Foto: Ascom MPF/CE
O golpe é tão golpe que censura o uso da palavra golpe.
“O MPF firmou entendimento de que com esse título a disciplina não pode ser ofertada”.
No site do MPF
FISCALIZAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 12 DE ABRIL DE 2018 ÀS 14H51
“Golpe de 16”: MPF ouve representantes da Universidade Federal do Ceará sobre título dado à disciplina
Instituições públicas não podem ser reduzidas a associações, sindicatos e entidades político-partidárias
O Ministério Público Federal (MPF) ouviu, nesta quinta-feira (12), representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) em procedimento que apura a legalidade no título “Tópicos Especiais IV – O golpe de 16 e o futuro da Democracia no Brasil” de disciplina ofertada pelo Departamento de História da instituição de ensino.
Para o MPF, o ato administrativo da UFC que aprovou a oferta da disciplina com tal título representa a imposição oficial de uma narrativa específica, comprometendo o pluralismo de ideias. “As instituições públicas não podem ser reduzidas a associações, a sindicatos e a entidades político-partidárias”, defende o procurador da República Oscar Costa Filho, titular do procedimento do caso. “A institucionalidade não exclui e, quando você faz uma escolha por uma narrativa específica, você está fazendo também uma exclusão da possibilidade de outras narrativas”, completa.
A oferta de disciplinas pelos cursos da universidade precisa ser aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o que ocorreu com a disciplina sobre o “Golpe de 16”. Entretanto, na avaliação de Costa Filho, “esse ato administrativo não tem validade perante o Direito e torna passível ser decretada sua nulidade perante o Poder Judiciário”.
Os representantes da UFC apresentaram a ementa da disciplina, que faz parte da grade opcional, e defenderam que o conteúdo programático e o fato de vários professores de diferentes cursos ministrarem aulas da matéria garante a diversidade de leituras e abordagens. Vice-reitor da instituição, Custódio Almeida garantiu que a aprovação da oferta da disciplina seguiu os mesmos procedimentos e critérios já adotados pela universidade. Almeida defendeu que a pluralidade de conteúdo é assegurada também pela diversidade da grade curricular como um todo.
O chefe do Departamento de História, Francisco José Pinheiro, destacou a demanda de estudantes pela disciplina. De acordo com o professor, todas as 60 vagas ofertadas foram preenchidas e cerca de 80 estudantes ficaram na lista de espera para a matrícula.
Ao final da reunião, os representantes da universidade concordaram em analisar a proposta do MPF de modificar o nome da disciplina de forma a atender os interesses da coletividade e o pluralismo de ideias.
O MPF firmou entendimento de que com esse título a disciplina não pode ser ofertada, o que abre a possibilidade da questão ser levada ao Poder Judiciário.
Número do procedimento para consulta: 1.15.000.000843/2018-65
Das Geraes
14/04/2018 - 13h48
Como tem gente que gosta de aparecer! Esses brilhantes procuradores deveriam ajudar a cavar cisternas para o povo pobre do Ceará. Causa revolta só de pensar que um miserável cearense não recebe em um ano o valor do auxílio-moradia que esses folgados procuradores recebem em um mês.
Julio
13/04/2018 - 23h14
Deixa eu dizer uma coisa,seus golpistas já está registrado na história, vocês vão ser conhecidos pelas gerações. Futuras,por ter contribuído com o golpe de 2016.
Isto e’ fato.
Acronimando
13/04/2018 - 19h25
G.O.L.P.E.
Grande Organização Liberal Pela Elite
Ou coisa do tipo. ;)
Estrela Guerreira
13/04/2018 - 21h38
É Golpe! Vão querer eles colocarem palavras na boca dos professores? Isso é ditadura! #AbaixoÀLeiDaMordaça! #ForaTemer
Hudson
13/04/2018 - 17h33
Até o aspirante a economista do Bolso (o Adolphinho, lembram?) concorda com a autonomia das universidades em ofertar essa disciplina:
http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/o-que-eu-penso-sobre-unb-ofertar-disciplina-o-golpe-de-2016-e-o-futuro-da-democracia-no-brasil/
ANTONIO LUIS M BRAGA
13/04/2018 - 15h30
E GOLPE SIM SEUS MERDAS E ESQUECERAM QUE A CARMINHA BRUXA DISSE : ” CALA BOCA JÁ MORREU ” !
