(Foto: Charles Silva Duarte/O Tempo/Futura Press)
Enquanto os moleques de Curitiba saltitam de entrevista em entrevista, de festa em festa, e depois dão um show cheio de convicção, os procuradores de Brasília trabalham com documentos e provas.
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No Estadão
Delação cita publicidade como propina a Aécio
Documentos comprovam venda de prédio para JBS que teria servido para dissimular dinheiro para senador; dono nega
Daniel Bramatti, Marcelo Godoy e Leonardo Augusto, especial para o Estado, O Estado de S.Paulo
22 Maio 2017 | 05h00
Documentos obtidos pelo Estado comprovam a venda de prédio em Belo Horizonte que, conforme delação do empresário Joesley Batista, da JBS, teria como objetivo o repasse de recursos ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Na transação, a J&F Investimentos, controladora da JBS, comprou da Ediminas S/A – Editora Gráfica Industrial de Minas Gerais o imóvel e um terreno ao lado da construção por R$ 17.354.824,75.
Agentes da PF deixam casa de Aécio Neves, no Lago Sul, em Brasília, durante operação em 18 de maio Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
Ainda segundo Joesley, meses antes dessa operação, R$ 2,5 milhões dos cerca de R$ 60 milhões entregues a Aécio para a campanha presidencial de 2014 foram pagos por meio da compra antecipada de publicidade no jornal Hoje em Dia.
Documento assinado por um diretor do Grupo Bel – que controlava o jornal por meio da Ediminas S/A – atesta a compra de 365 páginas de publicidade pela JBS. Ele foi entregue por Joesley aos procuradores.
O criminalista Alberto Zacharias Toron, que cuida da defesa de Aécio, afirmou neste domingo, 21, que não se manifestaria sobre o caso e que só o fará oportunamente. As operações descritas por Joesley teriam servido para dissimular os pagamentos ao senador.
A Ediminas é proprietária do jornal Hoje em Dia, que funcionava no prédio. Além do registro da negociação em cartório, a reportagem teve acesso também a um recibo de quitação do pagamento da transação da J&F à Ediminas, que pertencia ao Grupo Bel, do setor de comunicação. A compra foi em 2015.
Em depoimento à Procuradoria da República, Joesley afirmou que Aécio voltou a procurá-lo em 2015 pedindo dinheiro para pagar dívidas de campanha. No ano anterior, o tucano disputou a Presidência e já teria recebido R$ 60 milhões.
O sócio da JBS disse ter repassado R$ 17 milhões a Aécio por meio da compra superfaturada do prédio em Belo Horizonte, de propriedade de um aliado do senador. “Precisava de R$ 17 milhões e tinha um imóvel que dava para fazer de conta que valia R$ 17 milhões”, afirmou.
O empresário apresentou documentos da compra do imóvel. No contrato registrado em 30 de novembro de 2015 no cartório em Pirapora do Bom Jesus, em São Paulo, da J&F com a Ediminas, as empresas declararam que Joesley pagou R$ 14 milhões pelo prédio – uma entrada de R$ 4 milhões e dez parcelas de R$ 1 milhão. Uma primeira parcela de R$ 4 milhões não está nesse contrato.
Conforme Joesley, Aécio indicou o imóvel como forma de receber propina. Questionado se a venda fora superfaturada, Joesley disse: “Sem dúvida. Não estávamos atrás de comprar um prédio em Belo Horizonte”.
Ediminas. O dono da Ediminas à época da negociação, Flávio Jacques Carneiro, negou irregularidades na venda do prédio. “Fiquei sabendo disso pela televisão. Vamos demonstrar que é mentira. O imóvel foi vendido para pagar bancos, fornecedores e funcionários.” Carneiro disse ser amigo de Aécio e ter boa relação com Joesley.
O ex-dono da Ediminas afirmou que o imóvel tinha preço baixo e que a J & F Investimentos possuía “um fundo bilionário”. Na delação, Joesley declarou não saber como o dinheiro chegou às mãos do senador afastado e disse que pediu a Carneiro que solicitasse a Aécio, “pelo amor de Deus”, que ele parasse de lhe pedir dinheiro.
A primeira entrada de R$ 4 milhões foi paga em 28 de setembro de 2015. A segunda parcela, de R$ 4 milhões, foi repassada em 28 de outubro. A terceira, de R$ 1 milhão, foi quitada em 30 de novembro. Os nove pagamentos restantes, no valor de R$ 1 milhão cada, foram quitados em fevereiro de 2016, com desconto de R$ 18 milhões para os R$ 17.354.824,75. O recibo de quitação registra que foi aplicada “taxa de desconto financeiro acordada entre as partes”.
