Menu

Destruição da Odebrecht afetará desenvolvimento tecnológico-militar nacional

O ESCÂNDALO A-DARTER Ou de como a tentativa de assassinato da Odebrecht pode ferir de morte a construção do mais avançado míssil da Força Aérea Brasileira. Por Mauro Santayana, em seu blog Está dando certo o implacável, mesquinho, totalmente desvinculado da estratégia e dos interesses nacionais, cerco, montado pela Procuradoria Geral da República, para arrebentar […]

23 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

O ESCÂNDALO A-DARTER

Ou de como a tentativa de assassinato da Odebrecht pode ferir de morte a construção do mais avançado míssil da Força Aérea Brasileira.

Por Mauro Santayana, em seu blog

Está dando certo o implacável, mesquinho, totalmente desvinculado da estratégia e dos interesses nacionais, cerco, montado pela Procuradoria Geral da República, para arrebentar com a Odebrecht, não apenas dentro do Brasil, mas, em conluio com os EUA, também na América do Norte e, com base em “forças tarefas” conjuntas, nos mais diferentes países da América Latina.

Pressionada pela perseguição além fronteiras da Jurisprudência da Destruição da Lava-Jato e pela estúpida, desproporcional, multa, de 7 bilhões de reais estabelecida a título de punição, pelo Ministério Público brasileiro, em parceria com o Departamento de Justiça norte-americano, a Odebrecht não está conseguindo vender boa parte dos ativos estratégicos que tenta colocar no mercado, para evitar sua bancarrota e total desaparecimento, com a paralisação de dezenas de bilhões em projetos, muitos deles estratégicos, dentro e fora do país, e a demissão de milhares de colaboradores que trabalham no grupo, que já foi obrigado a se desfazer de mais de 150.000 pessoas nos últimos dois anos.

Com o cerco à empresa, que bem poderíamos classificar de mera tentativa de assassinato, considerando-se o ódio com que vem sendo tratada a Odebrecht pelos nossos jovens juízes e procuradores – já que poderiam ter sido presos eventuais culpados sem praticamente destruir a maior multinacional brasileira de engenharia – coloca-se sob risco direto, não apenas a construção do futuro submarino nuclear nacional (e de outros, convencionais), mas também a produção dos mísseis A-Darter, destinados aos caças Gripen NG BR, que se encontram em desenvolvimento pela MECTRON, empresa controlada pela Odebrecht, em cooperação com a DENEL sul-africana.

Não tendo conseguido negociar a MECTRON, incluída em sua lista oferecida ao mercado, a Odebrecht pretende, agora, esquartejar a companhia e vender seus projetos um a um – entre eles o desse avançado mísil ar-ar – para quem estiver interessado em ficar, entre outras coisas, com parte do know-how desenvolvido pelo Brasil nessa área, desde a época do míssil “Piranha”.

Enquanto isso, a Presidência e o Congresso fazem cara de paisagem.

Quando, diante desse absurdo, o mínimo que a Comissão de Defesa Nacional – por meio de CPI para investigar o caso – o Ministério da Defesa e o Ministério da Aeronaútica deveriam fazer seria pressionar e negociar no governo o financiamento da compra da MECTRON por uma empresa da área, como a AVIBRAS, por exemplo, com recursos do BNDES, ou injetar dinheiro do Banco – agora emagrecido em 100 bilhões de reais “pagos” antecipadamente ao Tesouro – para que comprasse provisoriamente a MECTRON, assegurando que seu controle ficasse com o Estado, ao menos até o fim do programa A-Darter, ou que se estabelecesse uma estratégia voltada para impedir sua desnacionalização.

O problema é que o BNDES, como faz questão de afirmar a nova diretoria, pretende mudar de foco para dar atenção – o que quer que isso signifique – a projetos que beneficiem “a toda a sociedade”.

Será que seria possível que a finalização do desenvolvimento de um míssil avançado para os novos caças de nossa Força Aérea, destinado a derrubar aviões inimigos em situação de combate, em que já foram investidos milhões de dólares, viesse a ser enquadrado nessa categoria e na nova doutrina de funcionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – que já bloqueou 1.5 bilhões que a Odebrecht teria a receber por obras no exterior – ou estaríamos pedindo demais e exagerando na importância do caso?

Apoie o Cafezinho

Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

ANTONIO SILVA

22/02/2017 - 14h50

Gestões incompetentes geram prejuízos que a sociedade sempre paga, salvar quem usurpa e tira proveitos dessa sociedade não merece respeito, nem auxilio sob qualquer forma, mesmo que esteja em risco 100, 200, 300 ou 1,000 milhão de empregos, esse discurso de usar o trabalhador como escudo é velho e não merece prosperar.