Marcos JP
13/04/2018 - 12h45
Tem razão o MPF. De acordo com este entendimento, também devem ser proibidos, por representar “a imposição oficial de uma narrativa específica, comprometendo o pluralismo de ideias”, títulos iguais ou semelhantes aos seguintes: “O holocausto nazista”; “A ditadura Vargas”; “A Constituição Cidadã e o combate a ela por setores reacionários da sociedade” (“Constituição Cidadã” é termo inadmissível em uma disciplina); “O MPF como guardião da Constituição”; “O MPF como órgão destruidor da Constituição”; “A destruição da liberdade de expressão e da liberdade acadêmica pelo MPF”; “O combate à corrupção pela Lava Jato” (muita gente discorda de que a operação tenha esse objetivo; mesmo muito ao longe – caso de boa parte da mídia internacional, mesmo a mainstream, que há muito tempo deixou de levar a mídia corporativa brasileira a sério); “A degradação do trabalhador pela escravidão”; “A ditadura de 1964”; “A revolução de 1964”; “O contragolpe de 1964”; “O período democrático pós-64″…
Para tornar o trabalho mais eficiente, é melhor proibir logo qualquer disciplina em qualquer universidade que possa ter qualquer mínima suspeita de estimular o pensamento crítico, pois não é para isso que serve a educação, a não ser na cabeça de pessoas totalmente sem noção, como Paulo Freire, que o mundo todo condena, como se sabe, pois não chega aos pés do teórico da educação Alexandre Frota…
Nesse sentido, o bravo MPF deve entrar com uma ação para que o MEC feche todos os cursos de História, Sociologia, Antropologia e, acima de tudo, Ciência Política. Há outros que precisam ser analisados com pente fino, como Economia… Assim, evita-se qualquer doutrinação aos alunos, deixando que eles sejam formados e informados pela Rede Globo, essa sim um órgão isento de verdade…
Luiz Carlos P. Oliveira
13/04/2018 - 11h27
Tá bom, MPF. Doravante vamos mudar o nome para “ardil”, “trama” ou “manobra desleal”. E, se proibírem essas também, vamos usar outras. Mas que é golpe, é! Usem a nomenclatura que quiserem.
Hudson
13/04/2018 - 17h05
Em francês: coup!!!
Mirko Kraguljac
13/04/2018 - 08h55
Se universidade recua, eles vão usar precedente para atacar outros cursos sobre golpe no Brasil inteiro! A universidade precisa ajuda em defesa da autonomia…
claudio
13/04/2018 - 08h12
Qual é?
Golpe dentro do GOLPE?
Isso vale Arnaldo????
Sergio Furtado Cabreira
13/04/2018 - 06h26
SUGIRO ALGUNS TÍTULOS NOVOS, PARA SATISFAZER O REFERIDO CENSOR ACADÊMICO DO PARTIDO NAZI-JUSTICIALISTA DO BRASIL, DR. OSCAR COSTA FILHO:
1- A RUPTURA CONSTITUCIONAL DE 2016 ATRAVÉS DE MECANISMOS PARLAMENTARES!
2- A QUEBRA DA DEMOCRACIA ATRAVÉS DO CONCHAVO LEGISLATIVO-JUDICIAL!
ENFIM, DR OSCAR…. FOI GOLPE!
SRS. PROFESSORES…. NÃO MUDEM O TÍTULO DA DISCIPLINA… ISTO É INVASÃO DO PARTIDO NAZI–JUDICIAL NO ÂMBITO DA LIBERDADE DAS UNIVERSIDADES…. FICA PIOR A EMENDA DO QUE O SONETO…..KKKKK!
