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A alienação das esquerdas

(Marcelo Freixo diz em coletiva à imprensa que ‘PSOL pagou pelos erros do PT’. Foto: Tasso Marcelo/AFP) por Maria Fernanda Arruda, em seu Facebook É terrível – como às vezes se observa na esquerda depois de uma derrota – desprezar eleitores pobres ou trata-los como manipuláveis ou ignorantes se eles não votam da forma esperada. […]

52 comentários
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(Marcelo Freixo diz em coletiva à imprensa que ‘PSOL pagou pelos erros do PT’. Foto: Tasso Marcelo/AFP)

por Maria Fernanda Arruda, em seu Facebook

É terrível – como às vezes se observa na esquerda depois de uma derrota – desprezar eleitores pobres ou trata-los como manipuláveis ou ignorantes se eles não votam da forma esperada. Essa mentalidade apenas exacerba a divisão e torna o sucesso ainda mais difícil. Se um partido falha em atrair os eleitores que ele pensa que deveria atingir, parte da culpa pode ser atribuída a uma mídia injusta e parcial, ou a táticas sujas dos oponentes, ou a condições econômicas além do controle. Mas apenas parte. É preciso que se faça, antes de mais nada, o exercício da modéstia, que permita a autocrítica.

O grande fracasso do PSOL em seu reduto político frente a um candidato fraco, radical e sectário não se deu por conta de candidatos inferiores. Muito pelo contrário. Freixo é um político dedicado, talentoso e perspicaz, com um longo e inspirador histórico às causas sociais. A feminista escolhida para ser sua vice, Luciana Boiteux, é uma advogada e professora de direito inteligente e sofisticada que melhorou como oradora e liderança política durante a curta campanha. O problema enfrentado pelo PSOL é estrutural, institucional e cultural: como expandir-se além de sua base eleitoral dedicada, porém limitada, composta primordialmente por intelectuais bem educados, com estabilidade financeira e, em sua maioria, brancos da Zona Sul, e pelos jovens? Então? Como o PSOL convenceria pobres, trabalhadores e moradores de favelas, de que suas condições de vidas seriam melhoradas por um governo de esquerda, e como convencê-los de que os líderes do partido compreendem isso e, portanto, podem lidar com os problemas graves e sistêmicos que enfrentam?

Freixo perdeu esmagadoramente na Zona Oeste. Eleitores da classe trabalhadora e residentes de favelas fora da Zona Sul simplesmente deram as costas para a esquerda. Em outras palavras, os próprios eleitores a quem o programa político do PSOL tenta atender são aqueles que se sentem mais distantes do partido – e são muitas vezes hostis a ele. O que interessa a esses eleitores? Segurança de emprego, segurança no seu bairro, assistência médica confiável, escola. Não se incluem entre as suas preocupações: legalização do aborto, descriminalização das drogas, defesa da Petrobrás.

Um partido não tem o apoio de segmentos mais pobres da população e de minorias, a menos que esses grupos se vejam representados na liderança e nas candidaturas do partido. O PSOL avançou nesse sentido: um de seus mais renomados deputados, Jean Wyllys, foi criado em condições de extrema pobreza, e dois de seus novos vereadores: Marielle Franco, quinta vereadora mais votada, e David Miranda. Mas é muito pouco, ainda que aponte para uma boa direção, numa estrada onde o PT vai caminhando na contramão. Há no Brasil um imenso vazio, que separa o mundo erudito do mundo popular. São duas culturas que se afastam cada vez mais, na mesma medida em que segmentos sempre maiores da população são marginalizados nas periferias das grandes cidades, submetidos a um processo de empobrecimento alimentado por formas de cultura massificadora. A cultura erudita tornou-se cada vez mais a cultura das minorias privilegiadas. A grande massa dos brasileiros, formada de analfabetos e analfabetos funcionais, é portadora de uma cultura que se transmite oralmente, mas que é aquela definidora de suas formas de sentir, pensar e agir, expressando-se na sua culinária, nas festas, na linguagem, criando ritos de passagem, dando dimensão prática e utilitária à religião. Os políticos e os partidos políticos pertencem ao mundo erudito. Onde estará a ponte que permitirá a comunicação entre as duas margens? Essa ponte ainda existe?

