Donald Trump iniciou seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos com uma taxa de aprovação de 47%, conforme pesquisa da Reuters/Ipsos realizada nos dias 20 e 21 de janeiro, conforme relatado pela Folha.
Esse índice representa um aumento em relação ao seu último mês no cargo em 2021, período em que enfrentou intensas críticas após o ataque ao Capitólio, embora ainda esteja abaixo da média para inícios de novos mandatos presidenciais.
A pesquisa, que consultou 1.070 americanos, identificou um retorno ao cenário polarizado, com decisões iniciais do mandato de Trump causando divisão.
Durante a posse, Trump concedeu perdão a indivíduos condenados pela invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, uma medida rejeitada por 58% dos entrevistados.
Apenas 29% expressaram aprovação sobre como o presidente gerencia o sistema de justiça, que ele acusa de ser “politizado” por seu antecessor, Joe Biden.
Na política de imigração, uma prioridade com respaldo popular, cerca de 46% dos entrevistados apoiam as propostas de Trump para endurecer as políticas migratórias.
As ações já anunciadas incluem a suspensão de pedidos de asilo na fronteira e a restrição à cidadania para crianças nascidas em solo americano, com 58% dos participantes considerando essencial reduzir drasticamente o número de migrantes autorizados a solicitar asilo.
No campo da política internacional, as propostas de Trump enfrentam resistência considerável. Apenas 16% apoiam sua ideia de pressionar a Dinamarca para vender a Groenlândia, e 29% estão de acordo com a retomada do controle do Canal do Panamá.
Essas iniciativas, justificadas como medidas de segurança internacional, encontram oposição tanto internamente quanto no cenário global.
Entre os republicanos, a popularidade de Trump continua forte, com 91% de apoio dentro do partido. No entanto, 84% dos democratas desaprovam sua liderança. John Geer, da Universidade Vanderbilt, observa que Trump parece priorizar a satisfação de seus seguidores mais fervorosos, sugerindo que sua “lua de mel política” pode ser breve.
Com ações que reforçam sua base ideológica e intensificam a polarização, o começo do segundo mandato de Trump sinaliza tanto desafios internos quanto externos.
O presidente terá que navegar entre suas promessas de campanha e uma opinião pública dividida, enfrentando a complexidade da política americana atual na busca por estabilidade governamental.
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