O blogueiro Miro Borges lembra que o amor da grande mídia à figura do delator vem de longe.
Na ditadura, os barões da mídia delatavam os próprios jornalistas que trabalhavam em suas empresas.
A Folha chegou a emprestar seus furgões para que a polícia política transportasse os presos que seriam torturados.
Torturados, é bom lembrar, para que se transformassem em delatores.
O espírito autoritário do Estado sempre se revela assim: na tentativa de transformar cidadãos em desprezíveis delatores.
É o acontece em todos os fascismos, inclusive nos regimes fascistas de esquerda, como nos tempos mais sombrios da União Soviética e da Alemanha Oriental.
E agora, o fascismo judicial, com apoio histérico da mídia, quer novamente transformar delações arrancadas de maneira ilegal, vazadas de forma ilegal, e distorcidas na imprensa de forma ilegal, na principal prova de acusação.
O que importa é produzir a condenação política e midiática. O resto vem na sequência.
Os juízes das instâncias superiores depois são intimidados. Se não chancelam o arbítrio, são massacrados nas grandes mídias.
***
‘Folha’ ama delatores desde a ditadura
Por Altamiro Borges, em seu blog
quarta-feira, 1 de julho de 2015
O jornal “Folha de S.Paulo” – o mesmo que ajudou a criar o clima fascista para o golpe de 1964 e que apoiou os setores mais truculentos da ditadura militar, com suas torturas e assassinatos – não gostou das respostas de Dilma Rousseff durante sua visita aos EUA. Perguntada sobre a midiática Operação Lava-Jato – com suas “delações premiadas” e premeditadas, seus vazamentos seletivos e suas prisões e métodos ilegais de obter confissões -, a presidenta foi enfática: “Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas e garanto a vocês que resisti bravamente”.
Um dia depois, nesta terça-feira (30), durante entrevista coletiva na Casa Branca e ao lado de Barack Obama, a presidenta voltou a ser questionada sobre a Operação Lava-Jato e novamente condenou a forma como as investigações são conduzidas. “Isso é um tanto quanto Idade Média… O governo brasileiro não tem acesso aos autos. E, estranhamente, há um vazamento seletivo e alguns têm acesso. Aqueles que são mencionados não têm como se defender porque não sabem do que são acusados”. As respostas desagradaram a famiglia Frias e seus serviçais. Em editorial nesta quarta-feira, intitulado “Lógica torturada”, a Folha esbraveja:
“Ao dizer que não respeita delator, Dilma demonstra incoerência, mistura ditadura com democracia e ataca mecanismo processual… Antipatizar com delatores é uma questão pessoal, mas Dilma Rousseff, na condição de presidente da República, tem o dever legal de respeitar um instituto admitido pela legislação brasileira – a norma mais recente sobre o tema, aliás, foi sancionada pela própria petista em 2013… Embora advogados de envolvidos na Operação Lava Jato apontem abusos nas prisões, não se tem notícia de violência física ou supressão do direito de defesa. Não se confundem com ruptura institucional os eventuais exageros processuais”.
Na sua seletividade, a famiglia Frias nem sempre apoia os ‘delatores’. O doleiro Alberto Youssef, por exemplo, já dedurou o tucano Aécio Neves nas suas “delações premiadas” da Lava-Jato, revelando que ele recebia “mesada” da empresa Furnas. As graves denúncias contra o cambaleante, porém, não tiveram qualquer destaque nas páginas da Folha. O próprio Ricardo Pessoa, dono da UCT, que agora é manchete diária na mídia tucana, também acusou o senador Aloysio Nunes, vice na chapa de Aécio Neves nas eleições do ano passado. Neste caso, as denúncias do “delator” também sumiram do jornal.
A Folha somente apoia os “delatores” que servem aos seus propósitos políticos. Esta seletividade é bem antiga. No período mais sombrio da ditadura militar, o jornal utilizou depoimentos extraídos na tortura para atacar os patriotas que lutavam pela volta da democracia no Brasil. A historiadora Beatriz Kushnir, no imperdível livro “Cães de guarda: jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1988”, apresenta vários documentos que comprovam a postura fascista da famiglia Frias. Ela sempre seguiu a “lógica dos torturadores” – no passado e no presente.
Nilo Stach de Campos
01/07/2015 - 23h14
#cunhagolpista
Jose Do Carmo da Silva
01/07/2015 - 20h55
nao respeito cagueta
Sebastiao Rocha A Neto
01/07/2015 - 20h45
Delator é dedo-duro, e a mesma coisa.
A Mídia oficial transforma em ‘heróis’, mas são o que são.
Sérgio da Conceição
01/07/2015 - 20h12
Vejam como foi nossa midia…hoje não é mt diferente não….
Samuel Eli
01/07/2015 - 20h08
Eduarda
Mariano Moreira
01/07/2015 - 19h32
A polícia utiliza dedo duro mas também tem desprezo por ele. O dedo duro, na essência, é um fracassado, um covarde que não merece confiança. A mídia, dentre outros ramos empresariais, durante a ditadura financiavam os aparatos da repressão para infiltrar e, através da tortura, fabricar delatores e assim fragilizar as organizações de esquerda que combatiam a ditadura civil/militar.
Nadia Pinto
01/07/2015 - 18h37
Nem lembrar… Se fosse hoje acho que partiria para o ataque
Jaime Kurtz
01/07/2015 - 17h57
Vergonha.
Osni Gomes
01/07/2015 - 17h56
Cagueta tem que cortar a lingua e furar o olho já dizia a malandragem…
Walmir Pinto – Vereador de Suzano
01/07/2015 - 17h52
Curta, acompanhe e compartilhe a página
Walmir Pinto – Vereador de Suzano
e no twitter @WalmirPintoVer
Saiba mais em:
http://www.walmirpintovereador.com.br
Amorim Mesquita
01/07/2015 - 17h49
Sidney Pires
01/07/2015 - 21h28
os fardados matam mais que todos juntos seu filho da puta
Vanderlei Ramos Ramos
01/07/2015 - 17h41
DELATOR NO JARGÃO DA POLICIA É IGUAL A BANDIDO DEDO-DURO
Naza Moura
01/07/2015 - 17h38
O Fascínio da Folha por FACISMO é antigo.