Por Theo Rodrigues, colunista do Cafezinho
O disputado processo de prévias do Partido Socialista francês acaba de eleger Benoit Hamon como candidato nas eleições presidenciais de abril.
Com a participação de cerca de 2 milhões de franceses, o segundo turno das primárias do PS foi realizado neste domingo com a vitória de Hamon com 58% dos votos contra 41% do ex-primeiro ministro, Manuel Valls.
Ex-ministro da educação, Hamon traz ao PS um discurso mais à esquerda: defende a jornada de trabalho de 35 horas e a criação de uma renda mínima universal de 750 Euros para todos os franceses com mais de 18 anos.
Hamon também critica a proposta de primazia do negociado sobre o legislado nas relações trabalhistas. Aliás, diga-se de passagem, esse debate também está na ordem do dia no Brasil.
Nos últimos anos, o eleitorado francês tornou-se extremamente crítico do governo de François Hollande. Culpa da política de austeridade econômica por ele implementada. Sua popularidade baixou tanto que Hollande nem tentará a reeleição.
Agora, com Hamon, abre-se a possibilidade do PS reencontrar o eleitorado de esquerda e centro-esquerda francês que, desde 2012, realinhou-se com a candidatura de Jean-Luc Mélenchon, líder da Front de Gauche.
Hamon é o último candidato a entrar na concorrida disputa presidencial francesa. Da esquerda para a direita, já anunciaram suas candidaturas Mélenchon, do Parti de Gauche, o ambientalista Yannick Jadot, o centrista Emmanuel Macron, o liberal François Fillon, da tradicional centro-direita francesa e a conservadora Marine Le Pen, da Frente Nacional.
Pesquisas de opinião de voto no país indicam que a candidata da extrema-direita, Le Pen, certamente irá ao segundo turno. A briga, portanto, é em saber quem irá com ela.
Entre intelectuais franceses, já se inicia um movimento para que os três candidatos da esquerda, Hamon, Mélenchon e Jadot, construam uma candidatura unificada capaz de superar Le Pen.
A tarefa é difícil, mas não impossível…
Em Portugal, há dois anos atrás, o Partido Socialista conseguiu costurar uma inédita aliança com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português que levou ao poder o primeiro-ministro socialista, Antônio Costa.
Em França também é possível se houver bom senso e abertura para o diálogo de todos os lados.
Pelo bem da Europa, pelo bem da França e, sobretudo, pelo bem dos mais pobres, impedir a vitória do programa de extrema-direita de Le Pen deveria ser a prioridade número um dessas forças políticas que se dizem de esquerda.
Theófilo Rodrigues é sociólogo e cientista político.
Deram o Brasil
30/01/2017 - 14h37
No Brasil isso nem faz efeito, é só pagar juiz corrupto, jogar notas para uma TV corrupta e fazer golpe.
C.Poivre
30/01/2017 - 12h51
Enquanto isso a nossa nação está órfã e desesperançada. Internamente pela falência total das instituições envolvidas profundamente com um Golpe de Estado anticonstitucional (congresso, stf, pgr e seus entornos). No front externo estamos com nossa soberania, patrimônio e interesses nacionais atacados com fins de pilhagem sob o olhar conivente das forças armadas. E fizeram tudo isso em menos de um ano sem qualquer resistência popular, todos, instituições e população, hipnotizados pelo terror midiático global. Será o fim do nosso país, será que nossos filhos e netos terão que viver sob seus escombros?
https://caviaresquerda.blogspot.com.br/2017/01/a-deterioracao-das-instituicoes.html
A MISSÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA (Do portal=http://www.defesa.gov.br/):
“Coordenar o esforço integrado de defesa, visando contribuir para a garantia da SOBERANIA, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, do PATRIMÔNIO NACIONAL, a SALVAGUARDA DOS INTERESSES NACIONAIS e o incremento da inserção do Brasil no cenário internacional.”
DsavioGF
30/01/2017 - 00h03
“O crescimento do PIB é uma convenção, mas a riqueza não reflete o bem-estar, o nível de desenvolvimento, as desigualdades… A corrida permanente pelo consumo nos leva à catástrofe. O crescimento permanente é um mito. Por ele sacrificamos nossos direitos sociais e nossos recursos naturais.”
Benoit Hamon.
Nilson Moura Messias
29/01/2017 - 23h42
E vamos que vamos. É mais fácil os europeus fecharem uma aliança à esquerda, que os ungidos esquerdistas do Brasil.
Gustavo Gervásio
29/01/2017 - 21h41
Se tem uma extremista do outro lado nada mais justo. Com todos os defeitos, os franceses sabem fazer política.
Nivaldo Candido
29/01/2017 - 21h40
Quem ficou muito contente foi a direita e a extrema direita… os “bobôs” ( borgueses boêmios”) que votaram nas primárias não aprenderam a lição . Como na Grécia onde Tsipras prometeu tudo e agora vê os aposentados na rua na maior miséria ou como o “não podemos” na Espanha . Não sei o que é pior, demagogia de direita ou de extrema esquerda.
Wilson José Targino
29/01/2017 - 21h27
O PS francês é tão inútil quanto o nosso PSB.
Jorge Joca
29/01/2017 - 22h50
Será?? Desde o pós guerra q está na alternância do governo francês
João Luiz Silva Brandão Costa
30/01/2017 - 19h20
Ignorante. Vá se informar! Mas acho que não adianta…Uma observação dessas só vem da boca de um iletrado em história.
Mateus Estevão
29/01/2017 - 21h20
Se tivessem mandado uma Hillary Clinton da vida, teriam perdido. Agora o jogo ta mais nivelado. Vamos ver quem ganha.
Helson Castro
29/01/2017 - 21h03
Que bom!!! Gostei!
Carlos Augusto
29/01/2017 - 21h00
Tá vendo? A esperança está nos radicais, não nesses realpolitik que só querem fazer política com p.