qua non para que se tenha êxito, não se tratava de coisa insignificante.

Foi desgastante, mas a realidade acabou por forçar Ciro Gomes e seus apoiadores a se darem conta de que eles não contam com base social que lhes permita pleitear o comando da luta para a superação do golpe. O PT (ou como Miguel do Rosário gosta de dizer, a burocracia do PT, finalmente, acertou em sua decisão. Juntamente com Lula, preferiram confiar no povo a entregar-se novamente à pratica dos conchavos de cúpula.

Agora, Ciro tem até uma boa oportunidade de vir a ser um nome alternativo para o quase certo impedimento de Lula, mas ele terá de vir sabendo e reconhecendo que sua eleição vai depender do apoio de Lula e da militância do PT e vai precisar estar comprometido com as pautas que lhes são prioritárias. Pessoalmente, não vejo em Ciro Gomes o nome ideal para ser registrado como vice de Lula, mas não teria nenhum constrangimento em aceitar esta possiblidade, se com isto a gente puder gerar condições de derrotar os golpistas.

Os erros de Ciro não me parecem que foram os que Miguel do Rosário gosta de enfatizar (ter xingado um procurador, ter chamado o capitãozinho do mato de capitãozinho do mato, e coisas pelo estilo). Para mim, seu grande erro foi tentar se aproveitar de uma monstruosa injustiça que se está cometendo contra a maior liderança popular do Brasil em todos os tempos para tirar proveito pessoal da mesma. Se a aliança com o DEM tivesse se viabilizado, Ciro Gomes passaria a ser um candidato de direita, já que seria um representante minoritário numa coligação onde a direita seria muito mais forte e teria todas as condições de ditar a pauta a seguir. Como sabemos, o PDT de hoje é um partido insignificante, muito menos influente que o DEM. Assim, uma aliança de Ciro Gomes com o DEM e outros partidos de direita não se assemelharia para nada às alianças feitas por Lula e o PT para chegar ao governo no passado. Nas alianças costuradas por Lula, embora as mesmas não tenham sido de meu agrado, somos obrigados a reconhecer que, além da imbatível popularidade de Lula, o PT era a força hegemônica. É numa aliança PDT-DEM, será que é o PDT que tem a hegemonia? Ou será que o Ciro seria detentor de tal imbatível popularidade? Estas são perguntas que já estão respondidas antes mesmo de sua formulação.

Por tudo isto, bem vindos de volta ao campo popular Ciro, Miguel do Rosário, PHA e outros. Seu lugar é aqui mesmo.

Isabella Santos

19/07/2018 - 23h48

VAMOS SIMPLIFICAR,DÁ UMA LIDA NO EXCELENTE ARTIGO NO TIJOLAÇO
SOBRE CIRO GOMES, PURA VERDADE
VAI SER MUITO BOM PARA QUEM ACREDITA NESTE TAL DE CIRO.
TRISTE

    Alan Cepile

    20/07/2018 - 01h27

    A matéria do Tijolaço é uma ode ao “ajoelha pro Lula senão vc é inimigo” que o petismo infantil insiste em chorar.

    Ciro é contra o golpe, é contra a condenação sem provas do seu AMIGO Lula, mas alguns (minoria como as pesquisas sérias graças a Deus já mostraram) seguem a linha infantil e mofada do petismo e querem que Ciro se rasteje, se humilhe, e, sabemos muito bem, queriam que, desde o começo, Ciro não fosse sequer candidato, e sim um “fiel escudeiro” do Lula.

    A matéria compara Ciro a Collor, aquele que Lula se aliou…. O mal do petismo é achar que os outros esquecem das suas pataquadas.

    A matéria critica Ciro por ter xingado um golpista de fdp.
    Lula foi muito “educado” a se referir a uma mulher como “grelo duro”… Que bonito!

    A matéria critica Ciro por suposta aliança com partido golpista, os mesmos partidos golpistas que o PT está se aliando em diversos estados, os mesmos partidos golpistas que se aliou pra tentar anistiar o caixa dois, o mesmo partido golpista do Eunício Oliveira que o PT votou pra presidência do senado, o mesmo partido golpista do Renan Calheiros que Lula abraçou, elogiou e recebeu no palanque na caravana pelo nordeste.

    O petismo tem mesmo “muita” moral…..

