(Foto: Alex Ferreira / Ag. Câmara)
No DCM.
“O PT foi capaz de indicar ao STF ministros que pensam o oposto do que acreditamos”: o deputado Paulo Pimenta fala ao DCM
Postado em 24 Jan 2017por : Diario do Centro do Mundo
POR ROBERTO DE MARTIN, jornalista, ator, mineiro de Matias Barbosa e pai da Eva.
O deputado federal Paulo Pimenta, do RS, acha que o PT deve um pedido de desculpas formal à sociedade e à sua base histórica.
Segundo ele, os erros cometidos devem servir para buscar novas formas de atuação que recuperem a imagem desgastada.
Pimenta acredita que o impeachment de Dilma “faz parte de algo maior” e foi comandado por uma elite financeira internacional que, atendendo a interesses de um novo ciclo do capitalismo, não via mais no PT um parceiro para os negócios.
“No auge da crise, a gente apanhando de todos os lados, eu abria a revista Veja e encontrava páginas do Banco do Brasil, páginas da Petrobras”, diz Pimenta.
“É um negócio surreal. Não é nem uma questão de ser republicano, é um servilismo”.
Ele deu a seguinte entrevista ao DCM:
Quais as expectativas do PT para a eleição do presidente da Câmara?
Setores do PDT, setores da Rede, uma constituição de uma frente de esquerda mais ampla possível.
Eu acho que a sociedade brasileira foi muito generosa conosco. Os setores progressistas que saíram às ruas em defesa da democracia, em defesa da Dilma, em defesa do Lula, muitos deles são seguimentos de setores que tinham se afastado de nós, muito por conta de erros nossos.
Você pode até pela lógica fazer aquilo que na teoria marxista chama-se cretinismo parlamentar — buscar argumentos e elementos que justifiquem determinadas coisas.
Para um partido que se pretende uma referência de uma esquerda transformadora, não dá para você tentar justificar o voto em alguém que foi relator do processo de impeachment. Uma aliança com um parlamentar que representa na Câmara o governo Temer e tudo aquilo que nós refutamos é algo absolutamente insustentável do ponto de vista da nossa relação com a sociedade.
Eu considero que seria uma incompreensão enorme o Partido dos Trabalhadores adotar uma posição que desconsidere essa importante oportunidade de restabelecer uma relação de confiança que a sociedade está nos dando.
E eu não voto em golpista em nenhuma hipótese. Não voto e não apoio e estou trabalhando para que essa seja a posição do PT.
O nome que se apresentou é o de André Figueiredo, do PDT do Ceará. Não precisa ser ele, mas eu acho que a gente deve fazer um esforço para tentar chegar na eleição com essa união, com esse campo da esquerda junto conosco.
Por que acha que o STF “estabilizou” o golpe?
Porque ele é parte do golpe. Da retirada da Dilma. Todo mundo sabe que a Dilma é honesta. Então, todo mundo sabe que isso foi um artifício jurídico utilizado para resolver uma questão política que foi a derrota do Aécio na eleição. Era preciso fazer uma mudança de rumo da economia, abrir o capital das grandes empresas brasileiras, mudar a política do pré-sal, da Previdência.
Mas qual é o interesse do STF nisso tudo?
O STF, em parte foi omisso, em parte foi cúmplice, para viabilizar os interesses de classe que estão por trás desse negócio. É um grande negócio. A natureza do golpe é econômica e envolve a manutenção de privilégios a uma espécie de casta no Brasil.
Qual o papel do Temer em relação ao escândalo envolvendo a Caixa Econômica Federal?
A presença do PMDB nos governos sempre foi uma oportunidade de negócios e a Caixa foi uma área que o governo do PT cedeu muito para o PMDB. A área de loterias, relacionamento com pessoas jurídicas, relacionamento com governos. O Temer sempre teve três caras, que na minha opinião foram os três caras-chave dele, os três mosqueteiros dele: Geddel, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Quando o Temer estava na presidência do PMDB, esse trio operava com o Padilha.
O Eduardo Cunha montou um esquema que ele comandava. Então, o PMDB operava, na minha leitura, com esses três núcleos e uma figura que administra e controla tudo isso, o Temer, durante muitos anos presidente do PMDB. A Caixa Federal se tornou um grande negócio para eles.
E tem determinadas figuras que são chaves nessa história para poder entender. Por que o Geddel se tornou uma pessoa importante?
