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A ditadura dos burocratas concursados

Passar em concurso não é selo nem garantia de honestidade, nem de caráter, nem de sanidade mental, nem de compromisso com o bom senso, ou com o futuro, com a soberania, o desenvolvimento e a dignidade da Nação por Mauro Santayana, no Esquerda Caviar A República dos Burocratas e o Poder Político – I Um […]

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Passar em concurso não é selo nem garantia de honestidade, nem de caráter, nem de sanidade mental, nem de compromisso com o bom senso, ou com o futuro, com a soberania, o desenvolvimento e a dignidade da Nação

por Mauro Santayana, no Esquerda Caviar

A República dos Burocratas e o Poder Político – I

Um procurador do Ministério Público, do Estado de Goiás, usando de argumentação e justificativa claramente políticas, que refletem – sem esconder apaixonada ojeriza – sua opinião a respeito do atual governo, manda tirar do ar a campanha das Olimpíadas.

Outro procurador, ligado à Operação Lava-Jato, afirma que é preciso, no contexto do trabalho realizado no âmbito da mesma operação, “refundar a República”.

Ora, não consta na Constituição Federal, que o Ministério Público, tenha entre suas atribuições, refletir a opinião pessoal – e muito menos partidária, que lhes é vetada – de seus membros, ou a de “refundar a República”.

A República, organizada enquanto Estado, fundamenta-se na Lei, e um de seus principais guardiões é, justamente, o Ministério Público, a quem cabe obedecer à Constituição Federal, até que esta, eventualmente, seja mudada em Assembleia Nacional Constituinte.

Se alguns procuradores do Ministério Público querem “refundar” a República, que, do modo que está, parece não ser de seu feitio, o caminho, em nosso atual regime, é outro:

Cabe-lhes lutar, como cidadãos, pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

E, depois, quem sabe favorecidos pela notoriedade alcançada pela espetacularização de certas “operações” em curso, abandonar a carreira e passar a exercer – o que também lhes é vetado enquanto não o façam – atividade político-partidária.

Candidatando-se, finalmente, ao posto de deputados constituintes, para mudar o texto constitucional, e, por meio deste, a Nação.

Há um estranho fenômeno, neste Brasil dos últimos tempos, que é o de que funcionários da estrutura do Estado se metam a querer tutelar politicamente a Nação, principalmente quando a atividade política lhes é – sábia e claramente – vetada pela própria carreira.

Falta-lhes mandato para fazê-lo, ou para “salvar o Brasil”, embora, aproveitando-se da criminalização geral da atividade política e de campanhas destinadas a angariar, de forma corporativa, apoio na opinião pública para suas teses – o que inclui tentar legislar indiretamente – eles continuem insistindo nisso, como se organizados estivessem em verdadeiros partidos.

Neste caminho, confundem-se – em alguns casos, quem sabe, propositadamente – alhos com bugalhos, e pretende-se transformar em crime o que não passam de atos inerentes à própria atividade política.

Esse é o caso, agora, por exemplo, do fato de a imprensa pretender transformar em denúncia a afirmação do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em sua peça contra o Deputado Wander Loubet, encaminhada ao STF, de que Lula teria dado pessoalmente “ascendência” ao Senador Fernando Collor, sobre a BR Distribuidora, em 2009, em troca de “apoio para o governo no Congresso”.

Ora, não é possível acreditar que o nobre Procurador tenha estranhado, ou queira transformar em fato excepcional e muito menos em crime – caso isso tenha mesmo ocorrido, o que já foi desmentido pelo ex-presidente – a nomeação de membros de um ou de outro partido para a diretoria de uma empresa pública, em um regime presidencialista de coalizão.

Crime existirá – e deve ser exemplarmente punido – se for efetivamente, inequivocamente, provado, o eventual desvio de dinheiro do erário pelos que foram, então, indicados, para cargos nessa empresa.

O resto é Política, no sentido de uma prática que vem se consolidando desde que os homens começaram a se reunir em comunidade, e, em nosso território, desde as Capitanias Hereditárias, quando, em troca também de apoio político a El Rey, na Metrópole, nobres eram indicados para a exploração de nossas riquezas; passando pelo Império, em que partidos e políticos eram apoiados ou indicados pelo imperador de turno em troca de fidelidade; pela República Velha; por Getúlio Vargas e o Estado Novo; por JK à época da construção de Brasília; pelo regime militar, que nomeava até prefeitos de capitais e senadores biônicos, pelo governo do próprio Fernando Collor; pelos de Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso, pelos governos de Lula e de Dilma Roussef, que não teriam como governar – sem apoio do Congresso ou de determinadas parcelas do eleitorado – se não tivessem assim agido.

