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Ministro de Lula defende ‘penas diferenciadas’ para os golpistas do 8 de janeiro

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira, 10, durante entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, que as penas aplicadas aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro devem ser diferenciadas conforme o nível de participação. Para ele, a soltura de pessoas consideradas inocentes ou com menor envolvimento poderia contribuir […]

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REPRODUÇÃO

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira, 10, durante entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, que as penas aplicadas aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro devem ser diferenciadas conforme o nível de participação.

Para ele, a soltura de pessoas consideradas inocentes ou com menor envolvimento poderia contribuir para a pacificação do país.

Embora tenha utilizado o termo “golpe” ao mencionar os acontecimentos, o ministro evitou uma conclusão definitiva sobre a existência de uma tentativa de golpe. “Isso só ficará claro se nos inquéritos aparecerem as denúncias”, disse.

Múcio também comentou sobre a postura das Forças Armadas diante dos eventos. Ele ressaltou que os militares aguardam que os responsáveis pelos atos sejam identificados e responsabilizados judicialmente.

O ministro destacou a necessidade de distinguir as punições entre os organizadores e aqueles que participaram das depredações das sedes dos Três Poderes em Brasília.

De acordo com Múcio, a Justiça precisa considerar o grau de envolvimento de cada indivíduo nos acontecimentos.

Ele enfatizou que é essencial diferenciar entre os responsáveis pelo planejamento das ações e aqueles que foram atraídos às manifestações sem pleno conhecimento do que ocorreria.

Outro ponto abordado pelo ministro foi um vídeo institucional produzido pela Marinha em dezembro de 2023. No material, a corporação fez uma referência crítica ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao questionar a política de cortes de gastos, incluindo benefícios dos militares.

Múcio classificou o conteúdo como “imprudente” e “inoportuno”, considerando o contexto de contenção de despesas adotado pelo governo federal.

A divulgação do vídeo gerou repercussão e é vista como um reflexo de tensões entre o governo e setores das Forças Armadas em torno das reformas administrativas e orçamentárias que afetam a categoria.

O ministro, entretanto, minimizou a possibilidade de agravamento das divergências e reiterou que o diálogo com as Forças Armadas permanece aberto.

As investigações sobre os atos de 8 de janeiro estão em andamento. O governo espera que o processo judicial seja conduzido com base na gravidade das ações cometidas por cada envolvido.

Até o momento, autoridades trabalham para identificar os principais responsáveis, enquanto organizações da sociedade civil acompanham de perto os desdobramentos das apurações.

Os atos de 8 de janeiro resultaram na invasão e depredação de prédios públicos, incluindo o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

A resposta das autoridades envolveu prisões em flagrante, investigações conduzidas pela Polícia Federal e o reforço na segurança de órgãos públicos em Brasília.

O governo e o Supremo Tribunal Federal têm reafirmado a necessidade de responsabilização dos organizadores e participantes que atuaram de forma deliberada na execução das ações.

Paralelamente, o debate sobre a condução das investigações e as medidas a serem aplicadas aos envolvidos segue dividindo opiniões no cenário político.

Durante a entrevista, Múcio também foi questionado sobre a confiança no trabalho do Ministério da Defesa no contexto das investigações.

Ele defendeu a imparcialidade das Forças Armadas e ressaltou que a instituição não apoia iniciativas antidemocráticas.

“As Forças Armadas querem que os responsáveis sejam identificados e punidos de acordo com a lei”, declarou.

Os próximos passos do processo judicial devem incluir o julgamento dos envolvidos, a análise das provas reunidas nos inquéritos e a eventual condenação dos responsáveis.

Analistas apontam que a diferenciação das penas será um ponto central na avaliação dos tribunais, em especial na busca por justiça e estabilidade institucional.

Com a continuidade das investigações, o governo busca reforçar a mensagem de que não haverá tolerância para ações que atentem contra a ordem democrática, ao mesmo tempo em que discute medidas para reduzir as tensões sociais decorrentes dos eventos de janeiro.

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Comentários

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Ewerton Siqueira

11/02/2025 - 09h53

Como diferenciar? Os bandidos que aparecem quebrando o Congresso, STF, é claro que deverão e devem ser punidos severamente! Mas, e os financiadores, não? E os mentores intelectuais por trás da tentativa de Golpe, devem como o Ministro Mucio dá a entender que não devem ser punidos?
Os militares (alguns que participaram ativamente da tentativa, não?)
Estamos bem né sr. Mucio!


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