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No grito não funciona!

Denise Assis*     “No grito não funciona”! Não mesmo, general. A brocha em que ficou pendurado o governo de Michel – gerente de uma política na perspectiva do mercado financeiro e com os joelhos dobrados aos senhores dos EUA – depois que falhou em mais um dos seus deveres “para casa”, o de aprovar […]

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Denise Assis*

 

 

“No grito não funciona”! Não mesmo, general.

A brocha em que ficou pendurado o governo de Michel – gerente de uma política na perspectiva do mercado financeiro e com os joelhos dobrados aos senhores dos EUA – depois que falhou em mais um dos seus deveres “para casa”, o de aprovar a vergonhosa reforma da previdência, o fez lançar mão dos militares.

Numa jogada de marketing, usou o desgaste que a violência vem causando na população carioca e usou o cargo que usurpou, para botar o bloco na rua, ainda que com certo atraso, logo depois do carnaval. E pouco se lhe dá sobre as consequências do seu gesto. O que importa é salvar a própria pele e, de quebra, o próprio ego, ferido que estava de se ver materializado na figura do “Vampirão”.

Acontece, Michel, que mexer com a caserna tem o preço da imprevisibilidade. Esses senhores, os generais de comando, presos em seus gabinetes, no Brasil de hoje voltaram a poder muito, mas não têm controle absoluto sobre os próprios nervos e nem sequer sobre as tropas que colocam nas ruas. Na medida em que os “afazeres” se espraiam pela sociedade, as “pontas” cometem os tais “excessos”, pendurados depois na conta das desculpas esfarrapadas: “Não demos a ordem. Fugiu ao nosso controle”.

Um exemplo da perda de controle se deu na primeira coletiva (ou seria uma palestra?), dada à mídia, pelo general interventor, Wlater Braga Netto, desde que assumiu o novo cargo. Eles, os militares, jamais tiveram desenvoltura no trato com a imprensa. Não usam de transparência, não ficam à vontade, não permitem as perguntas necessárias e tampouco concedem o tempo correto para que as informações sejam colhidas e passadas ao público, função concernente aos jornalistas.

Perguntas por escrito??? Tempo de 30 minutos??? Para um tema desta magnitude, general? E, por fim, um ataque de pelanca com a “advertência”: “No grito não funciona”!

Nos jovens repórteres que hoje desempenham a função, e sabem dos tempos negros pelos livros, a pantomima deve ter provocado perplexidade. Para os veteranos, que já viram esse filme dantesco, porém, causa apreensão, indignação e revolta. Sorte que ainda temos espaço para retrucar de volta: “No grito não funciona”! Não mesmo, general. Resta o direito de espernear contra as arbitrariedades e os abusos. E enquanto tivermos este espaço, é assim que será. Não cabe mais em tempos modernos calar a mídia no grito.

A propósito: para o controle das tropas, mantê-las dentro dos quartéis e dos parâmetros para os quais foram treinadas. Para uma sociedade saudável, liberdade de expressão. Para controle dos nervos, florais de Bach. São um santo remédio.

*jornalista e colunista de O Cafezinho

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Denise Assis

Denise Assis é jornalista e autora dos livros: "Propaganda e cinema a Serviço do Golpe" e "Imaculada". É colunista do blog O Cafezinho desde 2015.

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ari

28/02/2018 - 11h07

Cala a boca, jornalista!
Ontem vi uma fota do interventor ladeado por dois outros militares com cara de quem estavam com raiva do mundo. Confesso que estremeci: eu estava lá em 64, lutei contra a ditadura e vi muito dessas caras raivosas de gente que se acha salvadora da pátria.

“Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão”

Rivellino

27/02/2018 - 23h52

O verdadeiro mecenas do brega Petismo dá MAIS DINHEIRO que Lei de Incentivo e podeia ajudar a favela aí:
.
O Sr. Wesley, por tabela, ajudava com dinheiro os projetos educativos e culturais do Brasil: Por exemplo: sertanejo universitário da Era hiper baranga lula-dilmista.
.
Joesley adora, venera, ama, difunde, estimula e divulga.
.
Além de muitas outras coisas! Com dinheiro se faz de tudo e se “toca” muito projeto pra frente, não é mesmo?
Qual tal o português Kit-dilma (Projeto educativo de idioma pra escolas ao estilo da fala de dilma).
.
Dilma sempre soube despistar e — via baruscos da vida –, “roubar por tabela!”
.
¿¿Por que não ajudou as favelas em 13 anos de petismo??
Mesmo que fosse com o dinheiro roubado para o petismo.
.
O gôsto particular de dilma e como presidente do Brasil foi um gôsto enormemente nivelado por baixo. Muito do baixo nível! Ao estilo do gôsto de Anitta; de Canivete Semgalo etc.

    Maria

    28/02/2018 - 07h00

    Véi, você usurpa o nome de um craque para falar bosta. Lobotomizado. Pegue suas malas e vá fazer companhia à Luana Piovani, pulha como você, em Portugal (governado por socialistas), a mais nova versão de fuga do país de quem não tem dinheiro para morar em Nova Iorque. Ou então, peça para o FHC te deixar morar no quarto de empregada do apartamento dele em Paris. Sempre dá para tentar uma boquinha com o falacioso PSDB. Se enxerga, analfabeto funcional.

Reginaldo Gomes

27/02/2018 - 20h40

Não confio nesse exército fura teto e hipócrita. A capivara dos pixuleco do exército tem que estar na manga pra colocar essa turma na linha. Eles choram de dor quando cutuca a hipocrisia.


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