Mudança. A Ediminas pertence atualmente ao ex-prefeito de Montes Claros Ruy Muniz, marido da deputada Raquel Muniz (PSD-MG). O jornal Hoje em Dia estudou seguir no prédio comprado pela J&F, mas, segundo o diretor do jornal, Tiago Muniz, a empresa decidiu se mudar e agora ocupa imóvel na zona oeste de Belo Horizonte.
Irion
23/05/2017 - 12h57
“Agentes da PF deixam a casa de Aécio”. Hummm…, não são os anjinhos da guarda trocando de turno?
Laercio Ferreira
23/05/2017 - 13h29
O AECIUS EGIPTUS DAS NEVES , A MAIOR EPIDEMIA NACIONAL DE MUSQUITO DO PROPINOL DE PINDORAMA, DEVE SER IRMÃO DO PÉ GRANDE DO HIMALAIA , ATUAL GOVERNISTA DO RJ , O CAMBADA S DE VAGA- BUNDOS?? ACHAM-SE ACIMA DA LEI, E PROVAM POR A+B QUE SÃO OS CORRUPTOS SOCIAL??
Grayce Jorge
23/05/2017 - 10h57
https://www.facebook.com/grayce.jorge/posts/228355770998802
Ralfo Penteado
23/05/2017 - 07h15
Isto não vem ao caso. Só faltou selinho naquela foto do Moro com a alta cheffia da ORCRIM, isto antes da revelação da PODRIM que rendeu um.mimidtro da justiça e um comparsa no STF.
Ze Leleu
23/05/2017 - 00h34
Imagina nas outras prefeituras pelo nosso Brasil varonil…
muito “bom moço” da lista de Furnas pode estar fazendo exatamente o mesmo.
C.Poivre
22/05/2017 - 23h50
Esta ridícula “força-tarefa”, composta de criminosos de todos os matizes, ainda agrega uma incompetência extrema.
C.Poivre
22/05/2017 - 23h50
Esta ridícula “força-tarefa”, composta de criminosos de todos os matizes, ainda agregam uma incompetência extrema.
Jane Porto
23/05/2017 - 02h30
AÉCIO RICHTHOFEN NEVES, DEVIA MANDAR A IRMÃ.PEGAR A MALA, E DEPOIS MATAR, EITA MUIÉ FEIA !!!
Ciro de Paiva
23/05/2017 - 03h04
Será que alguém vai ter coragem de come-la na cadeia?
Vanusa Abreu
23/05/2017 - 01h56
Waldir José Franco
23/05/2017 - 01h43
Coitado do Aécio .Parece que só ele fazia a rapina ? Ele sempre agiu sozinho? Ficou com tudo sozinho? Não existia uma rede de proteção ?
Mauro Gonçalves Bastos
23/05/2017 - 01h30
https://vimeo.com/192846360
Aluízio Pereira de Assis
23/05/2017 - 01h25
Marilene Flores
23/05/2017 - 01h25
Cadê o amigo ? Chama Moro ,Aecinho ,
Clelmo Carvalho
23/05/2017 - 01h24
Perfeita análise.
Arlindo Fideles
23/05/2017 - 01h20
Eu me pergunto: porque esse povo quer tanto dinheiro?… O ser humano não precisa de muito.
Roberto Oliveira
23/05/2017 - 01h20
Franklin Caetano
23/05/2017 - 01h17
Curitiba cada vez mais parcial e incompetente.
Mario Washington Wallace Fajardo
23/05/2017 - 01h15
O Cafezinho não merece crédito algum. É um reles divulgador de inverdades.
Flavia Alexandre
23/05/2017 - 01h21
Crédito só a Globo.
Lourdes Neves Vieira
23/05/2017 - 01h22
kkkkkk
Luiz Henrique
23/05/2017 - 02h58
Bao mesmo e verdadeiros são o MBL e os três patetas do ANTAAGONISTA né!? Hahahhahahahhahaha!
Ou quem sabe o revoltados online…. Alexandre frota…
Roxane Carreirao
23/05/2017 - 09h43
E o Mario Washington não sai daqui…seria um Detector de Mentiras Profissional…?
Carlos César
23/05/2017 - 09h54
Onde vc tá vendo inverdades nesse mar notícias sobre corrupção cara? Pelo jeito vc tb é viúva do Aécio . É isso mesmo ?
Denis Capiroto
23/05/2017 - 11h18
Notícias do Estadão. … idiota
Lina Machado
23/05/2017 - 14h19
Tolinho plim plim!
Wilson De Souza Souza
23/05/2017 - 16h16
Esse deve ser globomanioco,kkkkkkkk acredita só em plim plim
Vicente Lúcio
23/05/2017 - 16h28
Esse cafézinho é custeado com dinheiro de propina, como eles vão falar mal de seus patrões, se fizerem isso vão ter que fechar o cafézinho!