Coluna de Mário Magalhães publicada no The Intercept, leia na íntegra neste link.
“Na tarde de 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi sancionada pela princesa imperial regente, Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança Bourbon e Orleans. Um nome quase tão extenso quanto a lei assinada por ela – duas letras a menos, conforme a grafia em vigor mais comum.
O Brasil foi o derradeiro país das Américas e do Ocidente a eliminar a escravidão. No mundo, o último foi a Mauritânia. Inexistiram generosidade da princesa Isabel e grandeza do imperador Pedro II. A condição de quase lanterninha na medida emancipatória trai o bolor dominante nas cacholas da família de monarcas prognatas.
Movimentos vigorosos, dos quilombos e revoltas negras às campanhas em salões ilustrados do Império, conquistaram a Abolição. Sem políticas que reduzissem a assimetria social, a desigualdade racial perdurou – e perdura. O Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou na sexta-feira o Dossiê Mulher 2018. Com base nos homicídios propositais do ano passado, concluíram que o risco de uma mulher negra ser morta no Estado é o dobro do que espreita uma branca.
Cento e vinte e seis anos, dez meses e dez dias depois da Abolição, o deputado Izalci Lucas apresentou um projeto de lei à Câmara. “Dia histórico”, o 23 de março de 2015, festejou o movimento Escola Sem Partido. “Trata-se de uma iniciativa destinada a entrar para a história da educação em nosso país.”
Se vingar, o projeto de lei 867 entrará mesmo para a história, mas impedirá que sejam contadas nos colégios e universidades histórias como a da Abolição.”
Edu
08/06/2018 - 12h54
Deixa de ser BABACA!
Não tem nada haver com isso.
Tem haver com partidos políticos se infiltrando e usando a res pública em causa própria!
Como pode no meio do Pedro II (colégio púbico federal) ter um diretório de um partido político??? Isso é o cúmulo!!!
Fatos históricos nada tem haver com isso!
O professor pode te ro partido que ele quiser, desde que o expresse do portão pra fora! Dentro do colégio ele é funcionário público e, como tal, deve ter a sua atuação pautada pelos princípios que o regem, dentre os quais, o da impessoalidade (sem puxar sardinha pra A, B ou C).
GUILHERME LUIZ BECKER LUTZ
12/05/2018 - 12h39
Esse mantra de que o Brasil foi o último país a extinguir a escravidão é uma redução. Só de pensar que havia segregação racial nos EUA ainda em 1950, a abolição brasileira de 1888, ampla e geral, foi nosso ultimo grande marco na história mundial.
jose carlos lima
11/05/2018 - 00h55
No Brasil Colonia existia o Partido Regressista, que luta contra a abolição da escravatura.
Quando houve a abolição e a independencia do Brasil, os regressisttas não aceitaram, e sempre lutaram, inclusive com armas, pelo retorno ao Brasil colonia e a volta da escravidão.Eles deram um golpe em 2016 e estão ai mandando ver.