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Bomba! Gravações comprovam que blitze da PRF nas eleições visava cidades petistas

A Polícia Federal revelou trechos de mensagens que apontam fortes indícios de que as blitzes realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno das eleições de 2022 tinham como objetivo impedir a livre circulação de eleitores em cidades com alta concentração de votos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De […]

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres / Reprodução

A Polícia Federal revelou trechos de mensagens que apontam fortes indícios de que as blitzes realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno das eleições de 2022 tinham como objetivo impedir a livre circulação de eleitores em cidades com alta concentração de votos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o inquérito, as mensagens envolvem a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, o ex-ministro Anderson Torres e o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, além de outros três delegados. O grupo é acusado de planejar ações que dificultaram o trânsito de eleitores, sobretudo no Nordeste, por meio de barreiras e apreensões de veículos. As informações são do Jornal O Globo.

As mensagens revelaram conversas no grupo de WhatsApp “OFF”, onde Marília discutiu estratégias para redistribuir o efetivo policial em estados onde Lula havia obtido maior votação no primeiro turno. Em uma mensagem de 13 de outubro, ela destacou que Belford Roxo (RJ), governado por Waguinho (MDB), um apoiador de Lula, precisava de reforço policial, referindo-se ao presidente como “vermelho”.

No Rio Grande do Sul, Pelotas e Porto Alegre também foram citadas como áreas de preocupação. Marília apontou que em Pelotas Lula teve 52% dos votos no primeiro turno e indicou a necessidade de intensificar operações na região.

A investigação também revelou que o ex-ministro Anderson Torres teria solicitado relatórios específicos sobre o efetivo policial na Bahia, estado onde Lula recebeu 72% dos votos. Torres negou as acusações, mas a PF apontou que os dados foram utilizados para articular ações que pudessem dificultar a votação de eleitores em áreas pró-Lula.

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