Economistas rejeitam ultimato e lançam alternativa à PEC 241
Um documento que desconstrói a PEC 241 e o discurso da austeridade será lançado no Congresso Nacional na próxima segunda-feira, 10 de outubro. Elaborado por iniciativa do Fórum 21, Fundação Friedrich Ebert, GT de Macro da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) e Plataforma Política Social, o texto apresenta uma análise aprofundada da questão fiscal, apontando seus problemas reais, denunciando os problemas fictícios e desmascarando os mitos que sustentam um discurso que se traveste como técnico, mas que atende a interesses políticos.
A força desse discurso se materializa na proposição da PEC 241, a PEC da Maldade, que pretende instituir uma austeridade permanente no Brasil a partir de diagnósticos e argumentos equivocados e falaciosos. Na verdade, trata-se da imposição de outro projeto de país, incompatível com a constituição de 1988 e com a expansão de bens públicos como saúde e educação.
Charles
11/10/2016 - 19h15
Vou ter que ser obrigado a falar algo:
O povo brasileiro MERECE sim a PEC 241. Não nos esqueçamos que, até que se prove o contrário, foi esse povo que elegeu quem votou nessa PEC. Cunha, Bostanaros, Aécio como senador, Serra, TODOS foram escolhidos por pessoas que foram lá e digitaram seus números conscientemente. Temos que começar a tratar os eleitores destas pessoas como adultos conscientes de suas escolhas, como disse Renato Janine. Minha consciência está tranquila pois em quem votei, os que ganharam e os que perderam, são todos contra ela. Mas o brasileiro precisa sim desse choque, precisa começar a sofrer.
Diferentemente de países como Japão, França, Alemanha, por exemplo, o brasileiro não sofre de desastres naturais ou guerras que devastaram e mataram grandes números em curto espaço de tempo. Por causa disso, não há uma solidariedade significativa entre os brasileiros, aprofundado pelas dimensões continentais. Um cara que vive no Sul não se identifica com quem vive no Norte ou Nordeste, e vice versa. Esse “choque” deve ser bom o bastante pra todos sentirem na pele o que significa ter menos dinheiro pra gastar com o bem estar social.
Mas eu já até prevejo o que sairá desta PEC. Na educação, onde ninguém tem muito senso de urgência, pois o que se sacrifica é “apenas” o futuro, quem forma professores são as faculdades públicas que oferecem programas de estágio e treinamento para o ensino. Afinal quem vai numa faculdade privada gastar uma base de 500 reais no mínimo por 4 ou 5 anos pra ser professor, uma das classes mais mal remuneradas do país? E as escolas privadas, que acham que estão ganhando com essa PEC, quem é que vai investir ou gastar pra treinar novos professores? Toda escola que estudei, e até hoje isso perdura, os professores foram formados em universidade pública e em sua maioria absoluta, lecionam tanto no público como privado. Qual é a escola que vai pegar um recém formado em uma disciplina que precisa? Afinal, “como privados”, pegam apenas quem é o “melhor”, então quem vai treinar novos professores pra oferecer um serviço de qualidade? O maior atrativo das empresas estrangeiras no neoliberalismo são sociedades onde o estudo público é bom, pois forma trabalhadores capacitados, como é o caso do leste europeu pós-URSS. Tanto é, que se você ver os dados da União Europeia, os salários mais mal pagos são os dos recém incluidos no bloco, que fizeram parte dos sovieticos à época da guerra fria, mas que são bem treinados o suficiente pra agradar o capitalismo.
E na saúde, o principal e mais urgente, aquele em que se você precisar de um remédio e não o conseguir, você poderá morrer. Essa PEC ignora os novos nascidos e as migrações o que significa mais investimentos principalmente nas cidades que recebem novas implosões demográficas. Eu não sei se há uma desconexão entre esses “parlamentares” e as cidades de interiores, mas nas cidades com menos de 250 mil habitantes, que necessitam do FPM (Fundo de Participação de Municípios) pra funcionarem, o que teve uma queda brusca de arrecadação devido à crise, isso será uma tragédia. Eu trabalho num serviço burocrático de uma secretaria de saúde, e não é nem uma nem duas vezes, que escuto de alguém que vereador e prefeito devem ser escalpelados, mortos, ou pior. Muitos desses paciente sofrem de doenças mentais, e um que se irritar facilmente vai na cara de um prefeito o criva de balas. Zé Gomes, de Itumbiara no Goiás, que o diga. Além de que, aquela coisa que diz que temos direito à Saúde, ainda está na constituição, e nas cidades pequenas onde o judiciário é ultra corrupto, a judicialização da Saúde é uma coisa séria, o prefeito que deixar de entregar um só medicamento, pode ser afastado do cargo. O que esses prefeitos vão dizer a seus representantes?
Não sei o que espera pelo futuro desse país com o congelamento de investimentos nas áreas mais importantes pra seu desenvolvimento, mas não estou me importando muito no momento pois o povo fez as escolhas atuais, e é este que merece tudo de ruim que os espera.
Deby
12/10/2016 - 12h35
Não Charles ,nós brasileiros não merecemos isso.Aonde vc perdeu a sua solidariedade? E exatamente isso que vc tem para solidarizar ? Você fala bonito,mas não pensa no que está falando.
Davi Viana
13/10/2016 - 00h56
Oi.
Não fale por mim.
Abraços.
Adriano Mandelli
14/10/2016 - 07h37
Muito medíocre este comentário, só mostra que pq seu candidato não ganhou a eleição então que se foda tudo, todo mundo tem que se foder…….tipico da ala esquerdopata deste país.