Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho,
Ao invés de dar destaque ao maior escândalo ministerial dos últimos tempos, a Folha de São Paulo optou por montar mais uma malhação de Judas contra o PT. Aliás, para a Folha, quando o assunto é PT ou Lula, todo dia é Sábado de Aleluia.
Depois das denúncias estampadas na Veja e no jornal O Globo, que dão conta de que nada menos que três ministros e um ex-ministro de Temer acabam de ser pegos com a boca na botija, o mínimo que se esperaria da Folha seria informação isenta.
Parece que, bem ao contrário dos primeiros meses desse ano, quando a Folha, em um editorial, defendia que Nem Dilma, Nem Temer, hoje a empresa é a mais sólida apoiadora do governo do PMDB. Nisso a Folha se distingue das tendências atuais da Veja e da Globo. A revista Veja abre espaço às denúncias contra os ministros Moreira Franco e Geddel Vieira, em escândalo em que se inclui também o ex-ministro Romero Jucá. Já o jornal O Globo informa que a família Picciani, em empresa em que o ministro dos Esportes de Temer tem 20% da sociedade, realizou vendas superfaturadas de vacas, numa esquema de propina recebida pela família.
O Globo traz sua denúncia contra o ministro do Esporte de Temer em matéria com o título Carioca Engenharia comprou vaca superfaturada da família Picciania:
“Tânia Maria Silva Fontenelle, gerente financeira da Carioca Engenharia, afirmou no termo de depoimento de delação premiada que comprou vacas superfaturadas da empresa Agrobilara, que pertence à família de Leonardo Picciani, ministro do Esporte do governo de Michel Temer. O objetivo, segundo a delatora, era ‘gerar dinheiro em espécie’ para o caixa 2 da empreiteira.”
A Folha, além de não dar ao escândalo do quatrilho o destaque óbvio – afinal são quatros homens fortes de Temer, que estão “colocando o Brasil nos trilhos” e aprovando políticas de efeitos dramáticos sobre as instituições públicas, como a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, a PEC, etc. – se contentou em, com todo descaramento, aceitar como explicação um resmungo de Temer: “Alegações”.
A verdade é que as acusações estão muito além de meras “alegações”. São denúncias consistentes e, ao que tudo indica, podem trazer severos danos ao governo que pretende vender o Brasil para aventureiros internacionais que remunerem bem.
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André Monteiro
19/10/2016 - 00h07
E essa notícia que li e reli para entender a acusação e não vi nada de mais. http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/10/18/pt-paga-com-fundo-partidario-empresa-investigada-pela-pf.htm#comentarios
Rogério Bezerra
18/10/2016 - 23h21
Pobres daqueles jornalistas da imprensa do jaba que, para afastarem a guilhotina do desemprego, aceitam fazer o jogo de manipulação dos seus patrões, a nossa elite-ralé.
Imagino o que acontecerá no Brasil quando a Esporte Interativo, da FOX, leia Murdoch, se expandir e enfiar olhos a dentro dos brasileiros todo o lixo que está matando os estados unidos. Darcy Ribeiro e Ariano Suassuna definiam bem essa nossa elite: “O ruim do País”.
josecarloslima
18/10/2016 - 22h16
Era uma vez um pais republicano que de repente foi tomado pelo crime organizado….na oposição a direita salafrária clamava por republicanismo e bradava aos 4 cantos seus discursos hipócritas sobre o “mar de lama”. Quando assume, o que se dá pelo golpe porque pelo voto não conseguiria, aliás, JK era imbativel em 65 por isso o golpe foi dado em 64….Lula, imbatível em 2018, foi um dos motivos do golpe 2016 porque não havia outra forma desses ratos assumirem o poder, e hoje são o que mesmo senão o crime organizado destruindo nosso pais….as Instituições foram convertidas em organizações criminosas e fazem tabelinha com as organizações criminosas midiáticas, bem como as organizações criminosas mercantis de olho no pre-sal…triste
Marcos Omag
18/10/2016 - 19h54
Existe um jogo “morde e assopra” aí. Não esqueçamos que a mídia corporativa está sendo dirigida de fora na trama golpista através do Instituto Millenium e sua “sombra”, o Departamento de Estado. O momento exige um trabalho apaixonado da militância, mas também um trabalho profissional de nossos “think thanks”. A esquerda universitária tem que estudar o assunto e elaborar um contra-ataque. É um trabalho que apenas ela pode fazer.