Por Theo Rodrigues, colunista do Cafezinho
A posição de Marcelo Crivella (PRB) na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro é tão favorável que já lhe permite inclusive escolher com quem deseja concorrer no segundo turno da eleição.
Jornais de hoje trazem a notícia de que seguidores de Crivella estariam pedindo votos na periferia da cidade para levar Marcelo Freixo (PSOL) ao segundo turno.
A decisão partiu de uma avaliação dupla que a coordenação de campanha de Crivella fez a partir das últimas pesquisas: por um lado, Freixo seria o candidato mais fácil de ser batido em um possível segundo turno contra o líder da Igreja Universal. Por outro lado, a equipe de Crivella percebeu que a única candidata que de fato lhe tira votos nas regiões populares da cidade é Jandira Feghali (PCdoB).
Hoje a coordenação da campanha de Crivella sonha com dois cenários ideais.
O primeiro é aquele em que é eleito já no primeiro turno. Possibilidade difícil, na medida em que precisaria crescer cerca de 10 pontos em 3 dias, mas não impossível.
Para essa situação se concretizar, precisa disputar voto a voto com Jandira que é com quem compartilha o eleitorado do antigo lulismo na cidade.
Com efeito, apenas o crescimento da campanha da comunista parece ser capaz de impedir a possível vitória do evangélico já no primeiro turno.
O segundo cenário é o de enfrentar o candidato mais frágil possível no segundo turno. Não interessa para Crivella encarar Pedro Paulo (PMDB) ou Jandira, pois são opositores com ampla capacidade de mobilização social e partidária, além de capilaridades por toda a cidade.
De acordo com o Datafolha, por exemplo, sem Freixo, 23% de seus eleitores votariam em Jandira. Sem Jandira só 5% de seus eleitores votariam em Freixo. Ou seja, no campo da esquerda a candidata é quem tem mais capacidade de agregar apoios no segundo turno.
Ademais, como parte do eleitorado carioca ainda possui certo preconceito contra a religião evangélica – o que é lamentável, já que nenhum credo deveria sofrer discriminação – há indícios fortes de migração do voto útil à esquerda para a campanha de Jandira e à direita para Pedro Paulo, para que candidatos fortes enfrentem Crivella nesse segundo turno.
No domingo saberemos quem teve mais força nessa brincadeira de cabo de guerra eleitoral e se algum dos sonhos de Crivella pôde ser realizado.
Theo Rodrigues é sociólogo e cientista político.
vacobs10
29/09/2016 - 13h07
DISSE TUDO! HÁ MUITA INTOLERÂNCIA CONTRA OS EVANGÉLICOS!
CRENTE NO PODER SIM! Crente paga imposto como todo mundo além de fazer trabalhos sociais em presídios, hospitais e nas periferias.
SE NÃO QUEREM CRENTE NO PODER, COMECEM FAZENDO A FAXINA COM JEAN WILLYS, QUE AFIRMOU TER SIDO ELEITO DEP. FEDERAL GRAÇAS AOS ORIXÁS.
VAI TER CRIVELLA PRA PREFEITO PRA FAZER CARREIRA E LOGO LOGO VEM A PRESIDÊNCIA! QUEM VIVER, VERÁ!
frederico
29/09/2016 - 12h52
Crente no poder nem fudendo!!!!! Ainda mais da igreja universal!!!!!!!Aí é deixaremos de ter um Estado laico….vai implementar(na surdina) nos colégios públicos do município aquilo que o Garotinho tentou nos estaduais e o primeiro passo é o de colocar diretoras ligadas a igreja dele. Prefiro o demônio a universal!!!!
Torres
29/09/2016 - 12h44
esse texto é apenas uma peça da campanha de Jandira, aquela que apoiou o PMDB sendo até mesmo secretária municipal de Paes.
João Batista Kreuch
29/09/2016 - 13h17
Cada asneira de raciocínio que se vê por aqui… Você reduz um projeto político atual a um momento da carreira de uma candidata, ontem?
Torres
29/09/2016 - 13h22
eu não reduzo nada.
o que coloco aqui é apenas o fato.
o artigo é uma peça da campanha, e Jandira já apoiou o PMDB.
ela que se explique diante de suas contradições.
João Batista Kreuch
01/10/2016 - 14h02
Eu acho que entendi qual é a sua… Você vê tanto ultra liberal por aí ganhando pra falar contra as esquerdas e a favor de tudo que seja conservador na política e na economia que está tentando convencer alguém a contrata— lo também… Kkk
Torres
01/10/2016 - 15h56
João, eu não sou ultra liberal e muito menos ainda conservador.
apenas entendo que a esquerda pode fazer muita coisa pelo social, sem quebrar o páis, tendo austeridade, como foi feito por Lula.
tava dando certinho.
mas daí quiseram trocar o modelo.
deu errado.
o país quebrou.
não temos dinheiro pra pagar o custo do Estado.
quanto a dinheiro, não se preocupe, eu faço questão de nunca mais ganhar nada com política desde minha época no PC do B.