Como ele estava numa área estratégica para a liberação de grandes volumes de recursos [Geddeal era vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal], e operava em sintonia com o Eduardo Cunha, essa relação era fundamental porque o Eduardo Cunha precisava manter a base dele unida na Câmara dos Deputados, à base de dinheiro. Eu, por exemplo, estou convencido de que foram essas ajudas de dinheiro que viabilizaram o golpe, os votos dos deputados e senadores.
Quais ajudas?
Financiamento de campanhas, ajudas em determinados períodos, ajudas aos parlamentares, aos seus candidatos, operadas por todo esse esquema.
O PT também recebeu?
O PT tem um processo paralelo a isso. Ninguém do PT precisou ter a ajuda de alguém para votar no governo ou para apoiar o governo. Por exemplo, qual é a necessidade de se ter um “agrado” para um deputado do PT para que ele apoiasse o Lula ou a Dilma, as políticas do governo?
E, do meu ponto de vista, o que juntou a base para viabilizar os votos necessários para cassar a Dilma na Câmara e no Senado, no limite, foi a expectativa de que tirando a Dilma pudesse ser oferecida uma proteção a tudo isso. O risco, o temor que existe que com os desdobramentos das investigações estes esquemas de financiamentos comandados por essa cúpulas revelem o que é que tinha por trás.
Por que o PMDB ficava com essas indicações? Era pré-acertado?
Claro. Isso era a moeda de troca para a governabilidade. O PMDB conhece muito a “máquina”. Figuras como um José Genoino, como um José Dirceu, tinham força política e peso político que ajudavam o Executivo a administrar uma base, e você tinha o estofo da força política do Lula, que em última análise se sustentava…
A indicação da Dilma para concorrer à Presidência foi um acerto pelo lado ético e um erro do ponto de vista político?
Não. Naquele momento a Dilma era o melhor nome que nós tínhamos. Tanto é que a vida provou isso, porque ela se mostrou viável, do ponto de vista eleitoral, e ganhou a eleição.
Qual era o papel do Eduardo Cunha no Congresso, antes de ser presidente?
O Eduardo Cunha, primeiro, era o líder do PMDB. Então, era ele quem indicava os relatores de todas as medidas provisórias. Imagina o seguinte: chegava aqui um projeto sobre um novo regime especial do setor metal-mecânico brasileiro. “Ah, vamos reduzir o imposto em cinco pontos percentuais”. Aí chegava o Eduardo Cunha e dizia o seguinte: “Não. Vamos reduzir para 3%”. Os representantes do setor respondiam: “Isso vai nos dar um prejuízo de 10 bilhões”.
Aí o Eduardo Cunha dizia: “está bem, vamos voltar para 5%, mas você vai ter que dar uma ajudinha aqui, para o PMDB e para o meu esquema”. O Eduardo Cunha negociava com cada setor, arrecadaram dinheiro que ninguém nem sabe quanto. E sem precisar fazer nada, só maldade.
Por que muitos que se beneficiaram das políticas implantadas pelos governos petistas pediram a saída da Dilma?
Políticos de países que têm uma tradição de esquerda mais forte, como Cuba e Venezuela, costumam dizer o seguinte: aumentar consumo sem aumentar consciência nunca deu certo em lugar nenhum. Porque a tendência do cidadão no mundo em que nós vivemos, em função da publicidade, do contexto capitalista, é achar que quando as coisas melhoram, é por mérito dele, é a chamada meritocracia. O “eu”, “eu batalhei, eu trabalhei, eu consegui botar o meu filho na universidade, eu consegui comprar um carro”, e quando a crise vem a culpa é do governo.
Nós cometemos um erro, do meu ponto de vista, gravíssimo. Um partido de esquerda, com a tradição do PT, chegou ao governo e abdicou de ter iniciativa junto com os movimentos sociais, com sindicatos, com as organizações, com as universidades, que elevassem o nível de consciência, de capacidade crítica da população brasileira a respeito do mundo em que vivemos.
E quando eu digo que nós erramos não é o governo apenas. É muito mais do que o governo. São os partidos, as instituições, as organizações, que reproduziram essa lógica da meritocracia. Tanto é que do ponto de vista da organização da sociedade civil, quando veio o golpe, os espaços de resistência e de defesa da democracia na sociedade não existiram.
Houve erro também em manter os aportes financeiros milionários para as empresas da chamada grande mídia?
