O enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, participou de negociações diretas com o movimento de resistência palestino enquanto Israel tenta sabotar o cessar-fogo em Gaza
O Hamas revelou em 14 de março que está pronto para libertar um soldado israelense-americano mantido em cativeiro em Gaza e entregar os restos mortais de outros quatro cidadãos israelenses-americanos em troca da libertação de prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo em andamento no enclave devastado.
O movimento de resistência palestino anunciou em um comunicado na sexta-feira que está disposto a libertar o soldado israelense Edan Alexander, que possui cidadania americana, junto com os restos mortais de outros quatro cidadãos com dupla nacionalidade americana e israelense.
Um funcionário do Hamas falando com Al Mayadeen explicou que as negociações indiretas entre os dois lados para implementar a segunda fase do acordo começarão no mesmo dia em que os prisioneiros forem libertados.
Ele indicou que as negociações incluiriam arranjos relacionados a um cessar-fogo, a retirada de forças e a libertação dos prisioneiros restantes dentro de 50 dias. Ele também enfatizou a necessidade de abrir imediatamente a fronteira para as travessias de Gaza para facilitar a entrada de ajuda humanitária e de socorro.
“Estamos determinados a implementar o acordo de cessar-fogo em suas várias etapas”, afirmou.
Um cessar-fogo entre o Hamas e Israel foi alcançado em janeiro, resultando na troca de cativos israelenses e prisioneiros palestinos. No entanto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se recusou a prosseguir para o segundo estágio do acordo.
Netanyahu e outros ministros do governo israelense estão pressionando pela retomada da guerra. Muitos em Israel exigem que os mais de 2 milhões de habitantes de Gaza sejam expulsos à força para dar lugar a colonos judeus que buscam colonizar a faixa.
No entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou seu enviado a negociar diretamente com o Hamas para garantir o retorno dos prisioneiros israelenses restantes que também têm cidadania americana.
O jornal hebraico Yedioth Ahronoth escreveu recentemente que os israelenses ficaram “surpresos ao descobrir que, pelas costas dele, o enviado de Trump flertou durante semanas em Doha” com uma alta autoridade do Hamas.
Publicado originalmente pelo The Cradle em 14/03/2025
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