RITA DE CASSIA FREIRE DOS SANTOS

21/02/2017 - 21h59

Eu também sou da opinião que fazer um desmonte de uma empresa dessa envergadura é suicídio nacional, levar mais de 150. 000 pessoa ao desemprego. Isso é de um mau caratismo sem precedente , mesmo por que os corruptos estão leiloando o país, Deus sabe por quanto, a meu ver a propina é maior que os valores das vendas dos bens . Ainda continuo achando que as grandes empresas ficaram na berlinda diante de tanta corrupção. os políticos que foram eleitos para administrar nossos bens. Eles sabem quais são os rendimentos das empresas públicas e somando com os impostos arrecadados, então partimos dessa lógica, quem faz o pedido para super faturar as obras não é o dono da empresa e sim o político safado porque o que o empresário quer é desenvolver seu trabalho, é um bom contrato como são os de construção das obras públicas, o empresário também tem obrigações trabalhistas com seus empregados , concluindo, se na hora dos acordos corruptos a empresa que não concordar, eles oferecem a outra empresa que pode aceitar. Esse é o quadro da política no Brasil

RITA DE CASSIA FREIRE DOS SANTOS

21/02/2017 - 21h48

Eu também sou da opinião que fazer um desmonte de uma empresa dessa envergadura é suicídio nacional, levar mais de 150. 000 pessoa ao desemprego. Isso é de um mau caratismo sem precedente , mesmo por que os corruptos estão leiloando o país, Deus sabe por quanto, a meu ver a propina é maior que os valores das vendas dos bens . Ainda continuo achando que as grandes empresas ficaram na berlinda diante de tanta corrupção. os políticos que foram eleitos para administrar nossos bens. Eles sabem quais são os rendimentos das empresas públicas e somando com os impostos arrecadados, então partimos dessa lógica, quem faz o pedido para super fatura as obras não é o dono da empresa e sim o político safado porque o que o empresário quer é desenvolver seu trabalho, é um bom contrato como são os de construção das obras públicas, o empresário também tem obrigações trabalhistas com seus empregados , concluindo, se na hora dos acordos corruptos as empresas que não concordar, eles oferecem a outro

Marcos Porto

21/02/2017 - 21h25

Dia 7 de Setembro se comemora o que mesmo????????????

    Fernando Saraiva Ferreira Sobrinho

    21/02/2017 - 23h34

    Não é 4 de julho?

Graciano Costa

21/02/2017 - 21h23

“Valeu” coxinhas!

C.Poivre

21/02/2017 - 12h48

Os militares parecem ignorar sua função primordial e permitem alegremente que se interrompa o programa de modernização tecnológica das FFAA e que nossa soberania seja esculhambada:

A MISSÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA (Do portal=http://www.defesa.gov.br/):

“Coordenar o esforço integrado de defesa, visando contribuir para a garantia da SOBERANIA, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, do PATRIMÔNIO NACIONAL, a SALVAGUARDA DOS INTERESSES NACIONAIS e o incremento da inserção do Brasil no cenário internacional.”

jairo emerson schmitt de carvalho

21/02/2017 - 09h00

Por favor! Seja menos tendencioso. Os crimes são verdadeiros, confessados, nas delacões e estão sendo punidos. Pensa em quantos milhares de empresas e pessoas foram ptejudicadas com as ações criminosas, de várias empreiteiras e de políticos, de todos os partidos. Não quero crer que estás pregando a impunidade ou a adoção de “jeitinho brasileiro”.

    Dimitry

    21/02/2017 - 16h56

    O que se pede é empresas não sejam destruídas , que os empregos sejam preservados juntamente com a defesa nacional e a soberania nacional.
    Onde você esta vendo algo tendencioso aqui?

max carvalhada

21/02/2017 - 08h05

UNICA COISA QUE A ODEBRECHT KEBROU FOI O LULA O PALOCCHI ETC.. A PLANILHA FOI DELETADA.. O PORQUINHO DE MOEDAS FOI CONFISCADO.

    Vicente

    21/02/2017 - 08h52

    O Brasil sendo assassinado pelo lava jato e tem boca teleguiado da globo comemorando ainda.

Benoit

21/02/2017 - 06h44

Na Alemanha por exemplo, quando houve a crise econômica em 2008, criaram-se e usaram-se mecanismos para apoiar empresas e a economia. O que se chama de “kurzarbeit” foi usado para que empresas não tivessem que despedir empregados. Agora, também, a Volkswagen não precisa temer grandes ações contra ela na Alemanha. Nem a justiça nem o governo têm interesse em punir a VW por causa do escândalo com a manipulação de testes de motores diesel.

    C.Poivre

    21/02/2017 - 12h51

    Benoit tem razão. Nenhum dos países mais avançados do mundo em nenhum momento de sua história deixou de proteger suas empresas mais estratégicas, fossem públicas ou privadas. Além disso sempre praticaram um ferrenho protecionismo nacionalista em seu comércio exterior. Por essas e outras razões é que chegaram aonde estão hoje.

