Em 2014, a presidenta Dilma Rousseff obteve uma vitória folgada em Tocantins, tanto no primeiro quanto no segundo turnos.
1º turno:
2º turno:
Dilma Rousseff (PT) foi a candidata mais bem votada no primeiro turno, com 50,24% dos votos válidos, e ganhou no segundo turno, com 59%. Aécio marcou 28% no 1º turno e 40% no segundo.
Na eleição suplementar para o governo de Tocantins, realizada no último domingo, no entanto, os dois candidatos próximos ao campo petista ficaram de fora do segundo turno. O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), que se licenciou do cargo para disputar eleições, e vinha coligado ao PT e ao PCdoB, ficou em terceiro. A ex-ministra Katia Abreu (PDT), que recebeu uma carta aberta do ex-presidente Lula, apoiando sua candidatura, ficou em quarto lugar.
O segundo turno será disputado por dois políticos de centro-direita e direita: o PHS de Mauro Carlesse é qualificado pelo wikipédia de “centro-direita”. Apoiou Lula em 2002 e Marina Silva em 2014. Seus deputados votaram em favor do impeachment. O senador Vicentinho Alves, do PR, é um aliado do governo Temer, que votou pelo impeachment.
Abstenção: 30%.
Caso tivesse se unido, a esquerda poderia ter garantido sua ida ao segundo turno e, possivelmente, ganharia as eleições.
Na pesquisa Ibope realizada entre os dias 05 a 07 de maio, a ex-ministra Katia Abreu liderava as pesquisas de opinião com 22% das intenções de voto. A força de Katia parecia se concentrar nas camadas mais pobres, e nas cidades do interior.
Na capital, Katia tinha apenas 9% nas pesquisas, contra 31% de Amastha, 10% de Marlon e 9% de Carlesse.
Entre o público que ganha até 1 salário, ela tinha 28% das intenções de voto, contra 6% de Mauro Carleese, que ficou com 30% dos votos.
Cotejando as pesquisas de intenção de voto com o resultado da votação, podemos arriscar alguns palpites:
- O número de votos nulos/brancos ficou em linha com as pesquisas. O percentual de abstenção é que foi alto, e provavelmente afetou as áreas mais afastadas e regiões mais pobres, o que atingiu diretamente o eleitorado de Katia Abreu. Isso é um perigo para a esquerda, em especial para o campo lulista, cujo eleitorado também está perigosamente concentrado em áreas afastadas, onde a abstenção sempre é mais alta. Essa é a razão pela qual o PT, apesar de crescer tradicionalmente na reta final das campanhas, tem sempre menos votos do que na pesquisa: consequência do alto grau de abstenção do eleitor pobre e que mora longe.
- A transferência de votos de Lula para outros candidatos não é tão automática. O eleitor tem ligação com Lula, não com um candidato apoiado por ele, o que não significa que não há migração. Há, naturalmente, mas não pode ser trabalhada às pressas. Precisa ser uma coisa construída, que permita ao eleitor conhecer o candidato em que vai votar.
Os gráficos abaixo revela a guerra de classes por trás dos embates eleitorais. Entre eleitores que ganham mais de 5 salários, um total de 37% respondeu que o apoio do ex-presidente Lula “diminuiria” sua vontade votar neste candidato (contra 23% para quem “aumentaria), ao passo que, entre todas as faixas anteriores, o apoio de Lula representaria uma grande vantagem. No total, o apoio de Lula “aumentaria” a vontade de votar neste candidato para 47% do eleitorado, contra 21% que respondeu que “diminuiria”.
Darcy Sales
05/06/2018 - 12h05
Miguel, no PT há ainda muita gente que “acha”, que se considera a “bola da vez eleitoral”. Não conseguem analisar a conjuntura, mas querem fazer acreditar que são os tais.
Aqui no ES tem o João Coser, em São Paulo deve ter o equivalente, assim como nos outros estados.
A esquerda consegue, infelizmente, ser míope quase todo o tempo.
Veja o caso do Rio de Janeiro, os candidatos da esquerda sequer apresentam um plano de governo mínimo, capaz de dar um norte para os eleitores. Ficam naquele “nhem nhem” de sempre.
Assim, vão perdendo espaço na linha de frente e “gostando” de fazer a “oposição” de conveniência.
carlos
05/06/2018 - 09h10
E a campanha pro Ciro continua forte.
Ultra Mario
04/06/2018 - 23h47
As ações do PT irão mostrar se eles são mesmo o partido dos trabalhadores ou se são só mais um partido que busca hegemonia no poder.