Reginaldo Gomes
12/04/2018 - 23h18
Soberba
Mpf organiza e executa um golpe de estado em presidenta honesta e não quer sofrer nenhum tipo de consequência????????Tem o melindre de não querer ser chamado de golpista sendo pego em flagrante delito de golpismo qualificado????? A soberba é muito curiosa , é por ela que o golpe fisga a maioria dos aliados e é pela soberba arrogante que o golpe tem suas baixas.
Manoel
12/04/2018 - 23h04
O mundo observa o que acontece no Brasil e não vai querer ser surpreendido
por um golpe de estado fascista como o que acontece por aqui.
Muito provavelmente as universidadas pelo mundo vão ofertar disciplinas sobre golpes de estados e os casos brasileiros e tantos outros vão estar no curriculum.
Valdinei
12/04/2018 - 22h32
Isso é claro abuso de poder e de autoridade. Desvio de função.
Em qualquer pais sério esses procuradores já teriam sido exonerados. Com ressarcimento de todos os prejuízos causados , que não são poucos.
Jurandir
12/04/2018 - 22h10
OK. Não concordo com o MP. Obviamente, o MP esta interferindo na autonomia técnico-cientifica de cátedra. Isto é errado. Entretanto, dentro das universidades federais impera uma politicagem asquerosa que faz com que leis e regulamentos sejam interpretados de acordo com os interesses mesquinhos de certos feudos de professores. As arbritariedades que são cometidas na “cara dura” deixariam até o juiz Mouro roborizado. A autonomia universitária e o interesse público são utilizados como desculpa para a aplicação de medidas absolutistas.
Antes que alguem fique me acusando de ser coxinha ou dizer que fiquei feliz com o impedimento da presidente Dilma, estou postando isso para que nos façamos uma auto-critica: Já passou do tempo que as IFES do MEC deveriam ter sido efetivamente democratizadas e os excessos fossem contidos. As barbaridades que reporto acontecem nas unidades de ensino do MEC há décadas.
Que moral os professores desta unidades tem de falar das arbitrariedades cometidas pelos golpistas, se cometem barbaridades equivalentes com seus próprios colegas de cátedra. Falo isso por experiência própria, pois sofro com isso por não ser um “corderinho” e ter uma postura independente.
Luiz Carlos P. Oliveira
13/04/2018 - 11h31
Resumindo a ópera: és um coxinha. Tipo “escola sem partido”, desde que a direita tenha voz e a esquerda não. Conhecemos essa enrolação.
Jurandir
13/04/2018 - 15h19
Muito pelo contrário! Sempre votei e votarei no PT. Procure no google: assedio+moral+universidade+federal e vai entender o que estou falando. Os mesmos professores que bradam contra as arbitrariedades do MP, cometem as mesmíssimas barbaridades com desafetos em suas unidades.
Sou professor de uma IFES e sou vítima de assedio moral por parte de colegas e chefia.
Antes de ficar vomitando baboseiras, faça uma pequena auto-avaliação: Não é porque você é de “esquerda”, que você não tenha a mesma conduta dos trolls do MBL ou desta tal de “escola sem partido”. Não julgue e rotule os outros sem ter infomações suficientes.
Murilo costa
12/04/2018 - 21h40
Esse procurador com nome humorista não foi o mesmo que perseguia o Enem?
Thiago Lima Barros
13/04/2018 - 16h21
Exatamente, Murilo. É o próprio.
Hudson
12/04/2018 - 21h33
Que tal “O estancamento da ***** de 2016”? (Com supremo, mpf e tudo…)
Rose
13/04/2018 - 09h17
Essa parte de estancar a sangria pode dar um nó na cabeça de quem assiste o Netflix.
Talvez um nome mais pomposo como “Grande Acordo Nacional com STF, com Tudo de 2016”.
Que acha?
Hudson
13/04/2018 - 13h23
Rose, *****, no caso, não é “sangria”, é aquela outra palavra, da frase “tem que resolver essa *****”.
Hudson
13/04/2018 - 20h29
GRande Acordo NAcional, ou GRANA…