Veja bem, existe uma coisa bem diferente entre chegar ao governo e chegar ao poder. Chegar ao governo foi o que nós fizemos. Passamos uma temporada lá. Agora, o poder envolve também os outros poderes, o Legislativo, onde nós nunca tivemos a hegemonia, o Judiciário.
Hoje, dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal, oito foram indicados por nós. Não estou falando que deveríamos ter tido lá uma base petista. Mas nós fomos capazes de indicar para o STF um conjunto de ministros e ministras que pensam de maneira antagônica a tudo aquilo que nós acreditamos. Representam valores reacionários, de direita.
Nós tivemos uma política absolutamente tímida em relação às rádios comunitárias, engolimos um discurso da tal de mídia técnica (baseada na medição parcial da audiência), criamos uma relação ilusória de achar que aquele período de bonança, da atividade econômica, de crescimento, era algo perene.
A Dilma foi capa da Veja, o Lula foi capa, foram para a bancada do Jornal Nacional. Achavam que iam conseguir manter uma certa neutralidade tratando bem a grande mídia. E isso tem a ver, um pouco, com a própria formação da cultura brasileira. Se você chegar na Argentina, eles têm o San Martín, eles reverenciam Bolívar, figuras históricas que lutaram contra os exploradores, pelo fim da colônia, pelo restabelecimento da democracia.
No Brasil, quem são as referências de mudanças importantes? A luta pela independência foi uma sucessão do trono português, com Dom Pedro, que deu um golpe para continuar. A proclamação da República foram dois generais, Floriano Peixoto, Marechal Deodoro, conservadores. A abolição da escravatura entrou para a História como um ato de generosidade da princesa Isabel.
Também essa narrativa de que a ditadura militar na Argentina foi um horror e que no Brasil foi ruim, mas nem tanto, é ilusória. Tanto que nunca teve aqui um processo de responsabilização criminal, como teve na Argentina e no Chile. Recuperação da memória, da história. Essa ideia que tem no Brasil da conciliação de classe, do mito do homem cordial. Então, nós tivemos uma oportunidade de ficar 13 anos no governo e não tem um ministro do STF que seja reconhecido, não como um cara do PT, mas um cara progressista.
Por falta de opção?
Claro que não. Porque achava que tinha que agradar determinados setores, dialogar com determinados setores, nesse mito da conciliação de classe eterna. Foi o que foi feito com a própria mídia, que faz parte disso tudo.
Medo de perder o poder se não fosse refeita esse pacto com a elite?
Houve uma lógica da governabilidade a qualquer preço, como se nós fôssemos ficar no governo para sempre. As pessoas perderam a dimensão de que aquilo ali era um processo de disputa permanente, complexo, transitório, com o resultado em aberto.
Tanto é que nós não criamos consciência, não criamos estruturas de resistência, não mexemos na reforma política para não brigar com os aliados, não mexemos na questão da mídia, não mexemos na questão do Judiciário.
Então, o que que ficou? Depois de 13 anos de poder, até poderíamos dizer que tem uma cultura diferente no Brasil, uma capacidade crítica diferenciada? Sim, tem, mas como isso vai ser absorvido no tempo, daqui a 20 anos?
O maior erro que nós tivemos foi esse. E mais, o governo foi recuando. Nós não tivemos coragem de aprovar um projeto para criminalizar a homofobia. No Brasil, que é o país que mais mata travesti, homossexual, no mundo. Por quê?
Porque tinha meia dúzia de caras da bancada evangélica que estavam na base do governo. Aí o governo recuava de pautas históricas para manter uma relação com uns caras que depois, num outro momento, estavam na linha de frente do golpe. Com medo de discutir a questão de gênero nas escolas, com medo de avançar numa política de reforma agrária, com medo de avançar numa política de demarcação de terras indígenas. Sempre com essa ideia de que não podíamos desagradar os aliados, a base.
O cara que era o braço direito do ministro do Planejamento é o atual ministro do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira. Tem a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Regina Miki, oito anos da Dilma. Nós denunciamos que todas as políticas estavam erradas, destruindo tudo. Onde está a Regina Miki agora? Se desfiliou do PT, é a vice-presidente de Segurança da Petrobras, nomeada pelo Pedro Parente. Entendeu?