      João Paulo

      20/07/2018 - 08h25

      Parece até que Ciro leu o comentário do defensor e resolveu “ajoelhar”…

      Mas não foi isso não, foi pior . Quando Lula foi condenado e especialmente a partir do momento em que Lula foi preso , Ciro passou a esnobar o PT e Lula . Achava que o PT teria que vir ao seu encontro , de preferência ajoelhado … Por que não foi à resistência de Lula em São Bernardo ?! Não queria ser “puxadinho do PT” mas não viu problema em ser feito de trouxa pelo Centrão … agora o chamam de Nigel Mansell . Só falta culpar o PT por ter acreditado no Centrão …

      E sabe o que Ciro fez ao ser descartado pelo Centrão ?! Uma defesa enfática de Lula e crítica clara quanto ao prende-solta de domingo. Totalmente diferente daquela nota insossa e murista que havia escrito antes . É por isso que todos o consideram pouco confiável. Inclusive nós petistas . Enquanto Ciro teve a ilusão de ter o apoio do Centrão, merecíamos uma nota estilo Marina Silva , mas imediatamente após a desilusão, recebemos uma defesa apaixonada…

Fred

19/07/2018 - 21h38

Com o tempo de Tv conquistado pelo Alckmim… Vamos ver o que se vê nos últimos 24 anos… PSBD x PT… Não existe a mínima possibilidade de 2 candidatos do campo progressista no segundo turno como ventilaram ai… Por incrível que pareça, hoje, torço pra JB não desidratar com seus 8 segundos…
Ohh Brasil… Entre o ruim e o pior… Vamos de ruim mesmo… E nada muda…

Alan Cepile

19/07/2018 - 18h37

1) Acho um exagero dizer que Ciro teria errado, ele tem sido bem coerente nas ações, e nas pesquisas ou ele cresce ou fica onde está, e sempre com a rejeição mais baixa de todos os principais.

2) Qualquer coisa antes do 5 de agosto é mera especulação. Se o PSB apoiar o PT isso reduz a chance do Ciro, que vai ter que jogar tudo nos debates, onde ele, com certeza, se sairá muito bem.

3) Com o PSB apoiando o PT vai ser uma incógnita, pois teremos que esperar pra ver se o petismo vota mesmo no poste. As pesquisas dizem (hoje, amanhã pode mudar) que a transferência de votos não é tão grande como o PT desejaria.

4) Se por acaso o PT vencer as eleições eu tenho sérias dúvidas se o golpismo acaba….

    Jonas

    19/07/2018 - 21h37

    E você acha que se outro ganhar acaba? Quem?

      Alan Cepile

      20/07/2018 - 00h26

      Acabar acho que vai ser difícil, mas uma coisa é certa, ele estará mais vivo do que nunca se o PT vencer, aí resta saber se o PT, com uma coligação que, pelo que tá parecendo, não vai ser muito forte, e com franca minoria no congresso vai ter força suficiente pra combater o golpe.

      Dá primeira vez perdeu….

Ultra Mario

19/07/2018 - 16h46

Bem, pra mim não dá mais pra ficar nessa lenga-lenga petista de ficar falando mal dos ricos enquanto toca a mesma política economica da direita, que só beneficia os ricos.

Perdi toda ideologia, esquerda ou direita pra mim tanto faz. O que importa é tocar as reformas para que o país tenha condições de investir e crescer. Se um candidato não se pronuncia claramente a respeito, passo reto.

Por enquanto somente Ciro, Boulos, Manuela e Alckmin são candidatos sérios.

Jonas

19/07/2018 - 16h13

Lula 1 x 0 Articulistas alinhados à parte do petista

Interessante como o tempo é o senhor da razão. Na iminência da prisão de lula, várias cassandras profetizaram o caos e decretaram a morte do barbudo. Autodeclarados herdeiros se acotovelaram para espoliarem a herança. Até que das masmorras de curitiba se ouviu um grito: tô vivo porra!
Aí foi um barata-voa danado. “Não pode ser. Tá vivo mas não se mexe.”
“Tô vivo, porra!” “Tá vivo mas tá caducando.” “Tô vivo, porra!” “Tá vivo mas não pode falar.” “Tô vivo, porra!”
E assim se passaram os meses…
E o que aconteceu?
Bem, as profecias já não são tão terríveis assim. Por quê?
Porque o povo preferiu acreditar no barbudo prisioneiro, que encarnou a esperança e não se pode prender. Ele durante todo esse tempo de carceragem tem andado com as pernas do povo, falado pela boca do povo e, o mais importante, acreditado na consciência, inteligência e discernimento do povo.

“Mas já está tudo bem?”
Ainda não!
Tem muito chão pela frente.
Mas está cada vez mais difícil o povo se perder, porque já escolheu o seu norte.

