(crédito imagem: eldiario)
O dia de hoje é chave no processo separatista da Catalunha. o presidente Carles Puigdemont pode declarar de forma unilateral a independência, desde que leve um oficio dos resultados ao parlamento regional e faça discurso referendando os 90% dos votantes que indicaram este caminho na consulta eleitoral do dia 1 de outubro. Este procedimento está de acordo com a Lei de Transitoriedade aprovada na região no ultimo 7 de setembro.
O primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy considerou que¨ possui todas ferramentas na mesa para impedir a Declaração Unilateral de Independência(DUI)¨ e sinaliza que deu margem para Puigdemont para se ¨retratar¨ , antes que use o artigo 155 da constituição. Esta medida se baliza na suspensão de algumas competências da autonomia e segundo o mandatário permite ¨outras ações para restaurar a democracia¨.
Enquanto o governo madrilenho ameaça avisando que ¨Puigdemont não deve fazer nada irreversível¨, o presidente do conselho europeu Donald Tusk fez um chamamento que ¨se respeite a ordem constitucional e não se anuncie uma decisão que se impeça o diálogo.¨
Várias manifestações neste fim de semana em Madrid, Valencia e Barcelona defenderam uma negociação vindo do movimento chamado ¨hablemos¨. Em todo caso, a polícia nacional e a guarda civil reforçou o controle nos postos de fronteiras e estações de trens e ônibus, bem como nos aeroportos. A questão é que mesmo tendo declarado que ¨iria fazer o que devia fazer¨, talvez o catalão escolha o caminho da negociação destoando da violência empreendida por Rajoy no dia do referendo, apesar do discurso do primeiro-ministro que nem sua Espanha confia mais.
Jaime Iglesias Serral
12/10/2017 - 19h13
No Brasil, as forças não-reacionárias defendem a volta ao estado de direito, porque não se pode mais dizer que, aqui, exista respeito às leis e muito menos à Constituição. O separatismo catalão é idêntico. Num processo marcado por ilegalidades, pressões e ameaças, julgado ilegal e inconstituicional pelos Tribunais da própria Catalunha e da Espanha, os separatistas deram uma banana para a democracia, convocaram um referendo que foi considerado previamente ilegal, enfiaram quantos votos quiseram em urnas improvisadas e julgaram que isso era um processo legítimo. Uma semana depois, 1 milhão de catalães foi às ruas de Barcelona falar NÃO ao independentismo. Mas os separatistas, fanáticos por poder e dinheiro, fizeram que não ouviram e declararam unilateral e ilegalmente a independência da região mais rica da Espanha. Enquanto isso, ninguém apoia os separatistas e as grandes empresas estão fugindo da Catalunha por medo de ficar fora da zona do Euro. Mas os criminosos separatistas catalães continuam em sua saga, porque o querem é poder e dinheiro. O resto é a lorota de sempre. Hitler que o diga!