De qualquer forma, estou confiante que o Ciro, com toda a exposição que ele está tendo, irá ao segundo turno com ou sem apoio do PT. O plano de governo dele é o que o Brasil civilizado pede. Só falta as pessoas darem uma oportunidade pra ouvir o que ele propõe e o que ele já fez (inclusive ajudou o Lula no governo dele).
Elliot
04/06/2018 - 23h43
Teve voto impresso? Se não, eis a razão, tal qual asestranhas eleições municipais de 2016.
Pedro Florêncio de Oliveira
04/06/2018 - 23h16
O que eh mais forte que reza Brava? Ainda mais com chantagens baratas de quem torce pro Lula continuar preso por crime indeterminado…..
Getulio Evangelista Neto
04/06/2018 - 23h01
Vamos aguardar com calma…O PT e Lula para o bem de toda a esquerda precisam continuar sua estratégia..Ciro tem condições de se tornar competitivo por ele mesmo e assim angariar o apoio do PT, que com o seu projeto, pode viabilizar uma forte bancada no Congresso e no segundo turno unir ao Ciro e partir para a vitória. Portanto, evitemos conflitos!
baltazar pedrosa
04/06/2018 - 22h58
Meu caro Miguel do Rosário,o partido dos trabalhadores nunca foi o principal partido em Tocantins,assim como,em Goiás,Mato Grosso,Maranhão,Paraná e Santa Catarina,apesar de ter votos suficiente, para eleger deputados e senadores,se você fizer uma pesquisa verificará que o PT,nunca elegeu um governador nessas unidades da federação,só quero acrescentar que a dinâmica para presidente não é a mesma,é mais menos aquele voto cabeça de camarão,para governador PSL,para o senado PDT,para deputado,PPS e para presidente Lula.Fique tranquilo que o Lula será eleito no primeiro turno.saudações botafoguense.
Cuca
04/06/2018 - 20h58
Chega eleição, passa eleição e governadores e prefeitos não fazem
um quilômetro de seneamento básico. Muilhares de cidades brasileiras não tem
saneamento básico. CANALHAS.
Cicero Silva
04/06/2018 - 20h49
Talvez as pessoas estejam percebendo que fazendo as mesmas coisas (escolhendo os mesmos candidatos), teremos os mesmos resultados. Ou, pior, as pesquisas estejam um pouco enviesadas. Basta comparar com as pesquisas de 2014 para o senado, por exemplo.
Paulo Guedes
04/06/2018 - 19h06
Essa eleição foi atípica. Tivemos, entre abstenções, brancos e nulos, quase 50% dos votos. Ou seja, o processo não empolgou o eleitorado.
Ciro 2018
04/06/2018 - 18h20
Muito bom o alerta, Miguel. Um apoio do PT ao Ciro no primeiro turno poderia espantar alguns eleitores do centro-coxinha, mas a união garantiria uma vaga no segundo turno. O PT deveria ser menos arrogante e realmente cogitar apoiar a campanha do Ciro, ou pelo menos não atrapalhar. Infelizmente, vemos pessoas fazendo o contrário e ajudando a espalhar mentiras inventadas sobre o Ciro pela direita entre um público progressista.
Antonio Passos
04/06/2018 - 18h10
Realmente é um sinal vermelho que se acende. O Brasil está irremediavelmente dividido, creio mesmo que não há remendo para essa fratura. A direita prefere comer m com Temer do que reconhecer seu erro. Podemos esperar uma grande sabotagem para impedir os votos dos mais pobres. Acrescente-se outros tipos de fraude e veremos que a coisa será muito difícil. A transferência de votos realmente não é algo simples e isto é um fortíssimo sinal para Ciro e outros herdeiros de Lula.
Ali M.
04/06/2018 - 18h08
Menos Miguel.
A dinamica eleitoral nas eleições locais são diferente.
Não faltam casos onde se elege prefeito da direita e na eleição presidencial votaram na esquerda.
Estas pesquisas podem ser boa em termos de votos mas são pesquisas desqualificadas para outras análises. Seria necessário saber idade, sexo, educação, religião, cor, profissão, etc
para saber melhor do que se trata. E também ver o qual foi o teor da campanha.
Igor
05/06/2018 - 10h57
Não adianta, esses petistas amestrados não conseguem enxergar um milímetro a frente do nariz e ainda são mocos de nascença, conseguiram a façanha de se tornarem mais iludidos e teleguiados do que os da rede globo. Essa é a esquerda que a direita pediu a Deus, CEGA, SURDA e DELIRANTE.
Dio
04/06/2018 - 18h03
O alerta é válido.
Só se deve tomar cuidado para não superdimensionar essa eleição.
Começando por ela não ter sido típica – período anormal, condições anormais.
Segundo, por ter peculiaridade regional.
E pomobilidadee não menos importante, num período de greve que afetou toda mobilidade.