Valcir Barsanulfo de Aguiar

19/07/2018 - 15h45

Não existe aliança comCiro direiTASSO e PT, Ciro é centro direita e seu caminho e juntar-se com o PP e o DEM, além do apoio do Tasso CocaCola Jereissatti.

    Ultra Mario

    19/07/2018 - 16h48

    Ok, e se o Ciro for de direita? O que muda?

    Oblivion

    19/07/2018 - 19h13

    Por acaso foi o presidente do pdt que falou que o eles não vão confrontar o mercado? Não, foi o presidente do pt.
    O Ciro, pelo contrário, já falou até em auditoria da dívida, pecado mortal para os seguidores do deus mercado (agora desconfio que até para muito ptista).
    Tenha a santa paciência com a ptzada que acha que o pt seria diferente (mais progressista) em um próximo governo.

Foo

19/07/2018 - 15h09

Em primeiro lugar, preciso dizer que este foi um bom artigo.

Tenho apenas um comentário sobre esta frase :

“Se conseguirmos mostrar que Jair Bolsonaro não é oposição, que ele é cria do golpe e suas ideias estão alinhadas às práticas do governo Temer…”

Eu tenho dito que Bolsonaro é um candidato fraco, e que tem pouca chance de chegar ao segundo turno.

Hoje circulou a notícia de que ele não está conseguindo nenhuma aliança, e, por isso, terá poucos segundos de televisão.

Se isso acontecer, e considerando que o candidato do PT provavelmente estará no segundo turno, precisamos lutar para que o outro candidato seja do campo progressista.

Mas perceba que isso não requer que o PT abra mão da candidatura de Lula.

    Sergio Sete

    19/07/2018 - 16h12

    Até o momento são irrisórios 8 segundos na TV.
    Tempo inócuo para sensibilizar o eleitor.

    Ricardo JC

    19/07/2018 - 17h47

    Este é um ponto interessante e que ainda me causa certa dúvida. Não acho (pelo menos por enquanto) que a candidatura de Bolsonaro dependa de tempo de TV para sobreviver, muito pelo contrário. Acho que na TV, terão que controlá-lo demais para que não desfile o seu imenso arsenal de diatribes. Bolsonaro esta claramente fugindo de qualque tipo de exposição, pois sabe que não sobreviveria em debates convencionais. Ele seria um candidato fraquíssimo, se fossemos considerar uma eleição normal, em que o eleitor se pauta pelas propostas e posições dos candidatos. Entretanto, as próximas eleições podem ser qualquer coisa, menos normais. Bolsonaro já tem um eleitorado cristalizado, na casa dos 15-20%. Esta conversa de que ele está perdendo eleitores é muito controversa. Nada disso apareceu em qualquer pesquisa…por que será? Ele só não vai ao segundo turno se a fragmentação diminuir e outros dois candidatos concentrarem as votações em seus campos ideológicos, o que, por enquanto, não há sinais de ocorrer.

    Alan Cepile

    20/07/2018 - 00h32

    Bolsonaro parece que chegou no teto, a tendência é cair, especialmente quando começarem os debates.

    Mesmo assim é um candidato perigoso por alguns motivos:

    1) a divisão da esquerda
    2) o alto grau de insatisfação do povo, que leva a votar nos extremos
    3) alta abstenção concentrada na população que teoricamente vota mais na esquerda
    4) a direita ter a máquina do golpe nas mãos

Fabio

19/07/2018 - 14h41

Miguel, eu e minha familia votamos Lula ou quem ele indicar.
Sou do interior de São Paulo

João Pessoa

19/07/2018 - 14h31

Penso que o tucano e o Bozo estarão no segundo turno. Quem perde é o Brasil.

João Pessoa

19/07/2018 - 14h29

A natureza do PT trará para Lula em 2019, sua maior humilhação até aqui: Bolsonaro como presidente, indicando Moro ao STF
Uma pena.

    Curió

    19/07/2018 - 16h18

    Bolsonaro não irá ao segundo turno. Simples assim.

