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A vida é dura

Por Theófilo Rodrigues Foi Marx quem observou em meados do século XIX que “os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente”. A famosa máxima de Ortega y Gasset segue pelo mesmo caminho: “o […]

31 comentários
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Por Theófilo Rodrigues

Foi Marx quem observou em meados do século XIX que “os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente”.

A famosa máxima de Ortega y Gasset segue pelo mesmo caminho: “o homem é o homem e suas circunstâncias”.

A elegância estilística dos dois filósofos pode causar confusão em alguns. Mas poderia ser facilmente substituída por uma simples expressão popular: “a vida é dura”.

Ora, a recente vida política brasileira é um baita exemplo de como a vida é dura ou, em outras palavras, de como o ator político é constrangido permanentemente por circunstâncias externas que não controla.

Tendo saído vitorioso da eleição presidencial de 2014 o PT acreditou ter forças para eleger o novo presidente da Câmara dos Deputados no início de 2015. Lançou naquele momento o deputado Arlindo Chinaglia (PT) contra o candidato do PMDB, o deputado Eduardo Cunha. O PT acreditou que tivesse uma musculatura que a história demonstrou ser insuficiente. Ignorou a regra mais básica da política: a correlação de forças. Como resultado Eduardo Cunha não apenas saiu vitorioso como à vontade para ser um autônomo opositor do PT. A vida foi dura com o PT.

E com Eduardo Cunha? Não foi menos dura…
Ao ser acusado por um delator da Operação Lava Jato de ter recebido uma propina de R$ 5 milhões Cunha optou por uma jogada ousada: em busca do apoio da opinião publicada – leia-se, apoio da imprensa – resolveu anunciar que a partir daquele dia faria oposição severa ao governo Dilma. Mas a estratégia não deu certo. A imagem de Cunha já estava abalada demais na esfera pública para convencer a imprensa a ser seu bote salva vidas.

Aécio Neves e seus correligionários também têm sofrido na pele as sequelas de uma vida dura. Ao embarcar na nau do impeachment Aécio viu sua base de sustentação econômica afastar-se de seu projeto político. Pois nem a burguesia financeira, nem a industrial, nem a agrária, nem a comercial estão dispostas a seguir por um caminho que possa afetar seus interesses e seus lucros. Assim, Aécio ignorou uma outra regra básica: a de que a política não é plenamente autônoma da economia.

Mas não é apenas o mundo da política institucional lá de cima que tem percebido que a vida é dura. Cá do lado de baixo da sociedade essa percepção também é clara. Vide o caso dos movimentos sociais que organizaram a campanha nacional pela reforma política. Como resultado a Câmara dos Deputados que nunca quis tratar desse tema acabou por aprovar uma reforma pelo avesso: ou seja, colocou na Constituição dispositivos contra os quais os movimentos sociais lutavam como o financiamento empresarial de campanhas. Ou seja, a sociedade civil conseguiu colocar a roda da reforma política para girar. Só que a roda girou para o lado contrário.

Nossas ações são constrangidas por muitos vetores sobre os quais não temos controle. A virtude na política, tal qual em Maquiavel, não está no domínio sobre todas as múltiplas determinações da totalidade. Por óbvio, isso seria impossível. Virtuoso é o ator que tem noção de sua insignificância frente a todas as outras forças do mundo e que a partir dessa consciência adota a tática e a estratégia mais adequada à conquista de seus objetivos. Virtuoso é aquele que sabe que a vida é dura.

Theófilo Rodrigues é cientista político

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Celso Junqueira

25/08/2015 - 17h38

Luís Eduardo Alló

25/08/2015 - 19h29

No total, os regimes marxistas assassinaram aproximadamente 110 milhões de pessoas de 1917 a 1987. Para se ter uma perspectiva deste número de vidas humanas exterminadas, vale observar que todas as guerras domésticas e estrangeiras durante o século XX mataram aproximadamente 85 milhões de civis. Ou seja, quando marxistas controlam estados, o marxismo é mais letal do que todas as guerras do século XX combinadas, inclusive a Primeira e a Segunda Guerra Mundial e as Guerras da Coréia e do Vietnã.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 19h38

    Pra vc parar de passar vergonha: http://www.socialistamorena.com.br/comunismo-e-capitalismo-for-dummies/

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 19h40

    Luiz Otavio Desconstruir a história com papo furado em mentiras, até uma criança faz!

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 19h50

    Luís Eduardo Alló Desculpa aí…vc deve ter algum fetiche em ser ridicularizado e eu tentando atrapalhar. Boa vergonha pra vc!

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 19h51

    Luiz Otavio Eu esqueci que estamos na Ditadura comunista! Ohh não pode contar verdades, esqueci!

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 19h54

    Sim, olha que deve ter um agente russo na sua porta, hein? Ou então é só o enfermeiro levando um gardenal, mesmo.

      Celso Junqueira

      25/08/2015 - 17h37

      O Alló deve ser aquele bobão que vive procurando comunistas debaixo da cama. Qualquer dia vai dar de cara com o Ricardão.