Afinal, os partidos políticos existem para disputar, conquistar e ocupar o poder no Estado, para fazer obras ou levar, em troca de votos e de simpatia, por meio de projetos e programas, benefícios à população, e disputam e negociam entre si cargos e pedaços da estrutura pública para atingir tais objetivos.

Essa é a essência da Democracia – um regime imperfeito, cheio de defeitos, mas que ainda é o melhor que existe, entre aqueles que surgiram ao longo dos últimos 2.500 anos, e, fora isso, só existem, na maioria das vezes,  ditaduras nuas, duras e cruas, em que a negociação é substituída pela vontade, o arbítrio e o terror dos ditadores.

Vivemos em tempos em que não basta destruir-se, institucionalmente, a Política, como se ela fosse alguma coisa à parte do país e da sociedade, e não um instrumento – o único que existe – para a busca do equilíbrio possível entre os vários setores sociais, grupos de interesse e a população.

Agora se pretende criminalizar também a prática política, como se alianças entre diferentes partidos ou a nomeação de pessoas para o preenchimento de cargos de confiança, ou a edição de medidas provisórias – destinadas a assegurar milhares de empregos em um momento de grave crise econômica internacional – fossem, em si mesmos, crimes, e não, como são em qualquer nação do mundo, atos normais e corriqueiros de negociação política e de gestão pública.

Obviamente, seria melhor que as agremiações políticas se reunissem apenas em torno de ideias, propostas e bandeiras e não de cargos, verbas, empresas, mas quem ocupa o poder tem a prerrogativa de indicar quem lhe aprouver ou contar com sua confiança e se for para se mudar isso, qualquer mudança terá que ser feita no Poder Legislativo, por deputados e senadores, que para isso são escolhidos, por meio do voto, por seus eleitores.

O que está ocorrendo hoje é que, com a cumplicidade de uma parte da mídia, voltada para a deseducação da população quanto ao Estado e à cidadania, há funcionários públicos que, longe de se submeter ao poder político – e na ausência de votos, que não têm – pensam que foram guiados pela mão de Deus na hora de preencher as respostas dos exames em que foram aprovados, tendo sido assim ungidos pelo altíssimo para assumir o destino de comandar o país e corrigir os problemas nacionais, que não são – e nunca deixarão de ser – poucos.

A situação chegou a tal ponto de surrealismo que alguns espertos e os imbecis que os secundam na internet, parecem querer dar a impressão de que a solução para o país seria acabar com as eleições e os partidos e fazer concurso para vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores, ministros do Supremo Tribunal Federal – essa última “sugestão” se multiplica por centenas de sites e redes sociais – e para Presidente da República.

Substituindo, assim – como se tal delírio fosse de alguma forma possível – a soberania popular pela “meritocracia” e o suposto saber e competência de meia dúzia de iluminados que entraram muitos deles, na carreira pública, por ter dinheiro para pagar cursinhos e na base da decoreba para passar em exames – criados por empresas e instituições terceirizadas, que ruborizariam – pelo estilo e forma como são elaborados – um professor secundário dos anos 1950.

Afinal, para parte da burocracia atual – à qual se poderia acrescentar, sem medo de exagerar no erro, um “r” a mais, do ponto de vista de seu entendimento prático e histórico do que é e de como funcionam nosso sistema político e a própria Democracia – o povo brasileiro é visto como uma massa amorfa e ignorante, que não sabe, nem merece, votar, e que dá o tom do nível intelectual e de “competência” daqueles que chegam eleitos, ao Executivo e ao Legislativo.

Tudo lindo, maravilhoso.

Se não fossem, boa parte das vezes, péssimos os serviços prestados à população por essa mesma burocracia; se os cidadãos não estivessem conscientes da importância do direito de voto de quatro em quatro anos; se o artigo primeiro da Constituição Federal não rezasse que todo o poder – mesmo o dos burocratas de qualquer tipo – emana do Povo e em seu nome deve ser exercido; se não houvesse carreiras que pagam quase 100 vezes mais do que ganha um trabalhador da base da pirâmide social; se mais de 600 funcionários concursados não tivessem sido demitidos, no ano passado, a bem do serviço público, só na esfera federal, por crimes como prevaricação, peculato, extorsão, corrupção, etc.