Teo Santos

19/07/2018 - 14h20

Uma questão.
Ciro é a única possibilidade de um próximo governo.
Mesmo que Lula,ou o candidato dele vença vão dar outro golpe.
É isso.

    zuleica jorgensen malta nascimento

    19/07/2018 - 22h34

    Engraçada essa posição.
    Primeiro, eleitores de Ciro afirmam que ele está à esquerda de Lula, com um programa mais progressista, admitindo até “auditoria na dívida pública”; depois afirmam que ele, Ciro, é o único que poderia governar, porque Lula ou quem ele indicar sofreriam novo golpe.
    Mas vem cá: se Ciro tem um programa mais progressista que Ciro, quem lhe garante que ele não sofrerá um golpe? Ou você acha que Lula está na cadeia porque não gostam da pessoa dele?
    Lula está preso por causa de suas políticas, que contrariam interesses das elites internas e externas; mas se Ciro levar a cabo políticas mais progressista ainda, essas elites vão gostar?
    Acho esse raciocínio estranho, muito estranho…

Jandui Tupinambás

19/07/2018 - 14h11

Miguel,

Haddad não é candidato. Estamos felizes que a grande mídia tenha caído no conto do vigário achando que ele seria o possível substituto. Que continue assim…Terão surpresas em meados de setembro se a candidatura Lula realmente for impedida por medidas de exceção.

Neste período entre 15 de Agosto e meados de Setembro teremos uma aberração: Lula com todos os direitos de ser candidato sem poder exercer seu direito de candidato pois estará preso! Mas isto é normal quando a togados tropeçam nas próprias pernas construindo paradoxos jurídicos.

Um possível candidato seria o Ciro. Mas foram muitas trapalhadas. Sua performance nesta corrida eleitoral lembra um elefante em uma loja de porcelanas…

Ciro perdeu sua vez. Tomara que tenha a grandeza de apoiar Lula ou seu substituto quando o contexto eleitoral assim o pedir.

João Lucas Trevisan Alves

19/07/2018 - 13h50

Miguel, quando diz que a Dilma era fraca politicamente você faz coro com a direita no melhor estilo Catanhêde ou qualquer comentarista globonews, a saída da Dilma se dá num contexto de vários golpes na América Latina com os norteamericanos redesenhando sua dominação na região, exemplos são Paraguai e Honduras e a perseguição ao Correa e à Krischner, portanto sua leitura tá limitada quanto à saída da DIlma, fora o fato que o Lula não “colocou” ela lá, ela foi votada em duas eleições e eleita, esse comentário desqualifica o eleitor chamando-o praticamente de burro. E uma pergunta se puder responder agradeço, o que seria a “burocracia petista”? Abraço

    Marcelo

    19/07/2018 - 14h33

    João Lucas esse rótulo quase clichê de “burocracia do PT” , foi dita por Ciro Gomes logo no início desse ano quando Ciro percebeu q não teria o apoio do partido de Lula. Depois disso, os ciristas passaram a repetir essa expressão que nem um mantra. Mas nenhum dos ciristas sabe explicar racionalmente o que querem dizer, simplesmente enfiam em qualquer frase e pronto, fica por isso mesmo. Risos.

      Miguel do Rosário

      19/07/2018 - 15h30

      Marcelo, os “ciristas” são, em sua grande maioria, brasileiros engajados na luta contra o golpe, pela soberania nacional, solidários ao Lula, eleitores do PT em outras instâncias regionais e em eleições passadas, e pessoas altamente progressistas em todos os campos da moral e da política. Portanto, seria de bom tom você tratá-los como camaradas, e não com esse tom de deboche.

    Miguel do Rosário

    19/07/2018 - 15h14

    Prezado João, burocracia do PT é a presidenta do PT mais os vice-presidentes. Quanto a Dilma, minha opinião é partilhada por todos os petistas que eu conheço, e são muitos.

      João Lucas Trevisan Alves

      19/07/2018 - 18h23

      Parece que o caminho ideal, seguindo sua lógica, da burocracia seria uma aliança com Ciro Gomes, que já disse aqui outras vezes é extremamente dúbio e vacilante quanto ao seu real compromisso com o campo popular, além de possuir uma veia autoritária incrível, como na última ofensa ao promotor (deixando claro que é preciso reformar o judiciário e não defendo aqui os burocratas político-partidários do judiciário) porém essa ideia de que é errado o PT manter a candidatura esbarra em alguns elementos essenciais e primordiais, sendo eles: o povo quer votar no Lula; as eleições para presidente estão fraudadas porque o candidato mais popular está preso de forma ilegal, não injusta como diz o Ciro Gomes, e a burguesia controlará com mão firme num país onde nem campanha oficial há direito; O PT, se vier na linha do plano B que alguns, esses sim burocratas, porque estão interessados nas máquinas estaduais, tem o dever de lançar um candidato e denunciar o golpe e a fraude, sem contar a possibilidade de não participar das eleições e não legitimá-la. Acho que sua visão é derrotista e procura a via mais “fácil” que seria apoiar um candidato que não está com os dois pés no campo popular.