Lula foi capaz de criar e transformar o PT em uma grande força política de esquerda porque a base de apoio do partido era composta pela classe pobre e trabalhadora, e a partir daí seu apelo se estendeu a outros grupos. Isso foi possível porque as lideranças do partido, começando pelo próprio Lula, foram capazes de entender instintivamente seus eleitores e tinham credibilidade para dialogar com eles porque pertenciam a esses grupos. Não foi necessário inventar estratégias de comunicação ou teorias abstratas sobre como conquistar essa parcela do eleitorado; a liderança e os candidatos do PT cresceram nas comunidades que serviram de base eleitoral do partido. Em resumo, o PT nasceu com o Lula metalúrgico, falando como metalúrgico, vestindo-se como metalúrgico, pensando como metalúrgico. Lula foi um metalúrgico do ABC paulista. Freixo não foi um metalúrgico.

E o pentecostalismo fala a língua dos oprimidos, dos marginalizados. Os seus pastores e bispos são preparados para isso. Falam as palavras que o povo quer ouvir, quando quer, onde quer. Não se trata, por certo, de copiá-los, mas de examiná-los, descobrindo-se o que? como? quando? onde conseguem ser ouvidos? Crivella é o filho preferido de Edir Macedo, aquele que impõem respeito com o tamanho e o mau-gosto descomunais de um Templo de Salomão. Não se trata, por acaso, de uma adoração do bezerro-de-ouro? Moisés puniu a heresia com a morte de centenas deles, isso é o que nos conta a Bíblia. Certamente, não é esse o caminho nos nossos tempos. Mas é preciso atravessar o mar que hoje nos separa do povo brasileiro.

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Comentários

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Wally Oeste

07/11/2016 - 11h06

A culpa sobre o PT não é sobre sua incapacidade de conseguir votos nessa última eleição, mas sobre ter feito o q a direita faz, corrupção e mais corrupção. O PT tem sim culpa pelo antiesquerdismo.

Julio

02/11/2016 - 22h40

fazer politica, não é 8 ou 80. não de deve negar alianças, e nem fazer qualquer aliança (PT com PMDB). No fundo, nos acham idiotas.

Ricardo Pinto

02/11/2016 - 11h41

A força do PT, que era desconhecida pelas tendencias do PT, todas de origem estudantil intelectual, eram a CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), aplicadoras de Paulo Freire e próximas da cultura popular. O PSOL é oriundo das tendencias. Lula cresceu muito fazendo o jogo dos homi, e com esta entrada na realpolitik o PT INCHOU e o PSOL surgiu. Inseparáveis como um casamento que termina em briga, PT e PSOL.

Cecilia

02/11/2016 - 10h44

Parece que o objetivo do Cafezinho é semear a cizânia entre o PT e PSOL.

    Andrea

    02/11/2016 - 10h57

    Quem está semeando a cizânia é o próprio PSOL e o Freixo com esse tipo de declaração. É simplesmente de doer a falta de noção de alguns.

      Cecilia

      02/11/2016 - 16h44

      Não estou a favor do PSOL, muuuito pelo contrário. Mas acho que todo dia um post para acirrar os ânimos é demais! Não ajuda e reforça o lado desagregador do PSOL.

Sebastiao Amorim

02/11/2016 - 09h14

Não importa de quem é a culpa , os erros são claro: 1º A declaração de bens no valor de R$5.000,00 só ai começava um erro .Qualquer politico tem mais que esse valor em bens, isto a meu ver é a maior mentira ;2º Não apoiar a familia tradicional,que ainda é a base de qualquer sociedade no mundo .;3º fazer apologia a drogas em seus discurso foi o que mais lhe queimou ;4º apostar na Lapa como local para base de sua campanha todo carioca sabe que a lapa e um bairro bohemio ,e que rola de tudo naquele local desde prostituição a todo tipo de droga ; 5º e último erro e provar que não veio ao mundo a passeio .As pessoas ainda esperam que os politicos sejam homens honestos. e que passem confiança . Não foi o Crivela que venceu , foi o Fleixo que perdeu. é tanto quer quem recebeu mais votos foi os nulos,brancos e abstenções . CRIVELA NÃO É O VENCEDOR .CRIVELA NÃO É VENCEDOR CRIVELA NÃO É VENCEDOR . e sim o povo. Ele apenas ocupará o cargo de prefeito por 4 anos .

