Gleen Greewnald é um dos jornalistas mais respeitados do mundo. Entretanto, continua sendo uma pessoa simples, que dá entrevistas a quem lhe pede, conversa com todos nas redes sociais, e mantém opiniões firmes sobre política, no Brasil e nos EUA.
A imprensa americana, seja conservadora, liberal ou progressista, discordando ou não de suas opiniões, respeita o Greenwald. O Washington Post, jornal conservador, acaba de publicar um artigo de opinião seu, sobre a vitória de Trump.
Aqui no Brasil, Glenn só tem dado entrevistas à mídia alternativa, porque a imprensa comercial, atolada até o pescoço no golpe, treme de pavor diante da possibilidade de que seus leitores saibam que o jornalista mais respeitado dos Estados Unidos, que vive no Brasil há muitos anos, tem uma posição firme contra o golpe de Estado, contra o governo golpista e contra uma mídia que, segundo ele, não mais pratica jornalismo e sim publicidade.
Aos coxinhas, incluindo aí jornalistas globais, que tentam mostrar Glenn como um “militante” (como se eles, os globais, não fossem militantes do golpe), basta responder que ele é ganhador não apenas do prêmio Pullitzer, o principal prêmio de jornalismo dos Estados Unidos, como também recebeu, no Brasil, o Prêmio Esso de Jornalismo, um dos mais tradicionais por aqui.
Leiam a entrevista que ele deu à uma agência de notícias vinculada ao Centro de Ensino Unificado de Brasília (Uniceub).
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Na Agência de Notícias da Uniceub
Brasil está submisso a americanos e mídia nacional é composta por facções, critica jornalista Glenn Greenwald
O governo de Michel Temer tem perdido parcela da soberania ao se tornar submisso aos interesses dos Estados Unidos. É o que acredita, e com espanto, o jornalista americano, residente no Brasil e dono do blog The Intercept, Glenn Greenwald. Além de criticar o momento atual desde o processo de impeachment da ex-chefe de Estado, Dilma Rousseff, o jornalista também faz duras críticas aos grandes conglomerados da mídia brasileira, os quais acusa de fazer “publicidade” e não jornalismo. A Agência de Notícias UniCEUB conversou com o profissional durante passagem dele por Brasília.
A diversidade e a pluralidade de opiniões são elementos essenciais ao bom jornalismo, mas para o fundador do The Intercept, os grupos de mídia no Brasil não têm exercido essas características. Ele ressalta que as “facções” controladoras dessas empresas possuem interesses muito iguais, o que afeta a produção do conteúdo.
Greenwald lembra também que a ONG Repórteres Sem Fronteiras rebaixou o Brasil para a 104ª posição no ranking de liberdade de imprensa no mundo. A organização deu dois motivos: o primeiro é o alto índice de violência contra jornalistas independentes no país. Já o segundo é o aspecto mais polêmico, pois a ONG defende que as grandes corporações de mídia pararam de se comportar como empresas jornalísticas e passaram a tentar “destruir” o governo eleito.
O jornalista conta que a entidade é respeitada no mundo por se posicionar contra ameaças a um determinado jornalista ou contra jornais e raramente intervir em problemas nacionais. “Mas neste caso, eles puderam ver que a situação aqui foi tão extrema que era necessário fazer comentários e explicitar que essa situação é contra a liberdade de imprensa”, afirma o repórter.
Com o avanço das tecnologias e o surgimento das redes sociais, mudanças na forma de se transmitir a notícia têm gerado impacto nos veículos de comunicação. Para Glenn Greenwald, agora as organizações não monopolizam as informações como “faziam” antes. “Quando você pensa que a informação no Brasil é controlada por poucas famílias e se tornaram propagandas, parece uma situação muito ruim, mas eu tenho muito otimismo com relação ao futuro”, conta.
Confira a entrevista do jornalista sobre a mídia internacional:
Impeachment
Pela segunda vez desde a redemocratização, o Brasil afastou um presidente eleito por meio do processo de impeachment. No começo, a mídia internacional lidava com a situação da ex-chefe de governo Dilma Rousseff de forma semelhante à mídia local. Diziam que o povo no Brasil não aguentava mais o governo petista e que lutava contra um governo corrupto. No entanto, o jornalista lembra que as empresas internacionais mudaram de posição. “A mídia internacional começou a olhar, não só para Lula ou Dilma, mas para quem iria ocupar o poder depois do afastamento. Mas quando começaram a olhar para Michel Temer e Eduardo Cunha, que tinham diversas acusações de corrupção, tirando uma pessoa eleita em nome da corrupção, isso ninguém conseguiu entender”.
Para o jornalista, os integrantes do novo governo acabam assumindo que foi montada uma “fraude” para levar Michel Temer ao palácio do Planalto. “Seis semanas atrás, Michel Temer foi a New York e assumiu que o processo de impeachment se deu por ideologia, porque o PT não aceitou a agenda do PMDB (Ponte para o Futuro) e a mídia simplesmente ignorou isso”.