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 19h56

    Luiz Otavio Não poucos, talvez a maioria dos homens, têm a necessidade de rebaixar e diminuir na sua imaginação todos os outros homens que conhecem, para manter sua autoestima e uma certa competência no agir. E, como as naturezas mesquinhas são em número superior, é muito importante
    elas terem essa competência.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h15

    Q bom. Deu pra ver que o remédio ainda não fez efeito. Sim, porque acreditar em ditadura (que não reprime protesto e não censura essas merdas q vcs escrevem) e em comunismo onde banqueiro lucra é coisa de maluco. Ou então vc é muito bom nesse seu fetiche de falar bosta por prazer.

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 20h17

    Eu ter fetiche? Pelo que eu saiba, fetiche é atribuir poder sobrenatural ou mágico a um culto, não são os marxistas que assim o fazem?

    Celso Junqueira

    25/08/2015 - 17h29

    Luis, vá estudar um pouco de História. Só um pouquinho. Já está de bom tamanho. E não fique escrevendo asneiras por aí. Não fica bem.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h29

    Em todo caso, se for maluco é melhor eu nem contrariar. Se for fetiche por falar merda, aí só posso desejar , boa vergonha. Se fosse mais um analfabeto político-midiático ainda teria uma saída era só sair do UOL e pegar uns livros de história.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h30

    Ok, vc já provou q não faz ideia do que eh ditadura, nem comunismo e nem marxismo.

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 20h34

    “Somente lhes convém a mentira desonesta; todo aquele que em nossos dias se sente “homem bom” é absolutamente incapaz de situar-se ante qualquer coisa senão de modo desonesto-mendaz, radical-mendaz, porém inocente-mendaz, sincero-mendaz, cândido-mendaz, virtuoso-mendaz. Esses “homens bons” estão todos moralizados até a medula, e quanto à honestidade arruinados e estragados por toda a eternidade: qual deles ainda toleraria uma verdade “sobre o homem”!… Ou, de modo mais concreto: qual deles suportaria uma verdadeira biografia?..” (Friedrich Nietzsche – Genealogia da Moral)

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h34

    Mas, se vc odeia ditaduras comunistas, devia parar de ser hipócrita e deixar de financiar a ditadura chinesa. Lá na China há apenas um partido (Partido Comunista), não há eleições, há censura e protestos são reprimidos. Então, jogue fora absolutamente tudo que vc tiver ‘made in china’, as pecinhas do seu computador, seu tênis Nike, seu Iphone e qualquer buginganga que venha de lá e no fim deixará imposto pro governo comunista.

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 20h35

    “A loucura é algo raro em indivíduos – mas em grupos, partidos, povos e épocas é a norma.” (Friedrich Nietzsche, “Além do Bem e do Mal”, Cia das Letras, ano 2001, Aforismo 156, pág. 80)

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h36

    Tá bom, já vi q vc sabe copiar e colar desde seu primeiro comentário.

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 20h37

    Eu que sou o copiador? As suas frases são todas clichês comunistas de alienação e lavagem cerebral, esse papinho de nike e empresas capitalistas, piada kkkkk

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h38

    Boa vergonha pra vc! Ou: que o remedinho faça efeito logo!

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 20h39

    Acho que vc que precisa de tomar um remédio, pra acordar!

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h44

    Uma sugestão: monte um clubinho dos hipócritas. Fiquem falando mal do (que vcs acham que é) comunismo no facebook enquanto compram produtos produzidos na China. Olha que daora.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h46

    Fera, nem alienação tu sabe o que é. Provavelmente, vc deve saber quanto custa um trator na Noruega sem olhar no google.

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 20h47

    Você então é comunista, assumido? Se é totalmente contra as empresas capitalistas, pelo que eu saiba o Facebook é uma das empresas capitalistas mais bem sucedidas do mundo, Porque você usa este serviço, então? Seus argumentos são um contra senso da sua própria razão.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h50

    Pra finalizar..vou mandar uma frase bem clichê comunista: te denunciei e já deve ter um espião soviético chegando aí na sua porta. Comédia…só rindo.

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 20h50

    “A ânsia de igualdade pode se expressar tanto pelo desejo de rebaixar os outros até seu próprio nível (diminuindo, segregando, derrubando) como pelo desejo de subir juntamente com os outros (reconhecendo, ajudando, alegrando-se com seu êxito).” (Friedrich Nietzsche, “Humano, demasiado humano”, Cia de Letras, p. 198, aforismo 300, ano 2001, São Paulo)

    Marcio Duarte

    25/08/2015 - 20h55

    Comunistas são pessoas doentes que merecem atenção , vamos dar conhecimento a eles

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 20h58

    Não sou comunista, só não sou burro.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 21h00

    Mesmo que fosse, usar uma técnica não impede de criticar um modo de produção ou período histórico.

    Luiz Otavio

    25/08/2015 - 21h01

    Agora, ficar de mimimi burro ditadura comunista mimimi e comprar produtos chineses (mandando dinheiro pro governo de lá)

    Luís Eduardo Alló

    25/08/2015 - 21h02

    Você é contra os BRICS então?


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