Afinal, para o bem da população – que pode votar sem exigir diplomas de seus candidatos – passar em concurso – por mais que pensem o contrário muitos brasileiros – não é selo nem garantia de honestidade, nem de caráter, nem de sanidade mental, nem de compromisso com o bom senso, ou com o futuro, com a soberania, o desenvolvimento e a dignidade da Nação.

Ou passou a ser isso tudo, e não fomos informados disso?

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Comentários

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Athos Rache

24/04/2016 - 13h47

Não é por aí!
Eliana Calmon contava uma malandragem diferente para A Quadrilha se instalar em altos postos do judiciário.
Dizia ela que a OAB era um perigo para o Brasil.
Mas ninguém quer saber, não é mesmo.
Talvez por isso tenham tomado um golpe.

Francisco Das Chagas Lemos

13/02/2016 - 23h14

Tem quadrilha especializada para abrir a janela.

Francisco Das Chagas Lemos

13/02/2016 - 23h13

Cafezinho, alguns entram pela janela.

Clayton Marçal

13/02/2016 - 12h46

Cara tudo o que sei deste atual governo é que não fizeram a reforma fiscal a partir de 2011 quando começou a queda na arrecadação tributária nacional por motivos extensos demais para postar aqui, além de não fazerem a reforma aumentaram os gastos principalmente com políticas de transferência de renda que diga-se de passagem beneficiou podres e ricos também! Um exemplo foi a isenção de IPI para a compra de automóveis com a justificativa de manter os empregos nas montadores. Sabíamos que esse imposto, além de fazer falta nos cofres públicos não iria poder ser abonado pra sempre; agora as montadoras demitiriam e ainda estão demitindo por causa da recessão e queda nas vendas! O PT sem foi contrário a privatizações, a excessiva cobrança de impostos sobre Empresas e famílias, rechaçava a política de liberalismo econômico, era inimigo histórico do PMBD, acusava os partidos de direita de clientelismo e fisiologismo politico, combatia a corrupção e agora tu queres me por goela abaixo que é ruim o Estado fazer concurso público pra preencher o seu quadro de pessoal, cara me desculpe mas você ta falando asneira. Um concursado pode até realmente não ser garantia de tudo o que foi escrito no texto, contudo se fores fazer as estatísticas de casos de corrupção de concursados verás que é uma quantidade que chamaríamos de desvio padrão, entretanto nos cargos comissionados e políticos a corrupção chega a proporçoes que fogem o que é minimamente aceitável em regras estatísticas e outra coisa o o servidor que passa num concurso sem meios fraudulentos está trabalhando por mérito e esforço próprio e tem um certo nível de conhecimento técnico. Hoje a maioria dos concursos exiegem nível superior e utiliza prova de títulos ( Mestrado e Doutorado).

PAULISTA INCONFORMADO

13/02/2016 - 08h48

Essa casta que ai esta , para passar num concurso fica estudando nesses cursos preparatórios da vida, cujos donos, não raro, são juristas aposentados que conhecem a máquina estatal. Esses semideuses , ficam 10 anos fazendo cursinho e decorando a matéria, e um dia não se sabe como passa noi concurso, e nesse país atrasado e reacionário vira semideus, com conhecimento jurídico decorado, sem estrutura humanitária, se acha o dono da república e ai vemos o que acontece hoje. Pobre, inteligente, dotado e conhecimento humanístico dificilmente passa nesses concursos, porque no futuro vão atrapalhar essa sociedade arcaica em que vivemos.
ica e, que vivemos

Alex Soares de Araujo

13/02/2016 - 03h05

Ótimo texto. Uma coisa é Estado, outra é Governo. Não se pode misturar. É por isso que servidores possuem estabilidade e os agentes políticos não, pelo contrário, possuem mandatos com início e fim.

Cilene Oliveira

13/02/2016 - 02h28

É uma pena que o inferno não exista…

Nelson Silvestre

13/02/2016 - 02h19

O problema esta nos autos salários pagos que esta fora da realidade brasileira. Uma coisa tenho de fazer uma critica construtiva contra o PT. O Lula em seu governo supervalorizou o salario do funcionalismo publico e co isso criou verdadeiros monstros. Agora tem que chupar a cana que plantou.

hb cwb

12/02/2016 - 22h36

Temos bons (maus) exemplos atualmente! Os deuses concursados do judiciário.

Silvia Maria Prezia Araujo

12/02/2016 - 23h42

Ótimo!