O Ministério da Educação em vários cargos estratégicos com pessoas que a Dilma colocou no governo. E não eram cotas para outros partidos. Nos espaços do próprio PT. Então, evidente que nós temos que fazer um balanço disso tudo. Não com o objetivo de caça às bruxas, mas para olhar para a frente e tentar fazer de outra maneira.
Em relação à mídia, novamente, como enfrentar o monopólio? Como conscientizar a população sobre isso?
Algumas pessoas falam, “ah, que pena que nós não fizemos um trabalho de fortalecimento e consolidação desses espaços, porque hoje nós estaríamos muito melhor”. Continuamos despejando rios de dinheiro.
No auge da crise, a gente apanhando de todos os lados, eu abria a revista Veja e encontrava páginas do Banco do Brasil, páginas da Petrobras. É um negócio surreal. Não é nem uma questão de ser republicano, é um servilismo. É difícil até de entender.
Agora, eu acho que está sendo retomado no Brasil um debate sobre isso e o PT precisa também ter a humildade de aprender com seus erros políticos, com seus erros de conduta.
Eu acho que o PT deve um pedido de desculpas formal à sociedade brasileira e à base que historicamente manteve com ele uma relação. Eu acho que a opção que o PT fez de se transformar num partido que passou a ser financiado majoritariamente por uma mesada das grandes empreiteiras, das grandes empresas, é algo que precisa ser reconhecido como um equívoco histórico e conceitual.
É impossível você pensar num projeto libertador, transformador de uma sociedade, sendo sustentado pelas maiores empresas do Brasil. E pelos bancos. É evidente que isso torna o seu projeto limitado. Fortalecer um projeto de constituir uma nova forma de atuação, que respeite novos protagonistas.
Hoje tem uma gama de movimentos horizontais, muitos deles não são sindicatos, não são entidades, não são associações. Cada vez mais surgem novas formas, especialmente da juventude, do movimento de mulheres, do movimento negro, que se organiza de outra forma. Tem que descobrir uma forma de se relacionar dentro desse processo, e o PT de ser um dos protagonistas. Não obrigatoriamente hegemônico. Até para reconstruir um caminho que foi bastante dinamitado em toda essa caminhada.
O Rodrigo Janot decepcionou?
Infelizmente, o Janot, para mim, provou a suspeita que criei a respeito da conduta dele: a seletividade. Os Panamá Papers mexem com Globo, PSDB e interesses que estão fora do foco principal daquilo que interessa a eles. Imagina o Ministério Público Federal bancar uma investigação que traga à tona todos os esquemas que envolvem Globo, CBF, os grandes esquemas da corrupção que estão aí.
Quando do escândalo do HSBC, também entregamos um dossiê ao MPF, que não fez nada. A operação Zelotes, a denúncia original, os grandes esquemas da Zelotes, quando chegou a conselheiros do Tribunal de Contas e em parlamentares, tudo isso foi empacotado e mandado.
Foi gerado um inquérito, a relatora era a ministra Cármen Lúcia, e a parte do inquérito que envolve pessoas com foro privilegiado está até hoje em diligências.
O STF mudou o foco em nome da estabilização do golpe. Você tem um foco, que é o PT, aliados do PT, o Lula, a Dilma. E você precisa oferecer uma certa estabilidade. É mais ou menos assim: vai mexer com os ministros do Supremo? Com o Tribunal de Contas? Vai mexer com a Globo? Ou seja, como é que você organiza o país para uma nova etapa do capitalismo? Quem é o estorvo? É isso. São escolhas.
Em 2018 o candidato do PT é Lula?
Tem que ser.
Fábio Soares
30/01/2017 - 19h56
Brilhante e lúcida a reflexão do Dep. Paulo Pimenta. Reconhecer os erros é o primeiro passo para a superação dos grandes desafios que teremos pela frente. Não tenho dúvidas que o PT ainda será protagonista na política do Brasil. A conscientização política que deixou de fazer será realizada infelizmente pela experiência terrível a qual será submetida a população brasileira nos próximos anos. Torço muito pra que seja o Lula, nosso próximo presidente, mas já que estamos falando em análise dos erros cometidos, não podemos ter o nosso querido Lula como única opção, porque já sabemos que “eles” são capazes de tudo para perpetuarem-se no poder. Marina SIlva, Ciro Gomes, Fávio Dino, Eugênio Aragão, Eduardo Suplicy, entre outros, devem ser considerados também. O que importa é que o próximo governo esteja sintonizado com os interesses da grande maioria do povo brasileiro. Ao contrário do que se pensa, não há uma DIREITA organizada, mas sim um conjunto de interesses convergentes que encontraram no Congresso Nacional, representantes anódinos, capazes de defendê-los.