O problema hoje está com a mídia, que segundo Greenwald, ajudou a instalar um governo mais corrupto do que o da presidente afastada em nome da corrupção. “A solução que a mídia teve até agora é simplesmente ignorar os fatos que mostram a corrupção dos membros do governo. Por exemplo, foi divulgado que o ministro José Serra recebeu 23 milhões de reais em caixa dois. A Globo não mencionou isso”.
Confira a entrevista do jornalista sobre espionagem governamental:
Submissão internacional
“Eu não entendo como a direita brasileira que gosta de mostrar força, dizer que são ‘machos’, que querem defender tudo, é totalmente submissa ao governo norte-americano. Eles querem servir”.
O repórter também acusa a atual gestão de fazer “tudo” em favor dos interesses do Estado americano. “Michel Temer é quase escravo dos Estados Unidos. Há pessoas de dentro do governo americano que não conseguem acreditar quantos benefícios eles estão recebendo (do Brasil)”, explica.
Por Lucas Valença
maria nadiê rodrigues
14/11/2016 - 08h43
Até a Record, antes tão neutra, ou quase defensora do governo Dilma, se bandeou pro golpismo arreganhadamente. Ontem, no programa da noite, foi dispensado um tempo enorme para acuasações sem prova contra Lula. Fico me perguntando como fica PHA, que no seu Conversa Afiada defende Lula, e na emissora precisa engolir o que quer a produção do programa que ele apresenta.
Messias Franca de Macedo
13/11/2016 - 02h52
O presidente Lula, mesmo em silêncio, é um gigante perto dos pigmeus do cartel mídia-Lava Jato
Por ínclito e impávido jornalista Osvaldo Bertolino
12 de nov de 2016
Admirável a serenidade do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva diante do tráfico de falsa moralidade do conluio mídia-Operação Lava Jato. A revisto IstoÉ foi a escolhida para difundir a torpeza mais recente dos rebotalhos, pistoleiros de aluguel da Lava Lava Jato. O comportamento de Lula como se distingue os homens dos moleques.
https://www.youtube.com/watch?v=tacgVo8OdRs
Kurt Silvino Hülsermann
13/11/2016 - 10h42
de fato um gigante – entre ratos
Torres
12/11/2016 - 22h52
Ele é um militante.
E o WP nunca foi um jornal conservador.
Igor Gonçalves De Macedo
13/11/2016 - 00h36
“Militante” pra sua laia é quem não concorda com a narrativa que o titio temer te pagou para defender. O resto, mesmo que seja um Lauro Jardim da vida, é “jornalista”, né?
E não conservador nos EUA (no sentido de não achar que saúde pública é coisa de comunista) só o CounterPunch e similiares (a blogosfera de lá, não por coincidência).
Torres
13/11/2016 - 12h04
Militante é quem milita, e isso ele faz.
Nos EUA existem vários jornais com viés de esquerda liberal.
WP é um deles.
Conservadorismo é bem diferente.
O problema é justamente definir tudo contrário como extrema-direita.
Coisa de bobo.
Igor Gonçalves De Macedo
13/11/2016 - 13h44
Mervais pereiras e reinaldos azevedos, marinhos e bonners também militam por uma causa ( a do financeirismo, entre outras pérolas dos “homens de bem”). “Militante” não passa de um termo ridículo empregado para ofender, chamar de amador, de parcial, quem não “milita” pelas causas corretas, do ponto de vista de quem profere essa palavra.
Glenn é um jornalista 1000 vezes mais competente, íntegro, capaz e premiado do que qualquer um dos “não militantes” daqui, e tem 1000 vezes mais reconhecimento e prestígio internacional. Lá fora estão cagando para o que diz um merval da vida.
O viés “liberal” é o do sentido do século XVIII, que ainda não acabou por lá : direitos individuais e civis vs arbítrio estatal. Isso só é esquerda nos termos da revolução francesa. Esses “jornais com viés de esquerda liberal” são 100% pró guerra e invasões, sejam quais forem (vide sua cheerleading pela guerra na síria e líbia), completamente omissos na questão racial, etc etc
Até entendo quem ache que proteger direitos civis seja algo da “temida ” esquerda. Afinal, se a cena política deles é do século XVIII, a nossa direita aqui é do nível do calcolítico. Ainda nem admitem o estado laico
Torres
13/11/2016 - 14h32
Uga uga
Lula cadeia!!!
Pois é, é a esquerda liberal que tanto nos falta aqui.
Glen é um bom jornalista militante.
Nada contra. Apenas temos que admitir que ele milita.
Quanto à esquerda, tudo que não concorda 100% é extrema direita ou conservador.
Liberal ou moderado não existe.
Só temos esquerda e extrema direita.
17Abril2016
12/11/2016 - 22h24
Glenn vale mais que mil pigs.
André Monteiro
12/11/2016 - 22h04
Miguel do Rosário, olha esse post do Antagonista. Se isso for verdade, ou se ao menos houver essa manifestação isso é a prova clara que a Lava Jato está no controle remoto dos EUA. http://www.oantagonista.com/posts/lula-a-cia-ja-deve-saber