Francisco Bello

12/02/2016 - 20h11

A grande mágoa é que eles são concursados, não dá pra colocar lá aquele bando de sindicalistas safados.

Maria Eugênia Palmeiro

12/02/2016 - 19h14

Hehehe

Mario Gochi

12/02/2016 - 19h13

O maior problema foi a covardia do membros do Congresso em não aprovar lei que responsabilize os membros da instituição por seu erros, muitos dos quais causadores de danos a terceiros. Num regime democrático ninguém deve estar acima e livre da lei, nem mesmos os membros do MP. Em todas as atividades do Estado há responsabilização por erros de conduta dos seus agentes, só não há para os membros do MP.

Jorge Vasconcelos de Brito

12/02/2016 - 19h03

Mas não é mesmo!!! Mas também pode ter pessoas muito sérias entre os concursados que denunciam as injustiças, mesmos aquelas “legalizadas”, que não aceitam dar um jeitinho nas coisas earradas!!!

Vitor Vogel

12/02/2016 - 17h27

Douglas, Daniel Duarte

    Daniel Duarte

    13/02/2016 - 11h13

    Excelentes argumentos!

Marcelo Rosa Moraes

12/02/2016 - 17h10

Temos que “refundar” é o Ministério Público, isso sim.

Vinicius Guimarães

12/02/2016 - 16h50

A questão é só uma, a meu ver: insurgir-se contra ou por em questão o instituto do concurso público é discurso coxinha. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Então vc quer evitar novas lava-jatos, fazendo do judiciário uma instituição sem concurso público? Não te parece querer eliminar a pulga da vaca dando um tiro na cabeça da vaca pra matar a pulga de fome?

    Nelson Moz Antunes

    13/02/2016 - 12h57

    Vinicius, o texto não diz que é ruim o concurso público. Diz apenas que alguém aprovado não pode se sentir um Deua e não deve atuar politicamente. Tem que se respeitar o princípio da impessoalidade.

    Vinicius Guimarães

    13/02/2016 - 14h57

    Sim, Nelson, mas quem é que disse que se sentir Deus e exorbitar de suas funções é uma decorrência ou exclusividade, ou efeito do concurso público? Quem age desse jeito agiria de qqer forma. Foi preconceito.

    Nelson Moz Antunes

    13/02/2016 - 18h20

    Concordo. Concurso público é uma merda e eu posso falar isso porque sou estatutário concursado. Entra gente doida, entra gente preguiçosa e que não quer trabalhar. Mas é a melhor forma de evitar o apadrinhamento político.

    Vinicius Guimarães

    14/02/2016 - 00h42

    Sim, é como as cotas, que não são lá nenhuma maravilha, nenhuma panacéia para lidar com a questão da desigualdade social/racial, mas é o que há, e funciona.

Igor Dioli Fernandes

12/02/2016 - 16h35

Se o cargo publico que é mérito de quem se preparou e passou pelas fases do certame provoca uma “excelente análise”, espero uma análise surreal sobre a praga dos Apadrinhados que ocupam funções sem conhecimento e que acabam por tornar o país nessa republiqueta bolivariana de sanguessugas e um imenso gargalo de dinheiro público sem fruto qualquer ao país.

Pedro Lucas

12/02/2016 - 16h32

Foto do perfil de um procurador da Republica
Fazendo homenagem para um soldado NAZISTA (seu avo)

Tarcísio Lima Verde Neto

12/02/2016 - 16h25

Felipe de Carvalho Diego Rolim Ah se o carnaval nao tivesse acabado.

Alexandre Maimoni

12/02/2016 - 16h22

Excelente análise

Maria Carvalho

12/02/2016 - 16h12

O que tem que acabar, o mais rápido possível, é a estabilidade do funcionário público e tantos cargos de confiança, porque eles entram por concurso e depois acham que não precisam fazer mais nada e que não têm compromisso com a ética e com quem paga os salários deles. Passam o serviço para estagiários e só trabalham ou prestam atenção em casos que podem levá-los a mídia, para, quem sabe, virem a ocupar algum cargo vitalício. O pior de tudo é que os procuradores federais, além de vultosos salários, ainda recebem “honorários” pelas causas ganhas, como se não fizesse parte de seu trabalho diário (e salário) defender o Estado. PELO FIM DA ESTABILIDADE DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO! CHEGA DE ENROLAÇÃO E DE TRAIÇÃO AO POVO QUE PAGA SEUS SALÁRIOS!