Madeline Nogueira

02/11/2016 - 08h36

Lula ganhou falando só com os metalúrgicos? ? Aquela novelinha em 2002 contando a história dele que a GLOBO fez não seria estratégia de comunicação? ?? Lembro que a novelinha começava com a músiquinha ” Lulaláa brilha uma estrela, Lulala presidente eleito”… Volmir Battu que tá certo. Lula governou porque fez coligações. E fez com o pmdb e pmdb ñ dá minha gente!

    Andrea

    02/11/2016 - 11h02

    Que novelinha da Globo? A Globo só apoiou o Lula em 1989 conto o Collor porque queria tirar o Brizola do segundo turno. Não entendi nada. O que você defende? É ou não é para fazer coligação?

Vinícius

02/11/2016 - 01h40

As classes sociais menos favorecidas e do Brasil sabem o que é esquerda? Acho que não muito. Inclusive, a mídia nacional nem toca no termo. Vai que o povo descobre e detona uma revolução.

mariio agustin Rivero

02/11/2016 - 01h10

O psol perdeu a eleccao porque tem um bombardeio mediatico enorme em toda latinoamerica contra izquerda en todos os paises …. Acredito que a queda mediatica do pt tambem ajudo a mais pessoas votarem em pastores … E obvio ..quem nao ve e cego mesmo

mariio agustin Rivero

02/11/2016 - 01h07

Fidel castro y che guevara proveniam da clase burguesa …marx tambem provenia junto a sua esposa da clase burguesa …muitos jovens que lutarom contea a ditadura provinham da clase burguesa eram intelectuais artistas …economistas como rosa luxemburgo …. E triste leer esta materia porque ignora uma premisa basica : consciencia de clase …vc pode ser rico e posuir consciencia de clase e tentar lutar por riqueza social ….o pode ser pobre sem consciencia de clase o pobre de dereita …..o aumento do consumo nao significa nada para pessoas sem concienca de clase o clase meia …o pt deu maior oportunidades e verdade mais esqueceu educar o povo na Consciencia de Clase

Andre

02/11/2016 - 00h36

A população mais humilde se identifica com o cristianismo. Nao se trata de esquerda versus direita, mesmo porque dificilmente o povo humilde pensaria nesses termos. É uma questão de identidade. É mais fácil o povo dessas regiões citadas votar naqueles que já cuidam de sua alma. O maior erro da esquerda, talvez, tenha sido se afastar da religião.

Jaime

01/11/2016 - 23h20

Quase um parágrafo inteiro desse texto aparece literalmente no texto do Glenn Greenwald no theintercept.com de 31/10/16. Alguém plagiou alguém. O parágrafo é o que começa com “Lula foi capaz de criar e transformar o PT …”.

Ita Marques

01/11/2016 - 22h55

Ariano Suassuna argumentava o seguinte:
Não concordo com a afirmação, hoje muito comum, de que não mais existem esquerda e direita. Acho até que quem diz isso normalmente é de direita.

Talvez eu pense assim porque mantenho, ainda hoje, uma visão religiosa do mundo e do homem, visão que, muito moço, alguns mestres me ajudaram a encontrar. Entre eles, talvez os mais importantes tenham sido Dostoiévski e aquela grande mulher que foi santa Teresa de Ávila.

Como consequência, também minha visão política tem substrato religioso. Olhando para o futuro, acredito que enquanto houver um desvalido, enquanto perdurar a injustiça com os infortunados de qualquer natureza, teremos que pensar e repensar a história em termos de esquerda e direita.

