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Iêmen lança míssil balístico contra Israel e manda recado direto aos EUA

As Forças Armadas do Iêmen (YAF) lançaram um míssil balístico em direção a Israel na noite de 18 de março. De acordo com o exército israelense, o projétil foi interceptado antes de atingir o território israelense. O ataque acionou sirenes de alerta em diversas localidades do norte do deserto de Negev, incluindo Berseba, Merhav Am, […]

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As Forças Armadas do Iêmen (YAF) lançaram um míssil balístico em direção a Israel na noite de 18 de março. De acordo com o exército israelense, o projétil foi interceptado antes de atingir o território israelense.

O ataque acionou sirenes de alerta em diversas localidades do norte do deserto de Negev, incluindo Berseba, Merhav Am, Nevatim e Revivim.

O lançamento do míssil representa um novo episódio da escalada militar envolvendo o Iêmen e Israel, dentro de um contexto de crescente tensão regional. Desde novembro de 2023, a YAF iniciou uma série de ataques contra embarcações associadas a Israel no Mar Vermelho.

O grupo afirma que os ataques são uma resposta às operações militares conduzidas por Israel em Gaza e ao bloqueio da entrada de ajuda humanitária na região.

Governo iemenita afirma que operações continuarão

O ministro das Relações Exteriores do Governo de Salvação Nacional do Iêmen, Jamal Amer, afirmou que o país manterá as operações militares contra alvos israelenses, mesmo diante de ações militares dos Estados Unidos e do Reino Unido ou de possíveis influências do Irã. A declaração foi feita em entrevista à agência Reuters na segunda-feira (17).

Segundo Amer, “não haverá nenhuma conversa sobre qualquer redução de operações antes de acabar com o bloqueio de ajuda em Gaza”.

O ministro também afirmou que o Irã não interfere nas decisões militares da YAF. “O Irã não está interferindo em nossa decisão, mas o que está acontecendo é que ele media às vezes, mas não pode ditar as coisas”, declarou.

Amer acrescentou que não foi informado sobre qualquer comunicação enviada pelo Irã ao enviado iemenita em Teerã, indicando que as ações militares são definidas de forma autônoma pelo governo do Iêmen.

Ataques dos EUA e Reino Unido provocam resposta iemenita

O aumento das hostilidades ocorre após ataques aéreos realizados por forças dos Estados Unidos e do Reino Unido em território iemenita no sábado, 16, que deixaram ao menos 31 mortos, segundo autoridades locais.

Em resposta, a YAF afirmou ter lançado um ataque contra o porta-aviões norte-americano USS Eisenhower na segunda-feira, 17.

O ministro das Relações Exteriores iemenita disse que, diante da escalada, o país se considera em conflito direto com os Estados Unidos.

“Agora vemos que o Iêmen está em guerra com os EUA, e isso significa que temos o direito de nos defender com todos os meios possíveis, então é provável que haja uma escalada”, afirmou Amer.

Ainda segundo o ministro, o país poderá retaliar ataques vindos de embarcações norte-americanas no Mar Vermelho. “Se eles estiverem nos atingindo do [porta-aviões USS Harry S.] Truman, retaliaremos atingindo Truman”, disse.

YAF retoma ofensiva contra embarcações israelenses

Em 12 de março, a YAF anunciou que havia retomado os ataques a navios israelenses que utilizam rotas pelo Mar Vermelho. Segundo a força militar, a decisão foi motivada pelo não cumprimento de um prazo estipulado para o fim do bloqueio humanitário imposto por Israel à Faixa de Gaza.

A situação tem provocado preocupação em diversos países europeus, que teriam feito apelos ao Governo de Salvação Nacional do Iêmen para evitar a intensificação do conflito. De acordo com Amer, esses governos foram informados de que os alvos das ações militares iemenitas são exclusivamente navios vinculados a Israel.

Alerta a países do Golfo sobre possível envolvimento militar

O chanceler iemenita também emitiu um alerta a países árabes que possuam vínculos militares com os Estados Unidos ou com Israel. Segundo ele, qualquer intervenção militar contra o Iêmen por parte desses países será interpretada como agressão, com consequente resposta armada.

“Se qualquer aeronave ou base for usada contra nós, então iremos intensificar e nos defenderemos, mas se eles [os estados do Golfo] continuarem neutros, ficaremos longe”, afirmou Amer.

Países do Golfo como Catar, Arábia Saudita, Bahrein, Jordânia e Emirados Árabes Unidos abrigam instalações militares norte-americanas. O governo iemenita demonstrou preocupação com o uso desses territórios como base para novas ofensivas e deixou clara sua disposição para responder militarmente a qualquer ação contra seu território.

Contexto regional permanece instável

O lançamento do míssil balístico e as declarações do governo iemenita ocorrem em meio à continuidade das operações militares de Israel na Faixa de Gaza.

Segundo autoridades palestinas, mais de 400 pessoas foram mortas em bombardeios realizados por Israel na terça-feira, 19. As ações militares se intensificaram após a imposição de um novo bloqueio à entrada de ajuda humanitária no território palestino.

O governo israelense não comentou oficialmente o ataque com míssil lançado do Iêmen. O Ministério da Defesa afirmou apenas que o projétil foi interceptado com sucesso antes de alcançar o espaço aéreo israelense.

A situação no Mar Vermelho e nos territórios palestinos permanece sob monitoramento de organizações internacionais e países com atuação diplomática na região. A possibilidade de escalada no conflito com envolvimento direto de forças norte-americanas e aliados preocupa observadores e aumenta a tensão no Oriente Médio.

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