    Vinicius

    12/02/2016 - 14h23

    Esse discurso é coxinha. Vc está no site errado. Esqueça os concursos em que vc tomou pau. Como diria Raul Seixas, encontre a sua tribo e … “TENTE OUTRA VEZ”…

    Alex Soares de Araujo

    13/02/2016 - 03h11

    Se não fosse a estabilidade dos servidores, o Estado e os serviços públicos iriam parar a cada mudança de governo. Nonsense. Além disso existe avaliação de desempenho periódica.

Gerard L. P. Pereira

12/02/2016 - 16h11

Se não fosse a burocracia do estado o PT já teria transformado o Brasil numa republiqueta bolivariana, cheia de apaniguados comissionados, cujos únicos méritos seriam pertencer às fileiras do partido…

    O Cafezinho

    12/02/2016 - 16h28

    Não. Estados tucanos tem muito mais indicados que gov federal. Pt é o partido que menos aparelha. Aparelha inclusive pouco demais eu diria

    John Constantine

    12/02/2016 - 16h42

    Não acredito que a pessoa lê o texto (se leu o texto) e vem nos comentários e fala tanta besteira

    Hugo Teo

    13/02/2016 - 01h39

    Pt não aparelha, apodera…

    Paulo Cezar Francoski

    13/02/2016 - 14h20

    Para de falar tanta besteira Gerard, olha só um pouco atras no tempo, anos 90, só idiota engole FHC.

    Francisco Das Chagas Lemos

    13/02/2016 - 23h16

    Gerard, vc precisa tomar a pílula da inteligência.

    Gerard L. P. Pereira

    14/02/2016 - 16h03

    Nunca simpatizei com o PSDB, muito menos agora, o único partido que já defendi foi o PT, até o dia que ele chegou no poder e começou a roubar, e justificar seu roubo, como nunca antes se viu. Me admira muito que pessoas com o mínimo de informação ainda defendam essa quadrilha criada pelo Golberi do Couto e Silva, para atrapalhar a esquerda da época. Por falar nisso, vcs sabem quem foi Golberi, acho que não, vcs nem haviam nascido…

Gonçalves Casanova

12/02/2016 - 16h07

— Dão poder demais a algumas pessoas ou setores isolados.

Heber Valle

12/02/2016 - 16h06

IMAGINEMOS aqueles militantes , apadrinhados e membros de quadrilha que SÃO NOMEADOS COMISSIONADOS E/ou EM CARGO DE CONFIANÇA. QUAL SERIA A VERDADEIRA INTENÇÃO e ação DESTES PARASITAS?????????

Vinicius Guimarães

12/02/2016 - 15h59

Tem também a ditadura dos filhinhos de mamãe, que vivem à sombra da família e desistiram, desde tenra idade, da mera tentativa de fazer qualquer coisa que não seja viver ao abrigo da segurança do “negócio de família”. Cada um que faça seu exame de consciência. Entre as duas ditaduras, pelo menos a do concurso público tem algum viés de mérito, ainda que questionável. A dos filhinhos de mamãe, ou de papai, não. São só ilusão. Eis aí!

    O Cafezinho

    12/02/2016 - 16h27

    Filhinhos da mamãe não tem poder de paralisar negócios ou prender ninguém. Pense.

    Vinicius Guimarães

    12/02/2016 - 16h29

    Tem sim. Os Marinho são filhinhos de mamãe, e tem poder de mandar qualquer um pro Gólgota.

    Ferreira Felipe

    13/02/2016 - 21h26

    Ambos podem estar no mesmo patamar…

    Oswaldo Fernandes

    13/02/2016 - 21h40

    Não há muita diferença em ser “filhinho” de papai e resolver seguir a carreira da Magistratura pelo prestígio e pelos vencimentos, principalmente nos TJs país à fora, ou cuidar dos negócios da família.
    Mas as pessoas precisam ter cuidado para não misturar os concursos para cargos de “poder político”, como magistratura, e os concurso para cargos das carreiras que dão sustento à atividade dos Poderes.
    Verdade que o autor do texto sabe a diferença e não tratou dos servidores em sentido estrito, mas tem muito conservador aproveitando o texto para atacar os servidores como um todo, inclusive querendo acabar com garantias dos servidores, algo comum ao pensamento conservador e de Direita.

