O Japão adquiriu mísseis de cruzeiro furtivos AGM-158B JASSM-ER (Joint Air-to-Surface Standoff Missiles-Extended Range) dos Estados Unidos, uma movimentação que expande significativamente suas capacidades de contra-ataque de longo alcance.
Esta aquisição ocorre em um contexto de remilitarização japonesa frente às crescentes ameaças regionais da China e da Coreia do Norte.
A venda, aprovada pelos EUA, inclui 16 mísseis com um pacote avaliado em US$ 39 milhões que contempla munições de treinamento avançado, receptores GPS anti-jam, equipamento de suporte e software.
Este desenvolvimento se dá em um momento de tensões crescentes devido à assertividade territorial chinesa e às frequentes provocações de mísseis pela Coreia do Norte.
O JASSM-ER, um avançado míssil de cruzeiro lançado do ar desenvolvido pela Força Aérea dos EUA, possui um alcance de cerca de 1.000 quilômetros — quase triplo do seu antecessor.
Destinado a ataques de precisão contra alvos de alto valor, o míssil é guiado por sistemas INS/GPS e um buscador infravermelho para orientação terminal, equipado com uma ogiva penetradora WDU-42/B de 450 quilos.
A integração do JASSM-ER com os caças F-15J e F-35 japoneses garante a compatibilidade com plataformas avançadas, reforçando sua utilidade estratégica.
Esta aquisição reflete os esforços contínuos do Japão em fortalecer sua defesa conforme delineado no white paper anual de defesa de 2024, que prioriza capacidades de standoff.
As reformas de defesa japonesas enfatizam a importância de capacidades de contra-ataque e sistemas de mísseis aprimorados, considerados essenciais para responder às ameaças regionais em evolução.
Contudo, o Japão enfrenta desafios significativos, especialmente na detecção e rastreamento de alvos, conforme indicado por analistas como Veerle Nouwens, que aponta lacunas em inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) como fatores limitantes para a eficácia operacional destes sistemas.
Com informações do Asia Times
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