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Plano de Scott Bessent quer derrubar juros sem o Federal Reserve

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, revela plano do governo Trump para reduzir os juros de longo prazo sem interferir no Federal Reserve, focando no mercado de Treasuries O secretário do Tesouro, Scott Bessent, apresentou um novo plano para reduzir os juros de longo prazo nos Estados Unidos sem interferir diretamente no Federal Reserve. […]

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O secretário do Tesouro, Scott Bessent, quer contornar o Fed para reduzir as taxas de juros / Paul Morigi / Getty Images

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, revela plano do governo Trump para reduzir os juros de longo prazo sem interferir no Federal Reserve, focando no mercado de Treasuries


O secretário do Tesouro, Scott Bessent, apresentou um novo plano para reduzir os juros de longo prazo nos Estados Unidos sem interferir diretamente no Federal Reserve. Segundo a CNN, a estratégia do governo Trump foca na redução do rendimento do Tesouro de 10 anos, um indicador-chave que influencia as taxas de hipotecas, cartões de crédito e outros tipos de empréstimos.

No quarto dia de seu mandato, o presidente Donald Trump declarou que exigiria uma queda imediata nas taxas de juros e reafirmou seu conhecimento sobre política monetária.

Apesar das críticas à atuação do Fed e do presidente do banco central, Jerome Powell, a administração Trump insiste que não busca pressionar a instituição, mas sim traçar um caminho independente para influenciar os rendimentos de longo prazo.

“Ele não está pedindo que o Fed reduza as taxas”, afirmou Bessent em entrevista à Fox Business. Segundo ele, o foco do governo está na desregulamentação econômica, na aprovação de um novo pacote tributário e na redução dos custos de energia, fatores que, segundo a administração, levariam a uma queda natural das taxas e ao fortalecimento do dólar.

A decisão do Tesouro de atuar diretamente no rendimento dos Treasuries de 10 anos, ao invés de depender das ações do Fed, é considerada incomum.

“É bastante inusitado para o Departamento do Tesouro e a Casa Branca tentarem influenciar diretamente os rendimentos de longo prazo”, disse Ryan Detrick, estrategista-chefe de mercado do Carson Group. “Historicamente, essas ações são coordenadas com o Fed, e a administração só pode influenciar os rendimentos indiretamente por meio da política fiscal e da desregulamentação”.

As taxas que os americanos pagam em empréstimos estão ligadas ao rendimento dos Treasuries de 10 anos, que pode variar devido a diferentes fatores, incluindo incertezas geopolíticas.

Durante períodos de instabilidade, investidores tendem a comprar mais títulos do governo dos EUA, considerados ativos seguros, o que reduz os rendimentos e torna o crédito mais barato.

Bessent argumenta que os cortes de juros promovidos pelo Fed no último ano não resultaram na queda esperada do rendimento do Tesouro de 10 anos, que permaneceu elevado mesmo após múltiplas reduções na taxa de juros de curto prazo.

Desde a posse de Trump, o rendimento dos Treasuries de 10 anos apresentou uma leve queda, algo que Bessent atribui à percepção do mercado de que a redução dos gastos públicos torna a dívida americana menos arriscada.

Na semana passada, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo pretende acabar com o desperdício de recursos federais por meio do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo CEO da Tesla, Elon Musk.

O governo Trump busca impulsionar o crescimento econômico sem gerar inflação. A proposta de cortes em agências federais e redução de gastos visa alcançar esse objetivo sem pressionar os preços, o que beneficiaria o mercado de Treasuries.

“Eles querem um crescimento robusto, mas também desejam limitar as expectativas inflacionárias ao demonstrar disciplina nos gastos”, explicou José Torres, economista sênior da Interactive Brokers. “A atenção ao rendimento do Tesouro de 10 anos reforça a independência da política monetária e minimiza a interferência política, o que é um bom precedente a ser reafirmado”.

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