Temos também que olhar para trás e constatar que Herodes e Pilatos eram de direita, enquanto o Cristo e são João Batista eram de esquerda. Judas inicialmente era da esquerda. Traiu e passou para o outro lado: o de Barrabás, aquele criminoso que, com apoio da direita e do povo por ela enganado, na primeira grande “assembléia geral” da história moderna, ganhou contra o Cristo uma eleição decisiva. (http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-esquerda-e-a-direita-segundo-Ariano-Suassuna/4/31455)

Concordo que pobre tem que lutar contra as injustiças e isso é ser esquerda.

leandro Andrade

01/11/2016 - 22h44

Aparentemente há um problema: este texto está creditado à Maria Fernanda, mas segundo o diário do centro do mundo
foi publicado originalmente por Gjen Greenwald no The Intercept:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/greenwald-a-derrota-do-psol-evidencia-o-maior-desafio-da-esquerda-mundial-e-especialmente-no-brasil/
Ou seria o contrário?

Antonio Passos

01/11/2016 - 21h12

Por imbecilidades como esta que o Freixo disse é que fiquei em casa no domingo. Não sou obrigado a votar num ARROGANTE que tem apoio da Globo, dá uma esnobada em LULA e ao perder diz que a culpa é do PT. O que é isso ? Um político ou um bebê chorão e cheio de vontades ?

    LL Vanderlei

    01/11/2016 - 21h45

    Falou tudo. E a gente ainda tem que aturar O Cafezinho aliviando o tempo todo pra essa esquerdinha de plástico.

      Guilherme

      02/11/2016 - 01h32

      Achei mais um fake, já bloqueei tantos que agora é difícil ler alguma asneira deles.
      Bom, apareceu a Margarida!
      Bloqueado.
      Bloqueie o fake você também.

        Andrea

        02/11/2016 - 10h59

        É isso aí. Continua bloqueando mesmo e se isolando no seu mundinho. Aproveita e bloqueia toda a Zona Oeste que não votou no PSOL, mas votou na Dilma na última eleição.

          Guilherme

          02/11/2016 - 13h32

          Outro fake! Até nunca fake!
          Bloqueie o fake você também!

          pompeu teles

          02/11/2016 - 21h26

          Agora vi que a esquerda tá lascada mesmo, quer dizer que ninguém pode criticar os erros da esquerda, o eleitor da esquerda é gado? Tomara que o Temer feche logo esta porcaria de Blog. Você tá parecendo mais um infiltrado da direita raivosa sabotado a esquerda de dentro para fora, do mesmo jeito que a galera de liberação do aborto, das drogas e LGBTs minou a base de simpatizantes conservadora e religiosa que o PT conquistara com tanto sacrifício e preparou o terreno para o Golpe. Não acredito que o Cafezinho chegou a este nível.

          Guilherme

          02/11/2016 - 21h29

          Nem li, o ignora se mostrou sozinho, nem precisei busca-lo.
          Já que eu não li, aproveite e leia para o seu filho.
          Bloqueado.
          Bloqueie o ignorante e seja feliz.

Volmir Battu

01/11/2016 - 21h09

Só uma questão…caso Freixo fosse eleito, com que base política na Câmara Municipal iria governar? Dois vereadores? Estava na hora do PSOL aprender a lição que Lula aprendeu para se eleger: não se pode negar a política, o jogo político, a composição de forças. O PSOL nega a política e se coloca como vestal. O destino de Freixo seria o mesmo de Dilma.

    Jorge Generoso Do Nascimento

    02/11/2016 - 12h12

    Vestal arrombada!!! Esses “moços” do PIÇOL (na vontade queria usar outro nome…) tomaram o Sindicato dos Bancários, e, fizeram política (e mal política!!!!) no lugar de sindicalismo. Nao guarda uma certa semelhança com o Frouxo? Ai, tem Luciano Genro, a doida Heloisa Helena (essa fdp pensa que esqueci a foto dela abraçada com a direita —aliás, nao é atitude tipo as do Frouxo????

