(A verdade é torturada diariamente nos jornalões. Charge: Latuff)
Por Pedro Breier
Estamos no fim de 2017 e a velha imprensa continua determinando o que provoca a indignação da população brasileira, especialmente da classe média.
Com a honrosa exceção da greve geral do último abril, contra a reforma da previdência, Temer comete barbaridades em cima de barbaridades e a população parece observar de forma complacente, quase que anestesiada.
A cobertura da reforma da Previdência na mídia hegemônica é um escândalo.
Temer torra uma quantidade absurda de dinheiro público, no meio de uma forte crise econômica, para comprar deputados à luz do dia – com o objetivo de roubar anos da aposentadoria de milhões de pessoas! – e a mídia familiar cobre de forma banal, como se estivesse falando última rodada do campeonato brasileiro de futebol. Reparem nas manchetes da página principal do site do Estadão neste momento:
“Temer acena com mais verba para reforma avançar”. “Governo dá recado de que há mais dinheiro há (sic) ser liberado)”. Partidos obrigando deputados a apoiar a reforma sob ameaças.
O presidente não eleito gasta o dinheiro dos pagadores de impostos (a direita adora usar essa expressão quando lhe convém, não é?) para atacar a aposentadoria destes mesmos pagadores de impostos e isso é noticiado de forma cândida, como se não fosse nada de mais.
O tom de todos os veículos é o mesmo: acrítico ou quase congratulatório aos métodos temeristas.
Não temos imprensa de direita no Brasil, mas apenas veículos de propaganda da agenda direitista que defendem de forma ridícula o governo que encheu suas burras de dinheiro público após o golpe.
Se lembrarmos que o mensalão, a farsa judicial sobre a compra de deputados com dinheiro público que não ficou provada, é usado até hoje para bater no PT e só não foi utilizado como desculpa para um golpe porque a popularidade de Lula não permitiu, a coisa fica mais desesperadora ainda.
Entretanto, superemos o desespero.
Estamos presenciando os estertores do domínio da velha mídia sobre os corações e mentes dos brasileiros.
A internet mudou totalmente a velocidade das coisas e essa mudança tem uma magnitude que ainda não conseguimos compreender.
O golpe foi transmitido ao vivo para o mundo todo e os ataques aos direitos sociais que o sucederam são divulgados e combatidos em tempo real.
Não serão necessários 24 anos para que o jogo vire, como foi após o golpe de 64. Se a Constituição de 88 foi uma reação ao autoritarismo militar dos anos de chumbo, a próxima reação será contra a ditadura da informação comandada pela velha imprensa.
A hora da oligopólio midiático conservador, o grande responsável e fiador do golpe de 2016, vai chegar mais cedo do que imaginamos.
Reginaldo Gomes
07/12/2017 - 13h20
A televisão golpista é invencível. (espero que por poucos anos, no máximo 10).
Em 100% das casas do povo tem televisão em ataque de guerrilha 24h por dia , todos os dias , destroçando almas.
100% é um número muito alto , não é possível virar um jogo rapidamente em cima de inimigo tão forte.
Mar
07/12/2017 - 12h35
Até o dia em que vamos parar de esperar que ela se comporte de maneira diferente. O PIG cumpre o papel deles dentro do golpe e pronto. É necessário fornecer ao povo uma alternativa e mostrar a notícia de forma diferente.
Pedro Cândido Aguarrara
07/12/2017 - 19h11
Um dia irá constar da Constituição que todo funcionário público que usar o seu espaço de atuação pública REMUNERADA para fazer POLÍTICA PARTIDÁRIA será sumariamente exonerado e responderá processo crime por agir contra o interesse público do país.
Aí não teremos mais fascistas entrincheirados nos tribunais, procuradorias e polícia federal.
Um dia constará da Constituição que empresas que exploram concessões públicas para se comunicar com a população terão seus direitos a essa concessão CASSADOS caso pratiquem atos que sejam reconhecidos como de POLÍTICA PARTIDÁRIA.
Aí não teremos mais fascistas usando os meios de comunicação no seu próprio interesse.
ESSE É O ASSUNTO PRINCIPAL!!!
Sem resolver o problema do monopólio midiático da Globo não vamos a lugar nenhum.
Temos que resolver primeiro o problema do fascismo no poder público e nos meios de comunicação. O resto vemos depois!!!
Outra coisa.
Sindicatos apoiaram o golpe e a saída da Dilma. Chega desse pessoal. Sindicalismo virou prostituição e sindicalista sinônimo de PROSTITUTA!!
Mais uma coisa importante.
Os meios de comunicação, onde estão entrincheirados os piores criminosos do país, passam o tempo todo vomitando que os políticos são ladrões e que o poder público é corrupto para poder se colocar diante da população como “alternativa moral”.
Passou da hora do Congresso e do Senado CORTAR as asas dessas famílias mafiosas da mídia: Marinhos, Saads, Frias, Mesquitas, Civitas, toda essa MERDA!! Enquadrar em Lei o papel dos meios de comunicação na nossa sociedade. Definir em Lei o que é “liberdade de expressão e opinião” e acabar com o fascismo na imprensa e no poder público.
Mais outra.
Poder tem quem tem VOTO. O Poder emana do POVO!!
Poder Judiciário tem que ser ELEITO!!
PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA INSTÂNCIAS!!!
Basta de procuradores carreiristas SAFADOS no STF. Queremos juízes de VERDADE nas cortes superiores!
Roberto
08/12/2017 - 07h00
Concordo plenamente.