      OBS: Não adianta ter medo só do Bolsonaro porque qualquer candidato do campo da direita vai aprofundar o golpe e o PSDB é o partido da direita brasileira e estrangeira imperial, e o Alckmin vem angariando bastante apoio.

      mara suzana

      19/07/2018 - 22h43

      Sim a gente sabe que o PT abandonou a Dilma eu tinha a impressão que ate torcia para que caisse, considero uma parte do PT responsavel pelo empeachment de Dilma, por isso to com a militancia e o Lula uma parte do PT tenho pe atras e muitos pensam como eu.Não pense que essa turminha do plano B nos engana querem deixar ate o Lula na beira da estrada e ficar com seus votos se não for Lula, no lugar dele eu não passava meus votos para meus traidores que vão a luta e conquistem seus proprios votos, E o povo que fique com a direita merece se aceita um inocente na cadeia, que sofram mais ate aprender a solidariedade.

Sergio Sete

19/07/2018 - 13h49

“O lado mais difícil é que, vencida as eleições presidenciais, uma outra guerra, muito mais complicada, para reverter os estragos de Temer e governar com estabilidade, terá início.”

Curioso, Miguel, é esse péssimo hábito que a esquerda (você incluído) tem de SEMPRE responsabilizar outros. Quer dizer que os ditos “estragos de Temer” foram todos ocasionados desde 31/08/2016, sendo que os poucos mais de 13 anos anteriores não tiveram nada a ver com esses “estragos”, não é mesmo? E nem os governos anteriores, não é mesmo?
A desgraça econômica na qual o país se encontra de acordo com a esquerda (você incluído) só tem dois culpados: Moro e Temer.

Mais curioso ainda é não assumir que a esquerda colocou Temer lá, como vice-presidente da República. Não foi o que vocês chamam de “direita” ou “coxinha” quem elegeu o “estragador” – foram vocês, esquerda. Mas agora é tudo culpa do Temer que em 22 meses implodiu um país que estava maravilhoso, não é mesmo?

Há momentos certeiros seus, mas esse, por favor…. nem na trave bateu.

Alexandre Neres

19/07/2018 - 13h48

Se Lula, animal político por excelência, está tomando as decisões mais equilibradas, tal ponto é colocado em xeque no presente artigo, no entanto a evidência de que o candidato do PDT continua o mesmo destemperado de sempre não gera dúvida alguma.

    Miguel do Rosário

    19/07/2018 - 15h21

    Sim, Alexandre, Ciro errou ao xingar o promotor. Mas tirando isso, sua participação recente em entrevistas foi marcada por posicionamentos extremamente corajosos em defesa da soberania nacional, da classe trabalhadora, em oposição ao fascismo e ao governo Temer, e isso para públicos hostis a esse discurso. Acho notável que alguém de esquerda compre essa crítica tacanha, moralista e, sobretudo, despolitizada.

Curió

19/07/2018 - 13h27

Os comentários rarearam.

    Miguel do Rosário

    19/07/2018 - 13h55

    O site ficou fora do ar ontem, sob ataque, e com problema técnicos nos comentários nos últimos 2 dias.

      Curió ( De cruz no peito – comigo vampiro não tem arrego )

      19/07/2018 - 16h14

      Certamente. Inclusive fiz um comentário através de um dos meus assessores dizendo que o SNI estava monitorando… dá para notar… o site não entra… cai em segundos… enfim… tem Golbery na ativa comandando espiões de blogs e comentaristas de esquerda. Na verdade está uma mer.da bem grande e insuportável. Não vejo a hora do povão ir para as ruas num levante das tochas! Abaixo essa vampirada da nação aprisionada e dos famintos voltando aos montes para as ruas !!!

      Aliança Nacional Libertadora

      19/07/2018 - 19h13

      O pessoal de esquerda está debandando do cafezinho……só tá ficando os 6%…….estão sem resilência para com a quinta coluna enroladora.

        Miguel do Rosário

        19/07/2018 - 19h47

        Eu acho que esse sectarismo, de tratar política como uma seita segundo a qual qualquer desvio é considerado heresia mortal, é simplesmente estúpido. Quinta coluna é quem joga como você, espalhando veneno, intriga, desconfiança.

          Alan Cepile

          20/07/2018 - 00h41

          Os que criticam o blog e dizem que vão sair parecem ser os mais assíduos e fiéis.

          Impressionante!


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