Eduardo Albuquerque

01/11/2016 - 20h25

Freixo pisou na bola atribuindo a vitória de Crivella a cUlpa do PT. Há candidatos que nao dao liga no eleitorado para cargos executivos, mas se seguram a vida toda em mandatos eletivos. Voto util é util apenas em alguns momentos. Rio merece candidatos melhores e que vejam além de uma disputa de movimento estudantil, de uma ong, associaçao e sindicatos.

Omar Luz

01/11/2016 - 19h58

Não consigo entender a questão do Psol com o PT. Se fosse uma vitória, seria a vitória exclusiva do Psol. No caso, uma derrota, a culpa é do PT. O PT, agora, é a Geni.

Rodolfo

01/11/2016 - 19h35

Este texto é do Glen Greenwald e não da Maria Fernanda Arruda

Luís F B

01/11/2016 - 18h58

Bom artigo.

Francisco Duarte

01/11/2016 - 18h18

Vamos dizer o óbvio: o Freixo perdeu na Zona Oeste porque os bundinhas do PSol (Partido Socialista de Lancheira) são fundamentalmente filhinhos de mamã da Zona Sul. O máximo de Zona Oeste que eles se permitem é a Barra, que eles acham que termina na altura do Barra Shopping. Campo Grande, Santa Cruz, Jacarepaguá …, uiiii, nem pensar.

Luís

01/11/2016 - 18h04

Agora tudo é culpa do PT. Fracassou na eleição, admita. Os súditos da Universal eram votos certos e fechados. Foi muito fácil ganhar.
A receita para ter poder no Brasil é: Dar o golpe ou abrir muitos templos.

Torres

01/11/2016 - 17h14

É o desespero da derrota e da perda da hegemonia entre a parcela mais pobre.
O argumento é horrível porque nos conduz à questão: foram os pobres manipuladora pela esquerda nos últimos anos?
Pobre tem que ser de esquerda?

    Hilario Muylaert

    01/11/2016 - 20h51

    Fala pobre de direita……
    Não necessariamente….mas…..mais astúcia….

      Torres

      01/11/2016 - 21h14

      Fala pobre de esquerda.
      Mas prefiro pensar que estou ao centro.

        LL Vanderlei

        01/11/2016 - 21h50

        Puxa, cara. Ser de esquerda deve ser o caminho digno de todo pobre com um mínimo de consciência. Agora, ser pobre de direita é coisa de quem não tem um pingo de vergonha na cara. Tipo lamber as botas do seu algoz. Portanto: chamar uma pessoa com pouca renda de “pobre de esquerda” é um belo elogio. Chamar essa mesma pessoa de “pobre de direita” é um xingamento medonho, dos mais humilhantes.

          Torres

          01/11/2016 - 22h01

          Rapaz, esquerda e direita são conceitos distintos do que vc imagina.
          Eu divido entre os que preferem um Estado grande e os que preferem um Estado pequeno.
          Eu quero um Estado mediano.
          O Estado tb é um algoz.
          Portanto, a questão é apenas dar mais ou menos poder ao Estado.
          Eu prefiro um Estado algoz menos poderoso.
          Aqui no Brasil o Estado nos toma muito é nos devolve pouco.
          Pagamos muitos impostos para uma máquina inefica e incompetente.

          Andrea

          02/11/2016 - 11h08

          Não pagamos muitos impostos. De onde você tirou isso? Foi o Kim Kataguri que te contou? A carga tributária da Suécia e dos países escandinavos é de 50% do PIB. Os serviços não são de primeiro mundo porque o país ainda é pobre.
          O que temos de acabar é com a sonegação neste país que é um escândalo.

          Torres

          02/11/2016 - 14h45

          Pagamos pelo que recebemos.
          Aqui pagamos muito imposto para um Estado que não devolve nada.

