O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, celebrou a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender a ajuda militar à Ucrânia.
Em uma postagem em suas redes sociais, Medvedev declarou que os Estados Unidos finalmente perceberam que estavam “alimentando um vira-lata nazista em Kiev”, sugerindo que Washington agora busca uma maneira de se livrar dessa situação.
Medvedev usou termos enfáticos, afirmando que “a Casa Branca já entendeu que o cão parasita e enlouquecido é perigoso. É melhor sacrificá-lo silenciosamente”. Sua declaração reflete o crescente atrito entre a Rússia e o Ocidente, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia e do apoio internacional dado ao governo de Kiev.
A decisão de Trump de suspender a ajuda militar à Ucrânia marca uma mudança substancial na postura dos Estados Unidos em relação ao conflito. De acordo com um alto funcionário da Casa Branca, que preferiu não ser identificado, a medida foi tomada após uma série de tensões entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
No último dia 1º, durante um encontro entre os dois na Casa Branca, Trump criticou Zelensky por não demonstrar gratidão suficiente pelo apoio financeiro e militar dos Estados Unidos desde o início da guerra contra a Rússia.
Embora a Casa Branca tenha confirmado a suspensão da ajuda militar, os detalhes sobre a extensão da medida, incluindo o valor afetado, ainda não foram divulgados. O Pentágono também se absteve de fornecer informações adicionais sobre o assunto.
A decisão gerou uma resposta negativa entre os aliados dos Estados Unidos, principalmente na União Europeia, onde países como França e Reino Unido estão tentando encontrar uma estratégia para continuar apoiando a Ucrânia, mesmo sem o respaldo norte-americano.
Alguns países europeus discutem a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia caso um cessar-fogo seja firmado. No entanto, a viabilidade dessa ação permanece incerta sem o apoio formal dos Estados Unidos. A reação internacional indica uma crescente preocupação com as implicações da suspensão da ajuda militar, especialmente em relação à posição geopolítica dos EUA e seu papel na guerra em curso.
A tensão entre os líderes ucraniano e norte-americano se intensificou ainda mais após um comentário de Zelensky, citado em uma reportagem da Associated Press. O presidente ucraniano afirmou que o fim da guerra estava “muito, muito distante”.
Trump reagiu de maneira contundente à declaração de Zelensky, escrevendo em sua rede social, Truth Social: “essa é a pior declaração que Zelensky poderia ter feito, e os EUA não vão tolerar isso por muito mais tempo!”. A frase sublinhou o descontentamento do presidente dos EUA com a postura do líder ucraniano e destacou o impasse nas negociações.
Apesar das tensões, Trump indicou que ainda há uma possibilidade de um acordo entre os Estados Unidos e a Ucrânia, relacionado à exploração de minerais ucranianos por empresas norte-americanas.
Desde a invasão da Rússia, há três anos, os EUA destinaram cerca de US$ 175 bilhões em assistência financeira e militar à Ucrânia, de acordo com o Comitê para um Orçamento Federal Responsável.
Trump sugeriu que um acordo mineral poderia ser uma maneira de recuperar parte dos recursos investidos no país, uma proposta que ainda está sendo discutida pelas autoridades americanas.
Em uma entrevista, Trump afirmou: “não, eu não acho que esteja morto”, referindo-se ao potencial do acordo mineral, e prometeu fornecer mais detalhes sobre a questão em seu discurso ao Congresso, previsto para o dia 5 de março.
A questão do futuro da assistência dos Estados Unidos à Ucrânia continua sendo um tema central nas discussões internacionais, com implicações significativas para a dinâmica do conflito e para as relações geopolíticas no cenário global.
Com informações da TASS
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