O presidente Donald Trump assinou, neste domingo, uma proclamação que estabelece o dia 9 de fevereiro como o primeiro “Dia do Golfo da América”.
O anúncio ocorreu durante seu voo para o Super Bowl, em Nova Orleans. A data foi instituída em celebração à ordem executiva que renomeia o Golfo do México para “Golfo da América”.
A ordem determina que o secretário do Interior implemente a mudança em até 30 dias, atualizando o Sistema de Informações sobre Nomes Geográficos (GNIS) e garantindo que todos os documentos federais passem a adotar a nova nomenclatura.
Trump também pediu que cidadãos e servidores públicos observem o Dia do Golfo da América com programas e cerimônias apropriados, mas não especificou quais atividades devem ser realizadas.
Embora a mudança tenha efeitos restritos ao uso federal dentro dos Estados Unidos, empresas como a Chevron já começaram a utilizar o termo “Golfo da América” em seus comunicados. O Google também confirmou que seus mapas serão atualizados para refletir a nova designação para usuários norte-americanos.
A medida gerou reações internacionais. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, criticou a decisão, afirmando que não houve consulta às autoridades mexicanas antes da alteração.
A declaração foi feita em um comunicado oficial divulgado no domingo, no qual Sheinbaum destacou que o Golfo do México é um patrimônio compartilhado pelas nações que o cercam.
A mudança no nome do golfo faz parte de um conjunto de ações adotadas pela administração Trump para modificar nomes de locais considerados relevantes para a identidade americana. Entre essas medidas, está a proposta de restaurar o nome Monte McKinley, em vez de Denali, para a montanha mais alta da América do Norte.
O anúncio da nova denominação do golfo ocorre em meio a outras questões comerciais e diplomáticas em andamento entre os Estados Unidos e países vizinhos. Especialistas em relações internacionais indicam que ações unilaterais como essa podem gerar tensões entre os governos da região.
Nos Estados Unidos, setores políticos divergiram sobre a relevância da medida. Enquanto apoiadores de Trump elogiaram a decisão como uma forma de reafirmação nacional, críticos questionaram o impacto prático da mudança e seus possíveis desdobramentos nas relações bilaterais com o México.
A Casa Branca não comentou as críticas internacionais, limitando-se a divulgar a proclamação assinada por Trump e reafirmar que o objetivo é celebrar o “espírito de grandeza” dos Estados Unidos.
Autoridades norte-americanas ligadas ao Departamento do Interior informaram que o processo de atualização de documentos e sistemas já está em andamento.
O Golfo do México, uma das principais vias de transporte marítimo e de exploração energética na América, desempenha papel estratégico na economia regional.
Empresas do setor de petróleo e gás acompanham o impacto da decisão, especialmente em contratos e registros que dependem de nomenclaturas oficiais.
Até o momento, organizações internacionais e governos de outros países banhados pelo golfo, como Cuba, não se manifestaram sobre a mudança. A expectativa é que o tema seja discutido em futuros encontros diplomáticos, segundo fontes ligadas ao Departamento de Estado dos EUA.
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