Do amigo Igor Felippe, enviado por email
A Doutrina do Choque e o golpe no Brasil
Existe um princípio ordenador que articula as diversas táticas implementadas pelo golpe parlamentar-jurídico-midiático no Brasil? O impacto causado por diversas medidas simultâneas, que cortam direitos básicos, regridem os direitos humanos, e agravam a crise ambiental já ocorreu de modo semelhante em outros países?
O Coletivo Terra em Cena investiga, no segundo episódio da série “Revoluções”, a hipótese de que o argumento de Naomi Klein no livro “A doutrina do choque: a ascensão do capitalismo de desastre” seja pertinente ao que estamos vivendo no país. Para isso, debatemos com militantes do MST e do MPL o argumento do livro, sobre a dinâmica da implementação do neoliberalismo nos países, analisando as causas, os impactos, e os efeitos de desorientação, apatia, desmobilização e melancolia manifestado por muitas pessoas diante do desmonte acelerado do país.
Como no primeiro episódio, buscamos nos interlocutores de movimentos organizados alternativas forjadas na cultura política de resistência para combatermos o golpe. E fomos à rua, conversar com manifestantes que estiveram na manifestação contra a PEC 55 no dia 13 de dezembro de 2016. O elenco do Terra em Cena, junto com a sexta turma da Licenciatura da Educação do Campo da UnB esteve na rodoviária de Brasília com a intervenção de agitprop “Pega Democracia”, em que a Constituição de 1988 é disputada por dois grupos, com posições reacionárias e progressistas, e nos surpreendemos com o anseio das pessoas de participar, discutir, dar o seu depoimento, deixar o seu protesto gravado pela lente das câmeras, em busca de uma interlocução sonegada pela mídia empresarial.
Mirtes Cohen
15/02/2017 - 20h24
Este vídeo é muito cansativo. Só faz efeito em quem tem conhecimento do golpe e da teoria do choque. Revolução para fazer efeito tem que partir pra cima de quem dá o golpe de estado informando à população o que de fato houve, tintim por tintim. Panfletos, boletins informativos diários, se possível, sobre os principais acontecimentos no país são mais necessários para que ninguém possa mais votar errado e participem de protestos nas ruas. Panfletos e boletins escritos em papel, distribuídos em até pelos interiores, serão como estopins para o acompanhamento crítico das mentiras que se vê e ouve nas TVs e rádios. Infelizmente os vídeos ficam bastante restritos.
ricardo
16/02/2017 - 03h08
Certíssima Mirtes. O que vc aponta faz parte da desorientação que tomou conta das supostas vanguardas.