          João Batista Kreuch

          04/11/2016 - 09h22

          você repete infinitamente o mesmo slogan: “não recebemos nada”, “estado ineficaz”, quero o “meio termo”, sou do “meio”, “nem isso nem aquilo”… ahh vai passear com essa indefinição diante de um país paradoxal com esse, dominado por ideologias que menosprezam a política e despolitizam a população com o circo diário dos meios de comunicação usando esse mesmo argumento seu de que “classes são uma bobagem”, não existe “esse negócio de direita e esquerda”.. ah vá pastar, com esse papo.

          Torres

          04/11/2016 - 09h55

          Vá vc pastar.
          Tenho direito a escolher e compor minha forma de pensar.
          Sua arrogância é enojante.

          João Batista Kreuch

          04/11/2016 - 15h26

          é como me sinto diante desses comentários indefinidos, formados de puros clichês e xoxos que vc faz.

          Torres

          05/11/2016 - 14h14

          Ignore.
          Ou vomite, se preferir.
          Mas nem tente me oprimir.

          João Batista Kreuch

          05/11/2016 - 18h14

          Ui…

          Em Sáb, 5 de nov de 2016 14:15, Disqus escreveu:

          Torres

          05/11/2016 - 18h16

          Ui pra vc tb.
          Eu não tenho preconceito.

          Aks7

          04/11/2016 - 15h35

          Ótima observação Torres.
          É muito conceitual a questão de esquerda/direita, nunca chegando aos extremos. O Brasil adotava um governo centro-esquerda nos mandatos do PT, onde o estado fazia tributações altíssimas (37% do PIB aproximadamente) com retornos reais que não refletem ao arrecadado. Os motivos pra essa situação são diversos, entre elas, destacasse o tamanho geográfico e populacional de nosso pais, que tem imensa diversidade cultural, essa questão aliada a governos populistas, que prometem ilusões, mas são presos aos orçamentos (e aos superfaturamentos ksks).
          Ser de “centro” é adotar uma politica neo-keynesiana, onde sabe a importancia do governo através da regulamentações, mas entende que somos completemante dependentes do mercado. Em economia é necessário tomar escolhas…e nem sempre ela se encontra exclusivamente em um dos lados da moeda esquerda/direita.

          Torres

          05/11/2016 - 14h16

          O fato é que não existem governos de ações ideológicas puras.
          Todos os governos precisam balancear as demandas.
          Não se pode ignorar a população ou o mercado.

    Josiel Cavalcante

    01/11/2016 - 23h24

    Torres, poupe a todos nós desta sua dúvida cruel. Você acha sinceramente que pobre pode ser de direita??!! Esquerda significa mudança, então, se o cara vive materialmente bem por que iria mudar?? Mas, por outro lado, se o cara está mal, se vive sem perspectivas, sem emprego, sem direitos, marginalizado socialmente, então, obviamente, ele deseja mudança. A esquerda representa esta mudança. Nós podemos até discutir quem é a esquerda no Brasil, mas isso seria outra discussão.

      Torres

      02/11/2016 - 00h04

      Esquerda pode ser o estabelecido tb, Josiel.
      Eu vivo bem, pouco me importa o material.
      O que eu não quero é um Estado que me suga tudo e não devolve nada.
      Não me considero de direita e já fui militante do pc do B.
      Conheço pobres de extrema direita.
      E ricos de esquerda.
      Essa dicotomia é bobagem.
      Maniqueísmo puro.

    Andrea

    02/11/2016 - 11h05

    Credo! Temos um país com uma das piores distribuições de renda do mundo e você quer votar na Direita? Você é assalariado? Vende sua força de trabalho? Então a alternativa é muito simples. O que não dá é para votar nos candidatos defendidos pela Rede Globo.

      Torres

      02/11/2016 - 14h45

      Tipo Freixo?
      Eu lhe digo, não voto em ninguém.

Alexandre Meira

01/11/2016 - 16h47

Admiro o empenho do PSOL do Rio, mas deve-se compreender melhor essa onda conservadora.
http://novoexilio.blogspot.com.br/2016/11/o-gol-da-alemanha-e-revanche-dos-vira.html?m=1
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