Rogerio Faria
30/01/2017 - 11h40
Nunca fui 100% petista, porém tinha uma grande admiração e participava com entusiasmo aos debates que ocorriam nos anos 80 no Sindicato dos Metalúrgicos do RJ (R. Ana Neri/Benfica). Nesta época trabalhei 10 anos na indústria da construção naval.
Sanitaristas, médicos, engenheiros, arquitetos, servidores públicos, deputados eleitos etc., a nata do PT. Debates inteligentíssimos no auditório do Sindicato em prol de um Brasil economicamente e socialmente justo e sustentável. Debates noturnos que deixavam o operariado metalúrgico mais politizado para lutar contra as vicissitudes sociais e as mazelas corporativas.
Hoje o que resta do PT são apenas escombros de um partido, que no poder, não realizou as reformas que o povo tanto tinha expectativas.
Seus dirigentes se locupletaram com o que tem de mais podre em nossa política, tudo em nome da “governabilidade”.
Não acho que com o “mea culpa” as cicatrizes irão sarar. Os ferimentos em nossas consciências são graves.
O saudoso Governador Brizola já alertava: “O PT é a esquerda que direita gosta.”
Marta Ramalho
29/01/2017 - 11h34
Parabéns Paulo Pimenta. Que o PT saiba retomar o caminho . Reconhecer para poder transformar.
ROBERTO ANTONIO GHIGGI
29/01/2017 - 11h02
Reconhecimento tardio de nossos erros políticos! Permitimos e fomos passivos a tantas concessões e protagonizamos o antipetismo!
Não fomos capazes de interromper essa sucessão descrita pelo Paulo!
Tenho muita dúvida de voltarmos a ser reconhecidos como via política de apoio pela população!
13, treze, vejam a significância do número, anos jogados fora e fortalecendo os conservadores!
Carlos Roberto da Silva
28/01/2017 - 22h42
Votava no Chinaglia, mas a partir de 2018 estarei sempre com o deputado Paulo Pimenta. Esse me representa!
DOUGLAS RODRIGUES
28/01/2017 - 21h46
O pt no qual fui enganado, caiu. Esta analise feita pelo dep Paulo Pimenta e daquele marido traido e tenta buscar buscar algo de bom na relacao, digo este pt sempre sera assim, pois o Lula pensa assim. Ou seja a fundacao deste partido por este grupo, foi e sera desta forma.
Propago aos meus alunos de graducao e pos, acordem. Saia pt, caro deputado sua pessoa nao e boa, saia do pt.
Abracos
Arquimedes Sá
28/01/2017 - 15h58
Muito boa a análise. O PT tem que aprender com seus erros para não repeti-los.
Carmen sueli geanezini
28/01/2017 - 12h31
Aos poucos conseguiremos deglutir tudo isso..O diálogo se abrindo assim como faz Paulo Pimenta aqui neste espaço , é fundamental para seguir adiante. Quiçá um dia poderemos bradar como em 1989 mesmo derrotados na eleição presidencial : partido,partido,é dos trabalhadores! Nostalgia apenas. O que importa mesmo é defender a democracia e os direitos humanos com determinação e sem trégua.
Joubert Guimarães
28/01/2017 - 12h28
Muito claro, elucidativo, um raio X bem detalhado do que foi, do que é e o que pretende ser o PT.
Pablo Fernandes
28/01/2017 - 01h21
Excelente entrevista!
Luiza
27/01/2017 - 23h59
É uma radiografia, ou uma tomografia do estado do país e seus comandantes…ele desfiou tudo com detalhes impressionantes…cheio de razão…
FELIPE VICENTE
27/01/2017 - 22h37
ISSO É BABAQUICE E INCOMPETÊNCIA POLITICA.
Matcelo
27/01/2017 - 20h39
Que analise brilhante ! Sincera, clara e reveladora. Parabéns ao Pimenta !
