Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, causou controvérsia ao compartilhar um mapa em sua rede Truth Social que representa o Canadá como território norte-americano. Essa publicação ocorreu na terça-feira, 7, em um momento já delicado devido à renúncia do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Melanie Joly, criticou as declarações de Trump. “Os comentários do presidente eleito demonstram uma total incompreensão do que faz do Canadá um país forte. Nunca recuaremos perante as ameaças”, afirmou Joly.
Trudeau, por sua vez, em suas últimas declarações como primeiro-ministro, reiterou a soberania de seu país: “O Canadá nunca, mas nunca fará parte dos Estados Unidos”.
A tensão entre os dois países não é recente. Em novembro, durante um jantar, Trump sugeriu que o Canadá deveria considerar se tornar o “51º estado” dos EUA para evitar tarifas comerciais elevadas, uma fala que foi vista como uma provocação.
Essa sugestão foi posteriormente ampliada nas redes sociais do republicano, que afirmou: “Muitos canadenses querem que o Canadá se torne o 51º estado. Economizariam demais em impostos e proteção militar. Acho que é uma ótima ideia. Estado 51!!!”.
Além do Canadá, Trump mencionou outras ambições territoriais, incluindo a Groenlândia e o Canal do Panamá, mas negou que utilizaria força militar para qualquer anexação, apostando na “força econômica”.
Internacionalmente, a postura de Trump foi amplamente criticada. Especialistas e líderes mundiais questionam a tentativa de eliminar a fronteira canadense, alegando questões de segurança nacional. Como membro fundador da OTAN e um fornecedor significativo de commodities, o Canadá é considerado crucial para a estabilidade regional.
Com a posse de Trump agendada para 20 de janeiro, a relação entre os Estados Unidos e o Canadá enfrenta novas incertezas. A retórica do presidente eleito já impacta as alianças políticas e pode afetar os mercados econômicos. A resistência canadense às sugestões de Trump continua forte, com líderes reafirmando a independência e a soberania do país.
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