João Bertoldo Oliveira

21/02/2017 - 09h16

Então está como tio San “programou”.

Chamonix Nic

21/02/2017 - 04h22

*É RIDÍCULO TER SAUDADES DO GOVERNO MILITAR.*
Como alguém, em sã consciência, pode ter saudades de um governo que tinha, apenas, *12 ministérios?* Prova, inequívoca, que o país não era bem administrado.
Como confiar em *presidentes que morreram pobres?* Um homem que ocupa o cargo máximo de uma nação, sem fazer fortuna, prova que não sabe aproveitar oportunidades, nem gerir o patrimônio próprio. Um incapaz.
Como ser saudoso de uma época de ditadura, onde todos os cidadãos tinham direito ao livre acesso às armas de fogo? E pior, a repressão era tão violenta que, mesmo armados, os cidadãos não se matavam. Isso demonstra o medo da população contra aquele governo bárbaro.
Como respeitar um regime que criou o *INSS, o PIS, o PASEP, regulamentou o 13º,* instituiu a correção monetária, criou o *Banco Nacional da Habitação, o FUNRURAL,* construiu mais de 4 milhões de moradias e abriu 13 milhões de vagas de emprego?
Melhor nem falar de infraestrutura. Em 21 anos, conseguiram, apenas, *asfaltar 43.000Km de estradas,* construir 4 portos, reformar outros 20, instalar as maiores hidrelétricas do mundo, decuplicar a produção da Petrobrás, criar a *Embratel e a Telebras,* implementar dois polos petroquímicos, entre outras coisinhas sem importância.
A educação era ridícula. Pegaram o país com *100 mil estudantes secundaristas* e transformaram em *1.3 milhões.* Criaram o *Mobral, o CESEC, a CNPQ e o programa de Merenda Escolar*.
Nestes vergonhosos anos de chumbo, onde o PIB cresceu *14%, as exportações* saltaram de *1.5 para 37 bilhões,* atingimos a *7ª economia economia mundial* e nos tornamos o *2º maior produtor de navios do planeta.* Uma catástrofe!!
Realmente, durante essa página negra da história nacional, pelo visto, apenas os presídios funcionavam. Esses, sim, um exemplo. Neles entraram *terroristas, assassinos, assaltantes, guerrilheiros, seqüestradores, e saíram deputados, ministros, governadores e, até, dois presidentes.* Isso que é recuperação.

    Benoit

    21/02/2017 - 06h27

    Durante o governo militar havia corrupção desenfreada pelo país. Os militares arranjaram ou consolidaram privilégios para a a casta militar, deixaram o país cheio de dívidas que pelo menos na época ele não tinha condições de pagar, o que levou às decadas perdidas com desemprego e inflação, as desigualdades sócio-econômicas cresceram e com ela a miséria no país, impediram uma reforma agrária que teria sido positiva para o futuro do país, ajudaram a promover a destruição da amazônia, não melhoraram muito o nível de ensino, contribuiram para deteriorar a cultura política do país, o que se reflete até hoje na sociedade brasileira.

    gabriel ferreira

    21/02/2017 - 19h10

    uma coisa que o povo brasileiro não entende é que todos eram tratados como terroristas pela junta militar independentemente se era de esquerda ou direita

Robercil R. Parreira

21/02/2017 - 03h19

Mas, Não Era Só Tirar o PT?!

Elton José Cardoso da Silveira

21/02/2017 - 01h26

já afetou. e essa era a intenção. quebrar as pernas, colocar de joelhos e cortar o pescoço.

    MariaAmelia RickliCosta

    21/02/2017 - 03h03

    e entregar td pro k gringo

JOAQUIM ALVES

20/02/2017 - 21h59

ATÉ AS FORÇAR ARMADAS ,CRUZAM OS BRAÇOS,CONTRA SEU PRÓPRIO PROGRESSO! É MUITA COVARDIA! O OAÍS ESTÁ SENDO SUCATEADO POR UMA GANGUE DE CORRUPTOS E NINGUEM FAZ NADA!

    C.Poivre

    21/02/2017 - 12h52

    A MISSÃO ESQUECIDA DO MINISTÉRIO DA DEFESA (Do portal=http://www.defesa.gov.br/):

    “Coordenar o esforço integrado de defesa, visando contribuir para a garantia da SOBERANIA, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, do PATRIMÔNIO NACIONAL, a SALVAGUARDA DOS INTERESSES NACIONAIS e o incremento da inserção do Brasil no cenário internacional.”

Robson Freire

20/02/2017 - 21h11

Acho que segurança nacional não é “um projeto que beneficie toda sociedade”… Quem sabe investir em uma nova gráfica para os Marinho seja, né?


Leia mais

Recentes

Recentes