Nazario Bento
27/01/2017 - 20h29
Gostei de tudo o que o Pimenta disse e até do que não disse. Explico: Quando o assunto era a Dilma ele foi reticente e não alongou o assunto. Essa atitude expõe o que muitos Petistas do primeiro, segundo e terceiro escalão e também uma boa parte da militância pensam a respeito da Dilma. Eu sou militante Petista até mesmo antes do Partido ser oficialmente fundado, um anônimo entre milhões de Petistas e digo com todas as letras; A DILMA FOI CONSCIENTEMENTE O PIVÔ DO GOLPE! E é incrível a cegueira de milhões que ainda a consideram um símbolo da democracia e dos direitos sociais. Não existe atenuantes ou qualquer justificativas para suas iniciativas, as quais foram o fermento que deu forças para o golpe crescer e vencer. Como justificar a manutenção do Zé Cardoso como ministro da justiça por todo o tempo que foi governo? E a nomeação do Joaquim Levy, um capanga dos georges soros e rothschilds da vida? E a traição praticada contra as maiores lideranças do PT, quando estavam sendo mutiladas e devoradas pelo joca barbosa através do infame “mensalão”? Assim como também traiu o LULA ao observar com distante indiferença os crimes praticados pela PF contra ele e nada fez sendo a a chefe suprema da mesma PF? E o abandono dos sem-terras, indígenas e os engaiolados nas ante-salas do inferno que são os presídios? A recusa em promover a auditoria da dívida pública e cobrar os grandes devedores de impostos? Esta lista é somente uma parte dos movimentos da Dilma em direção ao abismo. Observem atentamente a foto da Dilma jovem e altaneira frente aos juízes militares da ditadura. Eu a examinei por um longo tempo e ao final minhas conclusões foram quase uma epifania. A foto é tão obviamente montada (montada e não modificada depois de revelada) que sempre fico pasmo que outras pessoas não tenham percebido. E tudo se resume aos juízes que posaram para a foto. Eles tentam encobrir o rosto! Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento no ritual de um julgamento em condições normais da democracia sabe que jamais um juiz da ditadura faria tal coisa. Naquele momento eles eram as autoridades supremas no tribunal, viram que estavam sendo fotografados e tentaram se esconder?!! Quando o óbvio, o natural seria simplesmente ordenar que a máquina fotográfica fosse confiscada e o fotógrafo enquadrado em alguma lei das pencas de leis ditatoriais. Daquele dia no tribunal até o presente momento a Dilma foi metódica e pacientemente seguindo um roteiro até chegar ao objetivo final. Teoria de conspiração internacional? Pesquise sobre a história da Angela Merkel e do Gorbachev, lembrem-se de outros “esquerdistas” da mesma geração da Dilma, como o zé serra, fhc, aloísio nunes, roberto freire e tantos outros que hoje sabemos as criaturas que são, foram e morrerão infames. No livro Os Meninos do Brasil, o Mengele usa o mesmo método que acredito que usaram para a longo prazo foderem com o Brasil
Pedro
28/01/2017 - 07h29
De acordo com tudo q foi dito e digo mais: ambos (Lula e Dilma) são os principais culpados pelo golpe que o Brasil sofreu. As escolhas q estes dois fizeram p/ os altos cargos da República nada tem a ver com as aspirações do povo que os elegeram. Foram agrados feitos à direita na esperança de uma conciliação. A ingenuidade politica foi a tônica dos governos petistas, além da pusilânimidade ao extremo. É hora da esquerda (a verdadeira) reconhecer a merda q eles fizeram e partir para o “mea culpa”. Chega de tergiversações e falem a verdade ao povo. O Brasil foi golpeado, não a Dilma, q nem merecia estar lá porque tb foi uma péssima escolha do Lula.
carlos alberto
27/01/2017 - 20h11
Parabens disse o que sempre pensei.
José X.
27/01/2017 - 19h57
acho bobagem esse negócio de auto-crítica
o que se tem que fazer é montar um programa de ação para lutar contra os inimigos da democracia, do povo e dos trabalhadores, dos quais os mais perigosos atualmente são a globo, o judiciário e o ministério público
Elton
27/01/2017 - 19h13
Governo com pautas de liberalismo de costumes, embora façam parte do cotidiano, foram super-valorizadas, superdimensionadas, são tão estúpidas quanto o liberalismo econômico, e foi uma das causas que contribuíram para a queda do PT. Esquece isso. Tais mudanças vão acontecer naturalmente, se assim for o desejo do conjunto da sociedade. Se quiser uma causa que agregue valorizem e combatam violência contra QUALQUER SER HUMANO, contra os cidadãos, sejam quem forem e de qualquer segmento social, sem fragmentação, sem diferença. Que cada segmento tenha o trabalho de eleger SEUS representantes no Parlamento e ELES façam esse trabalho. Dilma caiu pq se descuidou da ECONOMIA, criando alibi pra massa imbecilizada e midiotizada reverberar o PIG. Conceder isenções às empresas na esperança de que se transfigurassem em produtividade, em sinergia econômica foi um grande erro. Nunca vi isenção se tornar outra coisa além de aumento da margem de lucro. “É a economia, estúpido”, é uma verdade absoluta.