Vinicius

12/02/2016 - 13h55

Tem também a ditadura dos filhinhos de mamãe, que vivem à sombra da família e desistiram de qualquer tentativa de fazer qualquer coisa que não seja viver ao abrigo da segurança do “negócio de família”. Cada um que faça seu exame de consciência. Entre as duas ditaduras, pelo menos a do concurso público tem algum viés de mérito, ainda que questionável. A dos filhinhos de mamãe, ou de papai, não. São só ilusão. Eis aí!

Stone Gladstone

12/02/2016 - 15h53

Gostaria de saber o que eles tem a dizer a respeito da privatização ou terceirização do funcionalismo público.

Daniel De Melo Boreal

12/02/2016 - 15h51

bom artigo, e incluo, com intensão despretensiosa mas com a vivência de quem observou por muito tempo – por isso acho que posso agregar um comentário que reputo útil – a maneira como os institutos que fazem os concursos criam a tal etapa de “investigação da vida pregressa”, que é sempre anterior às provas orais. É uma montagem para investigar quem se adequaria à ideologia corporativa de um neoconservadorismo muito reacionário. Quando se trata de concurso para magistratura e promotoria (MP), isso chega a um nível de segregação ideológica, pois usam um mapeamento feito de coisas insignificantes da sua vida para “valorar suas respostas na fase oral do concurso”; aí nascem os mais puros e perigosos burocratas e com poder decisório de Império Estatal e na condição de proprietários do poder de denunciar e investigar.

Rosangela Merabet

12/02/2016 - 15h50

Rosangela Merabet

Jamicel Silva

12/02/2016 - 15h44

Bom são os cargos comissionados né…

    Marcelo D’Emile

    12/02/2016 - 15h59

    Esses nem deveriam existir, já que se criou concurso justo pra não ter isso

    Jamicel Silva

    12/02/2016 - 16h01

    Pois é…

    Jamicel Silva

    12/02/2016 - 16h01

    Meritocracia passa longe…

Flávio Levi Moura

12/02/2016 - 15h44

Este é um problema mais complexo. Os concursos minimizaram bastante a lógica do privilégio, que sempre manteve o aparelho estatal como um simples apêndice empregatício das elites e da classe média, formando, inclusive, aquilo que o sociólogo FHC denominou de burguesia de estado. Mesmo no âmbito do judiciário e de todo aparato de repressão, os concursos representaram uma possibilidade de meritocracia socialmente referenciada, que até hoje incomoda bastante a elite. É fato que uma parcela do MP e do próprio judiciário, imbuídos pela ascensão social possibilitada por certos cargos, ou por sua própria origem de classe, transformam suas funções e prerrogativas em instrumento de disputa política favorável a direita.

Rodolpho Domingues

12/02/2016 - 15h39

existem muitos negros e mulheres concursados pq é a única oportunidade de trabalho que eles tem, já que o “mercado” é excludente, racista e machista… acho bom o autor do texto diminuir essa generalização…

    Marcelo D’Emile

    12/02/2016 - 15h58

    Os negros não estão nos melhores cargos, basta verificar, geralmente são os técnicos, secretarias, etc.. Médicos, engenheiros, advogados são poucos por ex.

    Rodolpho Domingues

    12/02/2016 - 16h04

    Marcelo D’Emile conheço vários… inclusive um que eu vou fazer tem cota… e sendo técnico, secretária, médico… não faz diferença nenhuma…

    Marcelo D’Emile

    14/02/2016 - 01h02

    Desculpe, achei que os salários mudavam

    Rodolpho Domingues

    14/02/2016 - 01h05

    Marcelo D’Emile e o que tem a ver o salário com o fato das minorias só conseguirem ser incluidas no mercado de trabalho pelo funcionalismo público?

Vanderlei Nunes

12/02/2016 - 15h37

Temos que acabar com essa vagabundagem.

Urbano Sinergia

12/02/2016 - 15h35

Há um estranho fenômeno, neste Brasil dos últimos tempos, que é o de que funcionários da estrutura do Estado se metam a querer tutelar politicamente a Nação, principalmente quando a atividade política lhes é – sábia e claramente – vetada pela própria carreira.

Falta-lhes mandato para fazê-lo, ou para “salvar o Brasil”, embora, aproveitando-se da criminalização geral da atividade política e de campanhas destinadas a angariar, de forma corporativa, apoio na opinião pública para suas teses – o que inclui tentar legislar indiretamente – eles continuem insistindo nisso, como se organizados estivessem em verdadeiros partidos.

    Daniel De Melo Boreal

    12/02/2016 - 15h42

    boas considerações.


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