Com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) omissa em relação aos abusos cometidos pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro, da 13° Vara de Curitiba, um grupo de 400 advogados divulgou nota nesta quarta-feira (02/05) repudiando as atitudes de Moro.
A nota refere-se ao caso envolvendo a extradição do brasileiro com dupla nacionalidade, Raul Schimidt, alvo da operação Lava Jato.
O juiz Sérgio Moro desrespeitou decisão do TRF-1 de Brasília, tribunal de segunda instância que desautorizadava a extradição de Raul.
Mesmo assim, o juiz federal da primeira instância “peitou” a decisão e enviou ofício ao Ministério Publico e a Polícia Federal determinando cumprimento da ordem de extradição, no mesmo ofício o juiz disse que os advogados do brasileiro omitiram informações e que o TRF-1 não tinha competência para julgar um Habeas Corpus impetrado pela defesa.
Leia a nota:
As entidades representativas da classe e os advogados abaixo assinados, em defesa das prerrogativas da advocacia, vêm de público lançar um grave alerta em vista de decisão do juiz federal Sergio Fernando Moro, que determina expressamente que as autoridades envolvidas num processo de extradição desconsiderem liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e prossigam com a tramitação da sua ordem. Afirma que os advogados omitiram informação para poderem obter tal liminar. O referido magistrado, em uma só assentada, ofende a jurisdição do tribunal, os advogados de defesa e ultrapassa seus deveres funcionais como magistrado.
A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região manifestou em nota pública “[ser] inimaginável, num Estado Democrático de Direito, que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça sejam instados por um juiz ao descumprimento de decisão de um tribunal, sob o pálido argumento de sua própria autoridade”. É inimaginável, ainda, acrescentamos, que um magistrado se utilize dos autos do processo para colocar em dúvida a ética profissional dos advogados de uma das partes, sem qualquer fundamentação.
É preciso reafirmar, alto e bom som, que o advogado é indispensável à administração da Justiça, a ele é garantido tratamento igualitário perante os demais agentes do sistema, seja o membro do Ministério Público, seja o próprio magistrado, tudo como garantia do pleno exercício de sua atividade profissional na defesa dos direitos e garantias individuais daqueles que representa.
A escalada de desprezo pelo direito de defesa e pela própria advocacia alcança agora outro patamar, que precisa ser derrubado antes que possa se estabelecer como praxe. A criminalização da advocacia pelo magistrado que deveria conduzir os autos com imparcialidade e isenção configura-se abuso de autoridade, desvio de função e, se não incontroversamente contido, dá impulso aos cada vez mais frequentes abalos que afetam pilares fundamentais do Estado de Direito.
Rendemos nossas homenagens aos advogados Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay) e Diogo Malan, ofendidos em seu ofício, e instamos as autoridades de controle do Judiciário a assumirem seu papel institucional. É preciso conter de imediato o avanço de posturas voluntaristas e autocráticas no Judiciário, que poderão ter um custo insolvável à democracia no Brasil.
Zé Silva
03/05/2018 - 10h44
Um juiz que não respeita as leis e nem a Constituição pode ser chamado de juiz?
Régis
03/05/2018 - 01h20
Sérgio Moro ousou até desobedecer a decisão do STF, então não temos mais Justiça de verdade. Esse senhor não conversa com Deus, conversa com o Tinhoso mesmo. Espalha quebradeira e estagnação no setor produtivo brasileiro, consequentemente desemprega milhões de trabalhadores e, espalha fome e desesperança a vários pais de famílias.
O diabo é vaidoso, gosta de ganhar Prêmios internacionais e posar de Justiceiro. É um Savonarola elevado às alturas!!
Aos americanos a mídia exalta o Super- Homem como identidade nacional. Aos brasileiros o Jeca Tatu.
LUIS BERGOZZA
02/05/2018 - 22h34
Alguns juízes são Deuses de pés de barros.
LUIS BERGOZZA
02/05/2018 - 22h31
Alguns juízes e promotores, são Deuses de pés de barro.
beth
02/05/2018 - 16h56
A classe dos operadores do Direito já levanta dúvidas sobre a ética e a correção do Moro há tempos, desde o início dessa novela de conduções coercitivas, grampos aleatórios, espionagem nos escritórios de advocacia, enfim o tal “direito penal do inimigo” que o justiceiro de Curitiba pratica. Ouvi muitos comentários depreciativos e mesmo assustados sobre a vara de Curitiba há mais de três anos. Entretanto, ninguém se manifestava por medo de ser taxado de “perigoso terrorista vermelho, petista e comunista, corrupto e inimigo do Moro, o grande herói do universo, etc”.
Finalmente percebemos que os advogados, juízes e outros praticantes do Direito estão ficando nervosos demais para continuarem calados. Espero que seja só o começo da reação ao desequilibrado curitibano que está nos levando rapidamente às trevas em termos de Justiça.
Ricardo
02/05/2018 - 21h01
“Classe dos operadores do direito ” não, classe dos defensores dos corruptos . Ruim é quando esses ” operadores do direito” ficam exultantes quando as falcatruas de seus clientes caem nas mãos de juízes como Gilmar Mendes, Lewandowiski e Tóffoli !
Luiz Gonzaga
02/05/2018 - 15h40
Este safado tem de ser atirado num canil lotado de caes ferozes e famintos.
Ricardo
02/05/2018 - 15h16
O Brasil tem cerca de um milhão de advogados, ou seja, novecentos e noventa e nove mil e seiscentos advogados estão cagando para a tal nota de repúdio desses 400 “adevogados” !