João Luiz Silva Brandão Costa
27/01/2017 - 18h53
Excelente artigo. Endosso todos os comentários abaixo, também. Estou tão irado, que a figura de Rui Falcão chega a me enojar mais do que a do Temer.
LUIZ CARLOS ROCHA GASPAR
27/01/2017 - 18h51
ATÉ QUE ENFIM ESTOU VENDO UMA VOZ COM RAZÃO, PARABÉNS DEPUTADO PIMENTA. MAS O QUE QUERO VER É O ENDOSSO DO LULA A ESTA SUA AUTOCRITICA, POIS ELE TEM A OBRIGAÇÃO HISTÓRICA DE VIR PERANTE AO POVO BRASILEIRA E A ESQUERDA DO BRASIL DIZER ISTO, SE QUER TER A POSSIBILIDADE DE SER O CANDIDATO DESTES SETORES PARA A PRESIDÊNCIA DO BRASIL.
José Almeida
27/01/2017 - 18h42
Enquanto o PT e os esquerdistas produzem provas contra si mesmo, ajudando a direita, os golpistas deitam e rolam entregando o país… O fundo desse poço não chega nunca… O PT e a esquerda que o ataca estão com sindrome de Estocolmo..
Miguel do Rosário
27/01/2017 - 18h49
Não. Autocrítica fortalece. É importante e necessária.
José Almeida
27/01/2017 - 19h01
Veja se a direita faz autocrítica em público, ou ficam se atacando em público, dando munição p os inimigos, como fazem nossos esquerdistas-fogo-amigo….. Eu considero falta de estratégia básica isso…
Mello
27/01/2017 - 21h49
Autocrítica pública, linchamento público da direção eleita democraticamente, a ignorância dos termos da resolução que gerou todo esse ataque à instituição e até ao maior lider do povo brasileiro, criadores guia vitorioso do PT só fortalece o governo golpista, corrupto e entreguista, a mídia podre e os partidos nanicos que se formaram a partir de dissidêncidas do PT. O objetivo claro, dessa espúria ( essa sim ) aliança é acabar com o PT e esterilizar a candidatura Lula pra 2018.
FELIPE VICENTE
27/01/2017 - 22h43
CONSIDERO MANIFESTAÇÕES DESSE TIPO MERAS BABAQUICES DE INCOMPETENTES POLITICOS.
SE ESSE VIADO ACHAVA ISSO TUDO PORQUE NÃO ADERIU AO PSDB E DESANCOU O LULA E A DILMA NA ÉPOCA EM QUE ESTAVAM NO PODER.
Mario de Oliveira Pinheiro
28/01/2017 - 02h16
O PT abdicou espantosamente de um poder imprescindível por democratismo tolo quando entregou de bandeja a escolha de membros do stf.
Vilma Maria dos Santos
27/01/2017 - 18h05
Análise objetiva e perfeita!!
Compartilhando de minha experiência na Petrobras vivenciamos esse servilismo ao fisiologismo da direita. O PT chega ao governo e as mesmas figurinhas carimbadas, do PSDB, PMDB, DEM, PP, ..continuaram a dar as cartas e fazendo suas tramóias e, como sempre o fizeram, perseguindo e prejudicando carreiras de pessoas, única e exclusivamente por militantes petistas. Creio que foi uma estratégia para nos afastar do governo e este ficarais isolado de suas bases.
Quando tentávamos contato no partido, que ficou preponte e arrogante, e deninciavamos a situação, já nos diziam que não tinham cargos a nos destinar, como se este fosse o objetivo da denúncia. Não nos restava outra alternativa, a não ser, nos afastar!!!! Nunca pude imaginar tamanha ingratidão!!! Entretanto, estamos pagando um alto preço por isto!!!!