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Presidente da Comissão Europeia admite que UE vive colapso de segurança

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que a União Europeia enfrenta uma crise de segurança e afirmou que o atual sistema de proteção do continente sofreu um abalo significativo. A declaração foi feita durante sessão no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, nesta terça-feira, 11. Segundo Von der Leyen, o cenário atual exige […]

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Reprodução/European Union (Jennifer Jacquemart)

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que a União Europeia enfrenta uma crise de segurança e afirmou que o atual sistema de proteção do continente sofreu um abalo significativo.

A declaração foi feita durante sessão no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, nesta terça-feira, 11.

Segundo Von der Leyen, o cenário atual exige que os países europeus considerem medidas que até recentemente não estavam no horizonte das discussões militares do bloco.

“Estamos enfrentando uma crise de segurança europeia. A ordem de segurança europeia está sendo abalada, e muitas de nossas ilusões estão sendo destruídas”, afirmou durante seu discurso.

A presidente da Comissão Europeia destacou que o momento exige uma resposta conjunta por parte dos países do bloco.

“Este é o momento para uma defesa comum”, disse, ao defender o fortalecimento de uma estrutura militar integrada entre os Estados-membros da União Europeia.

As declarações ocorrem em meio a discussões internas sobre o papel da Europa em sua própria segurança diante de tensões geopolíticas externas e da crescente pressão por maior autonomia militar frente a desafios internacionais.

Von der Leyen afirmou que, na cúpula extraordinária realizada em 6 de março, os líderes do bloco chegaram a consensos que até recentemente eram considerados inviáveis.

“Foi alcançado um consenso sobre soluções militares, o que era completamente impensável apenas algumas semanas atrás”, declarou.

As mudanças nas discussões internas da União Europeia refletem um aumento na preocupação com a estabilidade do continente e a capacidade do bloco de responder de forma independente a ameaças externas.

Embora não tenha detalhado quais medidas foram discutidas ou aprovadas na cúpula, Von der Leyen indicou que a direção do debate aponta para o aprofundamento da cooperação em matéria de defesa.

A proposta de uma política comum de defesa tem sido debatida em diferentes momentos ao longo das últimas décadas, mas encontrou resistência entre os países que preferem manter suas estruturas militares sob comando nacional. No entanto, o cenário atual, segundo Von der Leyen, impôs novas urgências aos governos europeus.

As falas da presidente da Comissão Europeia reforçam a ideia de que a União Europeia busca reduzir sua dependência de estruturas militares externas, em especial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e avançar em mecanismos próprios de resposta a crises.

A sessão do Parlamento Europeu em Estrasburgo ocorre em um contexto de redefinição das prioridades estratégicas da UE.

Parlamentares e representantes da Comissão Europeia vêm discutindo medidas para reforçar a indústria de defesa do continente, ampliar a capacidade de resposta a conflitos e criar mecanismos de coordenação entre os países-membros.

O avanço dessas propostas também está relacionado a mudanças no cenário internacional e ao aumento da pressão por investimentos internos em segurança e defesa.

Parte dessas discussões envolve o financiamento de programas conjuntos, desenvolvimento de capacidades tecnológicas e interoperabilidade entre os sistemas de defesa dos Estados-membros.

Embora Von der Leyen não tenha especificado quais seriam os próximos passos em termos práticos, representantes da Comissão indicam que novas medidas podem ser apresentadas nos próximos meses.

Entre as possibilidades estão a criação de fundos específicos para a defesa comum, o fortalecimento de missões militares sob comando europeu e o compartilhamento de infraestrutura estratégica.

O tema também deve estar presente na agenda das próximas cúpulas de chefes de governo da União Europeia. A Comissão Europeia vem articulando propostas com o objetivo de acelerar decisões no campo da segurança e integrar iniciativas em andamento em diferentes países.

A possibilidade de uma política de defesa comum ainda depende do apoio formal dos Estados-membros e da aprovação no Conselho da União Europeia.

O avanço dessas discussões depende da construção de consenso entre os governos nacionais, que possuem níveis distintos de disposição para abrir mão de soberania em matéria de defesa.

As declarações de Ursula von der Leyen foram recebidas com atenção pelos parlamentares presentes na sessão e marcaram o tom das discussões sobre a estratégia de segurança da UE.

A presidente da Comissão reafirmou a necessidade de adaptação das instituições europeias ao novo cenário geopolítico e reforçou que decisões consideradas improváveis no passado recente estão agora sendo consideradas como parte do debate estratégico do bloco.

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