Por Tadeu Porto*, colunista do Cafezinho
A excelente matéria da repórter Cíntia Alves do GGN pode trazer a tona uma questão que intriga qualquer brasileiro ou brasileira que se debruça sobre os efeitos colaterais da Lava-jato: como pode a justiça do país deixar quebrar a indústria nacional tão facilmente.
Os impactos da operação anticorrupção mais famosa da nossa história – com o espetáculo midiático tão pesado seria difícil não sê-la – causaram, no mínimo, um déficit de 140 bilhões de reais, ou 2,5% do PIB, segundo estudo do “insuspeitíssimo” tucano Gesner Oliveira.
E a resposta para o porquê da Força Tarefa da Operação não ter ligado muito para a quebra da indústria nacional, desde empreiteiras até micro e pequenas empresas indiretamente com tamanha queda do PIB, estábem clara no documento (oficial!) que o Wikileaks revelou aos brasileiros em 2009.
Segundo a então diretora relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda: “Petrobrás terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.”
Repetindo: poderia prejudicar os fornecedores americanos!
Ou seja, com o Pré-Sal e a Lei da Partilha original – que o entreguista do Temer conseguiu alterar na câmara – os fornecedores americanos se sentiram ameaçados e implementaram um Lobby pesado no Senado para acompanhar os trâmites sobre as regras da exploração de águas ultra-profundas. O consulado americano, inclusive, definiu a estratégia de “recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro” [na época, a esperança era a vitória do Serra em 2010 para mudar a lei].
Pois bem, qual o primeiro projeto do José Serra, citado no telegrama, quando virou senador pelo estado de São Paulo em 2014? Mudar, justamente, as regras da Lei da Partilha que contrariavam as petrolíferas internacionais no telegrama.
Bom, Carla Lacerda, da Chevron, disse em 2009 que “Eles [governo Lula] são os profissionais e nós [lobistas das empresas de petróleo] somos os amadores”.
Parece que as empresas aprenderam direitinho que a jóia rara do lobby estava mesmo era no judiciário, pois o legislativo não tem muita credibilidade para trabalhar temas escancaradamente entreguistas contra uma figura da popularidade do ex-presidente Lula.
Assim, Moro e o Ministério Público quebraram a indústria nacional e abrram caminho para que os fornecedores americanos pudessem lucrar com o mercado nacional (tem dúvidas? Então veja com carinho que a GE Oil & Gas comprou a Baker Hughes numa operação bilionária em plena crise).
O Tio-Sam usou o Serra enquanto pode, mas se “proficionalizou” e apostou as fichas mesmo em Moro e Dallagnol para destruir o capital produtivo do país e abrir as portas para as multinacionais estrangeiras continuarem a abusar do Brasil e impedir que nossa soberania nacional nos fizesse protagonistas no mercado mundial para que continuemos como uma mera colônia a ser explorada pela elite mundial.
A Chrevon de Lacerda aprendeu, afinal, que não deveria ser amadora, pois não há espaço no Brasil para tais pessoas.
*Tadeu Porto é diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense
Ivan Kauffman
24/11/2016 - 14h29
Meu povo, não há mais espaço para tais atos de traição à nossa Soberania Nacional e Pátria Mãe. Não é uma questão só de patriotismo mas, de sobrevivência desse povo brasileiro sofrido e angustiado. Está mais que comprovado esse intreguismo por esses políticos corruptos manipulados pelo governo e indústrias americanas. Eu choro de raiva, em vê-los nas mídias, com suas caras de pau e fala “fina” tentando distorcer o óbvio. Basta! Agora é “morte (deles) para a nossa Independência”. Se for preciso de guerra, terão guerra!
Kadima!
Terceira Onda ?
24/11/2016 - 09h33
A Defesa do Lula, muito qualificada partiu para a destruição do Juizinho desqualificado, e vai vencê-lo ! ^^
Octavio Filho
24/11/2016 - 09h11
O Moro atua como acusador. E as escolhas das testemunhas foi um critério bizarro. Eu acho que a república do Paraná deveria virar filme para criança. Existe uma série infantil chamada ESQUADRÃO BIZARRO!! Este
nome se enquadra bem na organização Moro-Procuradores-PF do Paraná! Reparem que todas as testemunhas de ACUSAÇÃO dizem que não sabem de nada sobre o caso do imóvel do Guarujá. Afinal, se elas nunca souberam coisa alguma a respeito, por que foram chamadas como testemunhas de acusação?
Qual foi o critério para escolhê-las? Obviamente, o critério lógico em qualquer processo seria primeiramente saber o que a testemunha em potencial tem a dizer, para posteriormente qualificá-la como de defesa ou de acusação. Está mais do que provado que a intenção destas acusações é tentar criar uma propaganda negativa contra o Lula. E daí todo a extrema-direita propagar as acusações contra o Lula. Já que poucas pessoas verão as gravações dos depoimentos.Duvido que, abririam algum processo contra o Aécio ou qualquer outro tucano baseado nestas testemunhas!!!!!
Henrique Brito
24/11/2016 - 01h16
Adorei a matéria, mas corrijam alguns erros de português, abraços
ari
23/11/2016 - 22h24
Há já algum tempo que eu me pergunto de estaria exagerando ao dizer que parte do judiciário não estaria se transformando num covil de bandidos? Estaria?
Maria Thereza G. de Freitas
23/11/2016 - 20h49
as “motivações” do moro iam aparecer, mais cedo ou mias tarde. com toda a pose, não passa de um títerizinho traidor, de baixa categoria.
Natty
23/11/2016 - 19h10
mano, q nojo, soltaram os paneleiros nas ruas, nem precisaram d armas para colonizar o país.
17Abril2016
23/11/2016 - 18h38
Pena de morte aos traidores Moro e Deltan. Intervencao militar e fuzilamento dos traidores, vendilhoes da Patria.
Hermes
23/11/2016 - 22h02
Vai se tratar, procura um psiquiatra
Hilario Muylaert
23/11/2016 - 23h54
Isso.
Traidor Moro na forca !!!
Marcelo
24/11/2016 - 11h15
Calma! Cadeia basta.
Guanabara
23/11/2016 - 18h24
Sim, existem muitas coisas entre o céu e a terra.